Ano 2022. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo chama a atenção do leit@r a compreender o fenômeno escassez no
consultório, pois sinaliza que o profissional está iniciando o processo de
prospecção de clientes, portanto é natural e esperado que o psicólogo se
aperceba na escassez. O fenômeno desemprego e despejo residencial. Assim sendo,
você, enquanto representante de uma espécie biológica que se relaciona de
diversas formas em locais diferentes, está sujeito a uma grande variabilidade
de fenômenos. Isso significa que, no momento em que lê este texto [sentado em
seu quarto, no escritório, na faculdade], você está inserido em um fenômeno específico
aí na sua consciência.
Estes
fenômenos podem permanecer na vida do profissional por um período longo. O que
é fenomenologia e qual o seu principal objetivo? Fenomenologia é o estudo de um
conjunto de fenômenos e como se manifestam, seja através do tempo ou do
espaço. Na psicologia, a fenomenologia
baseia-se em um método que busca entender a vivência dos pacientes no mundo em
que vivem, além de compreender como esse profissional da saúde/e ou pacientes
percebem o mundo a sua volta e a escassez de clientes ou de algum produto no mercado
de trabalho/ e ou consumo.
Um
fenómeno é um acontecimento observável, particularmente algo especial [literalmente
algo que pode ser visto, observável] como, por exemplo, poucos clientes no
consultório. Portanto, fenômeno é tudo aquilo que possui uma aparição, que pode
ser observável de algum modo. O senso comum compreende um fenômeno como algo
extraordinário ou fora do habitual. Os fenômenos são entendidos pela
representação que a consciência faz do mundo. O entendimento deve ser entendido
sempre como "consciência de algo". Com isso, o autor nega a ideia
tradicional da consciência como uma qualidade humana, vazia, que pode ser preenchida
com algo. Toda a consciência é consciência de algo. As coisas do mundo não
existem por si, da mesma forma que a consciência não possui uma independência
dos fenômenos.
O
termo fenômeno escassez, significa, mostrar-se e, por isso, diz o que se
mostra, o que se revela. Já em si mesmo, porém, é a forma média de trazer para
a luz do dia, pôr no claro, a claridade, isto é, o elemento, o meio, em que a
escassez no consultório pode vir a se revelar e a se tornar visível em si
mesma. Deve-se manter, portanto, como significado da expressão o fenômeno
escassez no consultório o que se revela, o que se mostra em si mesmo.
E
no caso do fenômeno psicológico são processos cognitivos que influenciam o
comportamento à partir da significação dada a determinado pensamento e da
percepção sobre uma situação desencadeando ideias disfuncionais, equivocadas ou
exageradas favorecendo assim, as reações emocionais raiva, tristeza, medo, nojo
ou alegria excessiva.
A
fenomenologia é um estudo que fundamenta o conhecimento nos fenômenos da
consciência. Nessa perspectiva, todo conhecimento se dá a partir de como a
consciência interpreta os fenômenos. Para ele, o mundo só pode ser compreendido
a partir da forma como se manifesta, ou seja, como aparece para a consciência
humana. Não há um mundo em si e nem uma consciência em si. A consciência é
responsável por dar sentido às coisas.
Fenomenologia
é o estudo de um conjunto de fenômenos e como se manifestam, seja através do
tempo ou do espaço. É uma matéria que consiste em estudar a essência das coisas
e como são percebidas no mundo. O que é epoché fenomenologia? Suspensão do
juízo, também conhecida pelo termo grego epoché ou epokhé (εποχη), que
significa 'colocar entre parênteses', é a atitude de não aceitar nem negar uma
determinada proposição ou juízo sobre a escassez no consultório de clientes.
Opõe-se
ao dogmatismo, em que se aceita uma proposição, suspendendo o termo. A epoché
seria a maneira de olharmos o enigma e o mistério sem resolvê-los – ao
contrário, protegendo-os. “Epoché” deriva do grego antigo e significa
“paragem”, “interrupção” ou “suspensão de juízo”. Segundo Husserl, “Epoché”
significa a suspensão do mundo, como que parado no tempo, embora com todas as
suas características presentes e, por isso, passíveis de serem analisadas “de
fora”, por um observador exterior no caso o psicólogo que vivência o fenômeno
da escassez
Sexto
explica que a suspensão do juízo, ou seja, a impossibilidade de afirmar ou
negar algo, é o resultado do princípio metodológico cético que consiste em
comparar e em opor entre si, de todas as maneiras possíveis, as coisas que os
sentidos percebem [fenômenos] e que a inteligência concebe [numeno]. Uma
condição importante para começar a duvidar de maneira filosófica é praticar a
suspensão do juízo – assim se de- nomina a interrupção temporária do fluxo de
ideias prontas que uma pessoa possui sobre determinado assunto, como no caso da
escassez de clientes no consultório. É uma espécie de duvidar das próprias
crenças.
A
redução fenomenológica requer a suspensão das atitudes, crenças, teorias, e
colocar em suspenso o conhecimento das coisas do mundo exterior a fim de
concentrar-se a pessoa exclusivamente na experiência em foco, porque esta é a
realidade para ela. No caso do profissional a sua realidade é a escassez de
clientes no consultório. Para Goto (2004), realizar a epoché “consiste em nos
ausentarmos por completo dos julgamentos que temos (...). Só desta maneira que
é possível chegarmos à reflexão clarificadora do fundamento último e absoluto e
deixar surgir o sentido de ser de algo como a escassez no consultório.
A
compreensão posterior de fenômeno depende de uma visão de como ambos os
significados de fenômeno [fenômeno como o que se mostra, e fenômeno como
aparecer, parecer e aparência] se interrelacionam em sua estrutura. Somente na
medida em que algo pretende mostrar-se em seu sentido, isto é, ser fenômeno, é
que pode mostrar-se como algo que ele mesmo não é, pode "apenas se fazer
ver assim como." No significado de aparecer, parecer e aparência, também
está incluído o significado originário de fenômeno como o que se revela,
significado que fundamenta e sustenta o anterior. Terminologicamente reservamos
a palavra fenômeno para designar o significado positivo e originário,
distinguimos fenômeno de aparecer, parecer e aparência, entendidos como uma
modificação privativa de fenômeno.
Assim
indo ao verbo grego phainesthai que significa "mostrar-se",
"manifestar-se", "revelar-se" encontra-se a significação
original do termo "fenômeno": "aquilo-que-se-mostra-nele-mesmo,
o manifesto da escassez no consultório”. Isto não exclui evidentemente a
possibilidade que as coisas não sejam aquilo que elas parecem [Scheinen] ser.
Mas tudo depende da relação que se estabelece entre o primeiro sentido, positivo
do fenômeno (fenômeno, como mostrar-se, manifestação, revelação) e o segundo
sentido, mais ou menos negativo [fenômeno = aparição, aparência, semelhança,
ilusão]. Aos olhos de Heidegger, a primeira significação funda a segunda, e não
o inverso. É “fenômeno” tudo que aparece, vem às claras, como o sol “aparece”
quando sai detrás das nuvens.
Ao
fazer a redução fenomenológica ou suspensão do juízo, ou isenção de
julgamentos, sobre a escassez. O psicólogo entende que escasso está relacionado
a algo que é raro, existe em menor número, e, portanto, refere-se a questões
psicológicas raras. Ou seja, o consultório do psicólogo é demarcado em torno de
um pequeno número de clientes com transtornos raros. Podendo atuar com uma
demanda reduzida de pacientes ou que há pequena quantidade de clientes, não
possibilitando o consultório estar com agenda lotada. A escassez pode aparecer
ou existir em pequena quantidade, onde há poucos pacientes com certos
transtornos psicológicos. E neste caso os clientes são valiosos, tem mérito,
por estarem na posição de escasso. Pode não ser o que o psicólogo deseja no
momento, mas é o fenômeno que se revela como sendo verdadeiro até o presente
momento. Resumindo o psicólogo atuará com pacientes relacionados a psiquiatria.
O
profissional que está dentro da escassez, está fora daquilo é abundante, ou
seja, seu trabalho está relacionado a um nicho escasso de clientes com
transtornos específicos e não a um ninho com particularidades comuns de
atendimentos. Escassez implica que nem todos os objetivos e necessidades do
psicólogo podem ser atingidos ao mesmo tempo; escolhas e decisões são
necessárias em prol de um bem em detrimento de outros.
Neste
momento o psicólogo faz uso do epochê, se ausentando do julgamento,
conhecimento acadêmico e experiência, reduzindo o juízo para compreender o princípio
da escassez em que nem todos clientes está disponível para o psicólogo. Significa
dizer que não há quantidade suficiente de clientes comuns para atender ao
psicólogo que o deseja ou demanda, se ele não for escasso. Pense nos transtornos obsessivos compulsivos,
por exemplo. Agora pense em termos de psicologia, significa que o psicólogo
deste nicho não é para atender todas as pessoas que desejam ou demandam outras
queixas.
Quando
o psicólogo luta com a escassez, a sua mente está intensamente ocupada, ou
mesmo obcecada, com aquilo que não têm ou com aquilo que percebe ser a falta. E
não percebe a escassez como aquele cliente raro que faz parte de um nicho
específico e que não se encontra dentro da bolha ao qual está posicionado e inserido
o profissional na rede social, pois ele está posicionado mais além da bolha.
A
consciência deste psicólogo pensa e enxerga a situação escassez no consultório e
o mundo de forma diferente quando sente que lhe falta algo, exemplo, emprego,
dinheiro, clientes, roupas, alimentos, saneamento básico e por aí o que você
pensar enquanto lê o artigo. E, na verdade, não importa o que esse algo
represente. E neste caso a escassez percebida como a falta de algo modifica a
percepção, o pensamento, o sentimento comportamento do indivíduo, seja ele
indivíduo comum, ateu, cristão. Com a escassez a ocupar a mente, existe,
simplesmente, menos atenção seletiva para tudo o resto ou para observar o
fenômeno como ele se apresenta, se mostra ou se revelou de fato ao psicólogo.
Compreender
que a escassez possibilita que o sujeito faça escolha em relação a área de
atuação. Depreender que a escassez afeta
o comportamento, e leva o sujeito a investir uma parte considerável de energia
libidinal e parte da capacidade emocional para se adaptar á circunstância,
sobrando energia para ser investida e percebida em outros objetos no mundo
externo. Estes podem ser os estímulos aos quais o psicólogo não estava
prestando a atenção, pois sua atenção seletiva estava focada apenas na escassez
como aspecto negativo da falta, e não percebida através da fenomenologia como
algo raro e com isso podemos entender que a escassez no consultório seja
presencial ou online não é culpa do psicólogo. Mas sim um fenômeno ligado a
escassez algo raro fortemente relacionada a psicopatologia.
Isto
demostra que o psicólogo não está acessível para todos os tipos de queixas, mas
somente para psicopatologias específicas. A escassez percebida pelo psicólogo
como algo raro remodela os padrões de seu pensamento e percepção perante o nicho
da psicopatologia. Entenda que você está estudando para ter uma oportunidade. Por
exemplo, ao você ter clientes raros de nicho específico sobra um tempo mais
livre, com esse tempo mais livre, você tem a oportunidade de colocar em prática
aquilo que não colocaria em outra situação. Está lhe custando algo, mas é uma
oportunidade. Ou seja, pode-se aprender com a condição de escassez no
consultório. Apenas aqueles dispostos a pagar para melhorar a qualidade de vida
em questão têm acesso ao psicólogo com saber em psicopatologia ou transtornos
psiquiátricos.
O
fenómeno desemprego é um acontecimento observável, particularmente algo
especial [literalmente algo que pode ser visto, observável] como, por exemplo, empregados
em busca de trabalho/ e ou emprego no mercado de trabalho. Portanto, fenômeno é
tudo aquilo que possui uma aparição, que pode ser observável de algum modo na
vida da pessoa. O senso comum compreende um fenômeno como algo extraordinário
ou fora do habitual como o desemprego. O fenômeno desemprego é entendido pela
representação que a consciência faz do emprego. O entendimento deve ser
entendido sempre como consciência de emprego.
O
termo fenômeno desemprego, significa, mostrar-se e, por isso, diz o que se
mostra, o que se revela. Já em si mesmo, porém, é a forma média de trazer para
a luz do dia, pôr no claro, a claridade, isto é, o elemento, o meio, em que o
desemprego pode vir a se revelar e a se tornar visível em si mesma. Deve-se
manter, portanto, como significado da expressão o fenômeno desemprego o que se
revela, o que se mostra em si mesmo.
Nessa
perspectiva, todo conhecimento se dá a partir de como a consciência interpreta
o desemprego. Para o profissional, o desemprego só pode ser compreendido a
partir da forma como se manifesta, ou seja, como aparece para a sua consciência.
A consciência é responsável por dar sentido ao desemprego/ e ou emprego.
O
que é epoché em fenomenologia, é a suspensão do juízo, que significa colocar
entre parênteses, é a atitude de não aceitar nem negar uma determinada
proposição ou juízo sobre o desemprego. Ou seja, é a maneira de olharmos o desemprego
e o mistério sem resolvê-los – ao contrário, protegendo-os. Significa também a
suspensão do mercado de trabalho, como que parado no tempo, embora com todas as
suas características presentes e, por isso, passíveis de serem analisadas de
fora, por um observador exterior no caso o psicólogo que vivência o desemprego.
Uma
condição importante para começar a duvidar de maneira filosófica é praticar a
suspensão do juízo – assim se de- nomina a interrupção temporária do fluxo de
ideias prontas que uma pessoa possui sobre determinado assunto, como no caso o desemprego.
É uma espécie de duvidar das próprias crenças.
Neste
momento a redução fenomenológica requer a suspensão das atitudes, crenças,
teorias, e colocar em suspenso o conhecimento das coisas referentes ao mercado
de trabalho a fim da pessoa se concentrar exclusivamente na experiência em
foco, porque esta é a realidade para ela. Só desta maneira que é possível
chegarmos à reflexão clarificadora do fundamento último e absoluto e deixar
surgir o sentido de ser o desemprego.
Ao
fazer a redução fenomenológica ou suspensão do juízo, ou isenção de
julgamentos, sobre o desemprego, sinaliza que o cliente está à procura de
reinserir-se no mercado trabalho, mas se apercebe impossibilitado de negociar
ou vender para as instituições seu saber acadêmico, técnico, junto com suas
competências, habilidades e atitudes ao qual se candidata e elas mostram não
haver interesse no seu perfil. O cliente se vê na situação de que tem condições
físicas e emocionais e disposição para trabalhar, porém não consegue se
recolocar no mercado de trabalho expressando inatividade profissional
involuntária.
O
profissional que está fora/ e ou inativo no mercado de trabalho. Por meio da
inatividade é demonstrado a situação do cliente que, por determinação superior
[crise econômica, demissão voluntária e involuntária, redução do quadro de
funcionário e outros] deixou o exercício de sua atividade profissional. A escassez
de opções profissionais é a realidade do profissional perante o desemprego. O
profissional desempregado é aquele que não exerce uma ocupação remunerada. E
percebe a não possibilidade de reinserção no mercado de trabalho em detrimento
de seus esforços e recursos acadêmicos e emocionais, mas somente perante
estímulos desconhecidos a ele no momento.
Neste
momento o psicólogo faz uso do epochê, se ausentando do julgamento,
conhecimento acadêmico e experiência, reduzindo o juízo para compreender o desemprego. E compreende que os profissionais confiavam o
seu futuro nas mãos do empregador e cabia a ele o treinamento e desenvolvimento
da sua mão de obra. Isso tornava os profissionais acomodados, visto que não
buscavam outros meios para se desenvolverem profissionalmente, pois, não se
preocupavam com uma possível demissão. Com o desemprego o cliente percebe que
não consegue se reinserir no mercado de trabalho e passa a confiar o seu futuro
nas mãos do empregador/ e ou organizações. Isto torna o profissional inseguro,
visto que não busca outra figura de autoridade para desenvolver a sua
segurança, pois está preocupado demais com a reinserção através da figura do
empregador, seja ele empresa multinacional, telecomunicação, instituições de
psicologia e outras.
A
grande demanda por profissionais com conhecimentos mais específicos elevou o
número de desemprego, uma vez que os profissionais disponíveis no mercado, não
atendiam as necessidades reais dos novos empregos. Este fato é comprovado pelo
profissional, uma vez participou de diversos processos seletivos no campo da
psicologia, porém por não ter experiência, nem pós graduação não atendia as
exigências reais dos empregos.
Quando
o psicólogo mante a atenção seletiva no desemprego, a sua percepção está preocupada,
com o sentimento que não têm ou com o sentimento que percebe ser a falta de
segurança. E não percebe o desemprego como oportunidade de confiar o seu futuro
a outra figura de autoridade e a si mesmo. E neste caso o desemprego percebido como
a falta de ocupar um cargo remunerado e aplicar os saberes, a competência, as
habilidades e atitudes profissionais modifica a percepção, o pensamento, o
sentimento e o comportamento do indivíduo. Com o desemprego a ocupar a consciência,
existe, simplesmente, menos atenção seletiva para confiar o futuro a outra
figura ou para observar o fenômeno como ele se apresenta, se mostra ou se
revelou de fato ao psicólogo que deseja a qualquer preço confiar o seu futuro
ao empregador.
Compreender
que o desemprego possibilita que o sujeito faça escolha em relação a quem
confiar o seu futuro. Depreender que o
desemprego afeta o comportamento, e leva o sujeito a investir uma parte
considerável de energia libidinal e parte da capacidade emocional para se
adaptar e permanecer desempregado até que consiga o êxodo, sobrando energia
para ser investida e percebida em outra figura empregadora. Estes podem ser os
estímulos aos quais o psicólogo não estava prestando a atenção, pois sua
atenção seletiva estava focada apenas no desemprego como aspecto negativo da
falta de ocupar um trabalho e ser remunerado, e não percebida através da
fenomenologia como um profissional que deposita o seu futuro nas mãos do
empregador, mas não deposita nas mãos da figura arquétipo Deus e em si mesmo.
Isto
demostra que o psicólogo não está acessível a todas as organizações, mas
somente a uma específica. O desemprego percebido pelo psicólogo como algo, uma
vez que está disponível no mercado, contudo não atende as necessidades reais
dos novos empregos e isto remodela o padrão de seu pensar e percepção frente ao
mercado de trabalho. Ou seja, pode-se aprender com a condição do desemprego. Apenas
aqueles dispostos a confiar o se futuro a uma figura de autoridade que não seja
o empregador e a si mesmo, poderá ter a empregabilidade. O fenômeno desemprego
está associado a confiar o futuro nas mãos apenas do empregador.
O
fenómeno despejo residencial é um acontecimento observável, particularmente
algo especial [literalmente algo que pode ser visto, observável] como, por
exemplo, pessoas sendo despejadas de imóveis por falta de pagamento ou término
do contrato de locação do imóvel. Ou ainda resulta na perda da identidade
residencial construída de acordo com a psicologia ambiental. Portanto, fenômeno
é tudo aquilo que possui uma aparição, que pode ser observável de algum modo na
vida da pessoa. O fenômeno despejo residencial é entendido pela representação
que a consciência faz da residência. O entendimento deve ser entendido sempre
como consciência de lar.
O
termo fenômeno despejo de moradia, significa, mostrar-se e, por isso, diz o que
se mostra, o que se revela. Já em si mesmo, porém, é a forma média de trazer
para a luz do dia, pôr no claro, a claridade, isto é, o elemento, o meio, em
que o desemprego pode vir a se revelar e a se tornar visível em si mesma.
Deve-se manter, portanto, como significado da expressão o fenômeno despejo o
que se revela, o que se mostra em si mesmo, como esvaziar-se de apegos.
Nessa
perspectiva, todo conhecimento se dá a partir de como a consciência interpreta
o despejo. Para o profissional, o despejo só pode ser compreendido a partir da
forma como se manifesta, ou seja, como aparece para a sua consciência. A consciência
é responsável por dar sentido ao despejo/ e ou moradia.
O
que é epoché em fenomenologia, é a suspensão do juízo, que significa colocar
entre parênteses, é a atitude de não aceitar nem negar uma determinada
proposição ou juízo sobre o desemprego. Ou seja, é a maneira de olharmos o despejo
e o mistério sem resolvê-los – ao contrário, protegendo-os. Significa também a
suspensão da residência, como que parado no tempo, embora com todas as suas
características presentes e, por isso, passíveis de serem analisadas de fora,
por um observador exterior no caso o psicólogo que vivência o despejo, como
perda do sentimento de pertença local e território.
Uma
condição importante para começar a duvidar de maneira filosófica é praticar a
suspensão do juízo – assim se de- nomina a interrupção temporária do fluxo de
ideias prontas que uma pessoa possui sobre determinado assunto, como no caso o despejo.
É uma espécie de duvidar das próprias crenças.
Neste
momento a redução fenomenológica requer a suspensão das atitudes, crenças,
teorias, e colocar em suspenso o conhecimento das coisas referentes ao despejo a
fim da pessoa se concentrar exclusivamente na experiência em foco, porque esta
é a realidade para ela. Só desta maneira que é possível chegarmos à reflexão
clarificadora do fundamento último e absoluto e deixar surgir o sentido de ser
o despejo.
Ao
fazer a redução fenomenológica ou suspensão do juízo, ou isenção de
julgamentos, sobre o despejo residencial, sinaliza que o cliente está à procura
de reinserir-se em outra localidade residencial, mas se apercebe
impossibilitado de construir a identidade residencial. O cliente se vê na
situação de que tem uma identidade residencial já construída, mas não consegue alocar
recursos financeiros para residir em algum lugar.
O
profissional que está desapossado de seus direitos referente a uma moradia ou
sua identidade. Ou seja, está vazio existencial, desocupado do Espirito Santo.
Ou seja, está sem a identidade Do Espírito Santo, poque não se apercebe sendo templo
e santuário do Espirito Santo.
O
vazio existencial está presente na vida de todo ser humano, em maior ou menor
grau. É sentido e vivenciado em inúmeras circunstâncias da existência humana. O
agravamento do sofrimento psíquico em decorrência do vazio existencial pode
acarretar num estado em que o indivíduo se sente incapaz de se auto regular. Ultimamente
uma das queixas mais recorrentes de quem procura um trabalho psicoterapêutico é
o vazio existencial. Pacientes relatam falta de sentido na vida, mal estar
produzidos por sentimento de falta de inclusão, fracasso e desamparo,
corroborando neste discurso queixas de quadros depressivos e ansiosos. Qual é o
verdadeiro sentido da vida para a psicologia? Resultado de imagem para vazio
existencial e a psicologia
O
sentido da vida segundo Viktor Frankl reside em encontrar um propósito, em
assumir uma responsabilidade para conosco e para com o próprio ser humano. Nós
sabemos, não existe pergunta tão complicada quanto tentar definir o que é para
nós isso que chamamos de “sentido da vida”. O que causa o vazio existencial? Essa
sensação de vazio pode ser provocada pela falta de autoconhecimento, causando
sentimentos confusos e gerando desmotivação. Por isso, busque reconectar-se
consigo, encontrar sua voz interior para entender suas emoções. Desse modo,
descobrirá quem é você e o sentido de estar neste mundo. O que é o vazio emocional?
O
vazio emocional é uma experiência que, às vezes, sentimos após a morte de um
ser querido, após o fim de um relacionamento, após o despejo de uma moradia,
após a demissão de um emprego ou, simplesmente, após uma decepção de não
conseguir clientes para manter o consultório de psicologia aberto. Por meio do
vazio existencial é demonstrado a situação do cliente que, por determinação
superior [demissão involuntária] deixou o exercício de sua atividade
profissional, e por não ter recursos financeiros para manter-se como locatário.
A
ação de despejo é um procedimento previsto na Lei do Inquilinato (nº 8.245/91)
em que o proprietário de um imóvel alugado entra com o pedido de desocupação da
propriedade a fim de retomar sua posse total. Após a finalização do processo, o
inquilino é obrigado a deixar o imóvel, que poderá ser utilizado pelo dono como
ele bem entender, inclusive alugando de novo para outra pessoa interessada.
Nesse sentido, a ação de despejo é basicamente uma medida de proteção, que
defende o locador de situações específicas. Dessa forma, o proprietário pode
alugar seu imóvel com mais segurança.
O
inquilino é aquele que está sob um contrato de locação de imóvel, por não
possuir residência própria. Geralmente, a ação de despejo é ajuizada em função
de algum comportamento negativo do inquilino, como por exemplo: atraso no
pagamento: um dos motivos mais comuns, a inadimplência (a partir de 1 dia de
atraso), geralmente garante ao proprietário, além da possibilidade de ajuizar
uma ação de despejo, o direito de pedir uma indenização pelos valores em
aberto;
Descumprimento
contratual: a violação do contrato de locação (como uso da propriedade
diferente da finalidade da locação, dano ao imóvel, reforma não autorizada e
descumprimento das regras de condomínio, por exemplo) é outra causa recorrente
das ordens de despejo. É importante ressaltar que a ordem de despejo a ser
obtida na ação é recomendável somente em último caso, quando o inquilino se
recusa a sair do imóvel. Em geral, é ideal que o proprietário procure o morador
e tente manejar a saída de forma amigável.
Neste
momento o psicólogo faz uso do epochê, se ausentando do julgamento,
conhecimento acadêmico e experiência, reduzindo o juízo para compreender o despejo
da residência. E compreende que foi desapossado/
e ou privado da posse da moradia ou da identidade por descumprir normas
estabelecidas do contrato de locação, no caso a falta de pagamento por meio do
dinheiro e todas as representações que tem o dinheiro na consciência do
inquilino, levando o inquilino a ser penalizado por descumprimento de contrato.
Não
se deve esquecer que é através da história residencial que o indivíduo constrói
uma identidade residencial, que vai influenciar a sua percepção e avaliação da
residência atual, e o despejo de um imóvel repercute na identidade residencial,
na percepção e avaliação da próxima residência.
Com
o despejo que significa o rompimento da contratação locatária involuntária o
inquilino se apercebe no vazio existencial da identidade.
Isto
faz com que o inquilino se enxergue como um indivíduo que mora em casa arrendada.
Ou seja, sujeito que tem cedido por meio de contrato o direito e uso de [bem
móvel ou imóvel], por um determinado tempo determinado e mediante pagamento que
significa alugar. O mesmo acontece em relação a identidade residencial, onde o
sujeito arrenda a sua identidade. Ou seja, a sua identidade é cedida com o
direito e uso. Por um determinado tempo, mediante o cumprimento de certas
normas.
Este
fato é comprovado pelo inquilino, uma vez arrendou diversas moradias mediante
contrato, sendo que em cada moradia apresentou-se com determinada identidade
residencial, pois sua história residencial possibilitou construir a identidade
residencial. Quando o psicólogo mante a atenção seletiva no despejo residencial,
a sua percepção está distorcida ou disfuncional a sua crença, com o sentimento que
não têm uma identidade residencial ou foi desapossado de sua identidade, pois
percebe o despejo como algo negativo relacionado a falta de imóvel próprio ou a
ausência de identidade, seja ela, psicológica ou espiritual. Mas isto não é
verdade, porque o inquilino através da sua história residencial teve a sua
identidade construída ao longo dos contratos de locação.
E
neste ponto a falta de um contrato de locação e visto como perda de autonomia,
autocontrole sobre si mesmo e as emoções e outros eventos. Este fenômeno
percebido de modo irrefletido sem a suspensão do juízo modifica a percepção, o pensamento,
o sentimento e o comportamento do indivíduo. Com o fenômeno despejo a ocupar a consciência,
existe, simplesmente, menos atenção seletiva para a redução fenomenológica ou para
observar o fenômeno como ele se apresenta, se mostra ou se revelou de fato ao
psicólogo que em todos os seus contratos de locação rompidos teve a sua
história residencial e sua identidade construída.
Compreender
que o despejo residencial possibilita que o inquilino se aperceba com uma
identidade estabelecida anteriormente, mesmo que firme outros contratos de
locação de imóvel. Depreender que o despejo de imóvel afeta o comportamento, e
leva o sujeito a um vazio existencial, influenciado a capacidade emocional para
se adaptar e permanecer em outros contratos de locação até que consiga
novamente construir uma história de vida residencial, uma nova identidade
residencial pra um possível contrato de locação de imóvel no futuro.
Estes
podem ser os estímulos aos quais o psicólogo não estava prestando a atenção,
pois sua atenção seletiva estava focada apenas no despejo residencial como
aspecto negativo da falta de ocupar um lar e desapossado das obrigações e
responsabilidades referentes ao cumprimento das normas que rege o contrato,
como pagamento de aluguel, água, luz, iptu, internet e outros. Contudo a
fenomenologia lhe desvelou que temporariamente lhe foi suspendido os
compromissos referentes a contratação de locação de imóvel, entretanto é
possível escrever nova história de vida e identidade residencial, seja, por
meio da psicologia ou teologia.
Referência
Bibliográfica
HUSSERL,
EDMUND. A Ideia da Fenomenologia. Trad. Artur Morão. Lisboa, Port.: Edições 70,
2014.
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