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O Psicólogo E Suas Crenças Limitantes

 Ano 2022. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208

O presente artigo chama a atenção do leit@r a compreender em que situação o profissional está e quais contrariedades ou dificuldades apresenta impossibilitando o profissional de lotar a sua agenda online e presencial. Onde reside a falha? No profissional ou nas circunstâncias externas desconhecidas a ele originadas pelo princípio de realidade. Ou ainda, será que existe crenças limitantes. Qual o diagnóstico reacional e situacional do profissional. Como está a interação social na vida deste profissional. E neste momento o sujeito pode se avaliar sobre quais os motivos sobre a sua situação não lhe permitir ter agenda cheia.

O ser humano quando se depara em situações que está fora de seu controle ou compreensão tende a buscar resposta em religiões, na ciência, em conhecimentos técnicos e outros a fins. Exemplo, um técnico em mecânica que está diante de um problema mecânico, tende buscar a resposta para solucionar a questão sobre as informações técnicas que obteve do curso. Já o teólogo procura resposta para solucionar um problema que não seja de origem mecânica ou tecnológica se fundamentando sobre a Bíblia. E no caso do psicólogo procurará usar de todas as abordagens da psicologia que é uma ciência.

De acordo com a psicologia cognitiva crença é o estado psicológico em que um indivíduo adota e se detém a uma proposição ou premissa para a verdade, ou ainda, uma opinião formada ou convicção. Crenças limitantes podem ser visões equivocadas da realidade. São lentes com um grau severo de distorção de imagem que confunde nossas percepções. Ao longo da vida, desenvolvemos ideias por meio das percepções e interpretações que fazemos sobre nós mesmos, os outros e o mundo a nossa volta.

As vezes por meio da crença o sujeito se permiti colocar em situações conflitantes, é percebido pelos olhares de outros em condição de vulnerabilidade, expõe-se a situações indesejáveis, como, em Isaias 6:8 Então ouvi a voz do Senhor, conclamando: "Quem enviarei? Quem irá por nós?" E eu respondi: Eis-me aqui. Envia-me. É fruto de crenças enraizadas sobre pagamento de dívidas, culpa e não se sentir merecedor de vivências mais saudáveis. O auto sacrifício, a tolerância e a persistência em relacionamentos insensatos, permitir estar em situações de vulnerabilidade de escassez, situações de riscos, de crises, de conflitos familiares, trabalhar em subempregos é fruto de crenças reprimidas no inconsciente por gerações.

Quanto a crenças limitantes, a psicologia desvela o que está por trás do que lhe impede de mudar sua vida para melhor. As crenças limitadoras nada mais são do que bloqueios mentais, o indivíduo toma para si certas verdades como se fossem verdades absolutas [religião, superstição, discursos], quando na realidade elas não passam de algo imaginário. Crenças limitantes são como verdades absolutas que, em algum momento, ao longo da vida agimos como tal. [...] Mecanismo defesa BLOQUEIO: Inibição, geralmente temporária, de afetos (habitualmente), pensamentos ou impulsos.

No decorrer de nossas vidas, recebemos milhares de sugestões, estímulos e experiências, tanto de pessoas quanto de situações que estão constantemente ao nosso redor, que aos poucos vão moldando a forma como nós somos. Crenças são ideias generalizadas sobre um tema, que organizam nossa percepção e definem nosso comportamento sobre este tema com a função de nos adaptar. Além disso, elas também definem como avaliamos os resultados e comportamentos que temos sobre o tema. Obviamente, a crença também vai afetar tudo o que está relacionado ao tema, com isso, se torna complexa. Esses temas podem ser amplos como eu, mundo, pessoas ou específicos, como competências ou situações.

Sentimos as crenças como se fossem a verdade, porque quando as formamos, elas possuem valor de sobrevivência, por este motivo é difícil mudar uma crença, mesmo que seja limitante. E neste caso o psicólogo por ter formação acadêmica em teologia tem a crença que o arquétipo Deus limitou as possibilidades de ter agenda cheia de clientes e autonomia financeira, porque este fato é real.

Portanto, a crença é identificada através de sua função e não de seu conteúdo. A crença não deve ser identificada pelo que a pessoa diz, mas sim, pelo efeito que tem nela. Esta é a diferença entre o discurso e a crença, o primeiro é algo que a pessoa diz, o segundo organiza o que ela faz e sente. Logo, uma pessoa pode ter um discurso sobre um tema, mas agir a partir de uma crença que é completamente diferente do discurso.

Quando a crença se torna limitante? Por definição, toda crença é limitante, pois é uma ideia generalizada sobre algo, logo ela limita nossa percepção do mundo. Porém quando essa ideia generalizada ajuda a pessoa a se organizar no mundo, ela é util. Portanto, a crença é identificada através de sua função e não de seu conteúdo. A partir do momento em que essa ideia atrapalha a adaptação da pessoa, se torna problemática. E quando a pessoa percebe essa dificuldade e, mesmo assim, percebe dificuldade em mudar sua crença, ela se torna limitante. Em outras palavras, crenças limitantes são crenças rígidas demais para sofrer atualizações úteis e necessárias ao longo da vida da pessoa, atrapalhando sua adaptação ao mundo. O psicólogo percebe a crença religiosa e compreende que a crença é rígida e mesmo assim fez atualizações uteis com crenças novas, mas como há demora para as coisas acontecerem, seu comportamento está ajustado segundo a crença religiosa aguardando um desfecho favorável para o êxodo da situação.

Uma crença como sou inferior pode surgir em uma família superprotetora e, para se adaptar ao estilo de vida da família, a criança fica com este registro sobre si. Ao se desenvolver, a pessoa adquire competências [deixando de ser inferior]. Porém, ao perceber a competência, a pessoa pode sentir medo ao invés de orgulho, pois ela crê que é inferior e a experiência de competência confronta sua crença. Com isso a pessoa pode negar sua competência, diminuí-la ou usá-la de forma inadequada como forma de expressar a crença.

Aqui entendo que a psicologia cognitiva confronta a teologia, ou seja, a cognição é uma palavra associada ao processo de aprendizado e elaboração do conhecimento. É a partir do processo cognitivo que o psicólogo consegue desenvolver suas capacidades intelectuais e emocionais, isto é, linguagem, pensamento, memória, raciocínio, capacidade de compreensão, percepção e outros.  Já a teologia estuda as religiões num contexto histórico, pesquisando e interpretando os fenômenos e as tradições religiosas, os textos sagrados, a doutrina, o dogma e a moral e sua influência nas diversas áreas do conhecimento, especialmente nas ciências humanas.  E neste ambiente de espaço restrito o teólogo é o profissional que procura fazer a ligação entre a religião e outras áreas do conhecimento, e entender a influência dessas coisas na sua vida em relação a área profissional e dinheiro. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que foram reprimidos.

Como a crença [no arquétipo Deus] possui valor de sobrevivência, a tendência é que ela [vença] o conflito com a psicologia cognitiva. Isso faz com que o psicólogo crie comportamentos desadaptativos em relação ao mundo e isso gera sofrimento. Porém, este sofrimento é validado pela própria crença teológica.  A crença em Deus influência o psicólogo, que organiza sua percepção, fé e define sua atitude entendendo a limitação na área financeira e profissional com a função de se adaptar as limitações impostas pelo Criador referente a realidade.

A crença também se mostra forte e generalizada, ou seja, uma vez identificada é possível de verificar a existência da mesma lógica em vários outros comportamentos do psicólogo e em outras áreas de vida. Outro fator importante é a dificuldade em mudar o pensamento ou o quão real ele parece para o psicólogo. Crenças não são fáceis de serem mudadas e parecem a verdade, logo se um pensamento é fácil de ser substituído não deve ser uma crença.

As crenças limitantes podem servir como desculpa para que o psicólogo não saia de sua zona de conforto, ou seja, o fator preponderante limitando o êxodo do psicólogo.  Até porque, como o nome já diz, é confortável ficar onde está, mas para o psicólogo não é confortável permanecer nesta condição. Mas permanecer nela pode não levar a lugar algum, embora possa levar ao inesperado, ao imperceptível. A crença na religião, algumas coisas que são consideradas pecado em determinadas religiões podem se tornar crenças limitantes para o indivíduo, como por exemplo assumir a homossexualidade ou ainda acreditar que Deus limitou todas as oportunidades em relação a trabalho, mas qual a razão para Deus fazer isso com o cristão? Apocalipse 3:7 Ao anjo da igreja em Filadélfia escreva: Estas são as palavras daquele que é santo e verdadeiro, que tem a chave de Davi. O que ele abre ninguém pode fechar, e o que ele fecha ninguém pode abrir.

Outra crença limitante religiosa está fundamentada no Livros de Salmos 23: 1 O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará. O sujeito sabe que não lhe falta cliente e nem dinheiro, pois atende cliente por meio do voluntariado, por tanto está atuado como psicólogo e adquirindo experiência. Dinheiro não lhe falta, pois está recebendo auxilio emergencial por meio de políticas públicas e ainda uma quantia em dinheiro mais uma cesta básica de um parente. Não lhe falta moradia, pois habita com o filho que custeia o aluguel. Não lhe falta internet, nem dados móveis no smartphone, nem roupas e nem alimentação e de outras coisas não tem falta de acordo com sua percepção espiritual de realidade. Deste modo o psicólogo está sendo influenciado pela crença de que Deus o está sustentando criando uma ilusão falsa que o impede de se aperceber faltante de gratificações, recompensas. Ou seja, o psicólogo permanece no restrito/limite para sobreviver e não conta com abundância das coisas em sua vida.

E por confiar que Deus o está sustentando se permiti colocar em situações conflitantes, situações de escassez e restrição financeira, para ser percebido aos olhos do outro como um ser humano em condições de vulnerabilidade. A crença de ser sustentado por Deus é o estado psicológico que o psicólogo adota para si na consciência como fé e se mantem racionalmente como uma verdade e convicção. Neste ponto a crença em Deus é a percepção da sua realidade com a função de se adaptar, e que parece equivocada quando comparada com a psicologia cognitiva da tríade da crença, onde é pensamento, sentimento, comportamento também, tem a função adaptativa.

A lente do teólogo está ajustada, pois ao longo da vida, desenvolveu ideias, argumentos por meio da percepção teológica e com isto faz sua interpretação sobre si mesmo, os outros e o mundo a sua volta. Obviamente, a crença teológica também vai afetar tudo o que está relacionado ao problema do psicólogo, com isso, se torna complexa. A crença teológica na percepção da psicologia cognitiva e psicanalítica são lentes com um grau severo de distorção de imagem que confunde nossas percepções.

O ser humano adulto sente uma necessidade extrema de ser amado e aprovado por praticamente todas as pessoas significativas da sociedade e inclusive por seu Criador. Para se valorizar, a pessoa deve ser muito competente, suficiente e capaz de realizar qualquer coisa em todos os aspectos possíveis. É terrível e catastrófico que as coisas não saiam como o psicólogo gostaria que fossem.

Quando o psicólogo interpreta consciente a sua realidade através de crenças teológicas que aparentemente para os outros parecem irracionais, acaba se tornando alguém que não se sente feliz, porque percebe, filtra tudo o que vive através dessas crenças desadaptativas. Ou seja, são crenças que fazem com que o psicólogo classifique tudo o que acontece com ele, conforme isso o frustra ou não. E é complicado, porque as crenças teológicas estão equivocadas se comparando com a psicologia cognitiva.

Da confiança à crença na transferência: A crença, para a psicanálise, apresenta particularidades que a distanciam da definição do dicionário, atrelando-a ao diagnóstico diferencial. No dicionário, encontramos a seguinte definição no verbete “crença”: “Estado ou processo mental de quem acredita em pessoa ou coisa” (HOUAISS, 2008, p. 200). Se buscarmos a definição do verbo “crer”, deparamo-nos com a relação entre crença e confiança: “Tomar por verdadeiro, ter por certo, ter confiança em (alguém ou algo); acreditar”.  Noto que o psicólogo tem confiança em Deus, ou seja, acredita que Deus o está limitando nas áreas monetária e profissional. Com isto o psicólogo não pode negar a percepção da realidade na crença da teologia que faz parte de sua psique e muito menos negar a psicologia na sua vida, por que o sujeito é detentor de saber acadêmica em teologia e psicologia.  [...] Negação Provavelmente é o mecanismo de defesa mais simples e direto, pois alguém simplesmente recusa a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada. Ex: Um gerente é rebaixado de cargo e se vê obrigado a prestar os mesmos serviços que exercia outrora.

As crenças irracionais geram desconforto porque impõem condições para o seu próprio valor e felicidade que são quase impossíveis de alcançar. Esse fato é o que torna necessário aprender a identificá-las, modificá-las e transformá-las em mais adaptativas. O importante é tentar equilibrá-las para evitar que gerem desconforto ou, pelo menos, diminuí-lo. Ou seja, devemos aprender a ter consciência do seu surgimento, do seu significado, e pensar em outras formas realistas de perceber o que acontece conosco.

Isso é complicado, mas é o caminho a percorrer para tomarmos o controle do nosso bem-estar. Exemplo de crença transferencial que usamos no cotidiano, é necessário confiar mais nos outros e ou em Deus do que em você mesmo. O apoio social é necessário, mas essa ideia gera uma dependência excessiva dos outros/ e ou de Deus. O ideal é aprender a ser mais independente e fazer as coisas por nós mesmos, o que nos ajudará a nos sentirmos mais realizados. [...] “Transferência são reedições, reduções das reações e fantasias que durante o avanço da análise, costumam despertar-se e tornar-se conscientes, mas com característica (própria do gênero) de substituir uma pessoa anterior pela pessoa do médico.” (FREUD, 1905, p. 113). Por conta disso Freud denominou essa resistência de “falsa ligação”.

Contudo na crença e percepção do psicólogo, lhe falta estar estabelecido profissionalmente e financeiramente por meio da profissão de psicólogo, mas isto não está acontecendo. Com isto o profissional se apercebe faltante de clientes e dinheiro, segundo a sua crença e percepção da realidade, originando insatisfação, ansiedade, desprazer e sentimento de comparação em relação aos colegas que estão com agenda cheia de clientes. Quais as crenças referentes a sucesso na vida deste profissional.

O psicólogo se apercebe limitado quanto a recursos financeiros, função social e abrangência social. E verdadeiramente o psicólogo está vetado, limitado a prosperar no que se refere a dinheiro e função social do trabalho de psicólogo. Por função social, entendem-se os efeitos que a atuação do psicólogo produz na sociedade. Esse efeito é identificado em termos da abrangência e do significado social da atuação do profissional. Por abrangência da função social entende-se o número de pessoas beneficiadas pelo trabalho do psicólogo e a natureza social delas [isto é, sua origem sócio cultural]. Por significado social da profissão entende-se a natureza do efeito produzido pelo psicólogo na sociedade, por exemplo, se ele contribui para a transformação social ou se seu trabalho é instrumento de manutenção das condições adversas de vida da população.

Quais eram as crenças de seus pais sobre dinheiro ou sobre a doutrina cristã? Como isso pode estar norteando suas escolhas hoje? Você acredita que amor é dor? Você tem a ideia de fé como auto sacrifício e autopunição? Onde é o limite entre amor ao próximo e amor próprio? Porque a espiritualização e o perdão são, muitas vezes, motivo para as pessoas se deixarem ser feitas de tapetinho, pois acham que com esse sacrifício serão presenteadas lá na frente e só assim padecerão no paraíso?

Já parou pra pensar que o paraíso pode ser aqui e agora, basta escolhermos e nos acharmos merecedores disso tudo? Quais perspectivas precisam ser modificadas aí dentro? Com esta atitude o indivíduo passa a ter uma agenda vazia, onde existe a ausência de interação e desenvolvimento humano. Ou ainda, este profissional está limitado quanto a buscar uma especialização por falta de recursos financeiros, com isto se enxerga limitado para contribuir com a sociedade através de seus saberes. Ou seja, é um profissional mediano devido a limitações.

Se o Psicólogo não tem interesse intencional de empreender em psicologia nas redes sociais, está desperdiçando o seu tempo fazendo coisas que não importam por meio deste comportamento. Freud resgata a ideia da necessidade humana de se apoiar em alguma autoridade, já que o ser humano nasce em um estado de completa dependência. E as vezes dependemos de outros para conseguirmos alguma coisa na vida. Relacionando aquela dependência inicial à necessidade de uma autoridade, Freud conclui que o complexo parental se encontra também nas raízes da necessidade de religião, pois o sentimento religioso se origina na e com a constatação da longa dependência e fragilidade humana, estendidas para além da vida cotidiana.

Em vista disso, Freud consegue estabelecer o motivo pelo qual a religião se faz uma neurose coletiva e livra o sujeito de uma neurose individual: A proteção contra doenças neuróticas que a religião concede aos seus crentes é facilmente explicável: ela afasta o complexo parental, do qual depende o sentimento de culpa, quer no indivíduo, quer na totalidade da raça humana, resolvendo-o para ele, enquanto o incrédulo tem que resolver sozinho seu problema. (Freud, 1910/1969, p. 113)

Mesmo que desconheçamos o que motivou nossos atos ilícitos, seus conteúdos dizem respeito aos desejos proibidos que se manifestam de forma cifrada nos desempenhos de cada um. Do próprio julgamento não é possível escapar e, mesmo quando a culpa não se apresenta de forma explícita, padecimentos corporais, fracassos na carreira, ruminações, boicotes e mortificações indicam as penas que o sujeito se impõe quando avalia, mesmo que inconscientemente, como censuráveis suas ações.

Ou seja, o sujeito está sempre submetido ao juízo da instância crítica que o sustenta no universo social, bem como o castiga quando transgrede a lei. O psicanalista escuta aqueles que se condenam, pela ação superegoica, às penas de fracasso, independentemente de um processo judicial. A pergunta sobre o que leva um indivíduo a tomar determinadas atitudes contra seu bem-estar, contra a atuação de carreira, contra em termos do seu convívio social quanto em sua vida privada, como ocorre nos crimes, convoca a uma abordagem do supereu, seja para dar conta das razões que levam ao ato, seja pela punição que o próprio sujeito acaba se impondo.  

E por meio da psicologia hospitalar é possível construir uma visão panorâmica da vida do psicólogo, através do diagnóstico reacional, onde descrevo mais abaixo e o situacional enfatizando áreas não diretamente relacionadas ao problema, mas que a influenciam e são por elas influenciadas a saber, como vida psíquica na crença limitante. A sua vida social está relacionada a privação de interação social com clientes, privação financeira e profissional. Na vida cultural está relacionado a religião e dimensão corporal. A situação de vida desencadeante, está relacionado a desemprego e não conseguir clientes. Exemplo, qual a situação se encontra o profissional no momento atual? 1. Está desempregado, por tanto vive em ociosidade involuntária transitando entre os períodos: manhã, tarde e noite. 2. Está empreendendo em psicologia na internet e por tanto dispõe de horários: manhã, tarde e noite. 3. Com uma agenda vazia existe a ausência de interação e desenvolvimento humano.

O psicólogo está vivenciando um conflito entre a teologia e psicologia, entretanto isto é bom, pois pode-se tirar algo de valor uma vez que é vivido a crença limitante no pensar em dinheiro quando associado ao versículo no Livro de 1 Timóteo 6:10 pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram com muitos sofrimentos. Psicólogo rememora que o divórcio foi permeado por diversos conflitos, mas o que teve um juízo de valor alto na percepção está relacionado as perdas financeiras, onde lhe remete culpa. Talvez a resistência inconsciente por meio do medo de afastar-se de Deus se for sucedido financeiramente, ou será roubado novamente.  [...] Esse medo marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162).

Por tanto para que serve o dinheiro? Além de funcionar como uma base de troca sólida, o dinheiro serve como uma reserva de valor. Isso é possível porque uma nota ou moeda não estraga e pode ser armazenado em bancos ou mesmo em casa. Cada um de nós damos ao dinheiro um significado diferente e justamente por ter um significado diferente para cada pessoa damos graus de prioridade diferente para o dinheiro em nossas vidas. Veja alguns fatores negativos para o sucesso financeiro: Raiva; Inveja; Sensação de incompetência ou inadequação; Sensação de rejeição; Falta de amor; Medo.

Quando o dinheiro é usado para tapar o vazio que foram originados ele acaba mascarando a verdadeira causa da insatisfação ou infelicidade. Além de não resolver o problema, isso só o piora. Pode parecer óbvio, mas uma das melhores coisas de se ter dinheiro é não ter que ficar se preocupando com a falta do dinheiro e os problemas que isso pode causar. E as pessoas não desejam se preocuparem com as coisas por terem falta de dinheiro. A psicologia explica que cada experiência da nossa vida faz com que vejamos as finanças de forma diferente. Sempre que estamos motivados por sentimentos negativos estamos mais motivados a consumir, o que significa que iremos precisar de mais dinheiro para fechar o mês. Ou ficarmos tristes, ansiosos, preocupados com a falta do dinheiro por estarmos em privação ou escassez monetária.

Não é possível ou viável viver em sociedade sem ter uma atividade que traz dinheiro. O fato é que o dinheiro se tornou o grande valor absoluto da nossa sociedade, ele permite quantificar tudo que possa ser medido de alguma forma, ou seja, torna-se angustiante estar sendo amparado pelo auxilio emergencial e parentes, quando o sujeito tem formação acadêmica e condições físicas saudáveis para desempenhar uma função na sociedade e lhe falta oportunidade por questões de idade e outras desconhecidas a ele.

Uma vida financeira próspera não significa necessariamente uma conta bancária muito gorda, carros de luxo, mansões, nem nada disso. Significa, sim, que você utiliza os seus recursos da melhor maneira possível para atingir os seus objetivos, independentemente de quanto seja a quantia necessária para isso.

Na sociedade capitalista, o dinheiro é associado ao poder, liberdade, autonomia, independência financeira, talento e benção. A falta dele é tida como fracasso, fardo e incompetência. O dinheiro afeta o nosso sentido de identidade e ir à falência ou ter sucesso financeiro tem impacto significativo na autoimagem do indivíduo. Como as pessoas enxergam o dinheiro? Uma pessoa de personalidade muito individualista e ao mesmo tempo otimista tende a enxergar o dinheiro como um meio de ter liberdade e, assim, dificilmente conseguirá poupar. É o oposto do também individualista, mas pessimista, que vê no dinheiro uma forma de ter segurança contra imprevistos.

A crença limitante na dependência financeira: O dependente busca no facilitador a solução para as suas necessidades financeiras. Para ele, alguém [Pessoa ou Deus], alguma instituição ou o governo cuidarão do seu bem-estar financeiro. Grande parte são mulheres e isso explica o motivo delas permanecerem presas aos seus relacionamentos, mesmo quando eles são abusivos. Problemas financeiros decorrentes de momentos econômicos difíceis acabam por levar a situações extremas tais como os casos de assassinato seguido de suicídio, inadimplência. Um outro agravante é o fato de o dinheiro estar sempre atrelado à certas condições, agenda vazia no consultório, desemprego, por exemplo. Quando isso acontece, o dependente não desenvolve o seu senso de autonomia. Tal como no caso do facilitador, ele também vincula dinheiro a afeto e sua vida pode perder o sentido quando ele não compreende a sua real situação.

Adicionalmente, ele tende a manter esse padrão de comportamento mesmo quando inserido em outro contexto e se relacionando com outra pessoa, pois carrega consigo a crença de ser incapaz de cuidar de si mesmo. Isto pode ocorrer com o psicólogo que se apercebe inseguro ao ser lançado obrigatoriamente no mundo virtual, tendo que exercer o empreendedorismo, o que leva a deixar de obter a segurança que obtinha nas instituições enquanto trabalhador. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.

O desenvolvimento tecnológico, além de transformar profundamente a dinâmica da sociedade em que vivemos, ampliou de forma vertiginosa a possibilidade de estabelecimento de processos comunicacionias que permitem níveis de interação cada vez mais complexos e naturais. À medida em que as tecnologias superam as limitações de representação de informações e, no decorrer dos anos, passam a oferecer não somente o texto como único suporte, mas uma infinidade de outros formatos, inclusive o verbal, é possível apontar para uma potencialização dos processos de interação.

O psicólogo em pleno século XXI não consegue viver isolado, ele participa de diferentes ambientes, como online e presencial. Os grupos reúnem seus integrantes em torno de um objetivo comum e as pessoas geralmente participam desses porque se sentem acolhidas, porque percebem que naquele grupo sua presença é importante, então, pode-se afirmar que a comunicação cria vínculos e é fundamental para que os indivíduos se efetivem como ser social. E quando isto não ocorre de modo efetivo na vida do psicólogo é percebido como um desprazer, um estimulo externo coercitivo gerador de insatisfação.

A interação social é algo presente na vida dos indivíduos, pois é um processo voltado às relações sociais que são desenvolvidas com aqueles que nos cercam. Para a sociologia, esta é inclusive uma condição necessária para formação da sociedade, já que é a partir desse meio que as pessoas se transformam em sujeitos sociais. O contato social e a criação de redes de relacionamentos são responsáveis pelo desenvolvimento da comunicação e da geração de determinados comportamentos. E o psicólogo necessita deste contato social para evoluir enquanto profissional e contribuir com a sociedade sendo agente de transformação para auxiliar os sujeitos a melhorarem suas atitudes no meio em que habitam.

A internet hoje em dia é uma das ferramentas mais poderosas que temos, pois, além de proporcionar maior acesso às informações ela também facilita a comunicação. O espaço virtual tornou-se o meio pelo qual as pessoas mais se relacionam e interagem, trazendo consigo algumas mudanças de comportamentos, especialmente nas relações interpessoais e também na linguagem utilizada por nós. O uso das redes sociais, por exemplo, são as ferramentas que marcam esse novo espaço de sociabilidade. A simultaneidade das ações e interatividade proporcionada por elas colaboram para os vínculos e criação de relações sociais, mas, em contrapartida, são permeadas de alteridade, decepção e estigmas.

Todos esses aspectos da era digital trazem à tona diferentes dinâmicas para a sociedade moderna, fazendo com que os indivíduos se adaptem às diversas situações que surgem no universo tecnológico. Tais reformulações destacam-se, sobretudo, nas relações estabelecidas por esse meio, que costumam ser baseadas em interesses, pensamentos e ideias em comum. Quando uma pessoa é fisicamente arrastada por uma multidão, isso é mais uma variante da interação física [corporal], se ela se deixa levar pelo seu humor e começa a fazer barulho com os outros, é mais uma interação social.

O aspecto mais importante da interação social é que ela provoca uma modificação de comportamento importante nos indivíduos envolvidos, como resultado do contato e da comunicação que se estabelece entre eles. Os contatos sociais e a interação constituem condições indispensáveis à associação humana. As interações sociais consistem em trocas de ações, ideias e experiências dentro de uma relação com uma ou mais pessoas. São dinâmicas de comunicação que acontecem, portanto, de formas variadas e em diferentes espaços, podendo ser recíprocas ou unilaterais. E neste caso o psicólogo/teólogo se apercebe sendo limitado de gozar desta interação social e experiencia de forma coercitiva a crença religiosa limitante na sua vida.

No que tange o diagnóstico reacional construído por meio da psicologia hospitalar, o adoecer é uma órbita ou uma compulsão a repetição de pensamentos, sentimentos e atitudes. O problema se instala na vida do psicólogo que tudo perde importância ou então passa a agir em torno da situação angustiante da falta efetiva do exercício da carreira que o impede de ser recompensado com dinheiro e a interação social, e pode entrar numa espécie de órbita que apresenta quatro posições principais, se não estiver atento e consciente em relação ao seu estado emocional: negação, revolta, depressão e enfrentamento. Essas posições não são específicas para alguma doença e constituem-se, isto sim, nas maneiras que os humanos dispõe para enfrentar, crises conjugais e desemprego, receber notícias más, lidar com mudanças, encarar a morte e também reagir a doenças. Quando alguém nega a doença, não está fazendo de caso pensado propositalmente e muito menos para irritar as pessoas, os familiares, ou a equipe médica. O paciente faz porque naquele exato momento é o que ele pode fazer.

A negação pode assumir diversas formas, e uma delas consiste em enxergar a falta de dinheiro e agenda vazia no consultório do colega de profissão ou ainda perceber que Deus limita a interação social na vida dos outros.  Negação é diferente de desconhecimento. Se o psicólogo não se dá conta da gravidade de seu estado profissional, devido por exemplo a não ter conhecimento sobre teologia, isso não quer dizer que ele está na posição negação. A negação não tem a ver com inteligência, religião, cultura, nível intelectual ou social, pois pessoas de todos os níveis sociais e econômicos podem vir a negar a sua situação.

A negação não se dá pela falta de informação, e sim por falta de condições psicológicas, falta esta que não deve ser entendida como defeito e sim como característica naquele momento. Por isso o psicólogo consciente não nega que a interação individual e coletiva com clientes está ligada ao seu convívio social. Sendo assim, a compreensão do desenvolvimento não pode ser justificada, apenas, por fatores biológicos. O desenvolvimento ocorre a partir de diversos elementos e ações que se estabelecem ao longo da vida do sujeito. Neste processo, sem dúvida, a interação com outros clientes desempenha papel fundamental na formação individual.

No versículo a seguir é possível constar que no Livro de Lucas Pedro nega Cristo três vezes por motivos psicológicos e não por falta de informação. [...] Lucas 22:54-60 54 Então, prendendo-o, levaram-no para a casa do sumo sacerdote. Pedro os seguia à distância. 55 Mas, quando acenderam um fogo no meio do pátio e se sentaram ao redor dele, Pedro sentou-se com eles. 56 Uma criada o viu sentado ali à luz do fogo. Olhou fixamente para ele e disse: “Este homem estava com ele”. 57 Mas ele negou: “Mulher, não o conheço”. 58 Pouco depois, um homem o viu e disse: “Você também é um deles”. “Homem, não sou!”, respondeu Pedro. 59 Cerca de uma hora mais tarde, outro afirmou: “Certamente este homem estava com ele, pois é galileu”. 60 Pedro respondeu: “Homem, não sei do que você está falando!” Falava ele ainda, quando o galo cantou. 61 O Senhor voltou-se e olhou diretamente para Pedro. Então Pedro se lembrou da palavra que o Senhor lhe tinha dito: “Antes que o galo cante hoje, você me negará três vezes”. 62 Saindo dali, chorou amargamente.

Quando o psicólogo se apercebe limitado na interação social, se enxerga ausente de liberdade, não pode mais fazer o que gosta que é atuar na abrangência social como psicólogo, então tem de fazer algo em relação a limitação imposta por Deus, por exemplo, gastar seu tempo procurando respostas para sair da situação ou então ajustar os hábitos e atitudes para se adaptar, e todos sabemos como é irritante mudar comportamentos. Conforme a gravidade da limitação interação social, ela frustra o futuro e não só por meio da limitação social, que põe fim a qualquer expectação de futuro, mas também pela restrição social em vida que a crença teológica acarreta. Outro aspecto particularmente irritante é a perda de autonomia, provocada pela crença teológica limitante. O psicólogo já não guia mais sua vida, ou seja, não é o protagonista/autor de sua história, e sim Deus controla sua vida. A cultura valoriza muito o trabalho, e as limitações costumam limitar a produtividade do psicólogo, seja temporária ou permanente.

O trabalho exerce por meio do mecanismo defesa fuga, a fuga dos problemas pessoais, de modo que quando o psicólogo se apercebe limitante de interação social, pode estar jogando o profissional de cara com os problemas que gostaria de evitar. O psicólogo pode estar agindo de modo passivo, como na sobre adaptação, que ocorro quando o profissional age para agradar a Deus, e não para resolver o problema. O nada fazer, é quando não existe atividade. A agitação, que se define como ação não focalizada no problema. Violência, que se caracteriza por auto agressividade e hetero agressividade, que não resolvem o problema e não gera enfrentamento.

A situação limitante de opções faz com que o psicólogo recolha a energia libidinal direcionada para prospecção de clientes e empreendedorismo e espere até ter convicção para reinvestir em outro objeto ou fazer outra coisa. Agora se faz necessário encarar a crença teológica limitante de modo mais realista, onde o mais importe não é o que a falta de interação social originada da crença teológica faz com o psicólogo, mas o que o psicólogo vai fazer com a crença teológica. No enfrentamento o psicólogo busca soluções realistas. Mas o que é realista? O que é real?

Diante desta situação o psicólogo pode procurar passar por abordagens de psicoterapia em busca de saída do evento estressante ou sujeitar-se a Deus e nisto ele é potente. Note que há escolha, como tentar encontrar um meio de sair da situação em que o esforço dependa do psicólogo ou permanecer até sair da situação sem que seja através do seu esforço. Realismo significa a soma da potência mais a impotência. Quando o psicólogo não enxerga sua potência, achando que nada pode fazer para sair da limitação, tem se a limitação teológica com sua impotência total. Se ao contrário, se o psicólogo não se dá conta da limitação teológica e pensa que pode tudo, tem se a onipotência característica da negação.

Na posição enfrentamento o psicólogo, mesmo estando limitado na interação social e desenvolvimento humano pela crença teológica, é potente, porque nada está sendo negado. A partir do momento que não nega nada em si mesmo, nem a existências de suas fraquezas, quando pode ser ele mesmo com suas imperfeições e qualidades, quando pode agir a partir de seus sentimentos, é enfim, quando ele é mais forte, mais seguro e potente. [...] 2 Coríntios 12:10 Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco, é que sou forte.

O pensamento na posição enfrentamento se caracteriza pela sua amplitude, é bastante inclusivo e não nega aspectos positivos ou negativos da realidade da crença teológica limitante. Tal aceitação da crença teológica não é prematura nem passiva, e nisso se diferencia da aceitação existente na posição crença limitante. O psicólogo para de perguntar, não porque já tenha encontrado a resposta, mas porque descortinou que não se trata de saber se a crença teológica limitante faz ou não sentido perante a psicologia, e sim saber o que fazer com a limitação de opções imposta pela teologia. Cada psicólogo constrói seu enfrentamento, não no sentido de falseá-lo, mas de descortinar a partir de sua originalidade como sujeito psíquico, com uma biografia única e condições de vida bem específicas.

Quando psicólogo se põe em contato com sua própria verdade teológica, e psicológica ele se torna calmo e forte, pode haver tristeza, mas não há depressão, pode haver medo, mas sem ansiedade. É uma posição bastante rica do ponto de vista psicológico.

 

 Referência Bibliográfica

BÍBLIA, N. T. Salmos, Lucas, 2 Coríntios, Apocalipse. In BÍBLIA. Português. Bíblia Evangélica: Antigo e Novo Testamentos. Tradução Versão de João Ferreira de Almeida Corrigida 1948 (JFAC). São Paulo.

FREUD, A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal Popular, 1968

FREUD, S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.

FREUD, S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914). "Recordar, repetir e elaborar ", v. XII

HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008.

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