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O que Vou Ser Quando Crescer? Orientação De Carreira

 Ano 2022. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208

O presente artigo chama a atenção do leit@r a compreender que profissão escolherá quando tiver a idade necessária para começar a trabalhar. Quando criança, não sabemos ao certo o que queremos ser quando crescer: maestro, arquiteto, manequim de passarelas, técnico em mecânica, consultor técnico, teólogo, psicólogo, investidor financeiro, cantor sertanejo e o que você imaginar enquanto lê o artigo. Embora essas opções pareçam ser definitivas, o amadurecimento nos faz perceber que as fantasias da infância não nos levariam a lugar algum.

Possivelmente, o desejo de ser arquiteto não era calcado na rotina de dedicação integral e cansativa dos desenhos realizado sobre a prancheta e canetas nanquim, mas no glamour dos edifícios e casas e na possibilidade de ter status financeiro com a possibilidade de ser influenciado por um profissional da arquitetura. Ser manequim de passarela da moda parecia ser divertido aos olhos dos garotos(as), pois apresentava status social, mas no glamour das roupas e maquiagem e na possibilidade de ganhar a vida desfilando em passarelas ao lado de pessoas bonitas.

Quer coisa melhor que ficar rico e famoso desfilando. Aparecer na televisão, viver cercado por uma multidão de fãs, fazer desfiles de moda pelo mundo iluminado por grandes holofotes é a fantasia de quase todo adolescente, porém como amadurecimento esses devaneios dão lugar a uma perspectiva real: agora é preciso decidir, de fato, a carreira a seguir. Porque a escolha desta carreira sofreu interferência da figura materna, o que levou a desistência da escolha. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que foram reprimidos.

Como técnico em mecânica há possibilidade de ter sido influenciado por uma educadora escolar, por lecionar em colégio técnico facilitando a entrada do adolescente a ingressar na carreira técnica por meio do argumento de que por escolher a profissão de técnico em mecânica, jamais ficaria desempregado no mundo. Contudo o que o estudante contava e muito menos a educadora é que com a globalização no mundo aumentaria o índice de desemprego, causando decepção, frustração por ter a crença na educadora escolar, ao entrar na crise de desemprego. Mas o estudante rememora que na família, seu avô era professor em colégio técnico e lhe construiu um carrinho de roleman todo equipado. Isto inconscientemente pode ter influenciado na opção de carreira técnico mecânica, juntamente com o reforço positivo da educadora escolar que também lecionava num colégio técnico. Parece coincidência, mas será?

A família exerce uma influência muito grande na vida do estudante na hora de escolher uma profissão, ainda mais se os pais já estiverem firmados em suas carreiras ou ainda aqueles que não se estabeleceram em tal carreira e agora projetam a carreira na vida do filho(a). Contudo ainda existem pais que não opinam e nem procuraram exercer influência sobre o adolescente na questão de escolha de carreira. Procuram se manter neutros, por não terem informações e não desejarem que os filhos escolham as mesmas profissões que eles exercem para serem provedores dos seus respectivos lares. Os pais devem compreender a escolha do filho e não o influenciar com os sonhos que eles têm. Parece que esses pais se posicionam como neutros e neste caso outras pessoas acabam exercendo influência na vida dos filhos na questão da escolha da carreira, como a escola, amigos, parentes, educadores escolares, por exemplo.

Escolher uma profissão para seguir durante toda a vida realmente não é uma tarefa fácil e, algumas vezes, as pessoas fazem escolhas que, no futuro, não correspondem com as expectativas. Hoje em pleno século XXI os adolescentes ainda continuam reproduzindo o comportamento escolhendo suas profissões sem buscar ajuda de um orientador profissional. Esses adolescentes agem de modo alienado como no passado de seus pais e tem o senso de não urgência quando se trata da escolha de carreira, sendo orientado por profissional psicólogo. O preconceito e motivos financeiros são contrariedades na vida desses adolescentes também. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.

Um dos fatores principais para tamanha dificuldade na hora de decidir qual carreira seguir é o momento em que essa decisão chega em nossas vidas. Na maioria das vezes, durante a adolescência, quando o processo de formação de identidade ainda está sendo construído. Além disso, muitos sofrem pressão interna e externa para tomar essa decisão.

Muitas pessoas demonstram a habilidade de cuidar do próximo desde pequenas. Às vezes, costumamos até mesmo considerar que cuidar de outras pessoas seja um dom, por ser um ato que requer além de habilidade, carinho, atenção, paciência e muito cuidados. Outras escolhem baseadas nas habilidades de escrever, falar em público, reparar objetos, dançar dentre outros. Escolher qual profissão seguir está entre os momentos mais importantes da vida da maioria das pessoas. Uma escolha errada pode resultar em uma carreira profissional desmotivadora e repleta de problemas que podem afetar também outras partes da vida, como saúde e família.

É comum pensar em arquitetura, mas o que muitos estudantes não sabem é que a matemática é um requisito para o trabalho do arquiteto urbanista. O arquiteto lida diariamente com cálculos e projeções em seu trabalho, atividade que conta com o planejamento e o desenho de obras, pensando sempre na segurança, funcionalidade e estética dos espaços. No caso na época em que o adolescente sofreu influência de um profissional da arquitetura o mesmo não tinha conhecimento que a matemática era um requisito. Com o passar do tempo a escolha pela arquitetura foi frustrada e substituída por meio do mecanismo defesa substitutivo a função de técnico em mecânica. Quanto a profissão de técnico em mecânica no seguimento de pneumáticos que trabalha com alta tecnologia, como criação e operação de robôs. E pode atuar no ramo automobilístico, petroquímico, alimentício e empresas de tecnologia, por exemplo.

A teologia, as pessoas que têm aptidão pelo conhecimento do mundo religioso e sua relação com a sociedade podem ter o curso de teologia como uma boa opção. Dentre deste curso, além de analisar religiões e sociedade, o estudante deve aprender um pouco mais sobre filosofia, sociologia e antropologia para entender melhor essa relação da sociedade com suas crenças. Os teólogos podem trabalhar em escolas, como professores de ensino religioso, universidades, ONGs, centros de pesquisas e instituições religiosas. A escolha desta carreira pode se dar enquanto a criança está matriculada em escola religiosa ou ainda congrega em alguma igreja, e o comportamento para reproduzir a profissão na sociedade se dá na vida adulta, pois sofreu influência dos pais, possíveis padres e pastores, dos professores de escola dominical, da pregação no púlpito e por ai vai.

Quanto á questão psicologia, atuar como psicólogo é uma profissão que requer grande responsabilidade. As pessoas costumam procurar esses profissionais quando possuem problemas que afetam suas emoções, modo de enxergar a vida, traumas, angústia pela perda de pessoas queridas ou outros tipos de problemas. O psicólogo não é um médico, não pode receitar remédios aos seus pacientes, mas é considerado profissional que, por meio da observação e diálogo, proporciona uma vida melhor às pessoas. Saber escutar é uma habilidade importante para essa profissão.

Os psicólogos podem atuar em clínicas, empresas, escolas e demais locais que buscam oferecer opções de bem-estar emocional para as pessoas que o frequentam. O comportamento pode ser reproduzido na vida adulta, depois do jovem adulto passar por sessões de psicanálise para tratar de queixas sobre conflitos de relacionamento. O jovem tem insight de pertencer a elite da psicologia contribuindo para a qualidade de vida da sociedade. Somente depois de anos, esse adulto consegue tornar-se um psicólogo e compreender o caminho para chegar a psicologia, pois na época não contava com a orientação profissional.

Observamos que as vezes o adulto não fracassou na escolha das carreiras, sob a influência de terceiros, apenas atuou em profissões que não funcionam para ele e lhe trouxeram insatisfação e não realização profissional e pessoal, por não possuir na época o suporte de orientação profissional e que lhe custou muito desprazer. Simplesmente por que o adolescente pertence a geração X entre os anos 60 a 80, não teve oportunidade de passar por processo de orientação de carreira pela falta de recursos financeiros e ter nascido em classe social pobre, onde os recursos financeiros e a desinformação é muito grande e por ainda não existir a interação social com classes abastadas.

Por tanto o adolescente se for analisado pelo contexto das influências, através da abordagem socio histórica, pressupõe-se que o adolescente no meio em que cresceu e se desenvolveu de criança a adolescente sofreu influências positivas e negativas quando se trata de carreira. Influências diretas e indiretas impactaram a sua escolha, como família, amigos, parentes, educadores escolares, retorno financeiro da profissão, na época não exista a nota do Enem, pesquisa no mercado de trabalho o adolescente na época também não conhecia, status da profissão e outros. O adolescente era percebido destituído de informações para identificar por meio do mecanismo defesa identificação as possíveis escolhas em relação a profissão para serem feitas de modo consciente.

O estudante mal sabia quem era como sujeito na família, e não possuía o autoconhecimento que é importante considerar na história de vida. Como, o que mais marcou na sua trajetória escolar. Quais as profissões que existiam nos integrantes de sua família e parentes. Quais suas competências, habilidades e atitudes o chamado em psicologia organizacional de [CHA]. Seus gostos. Seus interesses por certas profissões. Quais o seus não gostos e não interesses por certas carreiras. O estudante era desinformado quanto a realizar imersão para dentro de si mesmo com um olhar amadurecido sobre o que tem a ver e não a ver com ele, quando se trata de pensar sobre o mercado de trabalho.

Na questão sobre o trabalho, o que é para o estudante informação profissional, projeto de vida. Qual o sentido o trabalho tem para o estudante, ou seja, não existia possibilidades de explorar os sentidos de trabalhar para o sujeito estudante. Quais palavras vem a sua mente quando pensa em trabalho, ou seja, palavras que estão associadas a trabalho no inconsciente. Qual o impacto das profissões para ele, e para quem será impactado ao exercer a função na sociedade.

Qual a função social e abrangência social desta profissão. Nunca se inicia o processo de escolhas de profissões baseado nas que já estão na consciência do estudante ou sendo seus modelos de desejos. Mas para o estudante da geração X que não tinha disponível informações de pesquisa do mercado de trabalho, não havia um leque de opções, por isso suas escolhas eram restritas, porque dependia de terceiros e não de um profissional qualificado, por exemplo psicólogo.

Não havia possibilidade de comparar as informações obtidas das profissões com outras e fazer um afunilamento para tomar a melhor escolha. Quando se tratava de um projeto de vida que exige reflexões e pensar sobre os caminhos, as possibilidades que fazem sentido para o estudante dentro do seu contexto e também levar em consideração o momento em que está vivendo, isto permanecia ausente, ou seja, o estudante aqui não é o autor da escolha ou das escolhas e não traz empoderamento para ele.

Você é uma pessoa que gosta de se movimentar, adora uma correria e entrar em contato com as pessoas? Pensar em passar o resto da vida em um escritório é um pesadelo? Então, nada melhor que levar essa agitação para a vida profissional. Cada profissão tem uma característica específica algumas exigem concentração, enquanto outras pedem agilidade e movimento. Se você é o tipo de pessoa que não consegue ficar parada, saiba quais cursos superiores contam com profissionais com esse perfil. Certamente o técnico em mecânica que exige um perfil ágil e de movimentação, não se adaptará ao ambiente home office a não ser se for trabalhado o comportamento para se ajustar ao ambiente escritório.

O próprio adolescente pode se ajudar a traçar seu caminho. O primeiro passo pode ser pegar uma folha de papel e tentar responder algumas questões pessoais como: “Quem sou eu? Quem fui? O que eu gosto de fazer? O que eu sei fazer? Quem pretendo ser? Qual meu projeto de vida? Como eu me vejo no futuro?” Pode parecer uma grande bobagem, todavia trata se de um processo de autodescoberta, quando você se abre e, a melhor pessoa para decidir qual seu futuro é você mesmo.

Quando conseguir delimitar melhor as profissões pelas quais se interessa, pode começar o segundo passo que é conhecer melhor essas profissões. Por exemplo, se você por acaso se interessa pelo meio técnico em mecânica, o ideal é fazer uma visita agendada a um colégio técnico, conversar com os profissionais e procurar maiores detalhes do mercado de trabalho [oferta de empregos, salário, condições e outros.]. Conhecer o dia a dia do profissional lhe ajudará a ter certeza de sua escolha.

Se você está em dúvida sobre qual profissão seguir, saiba que esta é a realidade da maioria das pessoas. É bastante comum enfrentarmos angústias e incertezas quando o assunto é escolher uma carreira. Isso não é exclusividade de quem está concluindo o ensino médio. Mesmo quem já está no mercado pode ter vontade de mudar de carreira. Antes de mais nada, é fundamental saber que não existem escolhas para a vida toda. Por isso, vamos desmistificar aquela ideia de escolhas certas ou erradas. Não tente acertar na escolha. Em vez disso, considere tomar decisões maduras, embasadas em autoconhecimento e pesquisa. [...] Esse medo marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162).

Não existe uma fórmula mágica para saber qual carreira se encaixa melhor em cada perfil, mas seguir este passo a passo certamente o ajudará neste processo de escolha. As pessoas começaram a perceber o fato de que nem todos podem se tornar engenheiros, médicos, psicólogos, oftalmologistas, dermatologistas, técnicos de manutenção, administradores e começaram a explorar outros campos. Além disso, muitas vezes escolhem a carreira quando são muito jovens e conforme vão adquirindo mais maturidade, podem se sentir insatisfeitos e com vontade de mudar.

A orientação profissional é gratificante, considerando que um indivíduo pode escolher a carreira certa, de acordo com os pontos fortes e talentos que possui. Orientação certa não só ajuda a pessoa a crescer no trabalho rapidamente, mas dá amplo espaço para aprender em seu campo desejado.

A avaliação correta de pontos fracos e fortes, por meio da orientação profissional é conduzida por psicólogos. Eles avaliam um candidato com base comportamental em três etapas: 1) Autoconhecimento; 2) Conhecimento da Realidade Profissional; e 3) Apoio à Tomada de Decisão. Esta informação desempenha um papel fundamental na determinação da escolha de carreira certa. Isso também garante a pessoa se abster de escolher uma carreira errada que a leve à frustração e à baixa satisfação no trabalho. No caso de adolescentes que escolheram carreiras sendo influenciados por terceiros sem levar em consideração suas habilidades, postos fortes/fracos por serem desinformados na época, o risco de se frustrar no futuro é alto diante da escolha da profissão.

Finalmente chegou a hora de escolher qual curso fazer e, consequentemente, a carreira. Falando assim parece tão simples, não é mesmo? O que muita gente não sabe é o martírio que muitos estudantes enfrentam ao se deparar com essa questão. Definir tão jovem a profissão que deseja seguir o resto da vida não é tão simples quanto parece. Há aqueles estudantes que já possuem isto definido desde muito cedo, por se espelharem na carreira dos pais ou mesmo por já se identificarem como a atuação do curso. Contudo, é bem comum que outros tantos fiquem em dúvida e, até mesmo, angustiados com a decisão que precisa ser tomada.

Apesar de muitos adolescentes acreditarem que a família só poderá atrapalhar se metendo na escolha do curso que deseja fazer, é importante levar em consideração o que os pais têm a dizer. Tirar dúvidas, conversar com quem tem mais experiência e compartilhar as angústias podem tornar esta fase menos tensa. No entanto, a família deve ser neutra e não influenciar na escolha. É preciso que o estudante se encontre, se identifique com o curso pretendido, até para não se tornar futuramente um profissional frustrado e infeliz com ramo que atua. [...] Negação Provavelmente é o mecanismo de defesa mais simples e direto, pois alguém simplesmente recusa a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada. Exemplo, um gerente é rebaixado de cargo e se vê obrigado a prestar os mesmos serviços que exercia outrora.

Não há uma fórmula fácil para descobrir qual profissão escolher. Seguir estas dicas pode parecer um pouco trabalhoso, mas é um investimento pequeno perto dos benefícios que pode trazer. Lembre-se que o que está em jogo é sua felicidade, satisfação e sucesso profissional mais adiante. Por tanto o que vou ser quando crescer? Seja qual for a profissão, para isso se faz necessário seguir algumas orientações, por exemplo.

Autoconhecimento: Antes de decidir qual a profissão deseja seguir, o estudante deve se conhecer. Esse é um processo que permite saber quais são as suas preferências, gostos e melhores habilidades. Ter consciência disso contribuiu para que a escolha seja mais fácil. Quando alguém é capaz de compreender o lugar onde se sente melhor, as chances de escolher um caminho errado diminuem.

Informe-se sobre a graduação: Às vezes o estudante já tem em mente a área que deseja seguir, mas ainda têm dúvidas sobre o curso. Por isso, buscar conhecer como é a graduação é uma parte fundamental no processo de escolha. Por exemplo: Se uma pessoa gosta muito da área de Comunicação, ela pode ter dúvidas em cursos como Jornalismo, Publicidade e Propaganda ou Relações Públicas. Por isso, é interessante informar-se sobre o que cada profissão propõe.  O estudante pode buscar quais são as disciplinas oferecidas no curso, as possíveis áreas de atuação, como são feitos os estágios e a forma em que a formação é oferecida.

Pesquise o mercado de trabalho: Apesar de você ser apaixonado por uma área profissional, deve conhecer bem quais são as possíveis formas de ingressar no mercado de trabalho após a formação, e se a remuneração vai suprir as necessidades e expectativas que você tem. Depois de já ter ingressado na universidade, é interessante a construção de um planejamento de carreira desde a graduação, vivenciando o curso e compreendendo as matérias mais interessantes para a sua possível área de atuação da futura profissão O curso profissionaliza o estudante para a prática profissional, portanto, é importante olhar para além dele, com um planejamento da carreira que vai seguir.

Por exemplo: 1º ano: conhecer a profissão na sua teoria; 2º ano: conhecer todas as áreas de atuação da profissão; 3º ano: escolher uma ou duas áreas de atuação e montar a grade curricular em cima delas; 4º ano: estagiar em uma boa empresa e montar uma rede de contatos profissional (networking).

Saiba suas prioridades: Muitas vezes, a ansiedade por conta da incerteza do que virá pela frente acaba atrapalhando s jovens a fazer a escolha. Nessa fase da vida, é comum que os estudantes queiram tudo e ao mesmo tempo. Ir bem no colégio, fazer academia, namorar, manter as séries em dia, viajar, festejar com amigos. Nem sempre dá para ter tudo, ainda mais nesta fase. Estabeleça prioridades e metas de curto, médio e longo prazo para ter consciência do seu processo e chegar a melhor decisão sobre qual caminho escolher.

Influência Familiar: A pressão dos pais para seguir a profissão deles, infelizmente, é algo comum. Quando o desejo do estudante é recíproco, a influência dos pais pode ajudar como um incentivo para a preparação. Mas, e quando não é. Quando a pressão dos pais está influenciando esta escolha de uma forma negativa, talvez seja a hora de chamá-los para uma conversa. Exponha o que está sentindo, suas dúvidas e certezas, e ouça o que eles têm a dizer. Por trás dessa pressão podem ter preocupações pertinentes quanto ao seu futuro. Se você tem alguém que admira na profissão e te desperta a vontade de trabalhar de forma semelhante, seja seus pais, tios ou outra pessoa do seu convívio, converse com ela. Veja se você pode conhecer o local de trabalho por um período para ver de perto como é a rotina e use isso para fazer a escolha. Mas lembre-se: a decisão é sua.

Entenda o seu propósito: Depois de se conhecer bem e saber também sobre como é a profissão que você está decidindo seguir, avalie se esse trabalho vai te oferecer o retorno que você espera, no sentido de realização pessoal. Nessa situação se encaixam as questões de responsabilidade social, reconhecimento, autossatisfação, retorno financeiro e se as possibilidades oferecidas fazem parte do seu objetivo.

Descanse a mente: Quando o período da decisão vai se aproximando, muitas vezes a tensão toma conta do estudante, que pode até se sentir mal para fazer a escolha. Por isso, é preciso manter a calma e ter momentos de lazer para descansar.

Agora imagine o quanto é frustrante para o adolescente que está em dúvidas na escolha da carreira, não tem suporte emocional, não dispõe de recurso financeiros, está desinformado porque vive em época que não existia a internet, a tecnologia e nem orientação profissional. Nota-se que a escolha se dá mediante a influência inconsciente de terceiros, ou seja, terceiros foram os responsáveis na sua escolha o que lhe trouxe sucesso ou fracasso profissional. Ou seja, as escolhas de determinadas profissões e subempregos como telemarketing, retificador plano, por exemplo se deram mediantes escolhas de terceiros, crise de desemprego e escassez de recursos financeiros.

Noto que o mesmo procedimento ainda se repete na vida de certos estudantes, que hoje são percebidos como os millennials e geração Y e Z, onde estão prestes a vivenciar a compulsão a repetição da não realização profissional e pessoal, mesmo com todas as informações que a internet disponibiliza em pleno século XXI e com profissionais da psicologia. Se perguntarmos a alguns estudantes do terceiro ano do ensino médio sobre a carreira que gostariam de seguir, sempre haverá aqueles que responderão com firmeza que já escolheram a carreira e há aqueles que ainda não sabem o que vão ser no futuro quanto à questão profissional. Ou seja, a psicologia, a orientação de carreira ainda não são para todas as classes, mas apenas de exclusividade das classes que podem pagar pelos serviços.

Neste caso o estudante da geração X não é o protagonista de sua história por ter sido lançado a exercer carreira por motivos desconhecidos a ele naquele exato momento ou até mesmo para escapar da linha de pobreza buscando através desta profissão sobreviver na sociedade. O autor na geração X não teve um modelo de orientação profissional a seguir com a finalidade de lhe proporcionar ser o protagonista da sua história profissional. O autor deste artigo, hoje tem a identidade de orientador profissional construída, pois foi capaz de mergulhar na sua história de vida, fazendo uso da psicóloga socio histórica para compreender dentro de si as escolhas que o levara a vivenciar certas profissões, porque indivíduos e crise econômica o coagira a atuar em subempregos e na escolha da profissão de psicólogo.

Com isto o autor entende que seu autoconhecimento é capaz de impactar a vida de outros estudantes ao atuar com orientação profissional. Pois como psicólogo se apercebe como protagonista de sua história de vida, sabe quais são seus projetos de vida, quais as crenças limitantes, qual o significado de dinheiro, sabe identificar as crenças distorcidas sobre dinheiro associada a infância, qual a diferença entre preço e valor e se utiliza da escrita para sair da zona de conforto e comunicar-se com seu público por meio de artigos. O autor nasceu na geração X entre anos 60 e 80 e os mesmos comportamentos são reproduzidos nos millennials geração Y e Z na questão de escolha de carreira.

Ouço estudantes dizerem que Orientação Profissional é besteira é jogar dinheiro fora. Mas vamos analisar, se eles mesmos não jogam seu dinheiro fora por negarem a Orientação Profissional. Imagine um valor médio mensal de $1.100, 00 para estudar engenharia de produção. O estudante vai pagar em 06 meses o valor de $6.600,00 e se ele desistir do curso, por algum motivo este dinheiro foi jogado fora. Ao contrário se tivesse escolhido passar por processo de Orientação Profissional por 06 meses teria gasto o valor de $2.400,00, o que sobraria ainda $4.200,00. E ainda não foi computado o valor de gastos com transporte coletivo ou combustível, mais alimentação, xérox de disciplinas e outros. Por tanto, como pode ser besteira realizar Orientação Profissional. Ao desistir do curso o estudante desperdiçou tempo, dinheiro, ou seja, investiu energia libidinal numa carreira errada que lhe trouxe, insatisfação, ansiedade, desprazer enquanto cursava o curso.

Presenciei muito disto enquanto cursava o curso de Psicologia, pois a evasão de estudantes era enorme entre o primeiro e terceiro semestre.

 


Referência Bibliográfica

FREUD, A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal Popular, 1968

FREUD, S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.

FREUD, S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914). "Recordar, repetir e elaborar ", v. XII

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Teólogo Trabalha Como telemarketing

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor par o tema acima, onde um teólogo busca emprego na área de telecomunicações. Na abordagem psicanalítica, as motivações inconscientes são pensamentos, desejos ou impulsos que influenciam nosso comportamento de maneira inconsciente, ou seja, sem que estejamos cientes deles. Para entender as possíveis motivações inconscientes de um teólogo trabalhando como operador de telemarketing de telecomunicação, podemos explorar algumas possibilidades: Necessidade de conexão: O trabalho como operador de telemarketing permite que o teólogo estabeleça conexões com outras pessoas. Essa motivação inconsciente pode estar relacionada à busca por um sentido de comunidade ou a uma necessidade de interação humana mais direta, que talvez não seja atendida plenamente na teologia. Desejo de ajudar: A motivação inconsciente de ajudar os outros pode ser uma força motriz para o trabalho como operador...