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Maldição Hereditária Existe?

 Ano 2022. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208

O presente artigo chama a atenção do leit@r a compreender se existe maldição hereditária. Vou discorrer o tema por meio da percepção psicologia e finalizando com a teologia. Onde a crença na maldição hereditária é o estado psicológico em que um indivíduo adota e se detém a uma proposição ou premissa para a verdade, ou ainda, uma opinião formada ou convicção. Na família existe em todos os membros histórias e imagine que em algum momento aconteceu algo com um ancestral como avó e agora neste presente momento ficar em ordem com a dor desta família que faz parte da sua história. Convido você leitor agora a colocar em ordem aquilo que está em desordem na maneira como está pensando e reproduzindo ações na sua vida.

Imagine que a dor que faz parte do passado, foi transmitida como uma herança de dor na alma de algo que não foi enxergado e, portanto, necessita ser percebido e compreendido, pode ser um estrupo, traição, carreira mal sucedida, bebida, religião tudo que causa dor no ser humano e não se foi olhado, isso vai passar de geração em geração até que alguém resolva olhar. O familiar pode estar sofrendo de uma crença limitante a respeito dos acontecimentos na vida, associando equivocadamente um evento específico de infortúnio atribuindo juízo de valor, levando a fazer uma leitura mental e interpretação equivocada sobre a maldição hereditária reproduzindo comportamentos desadaptativos aos longos dos anos de modo inconsciente.

Ou tentando relacionar a sua situação de balburdia a maldição hereditária para encontrar uma resposta satisfatória. Ou ainda atribuir culpabilidade a alguém por sua situação ser da maldição hereditária. O que pode nada menos ser consequências da crise econômica no país devido a pandemia ou outros fatores externos desconhecidos. Este artigo traz a percepção do ambiente psicologia e teologia na questão de maldição hereditária.

As famílias são organismos, e a vida psíquica de um emaranhado familiar é um círculo fechado, onde dramas emocionais antigos e muitas vezes violentos são encenados na escuridão secreta do inconsciente. [...] Mas, há outras coisas além de conflitos instintivos que são transmitidos na família, podendo ostentar tanto uma face criativa quanto destrutiva. O mito, novamente, é uma fonte de imenso valor para a compreensão dos padrões arquetípicos que dominam famílias geração após geração. A imagem da maldição familiar, tão cara aos mitos gregos, é um retrato vivo do legado invisível da linhagem familiar e que personifica a experiência do destino familiar. [...]

A família é o espaço privilegiado para a transmissão transgeracional, nela se articulam diversos mecanismos de identificação. As funções de contenção e elaboração do grupo familiar, como por exemplo, nas situações de violência fica comprometidas em duas dimensões – na intrafamiliar, com as agressões de todas as ordens, e na político-social, com as guerras, ditaduras, genocídios e miséria. O estudo da transgeracional ou da transmissão psíquica entre gerações, demonstra a importância do legado que é herdado dos antepassados e que constitui a riqueza dos costumes e tradições. Observa-se, por exemplo, essas características nas famílias de imigrantes, que preservando suas culturas de origem, mantém vivos a história de seus ancestrais, na medida em que valorizam o significado de sua herança e os transmitem a seus descendentes. Ou ainda carreiras de médicos que são transmitidas a geração dos filhos para dar continuidade ao legado da medicina. Também encontramos o empreendedorismo familiar que é transmitido de pai para filho na intenção de conservar o legado da empresa para a geração futura.

O trauma transgeracional é um impacto, uma transferência na qual a dor emocional, física ou social sofrida por uma pessoa em um dado momento é transmitida às novas gerações de maneiras que vão muito mais além do simples comportamento aprendido. Falamos principalmente de epigenética e sobre como a influência do ambiente pode mudar a expressão de determinados genes. Podemos afirmar, sem dúvidas, que tudo isso pode ser determinado pelo estilo de criação e pelo padrão educacional, pelo peso da lembrança e pela narrativa consciente ou inconsciente que envolve toda a dinâmica familiar. Uma dinâmica na qual o passado continua se fazendo presente de várias maneiras. No entanto, é algo que vai além, é algo que, como já afirmamos, pode inclusive chegar ao nível genético.

Exemplo de comportamento aprendido no passado e reproduzido, se numa família desestruturada existe uma mulher com atitudes de agressão. Ela atua no casamento desta forma em relação ao marido, agredindo o marido com violência verbal e física para obter seus interesses e em consequência o filho ao ver determinado comportamento da mãe acaba aprendendo e reproduzindo o mesmo comportamento com a [namorada, esposa] no futuro que será sua geração de casado. Será considerado este comportamento maldição hereditária?

Por tanto o comportamento de agressor foi aprendido na infância e recalcado no inconsciente, ou seja, segundo Piaget houve assimilação, acomodação e haverá evocação da agressão quando o filho já adulto se deparar em alguma situação semelhante na sua geração por meio do aprendizado. O cristão pode atribuir a causa, a maldição hereditária, mas não passa de uma atitude aprendida no passado e reproduzida de modo inconsciente na geração futura, explica a psicologia. Isto pode acontecer com cristãos que estiveram sujeitos a comportamentos disfuncionais dos pais, sendo ou não cristãos.

Outro exemplo, um cidadão na meia-idade que não consegue ser admitido de modo que fique adaptado e seguro num emprego, pode pensar equivocadamente ou associar as vezes que ficou desempregado está relacionado a maldição hereditária/ e ou o diabo ou ao arquétipo Deus. Mas pode simplesmente estar associado que o país passa por crise econômica, e, portanto, não existe emprego para todos ou que nos empregos anteriores não conseguiu se adaptar a cultura, valores e missão da organização. E isto não tem nada de maldição hereditária. Se for olhado para o passado de seus ancestrais é notório que o comportamento de desemprego nunca existiu naquela geração passado, pois não existia a globalização.

Surge do inconsciente do indivíduo a recordação de que ouvia sua mãe lhe dizer você se parece com o seu primo fulano de tal um vagabundo que não trabalha. É provável que esse discurso ficou recalcado no inconsciente e fez com que o sujeito reproduzisse atitudes semelhantes à de um vagabundo quando se trata de trabalhar na sociedade, vive ocioso. Se formos relacionar com desemprego que representa, indivíduo na meia-idade ativo que se encontra sem trabalho remunerado vivendo a ociosidade involuntária ou ociosidade voluntária consciente. Este discurso pode ter propiciado ao adulto uma carreira profissional de infortúnios com ausência de sucesso, pois levou o adolescente a ser comparado com um parente com atitudes ociosas na questão de emprego.

O dialogo materno daquela geração, onde a crença limitante materna sobre o filho, mostra ter insegurança ou medo que o filho reproduza o mesmo comportamento inadequado do primo, e influência inconscientemente o adulto na geração posterior a reproduzir atitudes semelhantes a do primo, a isto chamamos de atitudes transgeracional de acordo com a psicanálise. Alguns podem até chamar de maldição hereditária se avaliarem de modo errado.

Há muitas pessoas que vivem ancoradas/ e ou demoram-se em momentos do passado que já não existem; isso impede que elas vivam sua realidade, desfrutem do presente e pensem no seu futuro, por estarem com atenção seletiva na crença limitante ou na maldição hereditária. Viver no passado atrapalha os seus sonhos e metas, além de afastar pessoas da sua vida. Quantas vezes nos vemos agarrados a lembranças, a imagens do ontem, a situações de desemprego, de infortúnio, a pessoas do passado, sem ao menos nos darmos conta de que para viver o nosso presente, é necessário criar novas crenças. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que foram reprimidos.

As crenças limitantes: a psicologia por trás do que lhe impede de mudar sua vida para melhor. As crenças limitadoras nada mais são do que bloqueios mentais – a pessoa toma para si certas verdades como se fossem verdades absolutas, quando na realidade elas não passam de algo imaginário, acreditar em maldição hereditária, por exemplo. Ordem representa dispor algo para funcionar de forma eficiente, adequar algo ou dispor [as coisas] de modo que concorram para um determinado fim. Desordem representa que há ausência de organização, está em desarrumação, em desalinho, em confusão, em balburdia, em briga.

A consciência permite ao ser humano ter a ciência do que está à sua volta e também ter a ciência de si mesmo. Também permite ao ser humano orientar-se na vida e se adaptar às situações de vida.  A consciência reflete sempre a individualidade e unidade do ser humano e é obviamente lugar de todas as percepções, pensamentos e emoções do indivíduo. Ter consciência crítica é ter ousadia de procurar, questionar, perguntar, inventar, desmistificar, reconstruir e buscar saber o porquê e o para quê das coisas, após uma rejeição da realidade. A consciência humana pode passar por diferentes estados e pode ser afetada por uma variedade imensa de fatores.

O indivíduo consciente vive em constante observação e reflexão. Um dos fatores que nos impedem de superar o passado é a dificuldade para aceitar o que aconteceu e que já está fora do alcance das nossas ações. Repense agora como a crença limitante da mãe no exemplo citado acima, influenciou de modo inconsciente a vida do sujeito na sua geração. Então o fato deste mesmo indivíduo não ter conseguido ser bem sucedido se atribui a maldição hereditária, é claro que não. Entretanto a ausência de sucesso na sua vida está alocada a transgeracionalidade psíquica. Este indivíduo foi lançado de modo inconsciente em situações maléficas, em organizações, onde não conseguia se adaptar e ajustar seu pensamento, sentimento e comportamento o que chamamos de tríade cognitiva da crença, na psicologia cognitiva.

Onde encarou crises econômicas, divórcio, desemprego, a globalização, a chegada da tecnologia, a chegada da meia-idade e o desemprego novamente dentre outros. Em outras palavras, crenças limitantes são crenças rígidas demais para sofrer atualizações úteis e necessárias ao longo da vida da pessoa, atrapalhando sua adaptação no ambiente organizacional, ambiente familiar, no casamento, na amizade e por aí vai. Crenças definem algo, se minha mãe me vê como um vagabundo, como vou me enxergar como um trabalhador, exemplo. Estas crenças falsas é que determinam regras de conduta.

Crenças limitantes são como verdades absolutas que, em algum momento, ao longo da sua vida levam o indivíduo a agir como tal. No decorrer de nossas vidas, recebemos milhares de sugestões, estímulos e experiências, tanto de pessoas quanto de situações que estão constantemente ao nosso redor, que aos poucos vão moldando a forma como nós somos. Crenças são ideias generalizadas sobre um tema, que organizam nossa percepção e definem nosso comportamento sobre este tema com a função de nos adaptar. Além disso, elas também definem como avaliamos os resultados e comportamentos que temos sobre o tema.

Obviamente, a crença também vai afetar tudo o que está relacionado ao tema, com isso, se torna complexa. Esses temas podem ser amplos como eu, mundo, pessoas ou específicos como competências ou situações. Sentimos as crenças como se fossem a verdade, porque quando as formamos, elas possuem valor de sobrevivência [juízo de valor], por este motivo é difícil mudar uma crença, mesmo que seja limitante.

Portanto, a crença é identificada através de sua função e não de seu conteúdo. A crença não deve ser identificada pelo que a pessoa diz, mas sim, pelo efeito que tem nela. Esta é a diferença entre o discurso e a crença, o primeiro é algo que a pessoa diz, o segundo organiza o que ela faz e sente. Logo, uma pessoa pode ter um discurso sobre um tema [maldição hereditária], mas agir a partir desta crença que é completamente diferente do discurso.

Quando a crença se torna limitante? Por definição, toda crença é limitante, pois é uma ideia generalizada sobre algo [exemplo, maldição hereditária], logo ela limita nossa percepção do mundo. Porém quando essa ideia generalizada ajuda a pessoa a se organizar no mundo pode ser prejudicial. Como a crença de maldição hereditária possui valor de desgraça, a tendência é que ela não vença a contrariedade. Isso faz com que a pessoa crie comportamentos desadaptativos em relação ao mundo, ao ambiente organizacional, ao casamento, a profissão e isso gera ansiedade, raiva, frustração. Porém, a angustia é validada pela própria crença [juízo de valor]. No caso acima, a pessoa se define como amaldiçoada/ e ou desgraçada e entende que não pode ser bem sucedida com gratificações/e ou recompensas por causa disso. E que merece estar em situações de escassez de dinheiro, de emprego, de clientes no consultório e o que você pensar enquanto está lendo o artigo que pode se relacionar com você.

Se ela for competente, ou seja, que tem capacidade para tomar conhecimento sobre o que é maldição hereditária, avaliando e julgá-la como ineficaz passa então a desmistificar à crença de maldição hereditária [uma crença hereditária que não pode ser sucedido, por exemplo] e se não usar essa competência e não compreender o que é maldição hereditária, irá sofrer [ficará triste, angustiada]. Desmistificar é desfazer uma crença em mentiras, desfazer o mistério, desmascarar, perceber a maldição hereditária sem máscara como é na realidade, denunciar um erro, fralde, engano ou ainda, esclarecer uma situação misteriosa, desenganar-se sobre alguém sobre o mito de perfeição criado, desmascarar o mito criado, retirar as qualidades de perfeição atribuídas a maldição hereditária de forma consciente ou inconsciente, perceber a maldição hereditária com suas fraquezas. É ter o discernimento de saber o que é o meu desejo e o que achava que era meu desejo, quando na verdade era de um outro. É o outro que quer me amaldiçoar ou sou eu quem quero ser amaldiçoado. Portanto, desmitificar é desfazer um mito, retirar o caráter lendário.

A desconstrução na vida é um processo de desfazer o que foi feito usando como base a consciência. Nós não fomos criados para a destruição, mas sim para construção, desconstrução e reconstrução. A vida são construção, desconstrução e reconstrução. A destruição é algo externo que vem sobre nós. Desconstruir é fazer o caminho inverso do que construí. Destruir e derrubar de qualquer forma o que construí. Percebe a diferença? Ou seja, o indivíduo construiu a crença que está amaldiçoado e por isso é necessário destruir, substituindo por meio do mecanismo defesa substitutivo esta crença falsa por uma crença mais realista.

Desmistificar é um processo que evita a destruição – Pois quando desmistifico construo e traço outros parâmetros para mim mesmo em ações que fiz no passado. Esses parâmetros são formas amadurecidas para não cometer os mesmos erros. A desconstrução é na realidade criar o filtro da consciência nas decisões da vida, usando como base o passado. Quando entendo meu passado posso desconstruí-lo para reconstruí-lo. Ou seja, quando depreendo o que é maldição hereditária e estado transgeracional posso desmistificar-me destas crenças inconscientes.

Destruir é sempre uma atitude impensada, ou pouco pensada e muitas vezes instintiva ou impulsiva. Já desmistificar é uma atitude que vem com o amadurecimento, através de uma autoanálise de todos os fatores e pontos relacionados com determinada situação, como a maldição hereditária. Existem algumas crenças: Crenças hereditárias são a herança dos registros criados pelos pais e familiares, desde a tenra infância. Elas são positivas ou negativas, e podem ser reforçadas na vida adulta. Se, por exemplo, uma criança é muito elogiada pelos pais e professores pela habilidade com números, por exemplo, a pessoa pode sentir-se estimulada a se desenvolver mais nessa área, até seguir carreira, se desejar. Já o contrário, caso seja tomado como verdade pelo indivíduo, pode ser a receita do fracasso na área, se tornando assim uma crença limitante, como eu não sou bom com números ou eu sou um vagabundo.

As crenças sociais são parte da cultura enraizada em uma sociedade, e reproduzida pela mídia e nosso círculo de convívio.  Ou ainda as crenças religiosas reproduzidas pelos cristãos na sociedade. Um muito comum é que só gente magra é bonita. Isso pode levar uma pessoa a ser insatisfeita com sua aparência caso não se sinta dentro dos padrões desta crença social, que não retrata uma verdade absoluta, e sim uma ideia instalada culturalmente. Ou ainda aquele cristão não tem sucesso em algumas áreas de sua vida porque está com maldição hereditária familiar.

E no caso das crenças pessoais, elas são criadas a partir das experiências do indivíduo. Elas podem sofrer influência das anteriores [hereditária e social], mas se torna uma crença pessoal a partir do momento que, ao vivenciar uma experiência, a pessoa toma aquela única experiência como verdade absoluta. Por exemplo, uma pessoa que não passou no exame de volante, ao tentar tirar sua primeira habilitação, pode acreditar que nunca vai conseguir dirigir. Se esta única experiência for absorvida como uma verdade absoluta, este indivíduo terá desenvolvido uma crença limitante em relação a incapacidade de dirigir. Ou, um indivíduo na meia-idade não consegue emprego, pode acreditar que a meia-idade é uma crença limitante que o impede de conseguir emprego.

Discorrendo agora sobre maldição familiar, ela inicia conforme o ciclo: 1. Ideal: Uma determinada geração propõe-se a um plano ou meta, em um momento específico, que quando não atingido naquela geração pode ser ou abandonado e dar origem a novas ideias e plano ou então pode cristalizar-se enquanto frustração e passar para a geração seguinte de forma disfuncional, através de segredos e mensagens subliminares, por exemplo e gerando um rito para a geração seguinte. 2. O rito é herdado através de comandos como [você tem que], estabelecendo repetição de comportamentos e fatos. Se nessa etapa houver tomada de consciência sobre as mensagens cristalizadas disfuncionais, podem criar-se novas ideias acerca dos acontecimentos presentes, liberando mensagens e comunicações que eram adequados para os contextos da geração anterior.

Se não houver consciência, a repetição cria hábitos cristalizados, que dão origem ao mito. 3. Mito são comportamentos e crenças inconscientes e subliminares que tornam o sistema em questão [familiar ou organizacional] disfuncional, patológico, considerando-se a forma como tornam-se inadequados ao momento presente. Ele traz condições como se você não fizer X, acontecerá Y, com regras implícitas do que pode ou não ser dito, feito ou realizado e penalizando aquele que descumprir essas regras com castigos como a exclusão e discriminação do grupo familiar que perpetua o mito originado em gerações antepassadas.

Agora tratando o tema no ambiente teológico, sim, na Bíblia existe maldição hereditária, que acontece quando pais e filhos transgridam os mandamentos de Deus. O pecado traz maldição. No entanto, nem todo problema é resultado de maldição hereditária. Jesus Cristo veio para nos libertar da maldição do pecado. Uma maldição hereditária é um problema que surge por causa de pecado na família. Todos herdamos várias caraterísticas de nossos pais e avós, exemplo, a cor do cabelo, a cor da pele, o tamanho do nariz, inteligência ou talentos. Da mesma forma, podemos herdar algumas influências espirituais. Mas essas caraterísticas físicas, psicológicas e espirituais não definem tudo que fazemos. Cada pessoa é responsável por suas ações.

Cristo chegou para libertar de toda maldição do pecado [Romanos 5:15]. Isso significa que, quando u sujeito se converte, pode ser livre de qualquer maldição hereditária. Assim, o cristão tem poder para tratar de qualquer problema espiritual e viver na liberdade de Jesus. Romanos 5:15 - Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa. Porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos.

No entanto, as ações do diabo lutam para que cada cristão não viva a vida plena que Deus preparou [1 Pedro 5:8]. Ao longo de sua vida, o crente vai descobrir que há áreas de sua vida que precisam ser tratadas por Deus. Esse é o processo de santificação. Às vezes alguns desses problemas poderão estar ligados coisas que ocorrem na família. Observação, nem todo problema está ligado a maldição hereditária. Se alguém tem dúvidas sobre a origem de algum problema em sua vida, deve pedir a Deus que lhe revele. Com ou sem influência de maldição hereditária, cada um é responsável por sua própria transgressão [pecado].

No livro de Ezequiel 18:19- 20. – 19 Mas dizeis: Por que não levará o filho a iniquidade do pai? Porque o filho procedeu com retidão e justiça, e guardou todos os meus estatutos, e os praticou, por isso certamente viverá. 20 - A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai levará a iniquidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele. No livro de Provérbios 26:2 - Como ao pássaro o vaguear, como à andorinha o voar, assim a maldição sem causa não virá. Ou seja, aquela pessoa que não acredita que algum ser humano tem o poder para amaldiçoar, isto não acontecerá, por isso para que aconteça a maldição se faz necessário que o sujeito tenha a crença nela.

 E no livro de Êxodo 20.5,6 “Não adore essas coisas, nem preste culto a elas, porque eu, o Senhor, seu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam, mas faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.”

No livro de Gálatas 3.10,11 “Pois todos os que são das obras da lei estão debaixo de maldição, porque está escrito: “Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da Lei, para praticá-las.” E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque “o justo viverá pela fé”.”

Pela Graça somos livres da maldição da lei. Se antes houvera uma lei que determinava que a maldição atingisse até a quarta geração de uma pessoa, hoje sabemos que pela Graça de Jesus podemos ser livres de todo mal. Não estamos mais debaixo da lei e sim da Graça [Romanos 14.6] que é Dom gratuito de Deus [Romanos 6.23].

Jesus nos deu autoridade para expulsar todo mal [Lucas 10.19] e para que tudo o que ligarmos na terra seja ligado nos céus e o que desligarmos na terra seja desligado nos céus (Mateus 18.18) então temos poder para desligar toda maldição e ligar as bênçãos da Palavra de Deus.

No livro de Gálatas 3:13 - Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro. Ou seja, aquele que entregou sua vida a Cristo Jesus está liberto de toda maldição hereditária.

No livro de Provérbios 16:9 - O coração do homem planeja o seu caminho, mas o SENHOR lhe dirige os passos. Ou seja, o homem planeja para quais agencias de emprego enviara currículo, mas o senhor controla os acontecimentos.

Provérbios 20:24 - Os passos do homem são dirigidos pelo SENHOR; como, pois, entenderá o homem o seu caminho? Ou seja, os acontecimentos na vida do homem são controlados por Deus, por tanto o homem não consegue entender por onde está transitando.

Marcos 10:27 - Jesus, porém, olhando para eles, disse: Para os homens é impossível, mas não para Deus, porque para Deus todas as coisas são possíveis. Ou seja, Deus está controle de todas as coisas. Até no desemprego do sujeito na meia-idade é Deus que lhe permite ou não ser admitido de modo que fique adaptado e seguro num emprego ou não.

Já ouviu falar sobre o efeito placebo. Sendo assim, não é preciso ser uma bruxa de mil anos para infligir dor a seus inimigos, basta ter a ciência e a comprovada capacidade da psicologia ao seu lado para convencer as pessoas de que suas maldições são eficazes. Para tanto, vamos perscrutar o efeito Nocebo. Você com certeza já ouviu falar do efeito placebo, o fato de que pílulas de açúcar aliviam sintomas de pacientes, apesar de não terem medicação nenhuma. O efeito Nocebo é o oposto. Do mesmo modo que pessoas que acreditam estar tomando um remédio, se curam mesmo sem tê-lo tomado, pessoas que ouvem possíveis efeitos colaterais têm maior probabilidade de senti-los [por exemplo, pessoas informadas de que uma pílula irá causar-lhes dores de estômago vão sentir dores de estômago].

A maldição Nocebo é fácil fazer alguém acreditar na sua maldição. Tudo o que você precisa fazer é criar o ambiente psicológico ou teológico certo. Se percebida de acordo, imagine agora um sujeito desempregado, que está a ponto de se tornar um desalentado, por ter inúmeras decepções na procura de emprego. Então alguém lhe diz que sua ausência de êxito no que se refere a ser admitido de modo que fique adaptado e seguro num emprego é influência de maldição hereditária, crença transgeracional ou crença limitante. Caso este indivíduo não seja, um sujeito que tem capacidade para tomar conhecimentos sobre como funciona o mercado de trabalho, como a crise econômica e a pandemia afeta o mercado de trabalho, as dificuldades de falta de atualização e a meia-idade impedem a contratação, saber que não existe emprego para todos os cidadãos dentre outros e não avaliar esses temas e julgá-los como efetivo, passará a ter a crença na maldição hereditária, pois agiu de modo autômato, alienado, destituído do ato de pensamento crítico. E se não usar essa competência e não depreender intelectualmente o que é maldição hereditária, irá sofrer [ansiedade moral e culpa], entrando numa compulsão a repetição da maldição hereditária que atua por meio da ansiedade moral e culpa. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.

Sigmund Freud, classificava a ansiedade em três tipos: Realística, Neurótica e Moral. Sendo elas: A realística seria o medo de alguma coisa do mundo externo [por exemplo, estou sendo punido pelos pais, por Deus, pelo diabo, pela maldição hereditária]. A ansiedade moral é aquela que decorre do medo de permanecer sendo castigado com a desgraça, com a escassez de recursos financeiros, com a privação de emprego [sentirei culpa se fizer o que estou querendo fazer, que é não acreditar na maldição hereditária, não acreditar que o diabo está me punindo ou não acreditar que Deus está me impedindo de trabalhar]. E a ansiedade neurótica que é o medo inconsciente, não se sabe qual é o objeto. Esta última ocorre devido à natureza perturbadora e assustadora, cuja consciência não possui estruturas no momento, porém quando é analisada a ansiedade se torna realista ou moral.

Como identificar minhas crenças limitantes? Uma das formas de descortinar uma crença limitante é analisar se ela tem um porquê coerente. Basta, após uma crença, responder com um porquê. Peguemos um exemplo, uma pessoa diz que não consegue ser bem sucedida na carreira profissional. Basta esta pessoa responder, eu não consigo ser bem sucedido porquê? Existe um fundamento? E falar que o diabo é a causa, ou a meia-idade é o obstáculo, ou não existe empregos para todos, ou Deus está permitindo permanecer em ociosidade ainda, chegar a pensar em maldição hereditária. Essas crenças são respostas aplausíveis.

Como superar crenças limitantes? 1. Identifique quais crenças limitantes o impedem de agir. [E falar que o diabo é a causa, ou a meia-idade é o obstáculo, ou não existe empregos para todos, ou Deus está permitindo permanecer em ociosidade ainda, chegou a pensar em maldição hereditária]. 2. Reconheça que é apenas uma crença. [Crenças são ideias generalizadas sobre um tema, que organizam nossa percepção e definem nosso comportamento sobre este tema com a função de nos adaptar que podem ser crenças falsas e verdadeiras]. 3. Conteste a sua própria crença/ e ou sujeite a discussão por não se estar de acordo, ponha em dúvida a crença e contradiga a crença que fala que o diabo é a causa; ou a meia-idade é o obstáculo; ou não existe empregos para todos; ou Deus está permitindo permanecer em ociosidade ainda; a causa é maldição hereditária].

4. Defina qual é o objetivo que deseja alcançar. [libertar-se da culpa moral, ter controle sobre a ansiedade e pensar de modo coerente mais realista com a realidade]. Porque a ansiedade realística seria o medo de alguma coisa do mundo externo [por exemplo, estou sendo punido por Deus, pelo diabo ou pela maldição hereditária]. A ansiedade moral é aquela que decorre do medo de permanecer sendo castigado com a desgraça, com a escassez de recursos financeiros, com a privação de emprego [sentirei culpa se fizer o que estou querendo fazer, que é não acreditar na maldição hereditária].

5. Perceba as consequências. [raiva, insegurança, busca inconsciente por proteção, amparo, desânimo, desesperança, frustração e atitudes desadaptativas reproduzidas no ambiente, permanecer em ansiedade moral e culpa por crer nas crenças disfuncionais]. 6. Adote uma nova crença [substitua a crença limitante por uma crença mais realista.] Crença falsa, eu sou desempregado. Crença realista: eu desejo e consigo arrumar um emprego na meia-idade, mesmo com minhas inseguranças porque em realidade eu sou autoconfiante. Outra crença realista: eu sou competente o suficiente para conseguir um emprego na meia-idade, porque eu desejo e consigo. Mais uma crença realista: eu realmente não sei, quão bem eu me adaptarei a cultura, valores e missão de uma empresa, até que eu me sinta adaptado e seguro comigo mesmo.

Ao indivíduo se faz necessário compreender psicologicamente, em si mesmo que não é vagabundo, uma vez que já trabalhou em várias organizações em cargos inferiores e na sua formação técnica, mesmo vivenciando e experienciado o desemprego em diversos momentos de governos em crise e não adaptação das funções operacionais nas organizações e a meia-idade se coloca como um obstáculo real na inserção no mercado de trabalho. Todavia agora como adulto tomou conhecimento da crença inconsciente disfuncional da juventude advinda da figura materna que não tinha intenção de causar crença de maldição hereditária no próprio filho, mas que levou ao estado transgeracional psíquico estudado em psicanálise e que levou por caminhos da ociosidade no trato de trabalhar, ao agir inconscientemente com ações de vagabundo e inconstante/ que muda frequentemente de pensamento, humor e de forma imprevisível perante o mercado de trabalho devido as contrariedades não suportadas pelas profissões inferiores e técnica.

Outro desvelar é que por meio do mecanismo defesa fantasia, imagina inconscientemente que existe uma instituição, onde é possível se sentir protegido pela hierarquia e consiga se adaptar a cultura, os valores morais e missão da corporação. Ou seja, a cultura, os valores e missão devem se aproximar da internalização do Superego para que não haja conflito. Essa hierarquia pode ser, paternalista, democrática ou socialista, exemplo. Isto remete o indivíduo ao mecanismo defesa regressão a agir com comportamentos infantis por se sentir inseguro e desamparado pela falta de um cuidador enquanto adulto.

E neste caso de modo inconsciente, solicita os cuidados de um protetor igual aos pais na infância, o que causou a não adaptação nas empresas anteriores, porque a cultura, os valores e missão do Superego destoa da cultura, valor e missão organizacional. Neste caso é provável que solicite o cuidado da figura materna que o super protegia, por considerar que a bronquite asmática o tornava frágil e precisaria de cuidados especiais e não poderia trabalhar.

Surge a resistência de ganho secundário do ego, onde esses ganhos secundários oriundos dos sintomas são bem conhecidos sob a forma de vantagens e gratificações obtidas da condição de estar doente [bronquite asmática] e de ser cuidado [pelas figuras paternas] ou ser objeto do compadecimento dos outros, ou sob a forma de gratificação de impulsos agressivos vingativos para com aqueles [pais, cuidadores] que são obrigados a compartilhar o sofrimento do paciente [que tem bronquite asmática]. A causa da resistência era a ameaça ao aparecimento de ideias e afetos desagradáveis, como a raiva. Essas ideias tinham sido reprimidas e resistiam à rememoração por serem de natureza dolorosa e capazes de despertar afetos de vergonha, autocensura, dor física. [...] Esse medo marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162).

Já no ambiente teológico precisa avaliar sua conduta se está em transgressão ou não e sua fé racional, ou seja, sua crença em Deus, no diabo. E entender quando é Deus agindo por meio do desemprego, quando é o diabo e que maldição hereditária a essa altura é improvável, porque entregou sua vida a Cristo Jesus. Exercitar o perdão, perdoando a figura materna que falhou, na intenção de proteger o filho, impedindo que se tornasse de fato um vagabundo ao comparar o filho com o primo, pois a mesma não tinha consciência que causaria uma influência inconsciente na psiquê do adulto, gerando uma crença inconsciente disfuncional na sua vida, levando a agir de acordo com a crença inconsciente limitante.

Portanto, se presume que o adulto agora que se encontra na meia-idade, identificou a crença através de sua função e não de seu conteúdo. A crença não foi identificada pelo que o adulto pensava ser um desempregado que está associado a vagabundo, contudo sim, pela consequência que tem a crença disfuncional desempregado.

Esta é a diferença entre o discurso e a crença, o primeiro é algo que o adulto pensa sobre si mesmo, sou desempregado/vagabundo/ocioso; o segundo organiza como o adulto pensa, sente e se comporta, ou seja, reproduzindo ações desadaptativas nos ambientes presencial e virtual e na procura por emprego. Em consequência o adulto na meia-idade pode ter um discurso sobre o tema [desempregado], mas para agir a partir desta crença é necessário que esteja alienado ao discurso. Inconscientemente o adulto pode agir reproduzindo atitude de ociosidade ou de vagabundo perante os olhares de outras pessoas, por estar demorando muito a estar adaptado e seguro num emprego, ou seja, demorando para encontrar um trabalho.

O mesmo vale para, se o sujeito acreditar que Deus [impede de ser admitido de modo que fique adaptado e seguro num emprego], tenderá a reproduzir atitudes inconscientes desadaptativas na busca por um trabalho, por estar lhe faltando orientação quanto ao emprego esperado por Deus e não pelo sujeito.

Em consequência o adulto na meia-idade pode ter o discurso [Deus fechou todas as oportunidades que eu desejo] e para agir a partir desta crença é necessário que esteja alinhado no pensamento, sentimento e comportamento teológico da fé racional, ou seja, a tríade da crença teológica, atribuindo a responsabilidade e culpabilidade por não conseguir nenhum trabalho, por mais inferior que seja a Deus. Porque não enxerga o ambiente adaptativo e seguro para executar o trabalho. Mas qual trabalho? Lhe permitirá lidar com as inseguranças, se sentir protegido, acolhido, amparado por uma figura paterna institucional.

A utilidade e uso da crença no diabo, agora se sujeito crer que o diabo [é obstáculo que o impede de ser admitido de modo que fique adaptado e seguro num emprego], aproximar-se-á a reproduzir inconscientemente comportamentos desadaptativos/disfuncionais nos ambientes internet na procura de vagas de emprego e no ambiente igreja. Em contrapartida o adulto na meia-idade pode ter um discurso sobre o tema [diabo], mas para agir a partir desta crença é necessário que esteja disposto a elaborar como verdade absoluta o discurso por se tratar de questões teológicas, usando o diabo como meio para justificar a ausência de êxito nos esforços empregados na procura por emprego.

E agora resta ao indivíduo avaliar julgar através do juízo de valor, já que desconsiderou ou desmistificou a crença de maldição hereditária. O que sobra então, será Deus ou o diabo. Caso seja ambos, o que o indivíduo pode fazer a nível de percepção psicológica e teológica. Na percepção psicológica só resta continuar a compulsão a repetição dos envios de e-mails de vagas de emprego. Na percepção teológica, só resta permanecer orando a Deus para que enxergue o trabalho a ser admitido de modo que fique adaptado e seguro. Confesse seus pecados e se revista das armaduras de Deus no livro de Efésios 6:10-11. 10 - No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.11 - Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.

Infelizmente há muitos cristãos que ainda pensam estar em maldição hereditária em consequência de muitos fenômenos que estão acontecendo na sociedade e acabam atribuindo a causa por meio do mecanismo defesa generalização como sendo maldição hereditária. Exemplo, um cidadão cristão tem um automóvel que foi posto a venda há três anos e somente agora a poucos dias foi executada a venda do veículo. Equivocadamente o proprietário do veículo pode atribuir a demora pela venda do automóvel como a causa a maldição hereditária.

E os outros fatores que não levou em consideração por agir como o senso comum no modo destituído de informação ou desinformado  e por estar focado na atenção seletiva da maldição hereditária que desconsiderou os estímulos, livre arbítrio das pessoas, poder aquisitivo da classe interessada pela compra, gosto como a cor,  marca e ano do automóvel, meio de comunicação usado para realizar a venda,  se foi por agencia de veículos, anúncios em internet, por exemplo, a pandemia forçou o não gasto com artigos que não seja de necessidade básica como alimentos, medicamentos e outros.

 Esses cristãos atribuem tudo que tem efeito negativo em suas vidas a maldição hereditária ou o diabo. E Jesus, onde está em suas vidas. Noto ausência de compreensão e leitura das escrituras do evangelho. Ou ainda ouço cristão dizendo que Deus revelou a outro crente que se intitula até de pastor(a) que o diabo tem legalidade de maldição hereditária ainda na vida do crente, porque o mesmo se encontra em não conformidade com as leis espirituais, mesmo depois ter entregue a vida a Cristo. Para não estar em conformidade com as leis, somente se o crente estiver vivendo em transgressão ou abandonou a Deus.

A fenômenos naturais, como a simples venda de um veículo é notório a falta de discernimento, ausência do senso de julgar as coisas com coerência, porém um juízo de valor elevado negativo quando se trata do tema maldição hereditária e o diabo. Constato crentes com crenças limitantes operando em suas vidas. Isto não descarta até o psicólogo que tem como religião o cristianismo de atuar dentro das crenças limitantes e crer na maldição hereditária, mesmo depois de ter entregue sua vida a Jesus Cristo, por estar vivenciando uma série de infortúnios na vida, no consultório e por aí vai.

É possível a você leit@r elaborar a crença que está em desordem na sua consciência e que a leva a reproduzir atitudes desadaptativas nos ambientes, seja organizacional ou familiar, através da leitura e reflexão deste artigo.

 

Referência Bibliográfica

BÍBLIA, A.T. Êxodo, Ezequiel, Provérbios. N. T. Mateus, Marcos, Lucas, Romanos, Gálatas, 1Pedro. In BÍBLIA. Português. Bíblia Evangélica: Antigo e Novo Testamentos. Tradução Versão de João Ferreira de Almeida Corrigida 1948 (JFAC). São Paulo

FREUD, A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal Popular, 1968

FREUD, S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.

FREUD, S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914). "Recordar, repetir e elaborar ", v. XII

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