Ano 2022. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo chama a atenção do leit@r a compreender a atitude chantagista
tanto do cristão como do sujeito comum na sociedade perante as pessoas e o seu
criador [Deus]. A esta forma de manipulação psicológica através da qual uma
pessoa tem por objetivo levar a outra a satisfazer os seus desejos, através da indução
de sentimento de culpa, ameaça ou remorso chamamos chantagem emocional e pode
ocorrer em vários contextos relacionais tais como os conjugais, familiares, organizacionais,
sociais e eclesiásticos, dentre outros. A chantagem emocional nem sempre é fácil
de ser percebida. Isso porque o chantagista usa diversos recursos, inclusive de
culpabilizar a vítima. Ela é usada para obrigar a outra pessoa a abdicar de
suas decisões e até mesmo do seu bem-estar em função dos interesses do
chantagista.
Assim
sendo, você, enquanto representante de uma espécie biológica que se relaciona
de diversas formas em locais diferentes, está sujeito a uma grande
variabilidade de chantagens emocionais. Isso significa que, no momento em que
lê este texto [sentado em seu quarto, no escritório, na faculdade], você está
inserido em um contexto de aprendizagem para avaliar seu comportamento
chantagista aí na sua consciência.
Alguns
aspectos de uma chantagem podem ser conscientes e outra parte fundamental é
realizada pelo ego inconsciente. As chantagens são repetições das produções
defensivas realizadas pelo paciente em sua vida. As diversificações dos
fenômenos psíquicos podem ser objetivadas na chantagem, mas, qualquer que seja
sua fonte, a chantagem age através do ego do paciente. A chantagem é um
mecanismo inconsciente ligado à parte do eu regida pelo princípio de realidade,
que procura saídas contra a invasão dos elementos indesejáveis provenientes do
próprio inconsciente e dos conteúdos recalcados. Quanto mais pressionado o eu
se encontro, mais fortemente se apega a chantagem.
A
chantagem de e ganho secundário: Esses ganhos secundários oriundos dos sintomas
são bem conhecidos sob a forma de vantagens e gratificações obtidas da condição
de chantagear e de ser controlador ou ser objeto do compadecimento dos outros,
ou sob a forma de gratificação de impulsos agressivos vingativos para com
aqueles que são obrigados a compartilhar o sofrimento do chantagista.
O
chantagista torna quase impossível perceber como ele está nos manipulando,
porque cria uma névoa espessa [de medo, obrigação e culpa] que obscurece suas
ações. Se você pensa que apenas pessoas muito ingênuas podem cair em chantagem
emocional, está totalmente enganado. [...] Esse medo marcará nossa
memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto
uma situação de perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de
desamparo” (Freud, 2006, p.162).
Para
começar, vamos entender o seguinte, o efeito da chantagem depende mais do
manipulador do que da vítima. Em segundo lugar, saiba que a chantagem emocional
pode ser bastante sutil. Chantagem emocional é uma forma de manipulação
psicológica, onde o tom de ameaça se faz bastante presente. O chantagista se
vale da conexão [vínculo afetivo] que possui com a vítima para obter o que
deseja, insinuando consequências negativas, caso seja contrariado.
A
chantagem emocional é uma forma poderosa de manipulação em que as pessoas
próximas a nós ameaçam nos punir, direta ou indiretamente, se não fizermos o
que elas querem. Chantagistas emocionais sabem o quanto valorizamos nosso
relacionamento com eles. Eles conhecem nossas vulnerabilidades e nossos mais
profundos segredos. Eles podem ser nossos pais ou parceiros, chefes ou colegas
de trabalho, amigos ou amantes. Não importa o quanto eles se preocupem conosco,
eles usam esse conhecimento íntimo para ganhar nossa conformidade.
Ameaça
de punição: É o tipo de abuso psicológico mais evidente, pois o chantagista
deixa claro que é capaz de prejudicar a vítima, se ela não ceder às suas vontades.
A punição pode envolver um dano material, físico ou afetivo. Mas também pode se
anunciar por meio de tratamento silencioso ou comportamento agressivo, quando a
vítima não faz exatamente o que o manipulador deseja.
Ameaça
de autopunição: O chantagista se vale da preocupação do outro, afirmando que
causará mal a si próprio caso suas exigências não sejam atendidas. As ameaças
podem envolver comportamentos de risco, como dirigir embriagado, dormir na rua,
parar um tratamento médico ou abandonar o emprego. Práticas de automutilação [promover
ferimentos físicos] e ameaça de suicídio também são usadas por auto punidores
para coagir suas vítimas.
Vitimização:
Pessoas que não aceitam [não] como resposta podem se fazer de coitadas para
obter comoção. A principal tática é transferir culpa, de modo que o sofrimento e
o fim dele pareça de total responsabilidade do outro.
Recompensa
condicionada: Manipuladores podem prometer recompensas e agrados, desde que
suas necessidades sejam atendidas. Esse tipo de pressão psicológica é, talvez,
o mais perigoso, pois, muitas vezes, soa como uma oferta ou troca de
gentilezas. No entanto, também é comum que a recompensa seja sempre adiada.
Num
relacionamento íntimo, por exemplo. A pessoa pode afirmar que irá mudar, a
partir da flexibilidade do outro. Porém, quando o manipulador é cobrado em
relação à sua promessa, impõe novas condições à mudança. A manipulação
emocional é marcada por sentimento de culpa, remorso, pena, medo e obrigação,
vivenciados pela vítima. Causa profunda insegurança e ansiedade. Também gera
dúvidas quanto ao certo e errado no relacionamento. Tanto que, muitas vezes, a
pessoa chantageada questiona a sua forma de pensar e agir, julgando que cabe a
ela se adaptar.
Uma
ameaça é feita: O abusador faz com que a vítima se torne responsável pelo
efeito negativo que sua recusa irá causar. O intuito é forçar a vítima a mudar
de ideia, para evitar um aborrecimento mais sério. São hábeis em se esquivar de
responsabilidades. Ou dão desculpas vazias para justificar compromissos que
eles próprios assumiram, mas não cumpriram. Eles ameaçam fazer mal a si
próprios ou, de algum modo, prejudicar o parceiro. Essas ameaças até podem
acontecer em tom de brincadeira, mas insinuam avisos de consequências sérias.
A
fim de intimidar, coagir ou sensibilizar, chantagistas usam frases como: “Se
você me deixar, vou me matar.” “Se você não atender meus sonhos, vou deixar de
seguir você Deus”. “Foi você quem me colocou nesta situação Deus, então é
obrigação sua me tirar dela”. “Faço tudo por você! Por que você não pode fazer
isso por mim?” “Eu vou fazer você sofrer.” “Você vai se arrepender.” “Se você
não se afastar daqueles seus amigos, não conte mais comigo.” “Você deve estar
ficando louco! Eu nunca disse/fiz tal coisa.” “Olha o que você me fez fazer!” “Não
é minha culpa.” “Me deixa morrer enquanto eu durmo, porque eu não aguento mais
esta situação Deus”.
Entenda
que, para ele, o hábito de chantagear se tornou uma estratégia de enfrentamento.
Ou seja, soa como algo funcional. Calma, talvez você esteja esquecendo de uma
coisa essencial sobre a chantagem. Ela precisa de duas pessoas para funcionar.
E uma delas, você pode mudar. Você decide o seu comportamento. Se continuar
repetindo o que sempre fez, vai sempre chegar ao mesmo resultado. Portanto,
assuma a parte de responsabilidade que você tem nessa equação.
Experimente
novas atitudes. Mude a forma como você costuma enfrentar a chantagem emocional.
É normal se ver repetindo um mesmo comportamento, ainda que ele nos faça mal, só
para tentar se livrar rápido do problema. Não aceite comportamento controlador
como sinônimo de afeto. Atitudes
superprotetoras indicam desconfiança, não amor. Ao enfrentar pressão
psicológica, assuma o lugar de um observador, não de vítima, e nem de chantagista
para não negar a realidade. [...] Negação Provavelmente é o mecanismo de
defesa mais simples e direto, pois alguém simplesmente recusa a aceitar a
existência de uma situação penosa demais para ser tolerada. Ex: Um gerente é
rebaixado de cargo e se vê obrigado a prestar os mesmos serviços que exercia
outrora.
Porém,
quando uma das partes acaba fazendo tudo o que a outra quer por medo, culpa e
até obrigação, pode ser sinal de que algo está errado. Situações assim são
geralmente caracterizadas por chantagens emocionais constantes, acometendo não
somente uma relação de casal, mas o entorno familiar e de amizades. Sejamos
claros, o chantagista emocional é a pessoa que utiliza sentimentos e fraquezas
do outro para obter vantagens ou conseguir aquilo que deseja. O medo como
protagonista, nas frases são bastante usadas pelo chantagista emocional, com o
intuito de promover insegurança e medo. A vítima não consegue ficar escapar ilesa
ao medo de perder, de ser rejeitado, de ser esquecido, de não ser mais amado.
Como
saber se estou com comportamento chantagista? A chantagem emocional pode estar
em diversas situações do dia a dia, mais ou menos sutis. A pessoa já pode até
estar acostumada a esse tipo de controle o que dificulta o entendimento dos
limites. Por isso é importante falar do que é comum e aceitável numa relação,
tratando sempre de buscar o equilíbrio, ou seja, um cenário, onde ambos os
envolvidos estejam satisfeitos, realizados e se sintam compreendidos e respeitados.
O chantagista desperta o sentimento de culpa e costuma fazer com que a vítima
se sinta culpada diante de uma situação. Usa o passado como ferramenta de
manipulação do presente, com frases como: "Depois de tudo que fiz por
você, é isso que recebo em troca?", ou "Pelo que lhe conheço,
esperava mais de você", ou estou me confessando e pedindo perdão a ti Deus
e ainda não me atende nas orações”. Ou ao solicitar um serviço psicológico, com
a intenção de não pagar o serviço, uso do artifício, chamando o psicólogo que
também congrega na mesma igreja de irmão e logo em seguida diz que gostaria de
fazer psicoterapia, porém se encontra sem muito recurso financeiros. Olha aí, a
intenção de despertar a culpa no psicólogo, dizendo nas entrelinhas você é meu
irmão em Cristo Jesus, por tanto me atende de graça.
É
comum que o chantagista emocional, invente fraquezas e se mostre como fraco/vulnerável
somente para despertar o sentimento de piedade na vítima, mesmo que isso não
seja verdade. Faz comentários fora de contexto ou aproveita certo tema para
fazer uma relação com sua vida, mas sempre de um modo triste. Cabe destacar que
o comportamento não ocorre de forma generalizada, mas, sim, quando está
tratando com quem deseja manipular para obter algo. Ele pressiona ou ameaça, pois a punição é um
dos instrumentos utilizados pelo chantagista emocional. Para isso, costuma
pressionar a vítima e envolvê-la em ameaças. São recursos que servem para
outorgar uma posição de poder e decisão. Um exemplo é a típica frase "Se
não fizer isso por mim, está tudo acabado Deus".
Em
questões familiares e de amizades, costumam até mesmo sugerir o rompimento de
relações se algo não sair como desejado. Também tende a distorcer situações,
pois, o chantagista emocional tende a distorcer situações para que a vítima se
sinta confusa, pense que está exagerando ou agindo de modo equivocado. Assim,
consegue despertar o sentimento de culpa na vítima, que acaba cedendo para
evitar problemas. Consegue mudar de
humor facilmente para conseguir o objetivo e é normal que o chantagista
emocional mude de humor com muita frequência, principalmente quando é
contrariado, quando sua vontade não é realizada. É comum que fique emburrado
quando sua opinião não é aceita, sempre com o intuito de que o outro ceda.
Como
Deus lida com as chantagens emocionais do cristão: Não responde/cede
diretamente a chantagem. Ele deixa-o falar ou agir até se esgotar. Não cede,
mas faz o cristão entender que cometeu uma transgressão e precisa aplicar o
perdão. Obriga o chantagista a negociar seus interesses de forma que fique bom
para Deus. A chantagem emocional inconsciente é uma forma de manipulação
psicológica, onde o tom de ameaça se faz bastante presente. O chantagista se
vale do vínculo afetivo que possui com [deus/pessoas] para obter o que deseja,
insinuando consequências negativas, caso seja contrariado. Ou seja, pressão
psicológica que se realiza sobre uma pessoa/Deus para dela obter o que se
deseja, caracteriza-se pela manipulação, pela criação de insegurança emocional,
explorando sentimento de culpa, dependência, pena e remorso. Exemplo, se o
Senhor não me tirar desta situação, não dou mais o dizimo. O crente se coloca
em posição de poder e controle em relação a Deus/ ou a pessoa.
A
manipulação é frequentemente oriunda de pessoas inseguras, autocentradas e com
pouca capacidade para conseguirem a empatia dos outros, que recorrem privilegiadamente
a estas estratégias para obterem o que desejam, sem levarem em consideração as
necessidades dos outros, assim como o sofrimento que lhes induzem. As pessoas
manipuladas são frequentemente vulneráveis e propensas a desenvolverem sentimento
de culpa, medo e de obrigação bem como a evitar situações de conflito, acabando
por ceder, sobretudo quando os laços afetivos são maiores como na relação entre
casais ou pais e filhos.
No
entanto, essa não é a melhor maneira de lidar com a situação, na medida que
reforça o comportamento manipulador e a sua repetição. Romper com o padrão de
chantagem emocional não é fácil e pode induzir sofrimento para ambas as partes,
mas é essencial para que a pessoa manipulada possa restaurar a sua liberdade
individual e para que o sujeito manipulador possa desenvolver novos
comportamentos mais saudáveis na relação com os outros. [...] Freud no
seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a
pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto
transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos
recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar,
quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta
em nós.
A
casos, em que o cristão se sente refém emocional de Deus, passando a viver numa
situação de exploração emocional e de acordo com os interesses de Deus, e em
desrespeito pelos próprios. Acredito que a chantagem seria caracterizada pela
imposição da ideia que o crente estaria fazendo a Deus, como sofrer caso Deus
não colabore com ele, pensando que Deus sentiria culpa ou teria medo do
cristão, mas desta forma o cristão sente culpa e cairá mais para o medo de
perder o afeto de Deus. Quais os motivos que leva o cristão a usar a chantagem
emocional perante Deus? Talvez devido a algumas características que podem estar
presentes neste chantagista, talvez ele considere que precisa usar armas
pesadas para obter o que deseja, talvez não acredite que se apenas solicitar o
que deseja ou tentar acordos sensatos possa não ser tão bem sucedido. Talvez
haja um pouco de falta de confiança em si mesmo.
Entender
como o chantagista ataca e manipula suas emoções para controlar suas ações é o
primeiro passo para recuperar o controle, pois o cristão sabe que Deus está no
controle de tudo na sua vida, porém em determinadas situação deseja pegar o
controle das mãos de Deus. Chantagistas costumam usar uma tática que consiste
em fomentar na vítima medo, sentimentos de obrigação. Tudo isso para que Deus tenha
medo de irritá-lo ou desapontá-lo e assim se sentir obrigado a atender as
exigências deles. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920,
p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado
experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo
há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que foram
reprimidos.
A
chantagem emocional é a utilização abusada, exagerada e desnecessária dos
recursos emocionais com a finalidade de obter benefícios emocionais, materiais,
financeiros, cognitivos ou de outra ordem. Um novo ciclo se inicia, caso o
chantagista conquiste sucesso em sua estratégia. Por isso ele irá repeti-la em
um momento oportuno. Aliás, ele não tem nenhum tipo de preocupação do dano
causado pela violência psicológica à outra pessoa. A chantagem emocional está
presente na Lei Maria da Penha. Desse modo, a manipulação emocional é
caracterizada como violência psicológica. Então, o chantagista pode ser
denunciado.
Como
o próprio conceito define, o ato é imoral, ou seja, visa apenas os benefícios e
desejos do chantagista, deixando quem se encontra nessa relação encurralado e
com frequência cedendo a comportamentos ou escolhas que não condizem com sua
ética ou preferências. Sentir-se chantageado é altamente prejudicial para nossa
saúde mental, além de nos promover a
percepção de mal-estar em agir em desacordo com nossos valores, leva à crença
de impotência na tomada de decisões e a inúmeros prejuízos, principalmente no
abandono de hábitos, encontros e vínculos prazerosos em nome de outra pessoa.
Como
costumam aparecer as falas de chantagem emocional? O chantagista costuma sempre
usar de suas emoções ou de seu vínculo em suas falas: “Você não está
respeitando meus desejos Deus, por isso me faz sofrer. Acho que suas intenções
são me fazer mal”; “Enquanto você não me der aquele emprego, não falarei com
você novamente”.
O
chantagista costuma sempre usar de suas emoções ou de seu vínculo em suas
falas: “Se você não deixar de ver essa pessoa, não poderei mais me relacionar
com você”; “Você não respeitando meus desejos me faz sofrer. Acho que suas
intenções são me fazer mal”; “Enquanto você não deixar de ir naquele lugar, não
falarei com você novamente”; “Você só poderá provar seus sentimentos fazendo o
que estou te pedindo.
Aprendemos
e desenvolvemos essa capacidade desde a infância, quando queríamos a atenção
dos nossos pais. Mas, é na idade adulta que a chantagem emocional passa a ser
uma arma de manipulação para alcançar objetivos. Este tipo de persuasão pode
levar a situações críticas e suas consequências podem ser desastrosas. A chantagem
emocional, quando não identificada precocemente, tende a reprimir a liberdade e
o livre arbítrio, dando a quem é vítima da chantagem, a sensação de estar
sempre em débito com o outro.
A
manipulação pode ocorrer por meio de palavras: Um manipulador pode dizer coisas
de uma maneira que pareçam extremamente genuínas e honestas. Eles, geralmente,
são treinados na arte de esconder suas verdadeiras intenções. O manipulador tem
como base a ideia de sempre sentir que está tirando proveito de qualquer
situação e, principalmente, de que sempre está no controle da própria vida e da
vida do outro. Um comportamento muito comum dos manipuladores é o de distorcer
situações e fatos para não se prejudicarem ou simplesmente não assumirem
qualquer tipo de erro ou responsabilidade.
Manipuladores
possuem pouca ou quase nenhuma responsabilidade afetiva. Para eles, a tristeza,
a dor e a vulnerabilidade do outro são caracterizadas como frescuras e
fraquezas de personalidade. Quando não conseguem o que querem, podem demonstrar
comportamentos extremamente agressivos, seja através de palavras ou ações. Isso
acontece porque eles não aceitam que as suas vontades não sejam atendidas e
esperam que o outro [Deus/pessoa] faça o que for preciso para agradá-los.
Quando o manipulador percebe que algo não saiu da maneira como ele desejava e
que os seus comportamentos manipuladores não foram capazes de atingir os
resultados esperados, ele parte para a agressão como forma de obrigar o outro a
fazer aquilo que ele quer de uma forma ou de outra. Uma das armas usadas pelo
chantagista também são as ameaças de vingança ou contra si mesmo [autolesão,
drogas, álcool, prostituição dentre outros].
O
chantagista irá tentar controlar o outro [Deus/pessoas] ameaçando com ações
severas e extremas. Exemplos, “Você vai me perder para sempre”,” eu vou me
matar”, “nunca mais seremos felizes”, são algumas frases que podem ser usadas
no fervor dos confrontos. Pensar em si mesmo não é um defeito, afinal, isso faz
parte do nosso crescimento e amadurecimento e, inclusive, é recomendado por
psicólogos e psiquiatras. Todavia é importante que isso não seja motivo para
submeter outras pessoas a situações degradantes apenas em busca de benefícios
próprios.
Referência
Bibliográfica
FREUD,
A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal
Popular, 1968
FREUD,
S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de
S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.
FREUD,
S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914).
"Recordar, repetir e elaborar ", v. XII
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