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Hora De Subir Ao Palco

 Ano 2022. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208

O presente artigo chama a atenção do leit@r a compreender o comportamento do psicólogo travestido de palhaço nas redes sociais desvelado. O profissional atua nas redes sociais no modo autômato, alienado e inconsciente de seus atos, tudo na esperança de prospecção de clientes. Submete-se a gravar vídeos, onde promove dancinhas engraçadas, distorção da imagem e da linguagem. Qual é o sentido para você? Será uma contribuição social que faz sentido para o paciente? O sentido pode estar relacionado a atenção, ou sensações de origem interna ou externa. Este é o fenômeno social do Século XXI. A hora de subir ao palco rede social em determinados horários e conquistar atenção com o desejo e interesse de ser objeto de desejo do Outro. São alguns profissionais que se trasvestem como Stand-Up de modo inconsciente para aproveitar essa histeria, na esperança de se sentirem desejados pelo Outro, ao receberem likes, serem seguidos nas redes sociais, vendendo o seu produto e sua marca digital.

Existem situações específicas que levam quase todas as pessoas a se envolver em comportamento que seria considerado engraçado. E há situações específicas que facilitam o comportamento social nos outros.  Observamos alguns psicólogos se comportando como verdadeiros comediantes em seus palanques se expressando para um gueto específico, buscando ser elegido por esses usuários. Este é um comportamento social que os leva a serem melhores no palco rede social porque estão lidando de modo inconsciente com suas inseguranças. [...] Esse medo marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162).

Eles usam cabelos pintados para parecerem bonzinhos, joviais, dançam e gesticulam, fazem caras engraçadas, e costumam usar maquiagem completa [Só não usam o nariz de palhaço.] Embora esses recursos tenham várias funções, do ponto de vista social e psicológico, a função primária é a desindividualização. Uma vez que você está na sua roupa, está agindo de modo engraçado, e pensa que sua verdadeira identidade se torna profundamente protegida e ninguém o reconhece. Você não é mais “O psicólogo fulano de tal,” você é “Mr. Stand-Up” descontraído, ousado. E como uma pessoa desindividualizada o seu comportamento pode mudar de muitas maneiras.

O processo humorístico é representado tanto para o eu do indivíduo que faz a atitude humorística quanto para o outro, ocasionando uma produção semelhante de prazer em ambos. O Stand-Up na rede social lida com o erro, declarando e assumindo o seu ridículo e é recompensado com o riso e a continuidade da vida. Vale destacar que o palhaço não é um personagem, mas sim a própria pessoa [psicólogo], ampliada em seu universo subjetivo, em que há um estado que se liga ao instante. No geral, o profissional travestido de comediante é uma maneira eficaz de reduzir a ansiedade em si mesmo. O novo comediante das mídias é o humorista travestido nas profissões. O humor atua como álibi de alguma verdade do sujeito que, até então, não fora capaz de ser dita. Por tanto numa brincadeira pode-se até dizer a verdade ao cliente de modo não desvelado.

As máscaras inconscientes não servem só para nós escondermos. Há máscaras que nos ajudam a dar os primeiros passos, que nos ajudam a ganhar autoestima e por isso podem ser tão poderosas. São aquelas máscaras em que nós fazemos de conta, como se; como se tivéssemos coragem, confiança, segurança ou à vontade. E de repente fomos capazes de falar, de dizer não, de aparecer e de viver. Em cada interação social que realizamos, tentamos projetar, de forma consciente ou mesmo inconsciente, uma imagem específica de nós mesmos, manipulando a maneira como os outros vão nos perceber. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que foram reprimidos.

Alcançar o desenvolvimento nessa dramaturgia social, ou seja, saber se mover por entre os cenários e os momentos em que projetamos uma imagem para os demais e os bastidores [nossa vida privada, que muitas vezes também é uma máscara que usamos apenas para olhar no espelho], assim como mostrar desenvoltura na mudança de um papel para o outro, e contar com adereços e roupas adequadas para cada momento, constituem requisitos indispensáveis para a obtenção de sucesso na vida social e na rede social. Durante a execução de uma peça, quem não sabe atuar é um perigo para o elenco e acaba sendo afastado do grupo, por isso o psicólogo para não ser afastado do grupo rede social é capaz de travestir-se com atitudes de palhaço para obter carisma dos clientes. Todos atuamos a todo momento e definimos nossos papéis baseados no contexto em que estamos buscando nos encaixar naquele momento. É preciso se adequar e até abdicar, em alguns momentos, do que realmente somos para conquistar boa imagem diante dos olhares alheios e no palco rede social o psicólogo as vezes inconscientemente abdica de desempenhar o papel de psicólogo, para atuar como comediante. A cada relação estabelecida, somos cobrados pela maneira de agir, de pensar; assim como, mesmo inconscientemente, também esperamos que o outro nos satisfaça e nos aceites.

O Stand up parece ser tão fácil, contudo, basta entrar no palco e começar a brincar, despojando-se das inseguranças. É apenas o comediante falando sobre um monte de coisas, entretendo o público. Quando você fica na frente do público, de repente, parece menos fácil, certo? Bem, a realidade é que o stand up comédia não é nada fácil, porque você precisa dominar uma série de habilidades, além de ter humor suficiente para fazer todo um público rir durante horas a fio. E o psicólogo age nesta intenção sem ao menos se dar conta que está atuando como comediante naquele exato momento. Comediantes sabem como manter seu público envolvido, o que significa que você pode aprender muito com essas pessoas sobre falar em público. Mas o psicólogo do Século XXI, não é capaz de se autoavaliar sobre suas Stand-Up inconsciente na hora de subir ao palco rede social e por tanto nega a realidade. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.

O psicólogo trabalha com as emoções de se relacionar com o seu público de modo inconsciente sem perceber conscientemente que está no autocontrole das próprias emoções. As pessoas anseiam por se conectar com outras pessoas, a fim de aproveitar isso criam vínculo com seu público. Se você assistir a um comediante iniciar o seu show, ele primeiro costuma compartilhar uma história humilhante. Algo que vai fazer o público ficar solidário para com ele, algo que vai fazer o público se identificar com a pessoa na frente deles. No seu caso, você pode tirar vantagem dos primeiros minutos de uma apresentação ou uma reunião para compartilhar uma história relacionável, que vai colocá-lo sob o seu público, mas, ao mesmo tempo, eles vão se relacionar com você.

O profissional usa a sua voz para pintar uma imagem na mente das pessoas. Comediantes confiam em suas próprias vozes para levar sua audiência a um lugar diferente, em um horário diferente. Eles usam descrições muito detalhadas e modulam sua voz para ser capazes de pintar a imagem que eles querem na mente do seu público.

Eles se certificam de que têm um microfone de alta qualidade, o que lhes permite alterar o seu tom de voz e mudar de gritos para sussurros. Um comediante [psicólogo] também usa o microfone como um adereço. Você pode usar este segredo quando você tem que convencer um cliente a investir dinheiro em seu novo projeto. Isto irá funcionar muito melhor do que tentar explicar seu projeto com desenhos do PowerPoint.

A linguagem corporal é uma ferramenta poderosa e muitos comediantes preferem ter um microfone estande [fixo], o que lhes dá mais liberdade para gesticulação. Um comediante depende muito da linguagem corporal para acompanhar a história e as piadas. Gestos de um comediante estão sempre amplos e pegam um monte de espaço no palco, preenchendo-o. Isso é porque eles têm de ser vistos por todo o público, mas também porque eles são muito confiantes [ou tentam ser]. Você não tem que exagerar quando você está falando para uma audiência, mas é bom usar o seu corpo para complementar as suas palavras.

Há exigências no comportamento profissional, na relação com os familiares, com clientes, com os amigos e vizinhos. Usamos máscaras sociais em nome do reconhecimento e admiração no convívio cotidiano. Diariamente nos rendemos a opiniões que muitas vezes discordamos e nos queixamos às escondidas sem propor um ponto de vista diferente, que inclusive, poderia ser melhor do que as normas obedecidas. Até que ponto devemos vestir essas fantasias impostas e sacrificar nossos próprios desejos? Diante de tantos padrões de comportamento, em que lugar está a nossa personalidade? O perigo desta atitude inconsciente e alienada que está sendo reproduzida por que foi internalizada pela identificação projetiva de outro personagem é a compulsão a repetição. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.

As máscaras ou capas são defesas que usamos para nos proteger das pessoas e especialmente do que elas podem pensar a nosso respeito. A sociedade, ou seja, às pessoas tentam padronizar-nos para pertencermos, distinguir-nos ou rejeitar-nos em relação à um certo grupo social económico ou outros. Se quisermos pertencer a uma determinada esfera social não basta querer também tem que se ser [palhaço ou não]. E o psicólogo que não está consciente de seus atos traveste-se de comediante nas redes sociais para agradar aos Outros e tornar-se objeto desejado.

 

 

 

Referência Bibliográfica

FREUD, A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal Popular, 1968

FREUD, S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.

FREUD, S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914). "Recordar, repetir e elaborar ", v. XII

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