Ano 2022. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo chama a atenção do leit@r a compreender o fenômeno
empreendedorismo e o momento que se percebe a ausência de suporte para empreender
ou ter sucesso na carreira, após a tão sonhada graduação. Isso acontece,
normalmente na vida de qualquer sujeito, porque, comumente, os estudantes, os
profissionais estão desapossados de suporte, algo que representa um
distanciamento de seus ambientes familiares, antes, provedores de todo o
suporte necessário para o andamento equilibrado de suas vidas.
O
estudante ao iniciar um curso acadêmico conta com suporte da família que o
incentiva na escolha do curso, conta com suporte financeiro, seja familiar ou
advindo da parte pessoal se está trabalhando, conta o crédito estudantil FIES,
conta com o PROUNI. Estes são alguns exemplos de suportes que o estudante
encontra para alçar seu objetivo, e é lógico fora o suporte emocional e rede
contato Network. O que na verdade todos nós buscamos é a recompensa e que pode
mudar, à medida que as circunstâncias de vida mudam.
Uma
das possíveis definições encontradas é de que o sucesso é o êxito ou o
resultado feliz obtido com algo. Logo, varia de indivíduo para indivíduo, pois
cada um possui um modo de enxergar a vida e suas expectativas, seja em âmbito
profissional ou pessoal. O ambiente empreendedor, o medo do fracasso e a saúde
mental: Qual pode ser a melhor forma de lidar com tudo isso? A insegurança dos
psicólogos parece encontrar um lugar oportuno para crescer nesse meio. O não
alcançar das expectativas abre portas para o medo de fracassar diante de uma
série de pressões cotidianas contidas ali, de maneira que o erro parece se
tornar uma consequência da falta de capacidade ou até mesmo da falta de esforço
do próprio psicólogo. [...] Esse medo marcará nossa memória, de forma
desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto uma situação de
perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de desamparo” (Freud,
2006, p.162).
Percebo
que o principal suporte após o estudante concluir o curso que lhe será
necessário é o suporte humano e não somente a sua rede de Network, pois as
oportunidades para exercer a carreira depende de outras pessoas. Basicamente é
o ser humano que abre as possibilidades para o outro atuar ou não no cenário ao
qual se preparou, pois pessoas contratam serviços, rejeitam serviços. A estabilidade
no emprego é uma mera ilusão, hoje em meio a covid-19. Ninguém pode dizer que tem
estabilidade quando a qualquer momento pode acontecer alguma coisa que, de uma
hora para outra, mude tudo.
O
que me estimulou a escrever este artigo foi exatamente a ausência de apoio,
pois tive que me auto apoiar quanto ao meu sonho em ser psicólogo, porque meus
pais já haviam falecido, então seria impossível ter o apoio deles e não tinha
recursos financeiros adequados o que me estimulou a buscar suporte no crédito
estudantil FIES. Algumas pessoas as quais relatei o desejo, me disseram que era
loucura, outras era nítido a zelotipia e mostravam claramente que não desejavam
que eu fosse sucedido. Bem no decorrer do curso contei com o suporte de
diversos estudantes em diversos aspectos, exemplo, ajuda financeira, emocional,
carinho, atenção, compreensão, solidariedade que me beneficiaram em vários
aspectos para a conclusão da graduação.
Mas
ao concluir a graduação poucas pessoas permaneceram no suporte me auxiliando
com envio de vagas para reinserção no mercado, mas aos poucos elas foram se
distanciando e desapareceram como num piscar de olhos. Pronto apercebo-me
ausente de suporte de indivíduos que possa me auxiliar na jornada da minha
carreira, estou só, sem suporte, seja emocional, nem rodeado de profissionais e
enfrentando fatores externos desconhecidos por mim originados do mercado de
trabalho e rede sociais. Usando a psicologia do cotidiano, observo que nas
redes sociais psicólogos estão buscando suporte em outros psicólogos que se
apresentam como empreendedores, mentores e ofertam seus cursos. Outros vão
buscar suporte na religião e não há nada errado nisso. Depreendo que todos os
profissionais após a graduação têm a tendência a procura suporte em alguma
coisa que lhes endosse a garantia de êxito.
Será
que me afastei deles inconscientemente. Ou foi a atenção seletiva apenas no estimulo
de prospectar clientes que fez com que eu não percebesse o afastamento.
Ou
exerço a crença que impera no senso comum que depois de terminado um curso, se
diz assim, agora é cada um pra si. Contudo entendo que cada um toma o seu
caminho e resolvi tomar o meu rumo. Percebo que estou cercado apenas de clientes
que desejam atendimentos gratuitos, ou seja, desejam suporte de graça para eles
e não tem intenção de contribuir com o suporte financeiro para o psicólogo em
troca de seus serviços prestados como forma de pagamento.
Quero
empreender é possível encontrar apoio? Isso nem sempre acontece, e agora? De
modo geral, a família cria uma falsa expectativa de que o trabalho com carteira
assinada é garantia de um futuro mais confiável. Enquanto que o seu próprio
negócio pode quebrar a qualquer momento. Embora não deixa de ser realidade. Essa
ideia é embasada no padrão de vida criado pela sociedade, é necessário que você
ingresse no ensino superior, se forme, consiga um bom emprego e se aposente.
Não há nada de errado em pensar assim. Contudo, há profissionais que buscam
criar as próprias regras e almejam impactar no mercado de forma diferente, empreendendo.
Essas
pessoas acreditam em sua ideia e sabem que um novo empreendimento pode mudar
não só a sua realidade, mas também a da sua família. Não ter o apoio de quem
mais se ama pode ser frustrante e desmotivante, por isso, ás vezes, um dos
maiores desafios para começar um negócio é lidar com as objeções de familiares
e amigos. Se pergunte se esse é o seu real objetivo, se empreender é o seu
sonho ou se é apenas a sua única opção.
Ao
assistir o filme StarUp na Netflix, onde uma jovem programadora tem o sonho de
criar uma moeda chamada de GenCoin e acaba criando, mas a família não lhe dá
suporte nem emocional, muitos menos financeiro. Contudo a jovem cria a moeda e
vai agora buscar suporte financeiro por meios legais em instituições bancárias,
mas tem contrariedades advindas das personas bancárias, que não acreditam na
sua visão em consequência o suporte financeiro que é o essencial para rodar o
seu projeto é impedido.
A
jovem se associa a classes de personas que agem fora das normas bancárias e tem
seu projeto realizado, mas ao mesmo tempo o seu projeto é roubado pelas pessoas
que tinham interesse apenas na moeda para exercer domínio, poder sobre a
população. Depreendo com essas atitudes
que na realidade o ser humano precisa sempre do Outro que lhe serve de canal de
suporte para a concretização de algo. Então o ser humano será suporte na vida
do Outro sempre. A jovem tinha o desejo e vontade de empreender, mas as
contrariedades familiares, capital econômico, social a levaram a banca rota.
Seja
para o sucesso ou queda! Observei as dificuldades que a jovem encontrou para
empreender e algumas contrariedade era gerada pelo próprio ser humano
ganancioso, que na perversidade impede o crescimento alheio por motivos escusos
e dificultam a entrada de profissionais no mercado de trabalho. Outros aspectos
originados da própria personagem como motivação, desejo de realização,
comportamento impulsivo, atitudes estrategistas, resiliência, perseverança e
por aí vai, isto possibilitou não desistir do projeto GenCoim e ArakNet.
Segundo
Dornelas (2014), empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que,
em conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades, que levam à
criação de negócios de sucesso. Dolabela (2008) o defende como a transformação
da realidade e a obtenção de realização pessoal e valores positivos para a
sociedade, uma ciência onde são estudados os aspectos referentes ao
empreendedor, seu perfil, suas origens, seu sistema de atividades e seu
universo de atuação.
Schumpeter
(1985) define o empreendedor como aquele que destrói a ordem econômica
existente com a produção de novos produtos e serviços, criação de novas forças
de organização ou com a exploração de novos recursos e materiais. Dornelas
(2014:37) o define como “aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio
para capitalizar sobre ele, assumindo riscos calculados”. Dolabela (2003:38)
propõe que “é empreendedor, em qualquer área, alguém que sonha e busca
transformar seu sonho em realidade”.
Os
fatores individuais examinam o empreendedorismo sob a perspectiva das ações
humanas baseadas em fatores motivacionais e cognitivos (LOCKE, 2000; MITCHEL,
et al., 2007). Os principais fatores individuais – motivacionais – estudados
são a necessidade de auto realização, a propensão a tomar decisões que envolvem
risco, a tolerância a ambiguidade, o locus de controle, entre outras. Os
fatores individuais – cognitivos – dizem respeito às habilidades, inteligência
e talentos individuais que influenciam no comportamento empreendedor.
Ser
empreendedor não é uma profissão que certos tipos de pessoas adotam, mas um
processo que ocorre ao longo do tempo. Por isto, não se pode considerar o
desejo de tornar-se empreendedor apenas no início ou no fim dos cursos de
graduação, pois se pode incorrer no erro de rejeitar os efeitos dos fatores
externos advindos da experiência universitária. Como bem ilustrado por Lassance
(1997), a experiência universitária apresenta pelo menos quatro fases distintas
(fase do entusiasmo, fase da decepção, fase do interesse crescente e fase de
conclusão) que interferem nas relações aluno-escola e aluno-desejos
profissionais. Espera-se que o desejo em se tornar empreendedor e os fatores
individuais que interferem neste desejo também sofram mudanças com o passar do
tempo na universidade.
Noto
que a pandemia possibilitou a descentralização do emprego, ou seja, os
indivíduos estavam aglomerados em vários ambientes, e isso acelerou a atitude
empreendedora, desenvolvendo o [CHA] em psicologia organizacional, competência,
habilidade e atitude. Essa centralização do emprego se fazia necessária também
para um melhor acompanhamento e controle da produção, pois o fato de todos os
trabalhadores estarem em um mesmo local, aos olhos da gerência, era
imprescindível ao modo capitalista, otimizando a produção em detrimento da
condição do sujeito.
Essa
separação entre concepção e execução e a intensificação do ritmo do trabalho
operam em favor da demanda do capital naquele contexto histórico, que está em
destituir o trabalhador de autonomia, do domínio do ofício, das capacidades de
pensar, de criar, de imaginar, habilidades que hoje são demandadas, sobretudo,
na atividade empreendedora (Munhoz, Borges & Kemmelmeier, 2008).
Como
ilustra Maciel (2014), em geral, esses pequenos negócios começam dentro das
casas desses empreendedores, seja construindo um espaço novo adjunto à casa ou
reformando algum cômodo do domicílio e transformando-o em lugar de negócios. A
partir de então, a vida familiar parece estar mais fortificada, já que o
empreendedor, agora “dono do próprio negócio”, trabalha mais perto da família.
Os laços, nesse primeiro momento, não apresentam danos.
Com
o passar do tempo e o desenvolvimento do negócio, a necessidade de maiores
lucros passa a percorrer a mente dos donos, sejam motivados pela ambição de
expandir o negócio ou pelo desejo de proporcionar um maior conforto para a
família. Para que essa expansão aconteça, o empreendedor necessita de maior
intensificação: da atividade, atendimentos, volume de vendas e maiores jornadas
de trabalho. O tempo que compartilha com a família começa a ser gradativamente
e/ou drasticamente reduzido, e nesse aspecto, o empresário se vê na mesma
situação ou até mesmo em uma condição ainda mais desconfortável do que quando
era funcionário de alguma empresa. [...] Freud no seu texto “Recordar
repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da
compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado
esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto
mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou
o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.
Mas
a essa altura não há como retroceder, pois “as amarras físicas e ideológicas
não lhes permitem um retorno: lucros maiores, empréstimos bancários, clientes,
fornecedores, funcionários, padrão de vida familiar, ou seja, diversos são os
novos elementos que o permeiam e o engessam no falso empoderamento da geração
de renda” (Maciel, 2014:11).
Alguns
empreendedores não percebem que no futuro há uma possibilidade de os laços
familiares enfraquecerem gerando rompimento da aliança conjugal, por sonharem
tanto com a liberdade financeira que se esqueceram de dar manutenção na relação
familiar. Holzman (2006) aponta que a precarização invade a prática empreendedora
justamente na figura do empreendedor por necessidade, pois é aquele que passa a
empreender por conta da ausência total de possibilidade de absorção no mercado
de trabalho, fazendo com que, mesmo como empreendedor, se aproxime do trabalho
precário. Assim, em um primeiro momento, a mudança de condição de trabalho que
apontava para uma situação de autonomia e melhor qualidade de vida provoca a
repetição de alguns padrões de precariedade na rotina dos empreendedores,
particularmente no início de suas atividades.
Além
das Dificuldades para se empreender, é possível verificar altos índices de
mortalidade precoce de micro e pequenas empresas, como demonstra uma pesquisa
realizada pelo SEBRAE (2016), na qual foi apontado que os principais motivos
para a falência de uma empresa foram: a falta de capital, falta de clientes,
problemas no planejamento/administração, problemas pessoais ou com sócios,
burocracia e/ou impostos, forte concorrência, perda do único cliente e a
questão de o empreendedor ter descoberto outra atividade. Esses são aspectos
que não se pode negar diante da realidade provocada pela pandemia. [...]
Negação Provavelmente é o mecanismo de defesa mais simples e direto, pois
alguém simplesmente recusa a aceitar a existência de uma situação penosa demais
para ser tolerada. Ex: Um gerente é rebaixado de cargo e se vê obrigado a
prestar os mesmos serviços que exercia outrora.
Seguindo
a teoria da educação empreendedora, um indivíduo com uma atitude voltada para o
crescimento, possuidor de um Mindset de crescimento, pode ter facilidade na
busca por contínuos desafios e é direcionado para objetivos de aprendizado e
desenvolvimento cognitivo, abrindo-se para novos conhecimentos acerca do quanto
maximizar seu Potencial Empreendedor. Indivíduos que possuem o Mindset fixo têm
objetivos direcionados ao seu próprio desempenho e sentem a necessidade de
mostrarem suas competências e habilidades para seus colegas, como forma de
autoafirmação, o que gera, a longo prazo, um afastamento das tarefas
desafiadoras e de mudanças que penetrem em sua zona de conforto (DWECK, 2017).
Já
indivíduos com o Mindset de crescimento se desenvolvem por meio do aprendizado,
assumem riscos, enfrentam os obstáculos e as limitações, sempre em busca de uma
oportunidade de superação e aprendizado (DWECK, 2017).
Indivíduos com o Mindset de crescimento
acreditam que as habilidades podem ser desenvolvidas por meio de esforço,
orientação e boas estratégias (DWECK, 2017). Quando um indivíduo possui um
Mindset de crescimento e, por isso, direciona seus objetivos na busca por novos
conhecimentos, ele está apto a desenvolver seu Potencial Empreendedor, pois
acredita que, por meio de seu esforço, conseguirá ser bem sucedido na tarefa
empreendedora, não temendo desafios e riscos calculados, persistindo e
perseverando frente a obstáculos (FERREIRA et al., no prelo).
As
micro e pequenas empresas (MPEs) representam 27% do PIB brasileiro e são
responsáveis por 52% dos empregos com carteira assinada (SEBRAE, 2018); por
esse motivo, é importante criar incentivos para os indivíduos empreenderem.
Segundo Ferreira et al. (2012), a dinâmica e o crescimento da economia dos
países em desenvolvimento dependem, em grande parte, da competência de criar
empresas capazes de sobreviver, de modo a gerar trabalho e renda para a
população economicamente ativa.
Segundo
Matthews e Moser (1996), outro fator que influencia o Potencial Empreendedor é
o histórico familiar, pois pessoas que convivem com parentes que possuem
negócio próprio têm uma maior probabilidade em empreender, e essa proximidade
com o ato de empreender desenvolve seu Potencial Empreendedor. Compreendo como
suporte para empreender negócio, exemplo, um espaço físico adequado com mesa e
cadeira voltados para ergonomia do corpo, ambiente arejado e boa iluminação
livre de ruídos, boa conexão internet, bom computador ou notebook, tecnologias
como celular, tablet, suporte financeiro.
Mas
na realidade quem vai ditar o sucesso ou não do empreendedor é o Outro, por que
se não existir o Outro não há demanda, seja de produto físico ou online, seja
no consultório como paciente. Em relação a uma marca física ou online tem-se
como fazer malabarismo para influenciar na escolha do produto, mas quanto a
serviços psicológicos não há malabarismo na aparência do psicólogo, ou seja,
como tornar a aparência do psicólogo atraente para o Outro. [...] Em sua
obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a
repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade
alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo
para impulsos instintuais que foram reprimidos.
Podemos
constatar que a família causa influência na formação empreendedora de algum
membro no momento que há uma figura parental empreendedora. Exemplo, uma
estudante de psicologia se tornou empreendedora em psicologia devido a
influência da figura paterna ter uma empresa de peças automotivas, pois neste
quesito a figura paterna serviu de inspiração, modelo de empreendedorismo para
a estudante. A exposição dos alunos à influência empreendedora familiar deve
ser considerada outra possível causa para o seu perfil e intenção
empreendedora. Hisrich e Peters (2004) destacam a ocupação dos pais como
influenciadores do perfil empreendedor. Nesse sentido, pais que atuam por conta
própria tendem a ser um fator de inspiração, pois aspectos como independência e
flexibilidade no trabalho são absorvidos em idade precoce.
De
acordo com Pati (1995, p.45), toda pessoa é fruto da relação constante entre os
talentos e características que herdou e os vários meios que frequentou durante
toda a vida. É o contato com o meio ambiente da família, da escola, de amigos,
do trabalho, da sociedade, enfim, que vai possibilitando o desenvolvimento de
alguns talentos e características de personalidade e bloqueando ou
enfraquecendo outros. Isto acontece ao longo de nossa vida, pelas diversas
circunstâncias com que nos defrontamos e que fazem parte de nossa história.
Para
Garcia (2001), a família, em especial, exerce um papel fundamental na formação
do ser humano. O autor acredita que o papel dos pais tem uma ação direta na
construção de um projeto de vida e, para isto, sonhar é fundamental. Neste
sentindo, perguntar à criança o que ela quer ser quando crescer não é só
estimulá-la a sonhar, mas também provocá-la positivamente para acreditar em si
e desenvolver a sua autoconfiança.
Especialistas
em educação, pedagogos e psicólogos têm afirmado que a melhor atitude dos pais
é serem incentivadores dos planos de seus filhos. Pais censores tendem a podar
as iniciativas e os próprios sonhos dos seus filhos (GARCIA, 2001). É em
relação a esses projetos, sonhados ainda na infância, que poderemos encontrar
mais pessoas com perfil e características empreendedoras na fase adulta.
Apostar na educação infantil, e nesse caso relacionada ao meio familiar, é
também apostar no futuro desse indivíduo quando engajado na sociedade.
Em
se tratando de empreender é difícil encontrar pessoas que o apoiam: Se seus
amigos e familiares não o apoiam, é importante encontrar pessoas que o façam.
Aproxime-se de mentores, sócios e colaboradores que tenham vivido situações
parecidas e troque ideias. Afirmar para si mesmo apenas quero ser um empreendedor
não é o suficiente para ser bem-sucedido no mundo dos negócios e convencer os
mais céticos. É preciso fazer uma reflexão profunda sobre sua própria postura,
bem como um planejamento que contemple suas finanças, o seu bem-estar e o de
seus familiares. Esteja pronto para lidar com a falta de suporte em todos os
aspectos, seja financeiro ou emocional oriunda de pessoas que não tem a sua
crença, a sua percepção e visão de negócios ou daquilo que você tem como
propósito.
Uma
das dicas essenciais para investir no trabalho autônomo é saber como começar.
Não é incomum que os profissionais já iniciem sonhando alto. Montar uma sala
confortável e bem equipada em um bairro nobre da cidade, por exemplo,
provavelmente não é a melhor maneira de começar essa caminhada. Quem abre um
negócio deve ter a consciência de que ele vai demandar mais investimentos nos
primeiros meses. Com isso, o retorno financeiro pode não ser o que você espera.
Quem deseja empreender deve se preparar para esse momento.
Assim,
a melhor opção é procurar parcerias e trabalho coletivo. Se você sabe de profissionais
que alcançaram o sucesso no empreendedorismo para psicólogos, não deixe de
entrar em contato e pedir orientações. Pegar dicas de quem já trilhou esse
caminho e enfrentou os mesmos desafios é muito útil. Alguns desses
empreendedores podem, inclusive, ter interesse em colaborar como sócios nos
seus projetos. Nesse sentido, uma boa orientação é escolher um nicho específico
e consolidar seu nome nele. Ser um psicólogo generalista [que atende a todas as
faixas etárias, por exemplo] pode ser bom para conseguir mais pacientes, mas
aprofundar-se em um campo traz um reconhecimento social maior e aumenta o
retorno do seu investimento.
O
que te impede de alcançar seus objetivos? A Falta de suporte das pessoas. Uma
meta, muitas vezes, não depende apenas de você, é preciso contar com a ajuda de
outras pessoas ou o suporte de uma equipe. Por isso, é importante que você
saiba delegar tarefas e trabalhar em grupo. Compreenda que o cliente possui
livre alvedrio para escolher seus serviços de psicologia ou não, seus produtos
ou não e nem Cristo altera o livre-arbítrio do indivíduo. O problema, em alguns
casos, não é a falta de suporte, mas um suporte errado. Portanto, é preciso
avaliar se o auxílio que você está recebendo é realmente útil, ou se deve
buscar outras alternativas.
Falta
de conhecimento específico sobre empreendedorismo, marketing digital e
posicionamento, algoritmo rede social, trafego orgânico e pago, impulsionamento
pago dentre outros. Para que você tenha sucesso e consiga alcançar todos os
objetivos traçados, é essencial aprender a elaborar boas metas e entender o
processo que está por rás disso. Nesse sentido, buscar conhecimento e
compreender a metodologia da criação de metas são passos fundamentais para que
você consiga finalmente tirá-las do papel. Por isso, pesquise, faça cursos,
veja vídeos. Lembre-se que é o seu futuro que está em jogo!
Referência
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