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Para Que Serve O Desemprego....

 Ano 2022. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208

O presente artigo chama a atenção do leit@r a compreender em quais tipos de incidente se encontra e como sair da compulsão a repetição dos tipos de fenômeno desemprego dentro do mercado de trabalho. É lógico que todo incidente acidental tem uma intenção oculta, por tanto ao se perguntar o Para Que, abre-se a possibilidade para enxergar além de [...]. Esta percepção pode ser estendida para outras eventualidades que a pessoa a considera como negativa. Discorrendo a atuação como Plantonista Psicológico ofertando a população desempregada o Plantão Psicológico gratuito, é possível compreender que o Plantão Psicológico, é um tipo de intervenção psicológica que acolhe o desempregado no exato momento de sua urgência, ajudando-a a lidar melhor com seus recursos e limites. Desta forma, o objetivo de um PP é prestar atendimento urgencial à demanda, acompanhando a pessoa em busca do sentido de existência por meio da compreensão de seu sofrimento, sem, contudo, garantir alívio ou um viver baseado na experiência de prazer imediato e presente.

De acordo com Yalom (2006), os pacientes que tiverem sofrido uma longa série de perdas de emprego, eles enxergarão o mundo através dos óculos da perda. E é exatamente assim que a referida paciente vê o mundo - através das lentes da perda, da falta, do desabrigo, da perda do trabalho.  Poder perceber que o belo também faz parte da vida, é o que pode propiciar com que o paciente veja o mundo com uma lente, não mais em preto e branco, mas colorida.

O plantonista percebe que o fato do cliente comparecer ao plantão, está pedindo ajuda diante de seu mal-estar, o fenômeno desemprego e é o momento que a pessoa se move como sujeito em busca de aliviar a angustia que o desemprego traz. O plantonista depreende de modo intelectual que não está no plantão para consertar problemas rapidamente, eliminar algum tipo de sentimento ou ainda se dispor a elaboração somente em uma sessão. O objetivo do plantão é prestar atendimento, acompanhar a pessoa em busca do sentido de seu sofrimento, do fenômeno desemprego, sem garantir a pessoa alivio imediato a sua dor e encaminhar a pessoa para algum tipo de serviço que a rede psicológica oferece. É lógico contando com o livre alvedrio do cliente sempre.

Plantão é espaço sócio clinico, no qual o cliente é conduzido pelo plantonista a refletir sobre o fenômeno desemprego e sobre as escolhas possíveis diante do contexto de mercado de trabalho. Cito agora algumas atitudes do plantonista psicológico perante o cliente, como, o psicólogo plantonista aproxima-se da pessoa ao invés de manter-se afastado, e entra em uma relação. Ele não se coloca como centro do processo de elaboração do cliente, mas sim permanece presente diante do sofrimento do cliente que relata sobre estar desempregado. Enquanto escuta em silêncio a história do cliente, porque antes de iniciar uma conversa é necessário estabelecer um espaço relacional para que o cliente possa contar sobre si mesmo.

O plantonista tem o cuidado de não dar direção ao processo, mas sim estar na relação, não deixando o cliente sozinho com sua dor, mas permanece diante do cliente que escolheu apresentar sua angustia por estar desempregado. E neste momento estará junto com o cliente para que tome consciência do seu medo e enfrente seus desafios problemas. E busca compreender que o desempregado que procura pelo plantão está aflito pelas escolhas que fez ou que tem que fazer ainda, e sofre pela perda do emprego e da moeda ativa.

O psicólogo plantonista empenha-se não apenas na clarificação do sentido que aparece, sobre a situação problema o fenômeno desemprego, mas na ampliação estiramento deste sentido, ou seja, na procura do que pode estar encoberto, que são os tipos de fenômeno desemprego, as competências socioemocionais que é desconhecido para o cliente neste exato momento, pois o que é, se dá e se oculta, propiciando assim que o cliente possa alargar e aprofundar a compreensão de como está sendo seu modo de existir na ociosidade involuntária que lhe é desconhecida.

E constato que a ansiedade nos indivíduos se expressa no modo de conseguir um emprego rápido, por causa da falta de dinheiro e há pouca predisposição para investir em autoconhecimento ou distender os recursos internos, como competências socioemocionais para transitar por entre o fenômeno desemprego, buscando um serviço de orientação psicológica ou orientação de profissão gratuito. Alguns preferem buscar orientação religiosa em algum pastor ou padre, até porque não precisam investir dinheiro para receber uma orientação espiritual. E isto não é errado, mas no momento não é a solução aplausível.

Percebo que a população no geral é desinformada quanto aos serviços que a psicologia pode ofertar. Ou seja, confundem um fenômeno que acontece no mercado de trabalho oriundo de uma crise econômica com um fenômeno espiritual atribuído ao diabo. Agem como alienados, pensando que só existe a religião e não precisam pagar para receberem informações e orientações pertinentes e adequadas a sua queixa, e reproduzem esse comportamento em todas as áreas de sua vida. É notório que a religião não é suficiente no trato de responder aos seus anseios, por que se fosse não teriam buscado a psicologia. Mas a causa principal desses clientes é a moeda que terá de ser usada como troca para receber aprendizado e informação. E como são faltantes de moeda ativa no momento decidem regressar a religião atribuindo a todos os fenômenos como ação do diabo. Com isso deixam de se beneficiar com outros serviços psicológicos.

Exemplificando o que significa fenômeno por meio da fenomenologia, é mostrar-se e, por isso, diz o que se mostra, o que se revela. Ou seja, trazer para a compreensão alguma coisa que pode vir a se revelar e a se tornar visível em si mesma. O fenômeno é o que se revela, o que se mostra em si mesmo. Exemplo, o fenômeno desemprego dentro do mercado de trabalho, é a revelação com a falta de trabalho e falta de dinheiro para o profissional, por isso torna-se visível a pessoa quando a mesma é demitida. Ou seja, foi uma intervenção humana agindo na economia do país que gerou a crise de desemprego nas grandes corporações, micro empresários e diversos seguimentos de empregos. Portanto não tem nada a haver com o diabo.

O mercado de trabalho é uma expressão utilizada pra se referir as formas de trabalho que possam existir, sendo remunerados de alguma forma, seja trabalho manual ou intelectual. O mercado de trabalho tem como objetivo principal estabelecer relações de demanda e oferta entre a população, abastecendo e movimentando, desta forma, a economia de um país. Sem o mercado de trabalho, não haveria empregos e força de trabalho para suprir as necessidades de toda uma população. Não há como negar que o mercado de trabalho atualmente em geral sofreu um grande baque por conta da pandemia que se espalhou pelo planeta no ano de 2020. Para se ter ideia, do começo da pandemia até os dias de hoje já são mais de 16 milhões de pessoas desempregadas apenas por conta do COVID-19. Este é um fenômeno que se revelou na pandemia e se mostrou em si mesmo através de um vírus causando a morte da população, levando ao isolamento social.

Chamamos de um fenômeno periódico aquele que se repete sempre após o mesmo intervalo de tempo. Um exemplo mais simples de um fenômeno periódico é o dia. O movimento do Sol, que aparece pela manhã e se põe no fim da tarde até novamente aparecer de novo, determina o que chamamos de dia. Este fenômeno é perceptível a todos na sociedade. Os fenômenos naturais se referem a toda ação da natureza que não ocorre a partir de intervenção humana. Vale ressaltar que os fenômenos naturais podem ser uma simples chuva de verão ou até mesmo uma grande tempestade, a grandeza do fenômeno depende das condições naturais em questão.

No caso do cristão o fenômeno psicológico são processos cognitivos que influenciam o comportamento do crente a partir da significação dada a determinado pensamento, como estou sem dinheiro e da percepção sobre uma situação porque estou desempregado que desencadeia ideias disfuncionais, equivocadas ou exageradas atribuindo ao diabo favorecendo assim, as reações emocionais [raiva, tristeza, medo]. Por que o cristão não tem conhecimento sobre como funciona o mercado de trabalho e nem para que serve o mercado de trabalho.

O sujeito não precisa seguir nenhuma crença ou também não é o grau de educação que mostra que conhece sobre o tema para atribuir a uma causa sobrenatural, só o fato de ser destituído de informação, ou seja, ignorante, isto é suficiente para distorcer a compreensão do que realmente é um fenômeno ao olhar para o fenômeno como processo cognitivo e não como o fenômeno se revela e se mostra em si mesmo. É difícil qualquer profissional compreender o que é o fenômeno no mercado de trabalho, pois é necessário conceber o funcionamento do mercado de trabalho e saber para que ele serve. Olha novamente a expressão para que, que possibilita ter a percepção além de...[...]

Mas aqueles que estão associados a economia do país, os investidores, os empresários, os políticos esses sabem perfeitamente quais os fenômenos que acontecem dentro do mercado de trabalho. Ao psicólogo é possível ter a compreensão desde que o mesmo se esmere em conhecer o funcionamento do mercado de trabalho, para que serve o mercado de trabalho, empregabilidade e outros temas relacionados. E neste caso o psicólogo reconhece que o medo de não obter salário altera totalmente a percepção do sujeito. Segundo Sapienza (2004), o paciente não vem para um encontro psicológico com questões intelectuais para resolver, mas com aquelas que se referem à sua vida e aos sentimentos que a compõem: abandono, angústia, ansiedade, medo, frustração, incerteza, tédio, desânimo, culpa, insatisfação, tristeza, desemprego.

A partir deste momento menciono a percepção negativa que o desemprego traz ao desempregado, impossibilitando o mesmo de ressignificar e fortalecer-se emocionalmente para transitar no desemprego. A intenção do artigo é levar o leitor a alterar a percepção sobre o tema desemprego e passar a olhar internamente para suas competências pessoais que foram desenvolvidas ao longo do tempo em que esteve desempregado, mas como apenas manteve a atenção seletiva na preocupação com a escassez da moeda ativa, desviou a atenção seletiva de si mesmo.

A atuação profissional do psicólogo requer um repertório adequado de competências de comunicação interpessoal, que o capacite a lidar com as situações sociais inerentes ao exercício de sua profissão, nas diversas áreas de aplicação da Psicologia. A qualidade da relação interpessoal que o psicólogo estabelece com as pessoas, na sua atuação profissional, dependerá do seu desempenho social e, portanto, do seu repertório de habilidades sociais e socioemocionais.

Onde observa que o estímulo medo da falta de dinheiro, oriundo do desemprego, impede o sujeito de avaliar o autoconceito de si mesmo e contemplar as competências socioemocionais, interpessoais e inteligência emocional desenvolvidas ou que precisa ser aprimorada. Contudo o indivíduo que se encontra no desemprego pensa apenas em sair desta posição o mais rápido possível, até porque ele se enxerga com falta de recursos financeiros e tem seu juízo de valor aumentado em função do medo de não conseguir sustentar-se, pagar suas contas, prover o alimento e não se detêm na clarificação sobre o, que dê valor pode tirar desta situação, que se apresenta negativa aos seus olhos.

Os estímulos negativos originados do principio de realidade do mercado de trabalho, não permitem que o sujeito elabore ou compreenda o quanto o cenário os tipos de desemprego alteram a percepção do desempregado. O desemprego é um mal necessário para a sociedade e para o indivíduo, porém permite que o mesmo se desenvolva de algum modo lhe autorizando a mover-se enquanto sujeito na sociedade, como, empreendedor, trabalhador informal, autônomo, trabalhador de instituições privadas com carteira assinada e o que você pensar enquanto lê o artigo.

Por isso o psicólogo percebe e compreende o desemprego, como sendo a falta de emprego [salário]; situação em que parcela da força de trabalho não consegue obter ocupação. Ou ocorre quando um trabalhador é demitido ou entra no mercado de trabalho [está a procura de emprego] e não consegue uma vaga de trabalho. É uma situação difícil para o trabalhador, pois gera problemas financeiros e, em muitos casos, problemas psicológicos [raiva, desanimo, frustração, depressão, ansiedade e outros] no trabalhador e em sua família. O desemprego também é chamado de ociosidade involuntária. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que foram reprimidos.

As causas do desemprego são as mais variadas e diversas, desde mudanças estruturais e inovações tecnológicas a crises econômicas e sociais. Há também as causas que ocorrem por crises econômicas, sanitárias, políticas e sociais. Baixa qualificação do trabalhador, muitas vezes há emprego para a vaga que o trabalhador está procurando, porém, o mesmo não possui formação adequada para exercer aquela função ou ainda tem uma formação superior a vaga ofertada.

O psicólogo entende que o sentido da expressão [para que], indica uma finalidade que pode haver clarificação do cenário na vida do sujeito com a intenção de compreensão do contexto. O termo incidente representa uma condição acidental, oriunda de um incidente principal ou um acontecido sem grandes consequências. Quais são as consequências do desemprego? Estudos comprovam que o desemprego aumenta os problemas relacionados com a saúde física e mental do trabalhador, fazendo com que se acentue a procura pelos serviços profissionais ligados a esta área.

Também há comprovação de que a violência e o crime, de um modo geral, estão diretamente relacionados com o desemprego. Porém o governo entende que o desemprego não traz grandes consequências. Pois não há empregos para todas as pessoas na sociedade e o desemprego não traduz a angústia de quem está desempregado. Esta é a visão do governo em relação ao desempregado. Por isso o desemprego não é tratado como merecido e sim olhado como algo que se atribui pouco juízo de valor.

O psicólogo interpreta que a diferença entre significado e sentido, está em dizer que o significado expressa com clareza o que algo quer dizer ou representar [desemprego/ emprego]. O sentido pode estar relacionado a atenção, ou sensações de origem interna ou externa [do desemprego/emprego]. Exemplo, estou desempregado, então o significado é que estou com falta de aplicar conhecimentos e sem renda fixa. E o sentido está relacionado as sensações que traz ao enxergar que está sem aplicar conhecimentos e sem dinheiro, como a raiva, decepção, ansiedade, medo de não conseguir um trabalho.

Para o psicólogo o trabalho é visto como algo que transforma as pessoas, desenvolve habilidades, ensina sobre nossas forças e limitações, auxilia a nos relacionarmos melhor com outras pessoas e, principalmente, altera a percepção que temos do mundo e de nós mesmos. Por tanto o conceito de trabalho é um conjunto de atividades realizadas, é o esforço feito por indivíduos com o objetivo de atingir uma meta. Pode ser abordado de diversas maneiras e com enfoque em várias áreas, como na economia, na física, na filosofia, na história, na engenharia, na odontologia, na psicologia, na medicina dentre outras.

Já o emprego representa o trabalho que é o contexto mais apropriado para evoluirmos e crescermos como seres humanos, pois através do trabalho é possível desenvolvermos nossas habilidades, contribuirmos com o nosso progresso e de outros, aprimorar relacionamentos interpessoais, conhecermos nossas limitações e por isso o emprego representa a forma como conseguir a renda fixa, quando aplicamos tudo que está relacionado a trabalho.

E o psicólogo apresenta que a partir do momento em que o sujeito se apercebe sem trabalho, ou seja, com a falta de aplicar conhecimentos e com falta de dinheiro, porque não pode aplicar suas competências profissionais, ou seja, não há no mercado de trabalho nenhum empregador disposto a contratar e pagar por seus conhecimentos, o mesmo se sente desvalorado, e entra inconscientemente na compulsão a repetição, se enxergando impedido de desenvolver suas competências profissionais, e contribuir para o bem-estar emocional dos outros, aprimorar relacionamentos e outros. Note que o sujeito julga em si mesmo que não precisa das capacitações socioemocionais por pensar que elas não permitem ganhar o dinheiro como recompensa. Ou seja, pensar deste modo é um equívoco.

Ou esquecendo-se delas, através do ato falho, permanece inconscientemente na compulsão a repetição do desejo de repetir aplicando somente as competências profissionais, pois as julga mais importante no momento, as quais são apreciadas no currículo pelos recrutadores. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.

O que um candidato procura em um emprego resposta? O que você procura na disputa por esta vaga? Uma das melhores respostas para essa pergunta é dizer que você busca novos desafios na sua vida profissional e a chance de contribuir para o crescimento da empresa. É claro recebendo como gratificação o salário pela execução das tarefas e aplicação de saberes técnicos ou acadêmicos. Outra resposta, seria o êxodo da condição de desemprego para ter salário que fica supervalorizada, mas reprimida na consciência do desempregado que para sobreviver aceita qualquer salário para evadir-se da linha de pobreza.

O psicólogo sabe que para um indivíduo a importância do trabalho é o resultado da identidade profissional e há quem veja o trabalho apenas como uma forma de garantir o próprio sustento. Porém, mais do que fornece o sustento, o trabalho tem uma grande importância na vida de um indivíduo porque as vezes gera status, poder.  Trabalho tem a ver com ser útil e contribuir com uma causa maior. É daí que vem a motivação e a satisfação pessoal. O sentido do trabalho é visto pelo salário que ele possibilita, o indivíduo pode afirmar sua independência por meio de suas atividades, e o trabalho desenvolve o potencial e fortalece a identidade dos indivíduos pelas relações que o trabalho gera, ele também consolida a identidade social pelos seus resultados e permite ao indivíduo contribuir ao mundo.

O conceito de emprego e desemprego, onde o desemprego é um fenômeno que tem em sua essência uma causa. Isto é, se o emprego acontece e se dá mediante uma prática [o trabalhador trabalha, e desempenha sua função], o desemprego, pelo contrário, quando acontece é devido a uma situação específica, uma conjuntura, uma escolha econômica, uma pandemia e outros. Por tanto o desemprego é a condição dos indivíduos que se encontram em idade para trabalhar, e estão em busca de trabalho, porém não conseguem encontrar uma atividade e, portanto, não possuem fonte de renda. Suas causas vão desde a automatização de processos produtivos até crises econômicas cíclicas e temporárias.

Os indivíduos que são considerados desempregados, são os informais, ou seja, os trabalhadores sem carteira assinada [empregados do setor privado ou trabalhadores domésticos], sem CNPJ [empregadores ou empregados por conta própria] ou trabalhadores sem remuneração. O desemprego traz consequências perceptíveis e invisíveis e estudos comprovam que o desemprego aumenta os problemas relacionados com a saúde física e mental do trabalhador, fazendo com que se acentue a procura pelos serviços profissionais ligados a esta área. Também há comprovação de que a violência e o crime, de um modo geral, estão diretamente relacionados com o desemprego. Mas, em hipótese alguma se conjectura a evolução das competências socioemocionais no sujeito.

O psicólogo explica que a diferença entre trabalho emprego e desemprego, é que enquanto trabalho está ligado a objetivos e realizações profissionais, o emprego é simplesmente uma forma de conseguir renda [salário]. Por ter uma relação direta com o estilo de vida da pessoa, em quem ela é ou deseja ser, o trabalho está pautado em projetos, metas, objetivos e sonhos. E deste modo vai além da necessidade financeira.

Clarificando agora os tipos de fenômeno desemprego que estão relacionados às causas do desemprego. Uma parcela da população fica desempregada por conta de alguma mudança brusca na sociedade, como intensificação da tecnologia, crise econômica ou mesmo contenção de gastos por parte das empresas. O fenômeno desemprego estrutural, ocorre quando há uma mudança estrutural na sociedade. Os trabalhadores atingidos por esse tipo de desemprego não conseguem adequar-se à nova realidade do mercado de trabalho ou às novas demandas trabalhistas. Geralmente ocorre quando há crescimento econômico e mudança de paradigmas, como a substituição da máquina de escrever pelo computador. Nesse exemplo, o projetista que não sabe manusear o software Autocad no computador, estaria desempregado, caso não aprenda a manusear o software, encaixando-se nesse tipo de desemprego.

Já o fenômeno desemprego conjuntural, acontece por um conjunto de mudanças, como, crises, pandemias, epidemias, desastres naturais, entre outros. Dos tipos de desemprego, esse pode ser considerado o mais fácil de ser contornado, pois tais mudanças são passageiras, o que acarreta, posteriormente, na contratação dos antigos trabalhadores, quando a situação vir a melhorar. E o fenômeno desemprego sazonal, sucede em determinadas épocas do ano. Muito comum em áreas agrícolas, que têm grande demanda durante o plantio e a colheita, mas, na maior parte do ano, a demanda de trabalho diminui-se, bem como o número de trabalhadores. No entanto o fenômeno desemprego friccional, atinge pessoas que podem estar à procura do primeiro emprego, que saíram do antigo emprego para buscar um melhor, ou que foram demitidas e ainda estão à procura, mas recebendo auxílios trabalhistas, como o seguro-desemprego.

E por último o fenômeno desemprego cíclico, que é o [desemprego involuntário ou indireto].  Nessas crises econômicas recentes, um dos eventos mais assustadores que ocorre durante uma recessão econômica. Onde a empresa é obrigada a despedir pessoal para cortar despesas. Portanto, estar desempregado significa encontrar-se em uma situação em que você não tem contato oficial com nenhuma agência de emprego e nenhuma outra fonte de renda, mas como mencionado acima, os fatores que causam esta situação podem ser diferentes.

Portanto, a título de observação, é importante lembrar que mesmo os trabalhadores urbanos que conseguem sobreviver como vendedores ambulantes [dentro de ônibus/em sinaleiros] não são oficialmente considerados como empregados, mas como integrantes do trabalho e da economia informal por não terem carteira de trabalho assinada. Em breve, eles estarão oficialmente desempregados, no instante em que não puderem mais vender em [ônibus/sinaleiros]

Percebido esses tipos de fenômeno, podemos pensar as estratégias para sair da compulsão a repetição que o desempregado se encontra. E desafiar o medo e as consequências emocionais do desemprego. [...] Esse medo marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162).

O desemprego gera consequências em toda a sociedade. Isso porque, com ele, há uma redução do número de pessoas com renda fixa, o que diminui o consumo e, consequentemente, afeta o giro da economia. Em segundo lugar, um território [uma cidade, um estado ou um país] com alto número de desempregados pode significar má administração pública e aumento das desigualdades sociais. Esses fatores podem afugentar investidores estrangeiros que, ao verem essas mazelas, acabam por concluir como sendo um risco o investimento nesses lugares.

Por último, mas não menos importante, o fenômeno pode trazer sérios problemas psicológicos àqueles que estão nessa condição, como a depressão, crise de ansiedade. Nesse caso, pode-se dizer que, além de um problema econômico, o desemprego deve ser encarado como um problema de saúde pública. Independente de qual compulsão a repetição [estrutural, conjuntural, sazonal, friccional e cíclico] você se encontre, não deixa de cuidar da saúde mental.

O sujeito pode escolher consciente as seguintes opções. A primeira é permanecer na compulsão a repetição da procura por emprego, através de inscrições em sites de vagas, com intenção de participar de processos seletivos, até ser contratado. Já a segunda opção é posicionar-se como desalentado, que significa; aquele que desistiu de procurar trabalho e emprego e traz junto o sentido que está relacionado a desistir da busca por emprego, como o fracasso, indicando o êxodo da compulsão a repetição. A terceira opção é voltar o olhar para si mesmo e compreender que evoluiu nas capacitações socioemocionais e aplicar essas eficiências, a seu favor para atingir um propósito com o intuito do êxodo da compulsão a repetição da ociosidade involuntária indireta originada pelo empregador ou um evento principal.

A única maneira de ter adiantado as aptidões socioemocionais é estando em situações que a possibilitam o desenvolvimento, como estar empregado ou desempregado, por exemplo. É lógico que todos preferem estar empregados para desenvolver-se em mérito socioemocional, mas infelizmente as vezes isto se torna impossível, por isso aceite o desemprego e aprenda a desenvolver as suas destrezas pessoais, já que está impossibilitado no momento de aplicar as erudições profissionais.

Depreendendo o sentido do, para que serve o fenômeno, ele sinaliza que o sujeito nesta condição tem o sentido ético e carece olhar de modo consciente para si mesmo, ou seja, enxergar aquilo que se tem em vista que são os tipos de desemprego e as consequências da compulsão a repetição por estar atuando dentro de algum deles de modo inconsciente sem grandes consequências alienado. Onde os tipos de desemprego, o significado e sentido de trabalho e emprego podem tornar-se clarificados a partir de agora.

Compreendemos que o desemprego retira do sujeito o significado/sentido do trabalho que é visto pelo salário que ele possibilita, o indivíduo não pode afirmar sua independência por meio de suas atividades, e o não trabalhar não permite desenvolver o potencial e fortalecer a identidade profissional do indivíduo pelas relações que o trabalho gera, o desemprego também não consolida a identidade social pelos seus resultados e não permite ao indivíduo contribuir ao mundo colocando-o no sentido de inútil.

O desemprego altera a percepção da pessoa, influenciando-a pensar que foi lhe desabilitado o sentido e significado que representa o trabalho que pode ser o contexto mais apropriado para evoluirmos e crescermos, como seres humanos, pois através do trabalho é possível desenvolvermos nossas habilidades, contribuirmos com o nosso progresso e de outros, aprimorar relacionamentos interpessoais, conhecermos nossas limitações e por isso o emprego representa a forma como conseguir a renda fixa, quando aplicamos tudo que está relacionado a trabalho.

Mas o desempregado não repensa que o desemprego pode ser agora o contexto mais apropriado para ele evoluir e crescer como ser humano, pois através da falta de aplicar conhecimentos técnicos ou acadêmicos e faltante de dinheiro é possível desenvolver os talentos socioemocionais, habilidades interpessoais e inteligência emocional para lidar com os conflitos originados do meio ambiente que ele pensa não possuir, e que são necessárias para lidar com o desemprego ou até elaborar uma transição de carreira ou ainda ser o que desejar, como empreendedor, autônomo, profissional informal.

 As mestrias socioemocionais podem contribuir para o progresso do outro, aprimorando relações interpessoais, conhecer mais a fundo suas limitações e dificuldades, e que o emprego não representa a única forma de conseguir renda fixa, podendo aplicar outras competências técnicas ou acadêmicas e isto pode ser construído ao longo do período de desemprego, seja em 365 dias ou 1825 dias, por exemplo. Se a pessoa tem alguma crença religiosa este é um momento delicado para aplicar sua fé no Divino e em si mesma gerando autoconfiança no período em que estiver na condição de desempregada.

O desemprego transforma as pessoas, desenvolve habilidades, ensina sobre nossas forças e limitações, auxilia a nos relacionarmos melhor com outras pessoas, promovendo a solidariedade, a empatia dentro da família ou fora do meio e, principalmente, altera a percepção que temos do mundo agora e de nós mesmos por estarmos desempregados. Também influência o desempregado a não crer na sua potencialidade, ou seja, que existe a possibilidade de ser novamente o advogado, o psicólogo, o médico, o coach ou não.

Por tanto o conceito de trabalho não é mais enxergado como um conjunto de atividades realizadas, mas um conjunto de competências socioemocionais e interpessoais dotadas de inteligência emocional com o objetivo de atingir uma meta que é a saída da compulsão a repetição. Deste modo houve clarificação sobre o que, os tipos de desempregos causam na percepção do desempregado e os ganhos não perceptíveis de permanecer por um certo período contra a vontade.

Ou seja, o desempregado recorda repeti e elabora todas as vezes que está na condição de desemprego que é a condição que se encontra em idade para trabalhar, e está em busca de trabalho, porém não consegue encontrar uma atividade e, portanto, não possui fonte de renda, porém nunca pensou em elaborar os tipos de desemprego [estrutural, conjuntural, sazonal, friccional e cíclico] e começar a pensar a questão da compulsão a repetição da falta de méritos socioemocionais na sua vida, ou até mudar de profissão. [...] o indivíduo não recorda coisa alguma do que esqueceu sobre o desemprego ou reprimiu a condição que não consegue encontrar uma atividade e, não possui fonte de renda que gera angustia, mas expressa o medo do desemprego, através da falta de autoconfiança pela atuação ao mover-se transitando pelo desemprego, reproduzindo atitudes descontroladas de raiva ou deslocando a raiva para seus entes queridos como a esposa, os filhos, a sogra, xingamentos contra o presidente ou parlamentares do governo, violência verbal contra empregadores e violência física contra os patrimônios públicos e dos empregadores e outros.

[...] ele reproduz o medo do desemprego não como lembrança, mas através de ações, repete a condição que está em busca de trabalho, porém não consegue encontrar uma atividade e, não possui fonte de renda, sem saber naturalmente que está repetindo as mesmas ações do passado de preocupação, ansiedade, raiva e medo e ao inscrever-se em sites de vagas pensa que não vai conseguir um emprego, por não ter desenvolvido as competências suficientes exigidas pelos empregadores e agencias de recrutamento & seleção por não ter moeda ativa para capacitação de cursos profissionalizantes e por isso se apercebe desatualizado e deficiente em relação ao concorrente.

Porém como não consegue encontrar uma atividade e, portanto, não possui fonte de renda e continua à procura de um prazer [trabalho] ou da evitação do desprazer [o desemprego], essas experiências claramente desagradáveis que são repetidas, e não parece que nenhuma instância psíquica possa conseguir satisfação em sua repetição. E a partir da condição de desempregado e, por não possuir fonte de renda, passa a fazer uma leitura mental e interpretação equivocada que dá uma ideia imperfeita do seu passado sobre as experiências desgastantes que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para o medo do desemprego que foi reprimido.

E ao repetir comportamentos de descontrole emocional e inscrições em sites de vagas porque está em busca de trabalho, e ainda não consegue encontrar uma atividade e, portanto, não possui fonte de renda. Esta repetição nada mais é do que uma tentativa, por parte do ego, de obter um controle sobre esta situação desagradável da angustia/ e ou medo, vinculando a energia libidinal. E é mediante a repetição das atitudes descontroladas de raiva e das inscrições nos sites de vagas de emprego que o aparelho psíquico consegue equilíbrio buscado pelo princípio do prazer.

Ou seja, o sujeito as vezes não tem consciência que aspectos como, a sua idade o impede de conseguir trabalhar, a sua falta de experiência, a desatualização na área, candidatar-se a outras vagas que não faz parte do seu histórico de carreira ou ainda seus conhecimentos profissionais podem estar além do exigido. Mas permanece em busca de trabalho, entretanto não consegue encontrar uma atividade e, portanto, não possui fonte de renda e repete-se o comportamento, o pensamento e o sentimento [em ato] na busca do objeto perdido [trabalho] da primeira experiência de satisfação que ficou no passado, permanecendo nos tipos de desemprego, sofrendo as consequências emocionais até o desvelar inevitável do objeto novo [trabalho] que proporcionará satisfação.

Deste modo o sujeito permanece na compulsão a repetição passando pelos tipos de desemprego, até que descortine um novo objeto de satisfação que lhe dê a mesma satisfação que a primeira experiência deu, embora isto não significa que seja o primeiro emprego. Ou seja, essa primeira satisfação pode ter acontecido, quando teve o sonho de trabalhar em alguma corporação multinacional, e conseguiu no passado, por exemplo.

A angústia surge, neste ponto, como um mecanismo operador de esquivança do sujeito para com seu próprio discurso, fazendo-o relacionar-se diferentemente com suas repetições nos diversos períodos de desemprego que percorreu. Ao usar inconscientemente o mecanismo defesa esquiva, não percebe que está se esquivando de que tem a contingência a seu favor o desemprego, que pode de modo incerto suceder ou não tornar-se um empreendedor, um home office ou ocupar qualquer outro tipo de cargo, mas sim evoluir nas valências socioemocionais que lhe será útil no momento em que regressar ao mercado de trabalho, agregadas em si mesmo além das competências profissionais os valores socioemocionais muito importantes para lidar com as pessoas no cotidiano seja, qual for o ambiente.

A repetição envolve algo de que, por mais que se tente, não se consegue lembrar [que é o trabalho da primeira experiência de satisfação]. O pensamento não consegue encontrá-lo.  O que é isso? Isso é o que está excluído do afeto significante, mas em torno de que vínculo gira. O desempregado dá voltas e mais voltas numa tentativa de articular o que parece estar em questão [um novo trabalho para aplicar as competências profissionais e socioemocionais], mas não consegue localizá-lo, a menos que alguém/ e ou psicólogo aponte o caminho. Exemplo, no passado pode ter sido o momento em que um indivíduo trabalhou numa corporação multinacional, mas agora que se encontra no descaminho, é preciso que alguém aponte a direção.

Portanto a compulsão a repetição, exige que o sujeito regresse ao caminho de desemprego que é o lugar do trabalho perdido e da satisfação perdida. Por exemplo, o indivíduo não diz que recorda que transfere deslocando raiva para o trabalho [de retificador plano], por não possuir controlo das emoções e que esse cargo inferior, não lhe permite aplicar seus saberes técnicos ou acadêmico, mas em vez disso, tem comportamentos desadaptativos na empresa ao ocupar cargo inferior levando a contrair doença psicossomática.

Portanto o desemprego é um fenômeno que tem em sua essência uma causa com intenção de causar um acidente para o desempregado, originada de um episódio principal, seja, a crise econômica, a tecnologia, a covid-19, ou com o intuito de levar o desempregado a progredir nas competências socioemocionais para aprender a defrontar-se com os conflitos, procurar por outro trabalho, afastar-se da sua profissão para escolher atuar em outra área. Mas infelizmente a visão do governo é que o desemprego não traduz a angústia de quem está desempregado no período de pandemia.

Ou seja, a preocupação do governo é com a linha de pobreza, não deixar aquele que está sem renda fixa passar fome. É lógico que esta ação é legitima e válida. Contudo a percepção do desempregado precisa ser alterada, e tomar consciência que deve buscar ajuda profissional da psicologia para suportar os tipos de desemprego que assola a sociedade, e superar o sentido que a realidade traz em relação as emoções oriundas do desemprego. Pois o desgaste emocional e os gastos financeiros são muitos ao longo do período de desemprego.

E para isso se faz necessário expandir as diferentes competências socioemocionais, em que o desempregado não dá a mínima importância, pois se enxerga sem dinheiro, e, portanto, precisa urgentemente de um emprego [salário] para prover-se, mas está com falta de recursos competências socioemocionais para resistir a situação, que o aflige no momento real que foi constatado lá no plantão psicológico pelo plantonista.  É necessário que o sujeito se avalie sobre suas competências que agora não são mais profissionais, porém socioemocionais e se possui elas ou se se precisa alarga-las para escapar do desemprego.

Podemos citar, então o autoconhecimento, o autocontrole, as decisões responsáveis, a empatia, a resiliência, a autoconfiança, o autoconceito, as habilidades intrapessoais e interpessoais. Há ainda muitas outras, entretanto neste texto teremos como foco as habilidades interpessoais. Isto porque, seres humanos desenvolvem-se a partir das relações estabelecidas entre os indivíduos, de modo que tais habilidades estão presentes em todas as interações sociais, desde situações diárias como realizar compras em um supermercado, quanto situações mais complexas, como lidar com situações conflituosas no ambiente de trabalho ou ambiente familiar.

Direto ao ponto, as aptidões interpessoais são recursos comportamentais que visam a facilitação das interações humanas em todos os ambientes. Com o objetivo de construir boas relações, as habilidades interpessoais procuram gerar ótimas conexões para alcançar bons resultados no ambiente onde está inserido. Algumas competências socioemocionais, podem ser fortalecidas na existência do desemprego, como comunicar-se com clareza na linguagem, saber ouvir, trabalhar em equipe dentro lar, aceitar críticas, ser respeitoso, proatividade, sensibilidade, trabalhar a solução dos problemas e conflitos e disciplina. Agora as competências intrapessoais, como introspecção, aceitação, autoestima, autoconceito e manutenção de pensamentos, também podem sobressair ao longo do desemprego.

 A aprendizagem destas habilidades permeia todo o desenvolvimento humano, e envolve a interação de aspectos relacionados as habilidades cognitivas, as interações do indivíduo junto ao ambiente no qual está inserido, assim como, as próprias relações sociais.  É importante destacar que no estabelecimento das interações, há o encontro de diferentes variáveis intrapessoais, ou seja, questões como crenças, valores morais, sentimentos, opiniões, preconceitos, desejos e intenções, farão parte da interação estabelecida. Desta forma, para que um indivíduo seja capaz de laborar adequadamente com as diferentes relações interpessoais, é fundamental que este apresente flexibilidade perceptual e comportamental, isto é, que consiga verificar diferentes pontos de vista e aspectos variados presentes na interação social.

Assim como, apresente autocontrole e expressividade emocional, sendo capaz de manejar seu comportamento em função da qualidade da interação, seja trabalhando ou desempregado. Também é necessário, que comportamentos pró-sociais, tais como postura empática, autoconfiança, civilidade, assertividade, façam parte da interação a fim de favorecer a qualidade da relação estabelecida no ambiente organizacional ou familiar. Portanto, considerando a importância das habilidades interpessoais, é fundamental que sejam intencionalmente estimuladas competências tais como, saber ouvir e colocar-se no lugar do outro, reconhecer e manejar emoções, exercer condutas respeitosas e empáticas, apresentar condutas criativas e adequadas para a resolução de problemas e conflitos, ser paciente e calmo, ter fé em si mesmo.

Isto pode ser amplificado trabalhando em alguma instituição ou estando desempregado, entretanto é preciso que a pessoa esteja consciente e perceba que o trabalho/ e ou desemprego lhe possibilita evoluir e crescer como ser humano. Aqui faço uma observação válida de que há sujeitos que desenvolvem a fé em Deus neste período de desemprego o que é muito saudável para a saúde mental do indivíduo. Pois, é possível compreender que ninguém exercita a fé em Deus sem ter um motivo aplausível. Ou seja, o cristão só exercita a fé em Deus quando se apercebe faltante de alguma coisa no momento, trabalho, dinheiro, saúde e outros, caso contrário qual a necessidade de exercitar a fé em Deus se já tiver tudo isto na vida.

 

 

 

Referência Bibliográfica

FREUD, A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal Popular, 1968

FREUD, S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.

FREUD, S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914). "Recordar, repetir e elaborar ", v. XII

SAPIENZA, B. T. (2004). Conversa sobre terapia. São Paulo: Educ; Paulus

YALON, I. D. (2006). Os desafios da terapia: reflexões para pacientes e terapeutas. Rio de Janeiro: Ediouro.

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