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O Meio Ambiente X Comportamento

 Ano 2022. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208

O presente artigo chama a atenção do leit@r a compreender o ambiente e como os estímulos externos no ambiente influenciam no comportamento dentro do ambiente. E em consequência os indivíduos acabam reproduzindo o mesmo comportamento aprendido no ambiente em questão. A pandemia e o isolamento social propiciaram a modificar o comportamento no ambiente devido aos estímulos negativos por eles gerado. Em um contexto biológico, o entendimento do que seja meio ambiente tem sofrido algumas reformulações recentes. A ideia que se pretende assumir é a de que assim como não pode haver organismo biológico sem ambiente, não pode haver ambiente sem organismo. Segundo esse ponto de vista, um ambiente é algo que envolve ou cerca, mas, para que haja envolvimento, é preciso que exista algo no centro para ser envolvido.

Dessa forma, deslizamentos de gelo, depósitos de cinza vulcânica e fontes de água não são ambientes. São condições físicas a partir das quais ambientes podem ser criados por seres vivos. Assim sendo, você, enquanto representante de uma espécie biológica que se relaciona de diversas formas em locais diferentes, está sujeito a uma grande variabilidade de ambientes. Isso significa que, no momento em que lê este texto (sentado em seu quarto, no escritório, na faculdade), você está inserido em um meio ambiente específico.

Como se pode perceber, as características de um meio ambiente são dependentes do organismo ou conjunto de organismos que se leva em consideração. Portanto, há diferentes maneiras de se pensar o ambiente, mas nos limitaremos aqui a estudar alguns aspectos do meio ambiente natural e do meio ambiente humano. Se examinarmos de perto a vida de qualquer organismo, veremos que ela nunca ocorre isoladamente. Além do meio físico e dos componentes químicos que lhe são indispensáveis para crescer e multiplicar-se, há também a necessidade de um número variável de outras espécies com as quais esse organismo mantém relações diretas ou indiretas, mas sempre obrigatórias. A esse conjunto de elementos e fatores físicos, químicos e biológicos necessários à sobrevivência de cada espécie, denominamos meio ambiente natural.

O homem, como ser vivo, também está inserido em ecossistemas e depende de fatores bióticos e abióticos do ambiente para sobreviver. Porém, ao contrário de outros organismos, o homem desenvolveu habilidades que o permitem manipular recursos do ambiente em benefício próprio. O desenvolvimento de diversas tecnologias pelo homem sempre teve como objetivo dominar a natureza e se libertar da estreita dependência que obriga todas as demais espécies de seres vivos a viver somente onde o clima lhes seja mais favorável, onde existam vegetais ou animais que lhes sirvam de alimento, ou onde haja local para abrigo, construção de ninhos e outras condições essenciais à sua vida. Pode-se dizer que o homem é a única espécie que conseguiu se libertar quase completamente desse jugo.

O meio ambiente artificial ou construído: O meio ambiente construído, ou artificial, corresponde àquele produzido pela ação do homem ao transformar a natureza, representado basicamente pelas cidades. Há cidades que nos parecem limpas, arborizadas, bonitas, pois tiveram seu crescimento planejado, e outras, que ao crescerem desordenadamente, levam-nos a pensar que seus prédios se acotovelam por uma beira na calçada. A ocupação planejada do solo urbano, que determina as limitações ao direito de construir, informa como a cidade irá crescer e para onde, como fluirá o trânsito, e onde estarão localizadas as áreas verdes para o lazer tão necessário a seus habitantes. Um meio ambiente construído sadio contribui para o bem estar da população que ali vive; por outro lado, um meio ambiente artificial hostil gera não apenas sensação de angústia em seus habitantes como também termina por levar ao abandono e descaso e, não raras vezes, à agressão para com o espaço público.

O meio ambiente do trabalho: Essa expressão se refere ao local onde as pessoas exercem suas atividades laborais. O meio ambiente do trabalho envolve as instalações físicas do local [ventilação, iluminação natural ou artificial, ruídos, móveis, maquinário dentre outros.] que devem oferecer um ambiente saudável para a prestação do serviço, bem como deve ser minimizada a possibilidade de contato com qualquer agente químico ou biológico que traga riscos à saúde do trabalhador. Um meio ambiente de trabalho sadio proporciona a manutenção da saúde do trabalhador; por sua vez, um meio ambiente de trabalho agressivo leva ao surgimento de doenças profissionais e, consequentemente, perda da capacidade de trabalho.

A Psicologia Ambiental estuda a pessoa em seu contexto, tendo como tema central as inter-relações entre a pessoa e o meio ambiente físico e social. Os primeiros livros desse ramo da psicologia são relativamente recentes, e foram publicados nos Estados Unidos, na década de 70. As dimensões sociais e culturais estão sempre presentes na definição dos ambientes, mediando a percepção, a avaliação e as atitudes do indivíduo frente ao ambiente. Cada pessoa percebe, avalia e tem atitudes individuais em relação ao seu ambiente físico e social. Por outro lado, os efeitos desse ambiente físico particular sobre as condutas humanas também são estudados.

Então, estamos estudando uma reciprocidade entre pessoa e ambiente. Essa inter-relação é dinâmica, tanto nos ambientes naturais quanto nos construídos. Ela é dinâmica porque os indivíduos agem sobre o ambiente [por exemplo, construindo-o], mas esse ambiente, por seu turno, modifica e influencia as condutas humanas. A Psicologia Ambiental se preocupa em caracterizar as incidências específicas de certos micro e macro ambientes sobre o indivíduo. Ou seja, como, por exemplo, a casa de uma pessoa é capaz de influenciar a sua percepção, avaliação, atitudes e satisfazer suas necessidades. Mas também se interessa em coisas muito mais amplas, como uma cidade, por exemplo.

Como ela influencia o comportamento e o cotidiano do indivíduo? De que forma o indivíduo reage às condições constringentes do ambiente, como, por exemplo, o estresse? Pois o estresse é uma palavra-chave na relação que o indivíduo tem com essa entidade ambiental, a grande cidade. Os problemas das grandes cidades [transporte, moradia, alta densidade demográfica, ruído, poluição] têm uma influência sobre o indivíduo e essa influência depende de como ele percebe e avalia os diferentes aspectos estressantes decorrentes do fato de viver nessa cidade. Pense comigo agora, 05 sujeitos, sendo duas crianças e três adultos que vive em um espaço restringido em uma casa que compõe banheiro, cozinha e quarto. Contando que apenas um adulto trabalha para prover as necessidades básicas dos integrantes na residência. Sendo um bairro com alto índice de criminalidade.

Esse ambiente vai ter uma influência sobre o nosso comportamento. Será preciso decidir, por exemplo, não sair mais à noite por medo [ainda que, talvez, não precisássemos ter medo], o que causará um certo estresse, resultante da interação entre o indivíduo e o seu contexto físico. Não é o contexto físico isoladamente que causa o estresse. Outro exemplo, um indivíduo possue um telefone celular. Não é o smartphone, por exemplo, que provoca o estresse, mas, sim, a relação que a pessoa tem com ele. Então, essas são as coisas que interessam à Psicologia Ambiental e é isto que faz com que ela seja cada vez mais importante para resolver problemas. A Psicologia Ambiental trata também de certas temáticas bem específicas, que podem nos ajudar a entender por que se fala em Psicologia Ambiental e não só em enxergar o ambiente, como fazem outros ramos da Psicologia.

Por exemplo, uma temática que é bem importante em Psicologia Ambiental é o espaço físico. Este é um termo que tem sido amplamente esquecido pela Psicologia, seja na Psicologia Geral, Social, do Desenvolvimento ou outras. Não se falava de espaço, mas é óbvio que nos comportamos diferentemente dependendo do espaço em que estamos. Se estivermos num espaço restringido, pequeno, atuaremos de maneira diferente de nosso modo de agir em um espaço amplo. A avaliação e percepção que temos desse espaço também vão influenciar na nossa maneira de atuar; interagimos diferentemente dependendo do local. Então, o espaço é um conceito importante.

Outro conceito também importante e específico da Psicologia Ambiental é a dimensão temporal, que se entende ao mesmo tempo como projeção no futuro e referência ao passado, à história. Fala-se um pouco na Psicologia do Desenvolvimento, mas a relação do indivíduo com o tempo é o que mais importa para a Psicologia Ambiental. O indivíduo tem uma noção de tempo que está relacionada com a duração de sua vida, que é muito dependente do seu ciclo de vida. Em Psicologia Ambiental a noção de história é importante.

Não se deve esquecer que é através da história residencial que o indivíduo constrói uma identidade residencial, que vai influenciar a sua percepção e avaliação da residência atual. Outras áreas conexas são o Urbanismo e a Arquitetura. Esta última, vista de modo simplificado, trata do microambiente da residência, que é uma das coisas mais importantes para o indivíduo [seu apartamento, seu lugar, seu espaço de referência]. É nesse espaço que o indivíduo irá se desenvolver, criar uma família, ter filhos, tornando-o bastante importante para sua vida. O ambiente de trabalho também é de interesse dos psicólogos ambientais. Altas demandas e exigências do dia a dia de trabalho, pouca margem de controle e autonomia, necessidade de tomada de decisão frente aos contratempos, excesso de responsabilidade, necessidades de treinamento, problemas de planejamento, além do ambiente físico no trabalho são alguns dos aspectos geralmente considerados responsáveis por vários problemas entre os empregados. Assim, quanto mais adequado for o ambiente de trabalho em seus aspectos físico e social, mais eficiente será a produtividade.

E em função disto o conceito comportamentalista defende que todos os comportamentos são aprendidos, sendo possível até mesmo prever certas atitudes em determinadas condições e ambiente, seja, ele de trabalho, de lazer, de residência. A Psicologia Comportamental, também chamada de Comportamentalismo e Behaviorismo, é um ramo da Psicologia que tem como principal objeto de estudo o comportamento. Ela é caracterizada por acreditar na unidade entre mente e corpo, negando assim a existência dos estados de consciência e inconsciente.

Basicamente, apenas o comportamento observável deve ser considerado – cognições, emoções e estados de espírito são subjetivos demais. Qualquer pessoa, independentemente do seu passado, pode ser treinada para agir de uma maneira particular, com o condicionamento certo. Os Behavioristas acreditam que todos os comportamentos são resultados de experiência e condicionamentos. As figuras influentes do Behaviorismo incluem os psicólogos John B. Watson e B.F. Skinner, que estão associados ao condicionamento clássico e ao condicionamento operante, respectivamente.

Os behavioristas acreditam que os comportamentos podem ser aprendidos por meio do condicionamento. Isto é, as condições do ambiente têm influência direta no comportamento do indivíduo ou animal. Skinner contribuiu grandemente com a criação do Condicionamento Operante, um método de aprendizado que ocorre através de reforços [positivos ou negativos] e punições. O objetivo é entender a relação entre os comportamentos de um animal ao seu ambiente.

Para Skinner, o comportamento é reforçado através das suas próprias consequências. Partindo da premissa que o indivíduo busca sobreviver, se proteger, se autorrealizar, entre outras ações que sentem necessidade, à medida que alcançasse o seu objetivo, o comportamento se repetiria. Esse mecanismo de repetição é chamado de operante, sendo que se for seguido de um reforço positivo ou reforço negativo, a probabilidade de ele se repetir, aumenta. Enquanto que se for seguido de uma punição, a probabilidade de o comportamento ser repetido, diminui. Em outras palavras, essa teoria propõe que para um comportamento desejado ser alcançado, deveria ser incentivado através de uma recompensa, se estivesse agindo corretamente, e se estivesse agindo errado, receberia uma punição. Exemplo, uma criança tem um celular e desobedece aos pais quando chega o horário de estudar não querendo deixar de acessar o celular por algum tempo. Neste caso os pais entram com o reforço negativo com a intenção de diminuir o comportamento de desobediência, ensinado o comportamento de obediência seguido de uma punição retirando o celular da criança por um período de 7 dias.

Reforço [positivo ou negativo] e Punição: Os reforços são divididos em positivos ou negativos, ambos têm o objetivo de estimular a repetição de comportamentos que tem como consequência uma premiação positiva. Reforço positivo: quando algo bom é adicionado, por exemplo alimento cai na caixa, para ensinar um novo comportamento. Reforço negativo: quando algo ruim é removido, por exemplo, uma corrente elétrica é interrompida, para ensinar um novo comportamento. Já as Punições têm o objetivo de cessar ou diminuir a frequência de um comportamento, pois sua consequência é algo ruim. Punição positiva: Quando algo ruim é adicionado, por exemplo, multa de trânsito, para ensinar a parar um comportamento transgressor e negativa porque retira dinheiro do condutor infrator levando o condutor a não ter mais o comportamento de infrator.

Reforço e punição podem ser positivos ou negativos, uma ideia que às vezes causa confusão. Reforço ou punição positiva envolve a adição de uma consequência, enquanto punição ou reforço negativo remove um estímulo. O reforço positivo. Por exemplo, alguém com uma fobia de dirigir.

 

Punição, significa que sempre que vemos uma ação produzindo a perda de um reforçador positivo, ou a produção de um reforçador negativo, dizemos que a ação está sendo punida. A punição consiste em programar, para o responder, uma consequência que o torna menos provável.

A punição negativa é quando um estímulo é removido do contingente a uma resposta e está remoção resulta na diminuição na taxa de respostas, a contingência é chamada de punição negativa.  A Punição Negativa é imediata? É uma ameaça?  Já a punição positiva [também conhecida como punição por estimulação contingente] ocorre quando um comportamento [resposta] é seguido por um estímulo aversivo. Exemplo: dor de uma surra, que muitas vezes resultaria em uma diminuição nesse comportamento.

O objetivo do reforço negativo é procurar promover um comportamento desejável por remoção de um estímulo aversivo enquanto punição positiva vai parar um comportamento indesejável por aplicação de um estímulo aversivo. A punição é destinada a se livrar do comportamento inadequado. Se o aumento ou diminuição da resposta ocorreu devido a apresentação de um evento, chamamos o reforço ou a punição de positiva. Se o aumento ou diminuição da resposta ocorreu devido a retirada de um evento, chamamos o reforço ou a punição de negativa.

Reforço incentiva o comportamento, enquanto a punição desencoraja. Ambos desenvolvem a aprendizagem através do que é chamado de condicionamento operante. Um reforço positivo aumenta a probabilidade de um comportamento pela presença (positividade) de uma recompensa [estímulo]. Um reforço negativo também aumenta a probabilidade de um comportamento pela ausência [retirada] de um estímulo aversivo [que cause desprazer] após o organismo apresentar o comportamento pretendido.

A principais diferenças entre condicionamento clássico e condicionamento operante. É que o condicionamento clássico destaca que o estímulo neutro [comida, rato branco e objetos] pode ser transformado em um estímulo condicionado [quando é adicionado o som ou barulho], produzindo uma resposta conforme às condições que foram transformadas o estímulo neutro. Enquanto que o condicionamento operante, envolve condicionamento voluntário, ou seja, o indivíduo controla através das consequências.

Ou seja, no condicionamento clássico, a associação não pode ser controlada, e no condicionamento operante, a associação entre comportamentos e resultados é aprendida. O Behaviorismo é adotado por diversas instituições e sociedade, como escolas, empresas, grupos de trabalho, entre outras que visam observar o comportamento humano. O condicionamento clássico é uma técnica frequentemente usada no treinamento comportamental, no qual um estímulo neutro é pareado com um estímulo natural. Eventualmente, o estímulo neutro vem evocar a mesma resposta que o estímulo natural, mesmo sem o estímulo natural que se apresenta. O estímulo associado é agora conhecido como o estímulo condicionado e o comportamento aprendido é conhecido como a resposta condicionada.

O condicionamento operante [algumas vezes chamado de condicionamento instrumental] é um método de aprendizado que ocorre através de reforços e punições. Através do condicionamento operante, é feita uma associação entre um comportamento e uma consequência para esse comportamento. Quando um resultado desejável segue uma ação, o comportamento torna-se mais provável de ocorrer novamente no futuro. Respostas seguidas por resultados adversos, por outro lado, tornam-se menos prováveis de acontecer novamente no futuro.

A aprendizagem pode ocorrer através de associações. O processo de condicionamento clássico funciona desenvolvendo uma associação entre um estímulo ambiental e um estímulo natural. Diferentes fatores podem influenciar o processo clássico de condicionamento. Durante a primeira parte do processo de condicionamento clássico, conhecido como aquisição, uma resposta é estabelecida e fortalecida. Fatores como a proeminência dos estímulos e o momento da apresentação podem desempenhar um papel importante na rapidez com que uma associação é formada.

Quando uma associação desaparece, isso é conhecido como extinção, fazendo com que o comportamento enfraqueça gradualmente ou desapareça. Fatores como a força da resposta original podem desempenhar um papel na rapidez com que a extinção ocorre. Quanto mais tempo uma resposta tiver sido condicionada, por exemplo, mais tempo levará para se extinguir. A aprendizagem também pode ocorrer através de recompensas e punições. O behaviorista BF Skinner descreveu o condicionamento operante como o processo no qual a aprendizagem pode ocorrer através de reforço e punição. Mais especificamente, ao formar uma associação entre um determinado comportamento e as consequências desse comportamento, você aprende. Por exemplo, se um pai recompensa seu filho com elogios toda vez que pega seus brinquedos, o comportamento desejado é consistentemente reforçado. Como resultado, a criança se tornará mais propensa a limpar as bagunças.

Os esquemas de reforço são importantes no condicionamento operante. Esse processo parece bastante simples basta observar um comportamento e depois oferecer uma recompensa ou punição. No entanto, Skinner descobriu que o tempo dessas recompensas e punições tem uma influência importante sobre a rapidez com que um novo comportamento é adquirido e a força da resposta correspondente. O reforço contínuo envolve recompensar cada instância de um comportamento. É frequentemente utilizado no início do processo de condicionamento operante.

Mas conforme o comportamento é aprendido, o cronograma pode mudar para um reforço parcial. Isso envolve a oferta de uma recompensa após um número de respostas ou após um período de tempo decorrido. Às vezes, o reforço parcial ocorre em um cronograma consistente ou fixo. Em outros casos, um número variável e imprevisível de respostas ou tempo deve ocorrer antes que o reforço seja entregue.

A psicologia comportamental tem alguns pontos fortes. Behaviorismo é baseado em comportamentos observáveis, por isso às vezes é mais fácil quantificar e coletar dados ao realizar pesquisas. Técnicas terapêuticas eficazes, como intervenção comportamental intensiva, análise comportamental, economias simbólicas e treinamento em testes discretos, estão todas enraizadas no behaviorismo. Estas abordagens são frequentemente muito úteis na mudança de comportamentos desadaptativos ou prejudiciais em crianças e adultos. Também tem algumas fraquezas.

Muitos críticos argumentam que o behaviorismo é uma abordagem unidimensional para entender o comportamento humano. Eles sugerem que as teorias comportamentais não levam em conta o livre-arbítrio e influências internas, como humor, pensamentos e sentimentos. Além disso, não leva em conta outros tipos de aprendizado que ocorrem sem o uso de reforço e punição. Além disso, pessoas e animais podem adaptar seu comportamento quando novas informações são introduzidas, mesmo que esse comportamento tenha sido estabelecido por meio de reforço.

O Condicionamento respondente é importante porque explica a causa de certas fobias em humanos. Por exemplo, ao falar em público, uma pessoa é criticada e a crítica elicia uma resposta no organismo que é desagradável. O estímulo desagradável é ligado ao comportamento de falar em público e, nas próximas vezes que se fizesse necessário, a pessoa sentirá o estímulo desagradável ao ter que falar em público. Outro exemplo, ao gravar um vídeo o indivíduo se sente desconfortável, coça o nariz, transpira nas mãos, fica ansioso e avalia a si mesmo de modo negativo, por tanto na próxima vez que se fizer necessário gravar um vídeo, o sujeito sentirá os mesmos estímulos desagradáveis.

Se você tem algum vício, mau hábito ou pensamento limitante, é porque se sente recompensado por isso de alguma forma. A psicologia comportamental afirma que todo tipo de ação pode ser recompensado ou punido, o que aumenta ou diminui a sua chance de reincidência. Quando você procrastina uma tarefa, por exemplo, a recompensa é um momento fugaz de diversão. Já quando você fuma, pode sentir o estresse ir embora instantaneamente.

Ao identificar essas compensações, é possível aprender a substituí-las por gratificações maiores quando você conseguir manter o foco e fizer a coisa certa. Melhor capacidade de interpretação dos fatos: Tanto o caráter do conteúdo psicológico quanto os métodos ensinados e utilizados pelos psicólogos procuram estimular o pensamento crítico e capacidade mais apurada de interpretar situações distintas. Isso acontece porque esses profissionais treinam para analisar cada questão de ângulos variados. Dentro desse treinamento, a linha do pensamento é aprimorada para ser cada vez mais confiável e precisa.

Desconstrução de crenças limitantes: A psicologia é capaz de abrir a mente para mais possibilidades. Não só isso, mas ao conhecer melhor as funções do cérebro, você também começa a perceber que você não está sozinho em seus pensamentos e problemas. Assim, desenvolve uma maior compreensão também sobre os pensamentos dos outros de forma isolada e em sociedade. Ao observar a situação em que as pessoas à sua volta se encontram [tanto clínica como emocionalmente], você será capaz de desconstruir preconceitos e encarar suas próprias emoções de forma mais racional, além de aprender a ter uma visão mais imparcial sobre as opiniões e comportamentos alheios.

Como aplicar esses conceitos no meu trabalho? O estudo sobre interações entre as emoções, pensamentos, comportamento e estados fisiológicos humanos pode ser aplicado em diferentes áreas do conhecimento, inclusive na redação e produção de conteúdo de post, sabia? Esteja ciente das necessidades humanas Existem 6 necessidades universais que marcam o comportamento humano e são compartilhadas por todos que você conhece: Certeza/conforto: vontade de evitar dor e ganhar prazer; Incerteza/variedade: necessidade de explorar o desconhecido, vivenciar mudanças e receber novos estímulos; Significado: sentir-se único, importante, especial ou necessário; Amor/Conexão: sentir proximidade ou união com algo ou alguém; Crescimento: expansão de capacidades ou de compreensão; Contribuição: um senso de serviço e foco em ajudar, doar e apoiar outros.

Providencie uma nova experiência por que as pessoas pagam tanto em um novo iPhone mesmo quando já possuem um dispositivo mobile perfeitamente funcional? A resposta está na psicologia. Lembre-se de que as pessoas têm necessidade de vivenciar o desconhecido, por isso, estão sempre ávidas por novidades e experiências inovadoras. Ao apresentar novos recursos, o iPhone ativa as regiões frontal e temporal do cérebro, prevendo recompensas e liberando dopamina.

Sendo assim, por que não investir na originalidade para aprimorar seus textos? Utilize dados recém-descobertos, experimente uma linguagem nova, apresente novidades e procure entregar um texto totalmente diferente de tudo o que seu cliente já viu antes. Certamente, a inovação da sua escrita fará com que ele se lembre do conteúdo lido. Conte histórias: O uso do storytelling aplicado ao conteúdo não é bom apenas para distrair e entreter o leitor, mas também para ativar algumas partes do cérebro que estão associadas aos seus sentidos, como a visão, o som e o tato. Essa experiência perceptual estimula a parte emocional do cérebro do leitor de forma intensa, afetando inclusive as suas decisões de compra. Isso porque, ao avaliar marcas, os consumidores levam a emoção mais em conta do que sua análise racional.

Como você pode perceber, a psicologia comportamental possui aplicações que vão muito além do consultório médico. Quem diria que esse tema poderia até melhorar o seu trabalho e te ajudar a conquistar mais leads? Ao acreditar que o comportamento pode ser condicionado a partir de estímulos exteriores, é possível trabalhar para conhecer o cliente e direcioná-lo a tomada de determinadas decisões, como a compra de um produto específico. A partir desses conceitos, são utilizadas estratégias para influenciar os desejos dos consumidores. Além disso, esse conhecimento auxilia o profissional a ter maior autoconhecimento e trabalhar para melhorar comportamentos prejudiciais. Também amplia a visão sobre os acontecimentos e permite novas interpretações sobre as situações.

O terapeuta comportamental, é o profissional de psicologia que orienta sua intervenção clinica baseado na análise do comportamento de seu paciente aplicando a Análise Experimental do Comportamento. Possibilita ao paciente a identificação dos seus comportamentos disfuncionais, ou seja, os comportamentos que causam sofrimento e trazem prejuízos à saúde, prejuízos sociais, emocionais ou comportamentais. Com este protocolo de trabalho o psicólogo comportamental ajuda a desenvolver formas mais adaptativas e positivas de interação a partir da criação da possibilidade de novo repertório de atitudes e comportamentos ao seu paciente.

O psicólogo comportamental desenvolve novos repertórios, ensina a identificar o que determinou o aparecimento de tais comportamentos disfuncionais e o quê os mantêm. A psicologia comportamental leva em conta que a pessoa tem uma história de vida e está inserida em uma comunidade. A psicologia comportamental se faz muito eficiente em quadros clínicos de ansiedade, Pânico, fobias, transtornos do afeto como depressão, transtorno bipolar, transtornos de personalidade dentre outros. A Psicologia comportamental dá estuda e trabalha as interações entre as emoções, pensamentos, comportamento e estados fisiológicos.

O comportamento tende a se repetir, se for recompensado [reforço positivo] ou se for capaz de eliminar um estímulo aversivo [reforço negativo] assim que emitir o comportamento. Por outro lado, o comportamento tenderá a não acontecer, se o organismo for castigado [punição] após sua ocorrência. Pela lei do reforço irá associar essas situações com outras semelhantes, generalizando essa aprendizagem para um contexto mais amplo. O Psicólogo Comportamental nos mostra que ao promovermos nosso autoconhecimento, é possível aumentar nossa habilidade para agirmos da maneira que queremos.

Exemplo, de reforço positivo, um psicólogo cria post [adicionado estimulo post] com a intenção de prospecção de clientes nas redes sociais e se for recompensado com uma ligação do cliente na intenção de contratação de seu serviço, isto gera um reforço positivo levando o psicólogo a reproduzir novamente o comportamento em outros momentos. Agora no exemplo, de reforço negativo, o mesmo psicólogo cria post com a intenção de prospecção de clientes nas redes sociais, porém se não recebe nenhuma ligação de clientes [retirado o estimulo clientes] interessado na contratação de seu serviço, e como não houve recompensa positiva, mas recompensa negativa pela falta de procura.

Mas o psicólogo acaba insistindo no comportamento e não há recompensa positiva, isto acaba gerando um reforço negativo influenciando o psicólogo a não reproduzir o comportamento de prospecção em outros momentos devido a retirado de estimulo cliente. Neste exemplo, está sendo retirado o estimulo aversivo o post de conteúdo para modelagem de  um comportamento no psicólogo.

Neste exemplo, se aplicarmos a punição negativa, surge quando um estímulo o cliente é removido do contingente [fato possível, mas incerto e que não tem uma importância fundamental] a uma resposta [de expectação] e esta remoção do cliente resulta na diminuição na taxa de respostas [expectativa], a contingência é chamada de punição negativa, porque é imediata e é uma ameaça.

 

Modelagem e modelação, a diferença se encontra no fato de que na modelação o indivíduo aprende por observação, enquanto que na modelagem o processo de condicionamento operante é aplicado diretamente nas respostas emitidas por ele.

O estímulo associado é agora conhecido como o estímulo condicionado e o comportamento aprendido é conhecido como a resposta condicionada. Através do condicionamento operante, é feita uma associação entre um comportamento e uma consequência para esse comportamento. Quando um resultado desejável segue uma ação, o comportamento torna-se mais provável de ocorrer novamente no futuro. Respostas seguidas por resultados adversos, por outro lado, tornam-se menos prováveis de acontecer novamente no futuro.

Pensemos agora em um indivíduo que reside num certo bairro, numa residência que lhe traz um certo prazer, onde paga seu aluguel, o transporte coletivo é bom na questão de horário, pois locomove-se rápido até a cidade, porém ruim quanto a lotação do transporte coletivo. O indivíduo tem um trabalho de telemarketing, a operadora de celular tem razoável cobertura de sinal no bairro, contudo sujeito não disponibiliza de internet Wifi e o sujeito mora sozinho. O bairro é tranquilo para se morar. Estes são os estímulos ou reforço na vida do sujeito.

Agora o mesmo sujeito tem em sua vida a contingência aversiva através do reforço negativo que procura promover um comportamento desejável por remoção de um estímulo aversivo, onde foram removidos os estímulos [do emprego, da residência, do prazer de residir no bairro anterior] e em consequência foi acrescidos os estímulos reforço positivo, onde foi adicionado os estímulos [desemprego, auxilio emergencial, residência com espaço restringido com 05 integrantes, tempo de 60minutos dentro do transporte coletivo com lotação, qualidade ruim da cobertura de sinal do celular de outras operadoras, adicionado 50mega de internet Wifi, conflitos familiares, escassez de clientes no consultório, cobertura de sinal razoável da operadora de celular que utiliza]

O reforço negativo procura promover um comportamento desejável por remoção de um estímulo aversivo [que causa desprazer, desconforto ou sentimento que nos afasta de alguma coisa que julgamos má]. Enquanto punição positiva vai parar um comportamento indesejável por aplicação de um estímulo aversivo. Punição é destinada a se livrar do comportamento. Exemplo, procura promover o comportamento desejável de psicólogo por remoção dos estímulos aversivos da profissão de telemarketing, subempregos que causa desprazer, após apresentar o comportamento pretendido de psicólogo.

Um reforço positivo aumenta a probabilidade de um comportamento pela presença [positividade] de uma recompensa [estímulo]. Um reforço negativo também aumenta a probabilidade de um comportamento pela ausência [retirada] de um estímulo aversivo [que cause desprazer] após o organismo apresentar o comportamento pretendido. Exemplo, o desemprego aumenta a probabilidade do comportamento ocioso pela presença de uma recompensa o [auxilio emergencial].

Reforço positivo [adicionado 50mega de internet]: é o aumento da frequência do comportamento do sujeito [poder estudar, pesquisar e usar a internet] diariamente pelo acréscimo de o benefício de 50mega como consequência desse comportamento — antes do comportamento os benefícios de 50mega não está presente, mas depois da ocorrência do comportamento, esse [50mega] é apresentado ou adicionado à situação.

Reforço negativo: é o aumento da frequência de um comportamento, como estímulos [poder estudar sobre psicologia, pesquisar, criar artigos, criar blog, criar sites, ter tempo livre, viver ociosidade involuntária, fazer atividades físicas, ter oportunidade de aplicar outra abordagem psicológica em paciente] pela ausência ou retirada do [emprego de telemarketing ou subempregos] como consequência do comportamento — antes do comportamento esse [emprego de telemarketing]  está presente, mas com a ocorrência do comportamento modelado sobre os estímulos, ele é retirado, ou a ocorrência do comportamento impede que esse [emprego de telemarketing ou subempregos] seja adicionado novamente.

Reforço negativo: é o aumento da frequência do comportamento de não conseguir reinserir-se no mercado de trabalho, como consequência de não trabalhar em empresa privada — antes do comportamento esse [salário] está presente, mas com a ocorrência do comportamento de não conseguir trabalho esse [salário] é retirado, ou a ocorrência do comportamento de não conseguir reinserir-se no mercado de trabalho impede que esse [ter salário de empresa privada] seja adicionado novamente. Aqui neste caso, o reforço negativo procura promover um comportamento desejável por remoção de um estímulo aversivo [que causa desprazer, desconforto que pode ser o fato de trabalhar em empresa privada ou subemprego para ter salário mínimo].

Reforço positivo: é o aumento da frequência de um comportamento pelo acréscimo de [auxilio emergencial política pública do governo] como consequência desse comportamento de desempregado — antes do comportamento esse [auxilio emergencial] não está presente, mas depois da ocorrência do comportamento desempregado, esse [auxilio emergencial] é apresentada ou adicionada à situação.

O reforço está incentivando o comportamento deste sujeito, enquanto a punição desencoraja. Ambos desenvolvem a aprendizagem através do que é chamado de condicionamento operante. Um reforço positivo aumenta a probabilidade de um comportamento pela presença [positividade] de uma recompensa [estímulo]. Um reforço negativo também aumenta a probabilidade de um comportamento pela ausência [retirada] de um estímulo aversivo [que cause desprazer] após o organismo apresentar o comportamento pretendido. Enquanto que a punição consiste em programar, para o responder, uma consequência que o torna menos provável. Qual será o comportamento pretendido neste sujeito nesta situação mediante o reforço [positivo e negativo e punição [positiva ou negativa]?

O reforço positivo ocorre quando um comportamento [resposta] é recompensador ou o comportamento é seguido por outro estímulo que é recompensador, aumentando a frequência desse comportamento. Exemplo, no caso de 50mega de internet o comportamento do sujeito está sendo recompensado e aumenta a frequência deste comportamento, pois o sujeito está obtendo resultados positivos ao usar a internet de 50mega.

E no caso do reforço negativo [também conhecido como escape] ocorre quando um comportamento [resposta] é seguido pela remoção de um estímulo aversivo, aumentando assim a frequência do comportamento original. Exemplo, os estímulos aversivos, como, subempregos em empresas privadas, tempo 60minutos de transporte coletivo lotado, ausência de clientes, espaço restringido da residência, levando o reforço negativo a acontecer quando esses estímulos desaparecerem da vida do cliente ao estar num trabalho digno com salário digno.

Basicamente, o estímulo aversivo se encontra na teoria do reforço, que pode ser tanto positivo quanto negativo. Um reforço positivo está em criar prazer no indivíduo, enquanto que no reforço negativo está em retirar um estímulo aversivo. A aprendizagem deste indivíduo pode acontecer através de recompensas e punições. A aprendizagem pode ocorrer por meio de reforço e punição. Este processo, conhecido como condicionamento operante, funciona através da formação de uma associação entre um comportamento e as consequências do comportamento. O calendário destas recompensas e punições tem uma influência importante sobre a rapidez com que um novo comportamento é adquirido e a força da resposta. O reforço contínuo envolve gratificar cada instância única de um comportamento. Este esquema é frequentemente utilizado no início do processo de condicionamento operante.

Esse comportamento operante produz consequências no meio ambiente, pois a maior parte de nossos comportamentos produz consequências no ambiente, sejam boas ou ruins. Essas consequências são mudanças no ambiente. Exemplo de um comportamento simples, como estender o braço, produz a consequência pegar [alcançar] o celular [mudança no ambiente, onde o celular passa de um lugar para outro]. Ou em vez de estender o braço e pegar o celular, é possível emitir outro comportamento que produzirá a mesma consequência, como pedir ao filho que lhe passe o celular. No primeiro exemplo, o comportamento produziu diretamente a mudança de lugar do celular. E no segundo exemplo, o comportamento modificou diretamente o comportamento do filho e produziu a mudança de lugar do celular.

O comportamento é afetado [é controlado] por suas consequências, por tanto as consequências de nossas atitudes vão influenciar suas ocorrências futuras ou não. Em grau se as ações ocorrerão em grau, se as atitudes que as produziram ocorrerão ou não outra vez, ou se ocorrerão com maior ou menor frequência. Um comportamento é mantido por suas consequências que mantem as ocorrências.

As contingências de reforço aversivo na vida do indivíduo do exemplo citado acima mostram as consequências de aumentar a probabilidade de o comportamento voltar a ocorrer. Chamamos essas consequências de reforço. Novamente, temos a relação entre o organismo e seu ambiente, na qual o organismo emite uma resposta [um comportamento] e produz alterações no ambiente. Quando as alterações no ambiente aumentam a probabilidade de o comportamento que as produziu voltar a ocorrer, chamamos tal relação entre organismo e ambiente de contingência de reforço, que é expressa da forma se...então. Exemplo, uma criança faz birra e seus pais a carregam no colo, se todas as vezes que ela fizer birra seus pais a carregarem no colo, aumenta a probabilidade de fazer birra para ser carregada no colo.

Reforço natural e reforço arbitrário, exemplo, um musico toca música sozinho em seu quarto, é reforçado pela música [reforço natural], mas se ele toca em um bar por dinheiro referimo-nos a reforço arbitrário que é o dinheiro. Outros efeitos do reforço, como além de aumentar a frequência de um comportamento reforçado, o reforço [ou a consequência reforçadora] tem outros dois efeitos sobre o comportamento dos organismos. Uma delas é a diminuição da frequência de outros comportamentos diferentes do comportamento reforçado. Se, por exemplo, você está em seu bairro, olhando as pessoas andando de modo natural e de repente um infrator vem em sua direção de moto, é provável que você volte a tenção seletiva para o infrator para preservar a sua vida.

Já a aprendizagem pelas consequências, o controle aversivo, pois como já sabemos, o comportamento operante é aquele que produz modificações no ambiente e que é afetado por elas. O reforço positivo [reforço porque aumenta a probabilidade de o comportamento reforçado voltar a ocorrer; positivo porque a modificação produzida no ambiente era sempre a adição ou acréscimo de um estimulo]. O reforço negativo [é um tipo de consequência do comportamento que aumenta a probabilidade de ele não voltar a ocorrer no ambiente, onde um estímulo é retirado do ambiente].

Positivo e negativo não expressam juízo de valor. Isto é, positivo não é o mesmo que bom e negativo não é algo ruim. Positivo e negativo referem-se à introdução de algo e negativo refere-se a retirada de algo. Introdução ou retirada de um evento [estímulo] contingente à emissão de uma resposta. A função reforçadora ou aversiva dos eventos é adquirida na história dos indivíduos e muda a depender da situação.

Já a punição pode ser [positiva ou negativa], por que o indivíduo se comporta para que algo não aconteça. Diminuindo a probabilidade de o comportamento acontecer no ambiente. Punição negativa [é retirada de reforçadores de outros comportamentos]. Punição positiva [é adição de um estimulo aversivo]. Outras consequências geradas pela punição são: a fuga, a esquiva, a revolta e a resistência passiva. Na primeira o indivíduo se comporta visando eliminar o controle aversivo. Temos o comportamento de fuga e esquiva diante das situações. As Contingências Reforçadoras mantêm os comportamentos por trazerem consequências as quais os organismos procuram quando emitem uma resposta, e no caso do Reforço Negativo, o organismo quer fugir ou se esquivar de algo aversivo.

É natural que o indivíduo do exemplo citado acima, apresente o comportamento de fuga e esquiva ao estar inserido nesta situação onde foram acrescidos estímulos referentes a reforço negativo e punição positiva.

 

 

Referência Bibliográfica

SKINNER, B. F. (1984). Contingências do reforço: uma análise teórica. (R. Moreno, Trad.). Coleção “Os pensadores”. São Paulo, Abril Cultural. (Trabalho original publicado em 1969).

SKINNER, B. F. (2003a). Ciência e Comportamento Humano. (J. C. Todorov & R. Azzi, Trad.) 11ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003 (Trabalho Original Publicado em 1953).

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