Ano 2022. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo chama a atenção do leit@r a compreender a agressão oriunda da raiva
gerada por conviver com pessoa autoritária. A figura autoritária, seja, um
líder agressivo, um pai ou mãe, um gestor, um tio ou outros através desses
comportamentos autoritários eles contribuem para que certas pessoas usem do
mecanismo deslocamento da raiva ou agressão como meio de defender-se ou
confrontar essas figuras que geram inseguranças, ameaçadas, levando as vezes a
se sentirem inferiores. Origina sensação de mal-estar, angustia no ego. Que
passa a usar de modo inconsciente o mecanismo defeso deslocamento, deslocando a
raiva no formato de agressão, seja, verbal ou física, inibida, hostilidade,
instrumental, direta, autolesão, investidor agressivo, telemarketing ativo
agressivo, depressão, violência doméstica, traição em relacionamentos dentre
outras.
O
que é uma pessoa autoritária? Que se baseia na autoridade; que utiliza a
imposição e o poder para governar: presidente autoritário. Que incita respeito;
que impõe obediência; impositivo: questionou o funcionário de modo autoritário.
Que tem o autoritarismo como base; que se utiliza do autoritarismo para
governar; despótico. As vezes a pessoa tem o desejo de ajustar o comportamento
que leva a reação de aproximação, onde tem desejo de aproximar-se do
autoritário, mas a reação inconsciente de afastamento por causa do medo tende a
afastar-se da pessoa autoritária. [...] Esse medo marcará nossa memória,
de forma desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto uma
situação de perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de desamparo”
(Freud, 2006, p.162).
Por
que as pessoas são autoritárias e têm tanta dificuldade em assumir isso? Nós as
encontramos em todas as áreas da nossa vida, seja no ambiente familiar, no
trabalho ou na esfera política, mas quais são as características das pessoas
autoritárias? Essa personalidade é identificada pelo uso e abuso do poder. Na
sua mente residem os preconceitos e a necessidade de dominação, bem como o
cinismo, o duplo fundo moral e a intolerância. As pessoas autoritárias e a
necessidade de poder, seja, no contexto político ou na privacidade de uma casa
com um pai ou uma mãe de família intolerante, sempre estarão presentes. O
caráter autoritário e a busca cega pela dominação é uma semente que não para de
crescer em determinadas personalidades, uma característica psicológica que
precisamos aprender a reconhecer.
Todos
nós sabemos que as pessoas autoritárias gostam de ter uma posição de comando, o
controle sobre os outros, seja na família, na empresa onde trabalha ou na área
política. No entanto, a sua liderança não é democrática, nunca usará as
dinâmicas baseadas na Inteligência Emocional que potencializam o capital
humano, que promovem um clima de harmonia, confiança e convivência, promovendo
assim a felicidade e a produtividade. Ela age da forma contrária. Um líder
autoritário é agressivo, não tem empatia, busca atender às suas próprias
necessidades e tem uma tolerância muito baixa para a frustração. Isso o torna
incapaz de ver as necessidades das outras pessoas, e muitas vezes reage
negativamente porque acredita que são fraquezas, sentimentalismos que
precisamos evitar. As pessoas autoritárias vivem rodeadas de puro artifício.
À
primeira vista, parecem imponentes e podem até nos assustar. Elas geralmente se
colocam em pedestais altos, mas a base que as sustenta é tão fraca que basta
ouvir os seus comentários para perceber que por trás delas, há uma mente
simples, uma mente oca de argumentos, um deserto de ideias e raciocínios
lógicos. O principal problema da personalidade autoritária é que, por trás
desse pensamento simplista, podemos encontrar a raiz da agressividade.
Portanto, é muito comum que, quando se sentem ameaçadas ou colocadas em uma
posição inferior, reajam da pior maneira possível.
Temendo
não ser respeitado ou não receber o que lhe é devido ou perder o controle da
situação se vangloria, blefa, faz grandes promessas e quer que todos saibam que
ele é que manda. Oprime, ameaça, se mostra mal-humorado. Quando sente que os
outros estão contra ele, se comporta de modo socialmente intolerável, mostra-se
vingativo, violento e cruel. Não respeita limites, quebra qualquer escrúpulo.
Ilude-se de que é invulnerável, o que pode levá-lo a colocar em risco a si
mesmo e aos demais. Quando está convencido de que tem inimigos que podem
derrotá-lo prefere destruir implacavelmente o opositor, e deixar até rastro de
homicídio. Como lida com os outros: mantendo-se em guarda, impedindo que as
pessoas se aproximem demais e protegendo-se das mágoas e da ansiedade que tem
dos outros, por meio do mecanismo da raiva. Teme que os outros estejam se
voltando contra ele e queiram vingar-se.
Visão
Maniqueísta Sobre as Coisas: indivíduos autoritários dividem as coisas e as
pessoas apenas entre boas ou ruins. Para eles não existem nuances e nem meios
termos, ou se está de um lado ou do outro, o que costuma se aplicar,
principalmente, à visão política, religião, valores e diversas outras questões.
Sentimento de Superioridade: dentro dessa visão maniqueísta, o autoritário
considera boas apenas as suas próprias ideias. Nesse sentido, tudo o que julga
diferente das suas opiniões é ruim, pois ele se sente superior em relação aos
demais.
Poder
Conquistado na Base do Medo: ao contrário de um líder, o indivíduo autoritário
impõe as suas ideias e utiliza o medo para que as pessoas façam o que ele
manda. Para isso, pode fazer ameaças, levantar o tom de voz e, em casos mais
graves, chegar às vias de fato.
Não
Leve as Coisas Pelo Lado Pessoal: Depois de ler as características das pessoas
autoritárias, acredito que tenha dado para perceber que a forma com a qual agem
é algo que se resume a elas, ou seja, nada tem a ver com terceiros. Por isso,
sempre que alguém que tem esse perfil falar com você de maneira ríspida, não se
chateie, pois cada um expressa aquilo que carrega dentro de si. Então, esteja
consciente em relação à sua essência e não permita que palavras grosseiras
façam com que se sinta inferior.
Adote
um Comportamento Assertivo: Bater de frente com um autoritário realmente não é
uma boa ideia, contudo, também não se deve acatar todas as vontades dele e
abafar as suas. Por essa razão, é importante que adote um comportamento
assertivo, ou seja, diga “sim” e “não” de acordo com o que realmente deseja. O
único cuidado a ser tomado é o de se expressar com tranquilidade, para que
evite entrar na mesma frequência negativa do que o outro.
Não
Reaja de Maneira Impulsiva: Quando alguém fala de forma ríspida conosco e nos
pega de surpresa, a primeira reação que nos vem à cabeça é reagir e pagar na
mesma moeda. Entretanto, o melhor a fazer é respirar fundo e evitar entrar no
jogo do outro. Lembre-se sempre da frase que diz: você quer ser feliz ou ter
razão? Escolha sempre ser feliz, pois não vale a pena se envolver em uma
discussão que sabe que não trará nenhum saldo positivo.
Evite
Reclamar Para Terceiros: Falar mal da pessoa autoritária para terceiros pode
piorar a situação se isso se transformar em uma fofoca, principalmente se for
alguém que trabalhe na mesma empresa que você. Se sentir a necessidade de desabafar
e pedir conselhos, escolha alguém da sua mais inteira confiança e que, de preferência,
não tenha nenhum tipo de relação com o autoritário.
Se
você é autoritário e tem um funcionário grosso como você, porém, produtivo para
sua empresa, provavelmente o tolerará por causa do interesse econômico. E
talvez manterá a negação de seu jeito agressivo de ser, só vendo o do outro. Ou
se você é autoritário e convive com uma pessoa que tende à submissão e se
submete aos seus abusos, então se explica a continuidade deste relacionamento
abusivo.
Se
alguém grosseiro conviver com uma pessoa do mesmo perfil, e não houver
interesse econômico importante, ou se for um casal, ambos viverão um estresse
grande, mesmo que a agressividade não seja revidada de forma igual, porque
atitudes vindas de impulsos agressivos inconscientes podem aparecer disfarçadamente
como, por exemplo, menosprezar um projeto interessante do colega de trabalho
também grosseiro, ou sua faxineira que tem o ato falho de esquecer de colocar a
ração do seu cão, quando você estava no trabalho. Ela reage à sua grosseria
através do descuido para com seu cachorro.
Nunca
recompense a pessoa quando ela for insistente. Evite soltar um sim ou o que
você quiser de imediato quando ela lhe disser o que fazer. Pois deste modo você
estará reforçando o comportamento autoritário levando a ter a crença que
necessitará todas as vezes que pedir para você fazer algo, que deve usar de
autoritarismo para que você execute a ordem. Reforço negativo ao dizer sim ou
não para ela. Psicologia comportamental.
Espere
alguma atitude defensiva. Alguns mandões gostam de confrontos. Se for o caso e
responder mal à sua tentativa de recusa, mantenha a calma. Diga entendo que
você se sente confiante nisto, mas, neste caso, parece que não haverá acordo. O
estilo educativo predominante há décadas atrás se baseava no autoritarismo: Os
pais gritavam, ditavam ordens e exerciam um controle punitivo sobre o
comportamento das crianças. De certa forma, por medo de caírem nesse estilo de
educação que muitos sofreram na própria carne.
A
cultura do medo: Algumas pessoas não hesitam em fazer uso de ameaças ou
pensamentos catastróficos para alimentar o medo e, assim, exercer a dominação.
Trago
como ilustração para clarificação do tema o seguinte sonho: Certo sujeito que
estava andando numa calçada e um cachorro de porte grande vem na sua direção,
então interpreta que ele o quer morder e com tom de voz enérgica procura
afastá-lo com as mãos, mas sente medo de ser mordido porque não conhece a raça
deste cachorro, mas continua andando e o cão anda na sua frente.
Interpretação
do sonho: Ego usa mecanismo defesa raiva para defender-se do medo de sofrer
algum mal de algo desconhecido ou algo que não domina e não tem informações
para lidar com a situação. O Cachorro representa figuras de autoridade que
demonstram medo na aparência física. Ao deslocar a agressão em tom de voz para
lidar com a representação do cão, se sente corajoso superando o medo. Ego
desloca a agressão verbal em tom de voz alta de autoridade para figura do cão
por medo do que a figura desconhecida possa lhe fazer mal, por se sentir
inferior. Cão representa [pessoas perversas cruéis, agressores, autoritárias.
Os
deslocamentos são frequentemente mecanismos bastante satisfatórios e viáveis
para liberar a energia de forma mais segura. Os sonhos podem ser interpretados
como o deslocamento de tensões armazenadas em outras formas [os sonhos são
muitas vezes altamente metafóricos]. Exemplo, um menino tem medo de cavalos.
Pode ser um medo deslocado de seu pai.
Mecanismo
defesa Deslocamento: O deslocamento: é o deslocamento de ações de um alvo como
mecanismo de defesa desejado para um alvo substituto quando há alguma razão em
que o primeiro alvo não seja permitido ou não disponível. O deslocamento pode
envolver manter a ação e simplesmente mudar o alvo dessa ação. Onde isso não
for viável, a própria ação também pode mudar. Sempre que possível o segundo
alvo será semelhante a meta original de alguma forma. Fobias também podem usar
o deslocamento como um mecanismo para a libertação de energia que é causada por
outros meios.
O
deslocamento ocorre quando o Id quer fazer algo que o Superego não permite. O
Ego encontra assim alguma outra maneira de liberar a energia psíquica do Id.
Assim, há uma transferência de energia a partir de uma catexia reprimida de
objeto para um objeto mais aceitável. Ações tendem a ser deslocadas para áreas
ou assuntos relacionados. Deslocamento: Refere-se ao redirecionamento
de um pulso [geralmente uma agressão] para uma pessoa ou objeto. Por exemplo,
alguém que está frustrado com seu chefe e chuta o seu cão. Deslocamento: Este
mecanismo está relacionado à sublimação e consiste em desviar o impulso de sua
expressão direta. Nesse caso, o impulso não muda de forma, mas é deslocado de
seu alvo original para outro. Exemplo, ao ser despedido de uma empresa, um
funcionário leal sente raiva e hostilidade pela forma como foi tratado, mas
usualmente tem dificuldade de expressar seus sentimentos de forma direta, então
sente dores no corpo.
De
todas as tendências humanas, a agressividade, em especial, é escondida,
disfarçada, desviada, atribuída a agentes externos, e quando se manifesta é
sempre uma tarefa difícil identificar suas origens. O problema da raiva:
Algumas Definições Generalizando, a raiva é um sentimento que varia entre a
irritação suave, à raiva e à fúria [ódio] intensa. A raiva é uma resposta
natural aquelas situações em que nos sentimos ameaçados/ e ou com medo, que nos
vão magoar, que nos vão fazer algum mal, que vamos ser mordido por um cachorro,
o temer pelo futuro, inferioridade, medo de crendices disfuncionais, exemplo,
macumba ou em que alguém significativo, de uma maneira gratuita e/ou sem
fundamento nos causará um dano real ou imaginário.
Sentimos
raiva quando alguém nos enganar, mentir e sentimos injustiçados por isso. Raiva
pode ser uma resposta à frustração quando as nossas necessidades, os nossos
desejos ou objetivos não são atingidos. Quando ficamos com Raiva, podemos
perder a paciência e agir de uma maneira impulsiva, agressiva ou violenta [irracional].
A maioria das pessoas têm a tendência para confundir a raiva com a agressão
e/ou assertividade. [...] Deslocamento: Este mecanismo está relacionado
à sublimação e consiste em desviar o impulso de sua expressão direta. Nesse
caso, o impulso não muda de forma, mas é deslocado de seu alvo original para
outro. Ex: Ao ser despedido de uma empresa, um funcionário leal sente raiva e
hostilidade pela forma como foi tratado, mas usualmente tem dificuldade de
expressar seus sentimentos de forma direta.
Outra
razão convincente para gerir a raiva construtivamente está relacionado com as
consequências negativas que resultam na expressão dos sentimentos de uma forma
inapropriada. Num extremo, a raiva conduz à violência e/ou à agressão física,
pode resultar em numerosas consequências negativas, tais como; ser detido ou
preso, ficar ferido, retaliar contra pessoas que ama, ser expulso de um centro
de tratamento, sentir culpa, ser despedido/a do emprego, ser evitado pelas
pessoas [persona non grata], vergonha ou arrependido. As pessoas devem ser
agressivas para obterem aquilo que desejam, pois em determinadas situações não
há outra opção, contudo não deve ser tomada como regra geral essa ação.
O
sentimento de raiva tem origem na ideia que fomos injustiçados ou maltratados,
tendo como base vivencias do passado. Se no passado o indivíduo foi maltratado
ou punido, há uma tendencia de manter alerta contra futuras ameaças, de maneira
desproporcional ao evento desconhecido. O cão usa da raiva para se tornar
percebido em tamanho maior perante o ser humano.
Raiva
é um sentimento de protesto, insegurança, medo, frustração, proteção contra
alguém que se sente ferido ou ameaçado por outra pessoa ou até mesmo um cão. Pessoas
que acham que são superiores em relação aos outros, quando não se sentem
reconhecidas na sua superioridade, usam da raiva para intimidar os que a cercam
para manter sua falsa posição de ser o maior. Para resolver nossas raivas, uma
das saídas mais sadias é o perdão, que consiste em desistir de qualquer
ressentimento por se considerar o ato de perdoar como uma possível cura para a
raiva.
Nascemos
com o sentimento de raiva, ele vai se desenvolvendo ao longo de nossa estória,
com os acontecimentos e com o que recebemos na vida. Não é da natureza humana a
raiva, a não ser a raiva para se proteger, defender e para sobreviver. Quando
as pessoas ficam com raiva, tendem a experienciar variados pensamentos,
sentimentos e reações físicas. Sinais diretos de raiva: elevação do volume da
voz, praguejo, dores de cabeça, dores de estômago, aperto na garganta, aumento
do ritmo cardíaco, aumento da pressão sanguínea, punhos cerrados, ameaças,
violência física e verbal, pressão, hostilidade, fúria, ressentimento.
Sinais
indiretos de raiva: excesso de sono, fadiga crónica, ansiedade, entorpecimento,
depressão, aborrecimento, exagero, perda de apetite, choro, crítica constante,
piadas más ou hostis, abuso de álcool ou drogas.
A
maneira mais natural e instintiva de expressar raiva é através de respostas
agressivas. A raiva é uma resposta natural, adaptativa a ameaças; desencadeia
sentimentos e comportamentos poderosos, frequentemente agressivos, que te
permite lutar ou defender quando és atacado/a. Uma certa quantidade de raiva é,
portanto, necessária para a nossa sobrevivência.
Expressar
os sentimentos de raiva de um modo assertivo [e não agressivo]. Tal implica apresentares
claramente as tuas necessidades e como podem ser satisfeitas, sem prejudicar os
outros. O respeito próprio e dos outros é regra de ouro. Suprimir os
sentimentos. Isto acontece quando reténs a raiva, deixas de pensar nela e te focalizas
em coisas positivas. O objetivo é inibir a raiva e convertê-la em
comportamentos mais construtivos. O perigo é que, ao não permitir a expressão
externa da raiva, ela se vá expressar internamente [por exemplo, hipertensão,
depressão]. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar”
(1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição,
fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós.
Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a
resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse
passado recalcado desperta em nós.
Acalmar/relaxar.
Isto implica, não só controlares a expressão do comportamento, mas também as
respostas internas. Em última instância, também os sentimentos são amenizados. A
hostilidade refere-se a um conjunto de atitudes e julgamentos (crenças) que são
a motivação para comportamentos agressivos. Enquanto a raiva é uma emoção, a
agressão é um tipo de comportamento. A hostilidade é uma atitude que envolve
julgar as outras pessoas de uma forma negativa, onde se manifesta aversão e
descontentamento em relação aos outros.
A
raiva é hereditário uma das falsas impressões ou mitos sobre a raiva é a forma
como exprimimos este sentimento. Uma das falsas crenças é que não pode ser
modificada porque é hereditária. Algumas vezes, ouvimos alguém dizer, eu tenho
está raiva porque o meu pai também era uma pessoa cheia de raiva. Sou igual a
ele, por isso é que sou assim. Esta revelação implica que a expressão da Raiva
é rígida e não pode ser modificada.
A
evidencia, através de estudos, revela que as pessoas não nascem com este tipo
de manifestação especificas em expressar a sua raiva. Esses estudos, revelam
que a forma como exprimimos a raiva é aprendido com os outros, através da
observação, por isso, também existem outras formas de reaprender a expressar a raiva,
de uma maneira mais construtiva. Este grupo de pessoas podem incluir os nossos
pais, outros membros de família, professores e amigos. Se as crianças observam
os seus pais a expressar a raiva através de atos agressivos, tais como, por exemplo,
abuso verbal e violência, é provável que um dia, também elas possam expressar a
sua raiva através da agressividade, violência e destrutiva. Felizmente, este
comportamento pode ser modificado através de novas aprendizagens, competências
e recursos. Não é imperativo continuar a agir com base na agressividade.
A
raiva como resposta habitual aos problemas A expressão da raiva não é somente
aprendida, pode tornar-se habito, padrão de comportamento, como resposta
previsível a um conjunto variado de situações. Quando a raiva é libertada
frequentemente de uma maneira agressiva, pode tornar-se um habito prejudicial
por causa das consequências negativas. Hábitos, por definição, são
comportamentos que se repetem durante períodos significativos de tempo, sem
pensar nas consequências, por exemplo, nos prós e nos contra. Muitas vezes, as
pessoas com problemas em lidar com a raiva escolhem ter comportamentos
agressivos para resolver os seus problemas, sem pensar nas consequências
negativas ou provocar danos nas pessoas à sua volta. Pedem desculpas com muita
frequência e fazem promessas, mas nada muda.
A
forma como a raiva será exteriorizada depende de vários fatores, como nível
educacional, valores morais e princípios pessoais desenvolvidos durante a
constituição moral e psicológica do indivíduo. A forma como a agressividade irá
se manifestar, como dito anteriormente, depende de uma série de fatores ligados
à cultura e valores nos quais o indivíduo foi criado. Devemos agir com
responsabilidade perante nossos próprios sentimentos, e usá-los não como
desculpa por nossos atos, e sim como importantes instrumentos de navegação que
nos auxiliam a atingir nossas metas e superar os obstáculos que,
inevitavelmente, surgem como pedras em nosso caminho. Nós temos, sim, esta
capacidade.
Alguém
nos faz algo direta ou indiretamente. Ou, simplesmente, por algum motivo, não
gostamos de determinada pessoa. Assim, alimentamos um sentimento negativo em
relação a ela, seja de incômodo, raiva ou ódio. Permitimos mudar o nosso estado
interno por causa de uma outra pessoa, da sensação que ela nos faz ter. E a
minha pergunta é: quem perde nessa situação?! Quando alguma situação acontece
de um jeito que não esperávamos ou alguém age de forma que não concordamos,
costumamos culpar a pessoa pelo sentimento que ela nos fez sentir: seja de
frustração, de mágoa ou decepção. Porém, se pararmos para pensar a respeito,
estamos indiretamente culpando a pessoa pela forma que nos sentimos. Se alguém
nos provoca algum sentimento, é porque, de certa forma, deixamos. As pessoas só
fazem conosco aquilo que permitimos, consciente ou inconscientemente. Quando
alguém nos faz sentir assim, é porque internamente acreditamos que o que o
outro pensa de nós é mais importante do que o que nós mesmos sentimos. Sendo
assim, a responsabilidade em relação a como nós nos sentimos é direcionada ao
outro, não é nossa. Dependendo do que o outro faz com a gente, é assim que nos
encontraremos. [...] Em sua obra “Além do Princípio
do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora
do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que
nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos
instintuais que foram reprimidos.
A
agressividade é uma qualidade natural, humana ou animal, que tem a função de
defesa diante dos perigos enfrentados e dos ataques recebidos. Agressividade e
medo são emoções fundamentais na sustentação de processos decisórios. A
agressividade é uma forma de nos protegermos, de dar limites, em família ou no
trabalho. A ação está na agressividade, e a reação na violência. A
Agressividade é constitucional e necessária para auto conservação e conservação
da espécie, porque possibilita nos posicionarmos nas situações e construirmos
coisas. Ela está relacionada à ação Todos os seres humanos (e inclusive os
animais) trazem consigo um impulso agressivo. A agressividade é um
comportamento emocional que faz parte da afetividade de todas as pessoas.
Portanto, é algo natural.
Nas
sociedades ocidentais, bastante competitivas, a agressividade costuma ser
aceita e estimulada quando está vale como sinônimo de iniciativa, ambição,
decisão ou coragem. A agressividade é um tipo de comportamento normal que se
manifesta nos primeiros anos de vida. Fundamental é a agressividade para o
crescimento e conquista do espaço pessoa, sinal de que não se está sendo
passivo frente às imposições do social e dos outros. A agressividade é uma
forma encontrada pelas crianças para chamar a atenção para si. É uma espécie de
reação que adquire quando está à frente de algum acontecimento que faz com que
se sintam frágeis e inseguras.
Na
fase adulta, a agressividade se manifesta ainda como reação a fatos que
aparentemente induzem o indivíduo à disputa e ainda a sentimentos. O comportamento
agressivo consiste na defesa dos direitos pessoais e expressão dos pensamentos,
sentimento e opiniões de uma maneira inapropriada e não positiva que transgrede
os direitos das outras pessoas. O objetivo habitual da agressão é dominar as
outras pessoas. A vitória assegura-se por meio da humilhação e da degradação.
Trata-se, em último caso, de que os outros sejam mais débeis e menos capazes de
expressar e defender os seus direitos e necessidades.
O
comportamento agressivo é o reflexo de uma conduta ambiciosa, que tenta
conseguir os objetivos a qualquer preço, inclusivamente se isso supõe
transgredir as normas éticas e pisar os direitos dos outros. As consequências
deste tipo de comportamentos são sempre negativas e as vítimas destas pessoas
acabam, mais cedo ou mais tarde, por se sentir ressentidas e evitar a pessoa
agressiva. Comportamento agressivo x pais: A ausência de limites, a tolerância excessiva
dos pais, a falta de tolerância perante frustrações, violência física ou
emocional, ausência de carinho são fatores que provocam comportamentos
agressivos, porém é interessante observar também se a criança não está passando
por um momento de transformação em sua família, como separação dos pais, ganho
ou perda de novos membros na família, seja por nascimento de irmão ou morte de
alguém querido.
Violência
x agressividade: A agressividade é uma qualidade natural, humana ou animal, que
tem a função de defesa diante dos perigos enfrentados e dos ataques recebidos.
A violência nos relacionamentos humanos, a agressividade desequilibrada, fora
das situações de perigo, acontece fora e dentro das famílias. É uma reação ao
sentimento interior de frustração, de carência, de incapacidade de amar, que
desencadeia comportamentos destrutivos, diante da privação ou impossibilidade
de satisfazer nossas necessidades naturais e atingir nossas motivações.
Todos
nós temos necessidades naturais de alimentos [fome], de líquido [sede], de
sono, de repouso, de atividade produtiva, de gostar de si mesmo [autoestima],
de afeto, de aprovação social, de independência, de realização. Essas
necessidades naturais criam motivações dentro de todos nós, que se apresentam
como anseios, ideais ou desejos, que buscamos satisfazer o tempo todo – o nosso
desejo de felicidade e paz, o desejo de saúde, o desejo de sucesso, o desejo de
riqueza. A violência, a agressividade desequilibrada, gera um ambiente doentio,
interior e exterior. Gera medo, tensão, estresse, tristezas, ressentimentos,
mágoas, culpas, inseguranças… Sentimentos que estão na origem da grande parte
das doenças físicas. Agressividade é constitucional e necessária para auto
conservação e conservação da espécie, porque possibilita nos posicionarmos nas
situações e construirmos coisas. Ela está relacionada à ação.
A
violência é sempre uma reação e não uma ação. A agressividade está ligada a
autopreservação, por que temos que nos posicionar, marcar espaço e isso é
necessário para vivermos em sociedade. Toda vez que a violência ocorre, ela
está relacionada a algum fato de submissão no passado ou no presente. A
agressividade é constitucional e está ligada a ação. A violência é uma reação e
sempre está relacionada a um fato, passado ou presente. A ação está na
agressividade, e a reação na violência.
Medo
e agressividade são aliados na tomada de decisão: As empresas devem se
preocupar com a capacitação emocional de seus empregados. Só assim conseguirão
o comprometimento necessário à incorporação de inovações em favor da produtividade
e competitividade. Agressividade e medo, por exemplo, são emoções fundamentais
na sustentação de processos decisórios.
Personalidade
Autoritária, Confrontadora: Orientada para o poder, a coragem e o confronto.
Pontos positivos: líder. Autoconfiante. Protetor. Estratégico. Planejador.
Organizador. Supera obstáculos. Dinâmico. Muito ativo. Encorajador. Leva os
projetos adiante. Apoia o sucesso dos outros. Autoconfiante. Objetivo.
Competente. Sincero. Poder de decisão. Determinação. Convicção. Lealdade.
Corajoso. É perseverante. Gosta de comandar. Tem grande energia e vai atrás
exatamente do que quer. Os obstáculos o estimulam. Não gosta de teorias. É
direto e prático.
Pontos
negativos: tirânico. Violento. Insensível. Possessivo extremado. Controlador.
Dominador. Autoritário. Intimidador. Confrontador. Rebelde. Diz o que pensa.
Egocêntrico. Arrogante. Intransigente. Exigente. Rancoroso. Encontra defeito em
tudo. Impaciente. Enerva-se ao lidar com pessoas mais lentas e “fracas”.
Despreza a fraqueza. Pensa que as emoções doces são para pessoas fracas. Espera
demais de si mesmo e dos outros. Sente-se usado quando o desempenho dos outros
não corresponde às expectativas suas.
A
partir de agora você já tomou conhecimento sobre como se posicionar perante a
figuras autoritárias e como controlar a raiva.
Pois compreendeu que figuras de autoridade também sentem medo e raiva e
quais os motivos de se posicionarem deste modo, seja no meio social família, no
trabalho, na amizade.
Referência
Bibliográfica
FREUD,
A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal
Popular, 1968
FREUD,
S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de
S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.
FREUD,
S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914).
"Recordar, repetir e elaborar ", v. XII
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