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Comportamento Opositor – Desafiador

 Ano 2022. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208

O presente artigo chama a atenção do leit@r a compreender o comportamento opositor/desafiador nos ambientes construídos. Na esfera privada, é normal que as pessoas usem sua consciência para avaliar a moralidade de uma ação, mas quando se trata das coisas que lhes são exigidas por seu governo, obediência inquestionável, com pouca atenção quanto ao certo ou errado da ação. Neste artigo, vamos examinar a psicologia da obediência e mais a frente o comportamento opositor/desafiador, prestando especial atenção ao motivo pelo qual as pessoas obedecem àquelas que estão no poder, mesmo que isso signifique realizar ações que, em qualquer outra situação, considerariam imorais. Também examinaremos a desobediência e como ela age como uma contra força crucial para o surgimento de um governo opressivo.

A obediência pode ser definida como a realização de uma ação não por causa de um desejo ou motivo pessoal, mas porque alguém é ordenado a fazê-lo por alguém em posição de autoridade. A obediência pode ser extremamente benéfica em certas circunstâncias, como no relacionamento entre uma criança e os pais, na relação Deus e o crente ou na adesão a leis que impedem ações agressivas, como agressão, roubo ou assassinato. No entanto, em outros casos, a obediência pode causar os resultados mais brutais: Até mesmo um olhar superficial sobre a história deve convencer alguém de que crimes individuais cometidos por motivos egoístas desempenham um papel insignificante na tragédia humana, comparados aos números massacrados na lealdade altruísta a uma tribo, nação, dinastia, seita, na igreja, nas organizações ou ideologia política. Sobrevivência em uma hierarquia de dominância requer a habilidade de fazer distinções entre hierarquia e reconhecimento das ações permitidas e proibidas com base em sua classificação.

A falha em qualquer um desses aspectos pode levar à morte ou ser expulso do grupo de alguém e, portanto, aqueles que exibem tais características têm maior probabilidade de sobreviver e transmitir seus genes. Mas enquanto a influência das hierarquias de dominância em nossa história evolutiva pode ajudar a explicar a tendência humana de obedecer, ela não explica completamente por que as pessoas obedecem, mesmo quando as ações exigidas delas são claramente imorais ou em detrimento de sua própria sobrevivência. Podemos estar genuinamente confusos sobre como as pessoas podem obedecer a comandos que parecem tanto sanguinários quanto estúpidos. A perplexidade pode desaparecer quando percebemos que, aos olhos de seus perpetradores, os crimes hediondos da história não são crimes hediondos, mas atos de lealdade, patriotismo e dever.

Do ponto de vista do presente, podemos vê-los como crimes hediondos, mas, ordinariamente, do mesmo ponto de vista, não podemos ver os crimes de nossos próprios governos como hediondos ou mesmo como crimes. A existência de um governo opressor produz muitas situações em que a dissonância pode surgir, já que as pessoas são frequentemente obrigadas a tomar ações que conflitam com suas crenças pessoais de certo e errado e suas imagens de si mesmas como um bom povo. A primeira coisa a notar é que claramente as pessoas não se recusarão a cometer atos imorais, a menos que superem os preconceitos que promovem a obediência inquestionável ao Estado, a seita, a religião.

A autoeducação e livrar-se das falsas crenças que resultam de anos de doutrinação e propaganda excessiva é crucial. Somente fazendo isso podemos afrouxar o domínio que as ideologias perniciosas têm em nossas mentes e, em vez disso, como Thoreau recomendou, usar nossa própria consciência para avaliar o certo ou o errado de uma ação. As pessoas também são mais propensas a desobedecer aos comandos tirânicos dos que estão no poder se perderem a confiança na capacidade de seus governantes, seja, ele, chefe de estado, supervisor organizacional, líder eclesiástico e outros. Isso poderia acontecer se um número crescente de pessoas percebesse que as sociedades são complexas demais para que o controle centralizado do governo seja eficaz. No entanto, a perda de confiança é mais provável de surgir devido à inépcia dos políticos, o que torna cada vez mais difícil para as pessoas depositarem fé nas instituições governamentais existentes.

Em desobediência e civilização, Don Mixon aponta que a vigilância em massa diminui enormemente a probabilidade de desobediência, pois cria uma situação análoga àquela enfrentada por um crente religioso devoto que censura seus pensamentos e comportamentos devido ao olho que tudo vê de Deus: Os deuses, é claro, são frequentemente descritos como sendo oniscientes e onipotentes. E não é difícil perceber porquê. Se os crentes puderem realmente acreditar que seu Deus pode enxergar em suas mentes e corações e acreditar que Ele os castigará severamente se vislumbrar a menor deslealdade, eles poderão ser persuadidos a mudar seu modo de pensar e sentir e tornar-se, internamente e externamente, mais complacente e mais obediente. Pois, o que deve ser superado, o principal obstáculo no caminho das hierarquias de comando, atingindo sua forma típica ideal, é o poder humano de mentir, fingir e assimilar. Cidadãos que têm a capacidade de fingir lealdade e amor enquanto planejam a desobediência e a traição são sérias ameaças à segurança de qualquer poder que seja.

Somente se as pessoas puderem ser persuadidas de que seus esforços para mentir e fingir se tornam infrutíferas por um olho que tudo vê, pode a obediência se tornar assegurada. Enquanto a tendência a obedecer é certamente uma característica proeminente do homem, há sempre alguns bravos que, diante do poder corrupto, estão dispostos a se levantar e recusar. Aqueles com a coragem de desobedecer não são apenas protetores da liberdade, mas, como Erich Fromm sugeriu, indivíduos que movem uma sociedade para frente: Seu desenvolvimento espiritual não só era possível porque havia homens que ousavam dizer não aos poderes em nome de sua consciência ou de sua fé, mas também seu desenvolvimento intelectual dependia da capacidade de ser desobediente às autoridades que tentaram amordaçar novos pensamentos e a autoridade de opiniões estabelecidas que declaravam uma mudança absurda.

Muitas vezes, um comportamento de desobediência está associado a causas secundárias, como o desejo por atenção; revolta discordando de algo proposto percebido com bom sinal, sinal de socorro, sentimentos e emoções com os quais o adulto não está conseguindo lidar, como medo, raiva, tristeza; entre outras causas. Para atingir o fenômeno desobediência, é preciso entender que o fator desobedecer significa contrariar a autoridade paterna, neste caso os pais, rebelar-se contra o comando imposto pelo meio, até mesmo contra Deus ao passo que o domínio é uma influência qualquer aceita no meio que exige respeito e confiança. [...] Em relação à causa das condutas agressivas, Barros e Silva (2006) mencionam que o comportamento agressivo, alvo de vários estudos, é característico da espécie humana e apresenta diversas configurações, podendo ser expresso através de movimentos de ataque ou de fuga e de sentimentos diversos, como raiva e ódio, e pela via somática, entre outros modos.

O negativismo, ou seja, agir pelo não. Realiza os atos que se lhe disser para não realizar. Na família, na igreja, na organização todos são transformadores e participantes de uma maneira particular da vida e da história da criança, do adolescente, do adulto. Deste modo, pais, liderança organizacional, lideres eclesiásticos avaliem o seu comportamento e depois considerem a consequência no seu filho ou sua filha, no seu empregado, no membro da igreja. Observando nos atendimentos e nas orientações aos pais, como é difícil para os progenitores aceitarem que a desobediência do filho tem a ver com a sua conduta, aceitar que não consegue dizer não aos seus filhos e que o desempenho deles é reflexo do desempenho dos pais.

Esses comportamentos de aceitação da desobediência dos filhos podem ser devido a uma rejeição vivida, uma insegurança, um sentimento de culpa, entre outros. Analisando a família, é possível verificar que o filho não é isolado do pai e da mãe, e sim interconectado, visto que o primeiro contato social da criança se inicia com a família. É comum que quando a criança desobedece aos pais, eles tendem a ter a reação positiva como, por exemplo, corrigir brincando ou nem corrigir e permanecer sorrindo. Este ato passa ser uma forma de reforçar o comportamento da criança e do adolescente. [...] Ainda Caballo e Simón (2015) consideram que as crianças que apresentam tal temperamento sentem dificuldade de adaptação às mudanças que se processam no ambiente no qual estão inseridas, reagindo contrariamente e muitas vezes de forma agressiva.

O adulto usa a agressão/ e ou desobediência para mostrar que tem um desconforto interior e uma sensação de ser um pária [excluído ou marginalizado na sociedade, no lar, na igreja, no projeto dentre outros] e alguém que está esquecido. Se um adulto se sentir vulnerável e inseguro, se não puder estar em um grupo de colegas e se sentir integrado a um projeto ou pertencer a uma instituição, não demorará muito para que a agressividade/desobediência apareça.

Aqui estão os dois resultados possíveis dos eventos que levam à agressão: 1. Imitação. Quando a agressão é percebida como uma possível opção de comportamento e é assimilada para a resolução dos problemas. 2. Perda de uma relação de confiança [quando não há contato]. Se o contato entre um pai e um filho for perdido ou sequer tenha sido criado desde cedo, a manifestação da agressividade no comportamento de uma criança não irá demorar muito tempo para se desenvolver. Ou ainda se um crente tiver muitas decepções com a figura divina que não lhe concedeu seus sonhos, ocorrerá uma perda de confiança na figura divina.

Uma das razões para o comportamento agressivo da criança/ e o adulto pode ser a baixa autoestima. Se um adulto não é autoconfiante, ele também não tem confiança nas pessoas [Deus, pastor, supervisor, esposa(o)] ao seu redor. A baixa autoestima atrai o perigo em sua imaginação, que pode vir de amigos, pais ou professores ou até mesmo da figura divina. Nesses casos, a criança/ e ou adulto não espera ser ofendida; ela começa a se comportar com agressividade, dando alerta para o ataque imaginário. Crianças/ e ou adultos que não tiverem a oportunidade de obter apoio emocional dos pais devido à baixa autoestima, é possível que escolha uma forma agressiva/ e ou desobediente de comportamento para reproduzir diante de certas circunstâncias. [...] Na concepção de Kaplan e Sadock (2007), comportamentos de natureza opositiva podem ser considerados como normais ou próprios de uma faixa etária específica, como no começo da infância, fazendo parte do processo evolutivo da criança. Os autores mencionam, também, que o surgimento desses comportamentos pode ocorrer normalmente no período da adolescência, principalmente no estabelecimento da construção de uma identidade própria.

Notamos que heróis modernos de desenhos animados, filmes, documentários e jogos de computador, independentemente de serem bons ou maus, são agressivos. Muitas vezes vemos o uso de força para fins supostamente bons nas telas. Os adultos conseguem entender que este seria o último recurso para sair de uma situação, mas a criança pensa que é um chamado para agir da mesma maneira em qualquer situação. E as vezes o adulto age do mesmo modo como uma criança age na realidade diante de um problema. Eles acham que essa é a maneira mais confortável de alcançar um certo status em seu círculo de amizade. Precisamos deixar que as emoções se manifestem, não sufocando e nem reprimindo sua existência. Sabemos que castigos e punições têm pouca eficácia.

As principais características do transtorno opositivo desafiador são: perda frequente de paciência, discussão com adultos e figuras de autoridade, recusa a obedecer e seguir regras, se aborrece com facilidade e mostra-se muito raivoso, agressivo e irritado. São crianças/ e ou adultos que tem dificuldade em controlar seu comportamento e suas emoções. Os ambientes mais comuns para manifestar os sintomas são na escola e em casa e são reproduzido no ambiente organizacional, ambiente igreja. Esses sintomas acabam gerando prejuízo não somente na vida escolar, mas também na área social e ocupacional. A perturbação no comportamento está associada a sofrimento para o indivíduo ou para os outros em seu contexto social imediato, ou causa impactos negativos no funcionamento social, educacional e profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

Imagine agora um adulto, seja ele ateu ou cristão pode agir com este comportamento opositor/desafiador perante a figura divina/ e ou figura de autoridade, pois o ambiente o espaço restringido, pode ser um reforço positivo para desencadear comportamentos desta natureza. Entretanto, o comportamento manifesta-se de formas diferentes de acordo com o gênero do adulto. Adultos tendem a apresentar agressividade física e desobediência. Mulheres, no entanto, podem demonstrar o comportamento de atração por mentiras, fugas e, em alguns casos, prostituição.

 

 

Referência Bibliográfica

BARROS, PATRÍCIA; SILVA, F.B.N. Origem e manutenção do comportamento agressivo na infância e adolescência. Rev. Bras. Ter. Cogn. v.2 n.1 Rio de Janeiro jun. 2006. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872006000100006>. Acesso em: 20.01.2015.

CABALLO, VICENTE E.; SIMÓN, Miguel Ángel. Manual de psicologia clínica infantil e do adolescente: transtornos específicos. 1 ed. Reimpr. São Paulo: Santos, 2015, 460 p.

KAPLAN, H. I.; SADOCK, B. J. Compêndio de Psiquiatria: Ciências do Comportamento e Psiquiatria Clínica. 9 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007, 1172 p.

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