Ano 2022. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo
CRP 06/147208
O
presente artigo chama a atenção do leit@r a compreender o medo de controlar a
energia libidinal ou a emoção medo. Controlo significa verificação, inspeção,
fiscalização ou intervenção. Também pode fazer referência ao domínio, ao
comando e à preponderância, ou à regulação sobre um sistema. Se não for
encontrado um valor [intensidade] psíquico que seja substituído por outro, como
por exemplo, o interesse por algo que não encontra oportunidade de adquirir ou
fazer, essa energia libidinal que alimenta esse interesse tomará outros
caminhos, podendo transformar-se em manifestações somáticas. Pode reativar conteúdos
adormecidos no inconsciente, construindo enigmáticos sintomas neuróticos.
A
catexia é a concentração de energia psíquica num dado objeto. É o investimento
da energia psíquica de uma pulsão numa representação mental consciente ou
inconsciente, como um conceito, ideia, imagem, fantasia ou símbolo. Isto pode
acontecer de modo consciente ou inconsciente e no caso do ego, não ter o
controlo consciente sobre a energia por causa do medo, se é esperado que
inconscientemente a energia vá em direção a uma representação como, ideia,
imagem, projeto ou símbolo. Exemplo, um profissional de psicologia da abordagem
Psicoterapia Breve de Orientação Psicanalítica e Psicanálise, pode
inconscientemente passar a atuar em Terapia Comportamental Cognitiva uma vez
que o objeto abordagem psicologia cognitiva tenha escolhido o profissional. Ou
seja, a catexia do objeto, a energia psíquica se ligou a Terapia Comportamental
Cognitiva de modo inconsciente, pois a representação desta abordagem está na
mente do psicólogo.
Ou
seja, clarificando o conceito do ponto de vista da localização geral da
catexia, a psicanálise refere-se a três termos: [1] Catexia do ego, quando a
energia psíquica se liga à divisão consciente do ego. Daí ter surgido a
expressão libido do ego ou narcisismo. Alguns usam o termo libido do eu ou auto
libido, em contraposição à libido do objeto. [2] Catexia da fantasia, quando a
energia psíquica é investida em formações de desejos ou fantasias, ou às suas
fontes originais no inconsciente. Tanto a catexia do ego como a catexia da
fantasia estão associadas ao narcisismo primário. [3] Catexia do objeto; a
expressão é empregada quando se refere à energia psíquica que está conectada
com algum objeto fora do próprio sujeito, ou à representação desse objeto na
mente do sujeito. A catexia do objeto é menos estável ou fixa do que as outras
formas, porque está associada às manifestações do narcisismo secundário, que
por sua vez, são menos duradouras do que as do gênero primário.
[1]
O narcisismo primário, significa a retirada do investimento libidinal nos
objetos, seguida por um reinvestimento no ego, foi considerada responsável por
duas manifestações características: falta de interesse no mundo exterior e
delírios de grandeza. [2] E por tanto o mecanismo defeso fantasia, se manifesta
quando a vida parece mundana ou angustiante, as pessoas costumam usar a fantasia
como uma maneira de escapar da realidade. Elas podem fantasiar sobre ganhar na
loteria ou resultados idealizados de suas vidas mudando para melhor de alguma
forma. Fantasias nos ajudam a explorar alternativas para situações com as quais
estamos infelizes, mas expectativas irrealistas de que elas sejam realizadas
podem nos levar a perder o contato com a realidade e tomar ações mais viáveis
para melhorar nossas vidas.
[2]
Já no caso do inconsciente, é formado por instintos, pulsões e desejos, muitos
dos quais são socialmente inaceitáveis. O inconsciente é como um vasto
contentor, onde estão depositados impulsos e motivos de base biológica. As duas
categorias de instintos existentes no inconsciente humano são Eros [deus grego
do amor] e Thanatos [deus grego da morte]. Eros simboliza o instinto de vida
que assegura as necessidades básicas: alimento, bebida, sexo; Thanatos
representa o instinto de morte que está presente em todos os comportamentos
agressivos e destrutivos.
Em
poucas palavras podemos dizer que o inconsciente é onde estão armazenadas as
informações que nos foram passadas, mas que estão reprimidas e não é facilmente
trazida a mente consciente, podendo ser oriundas de algum trauma ou até mesmo
apenas memórias, simples pensamentos, desejos e impressões que temos, mas que
estão abaixo da memória realmente acessível. Para Freud, este tipo de
pensamento pode desencadear doenças, problemas mentais, neuroses e uma série de
questões.
De
acordo com Winnicott, medo e desejo estão associados, pois a pessoa pode ter
medo do objeto, mas ao mesmo tempo desejar o objeto. Exemplo, de um sonho, onde
ego se afasta de um cavalo por medo e sobe em uma arvore para se proteger do
animal. Qual a representação do animal cavalo para o ego? É a Energia
Libidinal. Que causa a reação de ansiedade, medo em aproximação – afastamento,
onde tem desejo de aproximar-se do cavalo, mas o medo o mante afastado,
buscando proteger-se em cima de uma arvore que representa a pulsão de vida Eros
de auto preservação. Ego faz uso do mecanismo defesa medo, ou seja, luta-fuga,
onde não exerce o controlo, mas foge. Ou ainda um profissional da psicologia
tem como identificação primária a psicanálise e como identificação secundária a
psicologia cognitiva e psicologia comportamental, onde deseja atuar nas
abordagens psicanálise e terapia comportamental cognitiva, mas tem medo de
atuar em terapia comportamental cognitiva e acaba se afastando.
A
origem de seus problemas encontra-se no seu próprio interior, já que sua
tendencia de mudus viventi é completamente inaceitável para os padrões de
comportamento que deseja transparecer para a sociedade com a qual convive. Em
certos casos essa tendencia é conhecida e a luta pela dissimulação é
consciente, mas em grande parte das situações essa pessoa considera a sua
verdade tão perigosa que consegue dissimula-la de si mesmo, e o medo de ser por
ela vencido determina a construção de uma imensa barreira psicológica na
tentativa de sua completa eliminação. O medo de não conseguir resistir à
tentação do seu instinto determina o esquecimento real da verdade [terapia
comportamental cognitiva]. Para esse combate é montada uma realidade virtual
onde seus valores devem ser muito rígidos, de modo a não permitir nenhuma
espécie de desvio de seu próprio comportamento em relação a psicanalise que é a
construção da barreira. O medo é usado para a auto preservação da vida podendo
ser real ou imaginário/falso.
No
caso do mecanismo defesa deslocamento, ocorre quando uma pessoa reprime o
desejo em atuar em outra abordagem psicológica, o carinho, medo ou impulsos que
eles sentem em relação a outra pessoa ou arquétipo divino e até mesmo alguma disciplina.
Aceitando que é irracional ou socialmente inaceitável demonstrar tais
sentimentos, a psique impede que sejam convertidos em ações. No entanto, os
sentimentos são deslocados para uma pessoa ou animal, uma abordagem psicológica
a quem é aceitável expressar tais sentimentos. Um profissional que não gosta de
empreender nas redes sociais, depois de receber uma série de resultados
insatisfatórios pode pensar que seria punido se expressasse sua hostilidade em
relação a empreendedorismo nas redes sociais. Ou ainda um profissional
psicanalista pode pensar que seria punido se expressasse seus sentimentos de
identificação em relação a terapia comportamental cognitiva para outros colegas
de profissão, por não ter estagiado em terapia comportamental cognitiva. [...]
Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a
compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem
possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram
satisfação, mesmo para impulsos instintuais que foram reprimidos.
Portanto,
ele pode inconscientemente deslocar sua antipatia para seu melhor amigo, seus
familiares o tratando mal sem justificativa, ou resistindo em atuar em terapia
comportamental cognitiva repassando potencial clientes que pedem por terapia
comportamental cognitiva para os colegas que estagiaram e atuam em terapia
comportamental cognitiva, por insegurança e desejo.
No caso do Ego [cliente], acredita-se que o cliente
havia deslocado o medo de seu pai para o cavalo, cujo, o faz lembrar de seu
pai. Em vez de se comportar autoconfiante em relação ao pai, sentia-se ansioso
por estar na presença de cavalo e evitava confrontar com respeito, mostrar-se
autoconfiante. O medo compõe-se, então, das ansiedades depressivas subjacentes
aos exercícios relacionais provindas de duas fontes de ameaça à segurança: o si
mesmo e o externo.
Este
mecanismo deslocamento está relacionado à sublimação e consiste em desviar o
impulso de sua expressão direta. Nesse caso, o impulso não muda de forma, mas é
deslocado de seu alvo original para outro. Exemplo, ao não conseguir resultados
esperados de prospecção de clientes nas redes sociais, um psicólogo dedicado
sente raiva e hostilidade pela maneira como não atingiu êxito, porém usualmente
tem dificuldade de expressar seus sentimentos de modo direto. Ou ainda pode
deslocar a raiva, através da somatização gerando desânimo físico. Também falar
mal de autoridades do governo, figuras paternas, usuários de rede social e
outros.
Todo
ser humano tem o Ego dentro de si mesmo. É dele que vem todas as nossas reações
automáticas, que acontecem de acordo com o que conhecemos. O Ego então age com opiniões
individuais, que se transformam em uma verdade para nós. Parte daquilo que
acreditamos, de acordo com nossas percepções da vida e da realidade, já que
passamos por isso no passado ou estamos passando no presente. Quando, então não
conseguimos perceber dentro de nós o que vem do Ego, costumamos agir apenas reativamente.
Isso pode provocar diversas repetições de sentimentos negativos em nós nos
conduzindo a compulsão a repetição.
O
Ego é a parte de nós que nos faz agir apenas a favor dos nossos desejos e
contra aquilo que não desejamos [exemplo, não empreender, não cursar tal curso,
não trabalhar em certo ambiente organizacional e outros]. Mas, nos esquecemos
de avaliar e entender se isso realmente está certo e nos faz bem, ou se é só
uma reação repetida, vinda do passado, de acordo com uma experiência que tivemos
antes. Sem essa avaliação, ficamos cativos de reações idênticas em nossas
vidas, que causam resultados idênticos. O ego não existe sem o id; ao
contrário, o ego extrai sua força do id. O ego existe para ajudar o id e está
constantemente lutando para satisfazer os instintos do id. Freud comparava a
interação entre o ego e o id com o cavaleiro montando um cavalo que fornece
energia para mover o cavaleiro pela trilha, mas a força do animal deve ser
conduzida ou refreada com as rédeas, senão acaba derrotando o ego racional.
O
medo mecanismo defesa de auto preservação. No entanto, algumas pessoas parecem
conformar-se com a ideia de que é impossível serem felizes. Resignam-se perante
escolhas mal sucedidas, cedem ao medo de arriscar, escondem-se na sua zona de
conforto. Viverão? Ou sobreviverão? Repito muitas vezes, em sessão de
psicoterapia que viver com medo não é viver. É sobreviver. Viver implica correr
riscos. Sim, implica a possibilidade de nos expormos à rejeição e à perda, mas
implica sobretudo a possibilidade de experienciarmos emoções positivas muito
intensas e isso é o que dá estimulo à vida de cada um, independentemente do
percurso que se faça. [...] Esse medo marcará nossa memória, de forma
desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto uma situação de
perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de desamparo” (Freud,
2006, p.162).
Quando
uma pessoa proíbe a si mesma determinadas experiências é porque tem medo de
voltar a sofrer, espera que o seu medo possa diminuir com a passagem do tempo,
mas, na realidade, está evitação mantém o medo presente, mas a única forma de
confirmar que o nosso medo é irracional e prejudicial é sair da zona de
conforto e arriscar. Agora repare no comportamento das pessoas adultas e no seu
próprio comportamento. No quanto temos medo de arriscar, no quanto nos privamos
de experimentar novos sentimentos e no receio que sentimos do que não
conhecemos.
A
relação do não é com um objeto real, mas com um objeto desejo simbólico que
aponta sempre para uma falta impossível de ser satisfeita, pois onde o encontra
um objeto [objeto], ou seja, o significante encontra um desejo significado
transforma-se num novo significante, mantendo-se, desse modo, o e sublinhando o
objeto da satisfação como desejo objeto perdido para sempre. A afirmação do
como algo inconsciente não significa apenas que o desejo sujeito desconhece
seus desejos mais escondidos, mas diz respeito à própria concepção do sujeito.
Desejo
e Sofrimento estão intrinsecamente ligados. Quando um ser tem um desejo e este
não se realiza, leva o ser ao sofrimento, sentimental ou psíquico. Abster-se
dos desejos carnais e materiais, não quer dizer necessariamente perder a
vontade, mas sim, deixar de ansiar por algo. Desejar leva para a ânsia de algo
e causa ansiedade desse algo. Quando evitamos desejar algo, evitamos sofrer
antecipadamente ou posteriormente em relação ao objeto de desejo. Desejar é
fazer uma escolha, é escolher algo que se deve alcançar, querer ou ter. Quando
cessamos a cadeia de desejos e evitamos projetar um objeto de desejo, anulamos
o sofrimento e podemos alcançar o estado de nirvana.
Os
desejos, além de criar expectativas, acabam por criar ilusões. Ter uma
expectativa, é ter uma ilusão da realidade, pois só a pessoa que deseja e cria
expectativa em cima do desejo, espera que essa ilusão da realidade aconteça. E
acontece, de uma forma ou de outra, o desejo por vezes é realizado. Mas
geralmente quando é realizado, você cria um outro desejo — por vezes um desejo
sobre o desejo realizado — para saciar aquela vontade de ânsia, aquela vontade
de ansiedade. Todavia ainda assim, desejar é um eterno ciclo de vontade e
satisfação. Quando não há satisfação, não se perde a vontade ou busca-se outras
formas de saciar tal desejo, seja este consciente ou inconsciente. [...] Freud
no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a
pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto
transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos
recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar,
quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta
em nós.
A
verdade é que a sociedade atual, com todo o seu imediatismo e conservadorismo,
nos aponta o caminho a seguir e nós, sem fazermos nenhum questionamento,
seguimos. Não se engane, o medo de arriscar também existe no âmbito
profissional. É só reparar: você começa a trabalhar em um emprego e com o
tempo, sua motivação cai e você questiona se está em um trabalho que vale a
pena, mas ao lembrar das inúmeras contas a pagar, tem medo de arriscar, se
limita a continuar onde está e não busca por novas oportunidades. Pare de
responsabilizar os outros pelos seus planos que não deram certo ou por coisas que
aconteceram com você.
Não
se sinta tão seguro. Deu medo, vai com medo mesmo. Os medos que sentimos são
dos mais variados possíveis, exemplo, medo do que vão pensar se eu fizer tal
coisa, de não conseguir alcançar algo que desejo, de não ser bem sucedido, de
não fazer nada, de passar pela vida sem ter feito a diferença, de morrer, de
ser feliz. A gente quer ser feliz, mas dá um medo danado de arriscar e de ir
fundo nessa. Geralmente aquilo que pode dar muito certo, pode dar muito errado,
não é mesmo? E, nesse sentido, passo a ter medo do tamanho do medo que as
pessoas possam ter. Você já pensou no quão feliz estaria se tivesse tomado uma
decisão que não tomou porque decidiu se proteger? Temos medo, porque temos uma
história. Uma história que, nem sempre, nos traz lembranças felizes das
escolhas que fizemos. O medo de errar é tão grande que pode até nos imobilizar.
No trabalho, o de sempre: pressão, estresse, rotina, nenhuma novidade.
Em
casa, contas para pagar, filho para cuidar, tv para assistir, casa para
arrumar, nenhuma novidade. Na faculdade: matéria e mais matéria para estudar
com o principal objetivo de obter o diploma e não o de adquirir algum
conhecimento que lhe dê alguma satisfação, nenhuma novidade. Quando o diploma
chega nas suas mãos, você se pergunta: O que vou fazer com ele? Melhor deixar
ali na gaveta?! Onde estão os clientes? Um dos principais motivos que fazem o
medo ser mais forte do que a vontade de arriscar é porque estamos acostumados
com a nossa situação atual.
Quando
arriscamos, nós estamos optando pelo novo, pelo desconhecido, por algo que não
temos certeza que dará certo. medo da mudança por uma simples questão: a
mudança é uma incógnita, ou seja, é algo desconhecido. Várias coisas podem
acontecer a qualquer momento, e o fato de mudar, de sair da zona de conforto, é
que causa o sentimento de medo. Antes de mais nada, é necessário saber
diferenciar uma pessoa que corre riscos porque deseja crescer de um insensato.
Caso
nunca tenha parado para refletir a respeito dessa diferença, saiba que ninguém
precisa tomar atitudes impensadas, inclusive nem é aconselhado que se faça
isso, nem em relação aos negócios, aos relacionamentos, nada. Sempre é
importante pensar, analisar as consequências e, então, tomar uma atitude
consciente. Quando digo que todos devem perder o medo de arriscar, me refiro a
pensar fora da caixa, conhecer e trilhar novos caminhos, inovar, ousar, se
reinventar. E é possível fazer tudo isso sem perder o que de mais valioso cada
ser humano possui, que é a sua essência. Você pode correr riscos mantendo a
sensatez e a cautela, para isso, basta prezar pelo caminho mais sábio que
existe, que é o do equilíbrio.
É
mais comum do que você pensa e tem uma razão de ser. O medo da mudança pode ser
útil em algumas situações, mas em outras pode nos paralisar. Vamos nos
aprofundar nesse tema. O medo da mudança é um sentimento que pode ser útil para
nos adaptar a uma situação, mas também pode se tornar um obstáculo. É algo que
aprendemos com nossas experiências, com nossos pais, professores, amigos e
inclusive com toda a cultura. Então, temos medo da mudança porque a vemos como
um risco e, por isso, optamos por manter o mal, o desconfortável, mas
conhecido, antes de assumir o risco da mudança e enfrentar o desconhecido.
Desta forma, nos mantemos em nossa zona de conforto.
Medo
de mudanças, por que a mudança é tão aterrorizante? Quantas vezes rejeitamos
propostas para evitar correr riscos? Provavelmente muitas e em quase todas as
áreas da nossa vida. Às vezes tomamos a decisão de manter situações em que não
nos sentimos confortáveis. Preferimos continuar assim do que ter que enfrentar
as possíveis consequências negativas de uma mudança, esquecendo, por outro
lado, as positivas. Tudo isso à custa da nossa felicidade. Ser cauteloso é uma
atitude positiva e benéfica. Isso nos mantém seguros em muitas situações.
Aquele que não arrisca, nem ganha nem perde. Em outras palavras, permanecemos
nessa normalidade que criamos. A possibilidade de um sujeito com hábitos
nocivos de drogas, desejar abster-se do vício, porém o medo o mante afastado do
desejo, por medo de abandonar as amizades, medo de parar de frequentar os
lugares que propiciam o vício e outros. E deste modo o medo o mantem preso no
vício.
No
entanto, a vida é uma mudança constante e, às vezes, você tem que assumir
certos riscos para crescer pessoalmente, profissionalmente, financeiramente ou
como um casal. A mudança nos dá medo porque vem carregada de incerteza, daquele
sentimento em que é impossível prever resultados e consequências. Pode ser
positivo, mas também pode não ser assim. A questão é que há momentos em que é
necessário assumir certos riscos.
Podemos
ter medo de mudar, e isso é algo totalmente válido. De fato, o medo é uma
emoção que nos adverte de que algo pode ser perigoso. Devemos escutá-lo para
decifrar o que ele quer nos dizer e, ao mesmo tempo, nos ouvir. Às vezes não é
uma questão de fazer uma grande mudança, talvez sejam apenas pequenos detalhes
que farão a diferença pouco a pouco. O importante é perceber isso, cultivar a
força necessária para avançar e começar a ser corajoso. Somos os únicos
responsáveis pela nossa felicidade e depende de nós seguir um ou outro caminho.
Referência
Bibliográfica
FREUD,
A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal
Popular, 1968
FREUD,
S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de
S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.
FREUD,
S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914).
"Recordar, repetir e elaborar ", v. XII
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