Ano 2022. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo chama a atenção do leit@r a compreender que profissão escolherá
quando tiver a idade necessária para começar a trabalhar. Quando criança, não
sabemos ao certo o que queremos ser quando crescer: maestro, arquiteto,
manequim de passarelas, técnico em mecânica, consultor técnico, teólogo, psicólogo,
investidor financeiro, cantor sertanejo e o que você imaginar enquanto lê o
artigo. Embora essas opções pareçam ser definitivas, o amadurecimento nos faz
perceber que as fantasias da infância não nos levariam a lugar algum.
Possivelmente,
o desejo de ser arquiteto não era calcado na rotina de dedicação integral e
cansativa dos desenhos realizado sobre a prancheta e canetas nanquim, mas no
glamour dos edifícios e casas e na possibilidade de ter status financeiro com a
possibilidade de ser influenciado por um profissional da arquitetura. Ser manequim
de passarela da moda parecia ser divertido aos olhos dos garotos(as), pois
apresentava status social, mas no glamour das roupas e maquiagem e na
possibilidade de ganhar a vida desfilando em passarelas ao lado de pessoas
bonitas.
Quer
coisa melhor que ficar rico e famoso desfilando. Aparecer na televisão, viver
cercado por uma multidão de fãs, fazer desfiles de moda pelo mundo iluminado
por grandes holofotes é a fantasia de quase todo adolescente, porém como
amadurecimento esses devaneios dão lugar a uma perspectiva real: agora é
preciso decidir, de fato, a carreira a seguir. Porque a escolha desta carreira
sofreu interferência da figura materna, o que levou a desistência da escolha.
[...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma:
a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem
possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram
satisfação, mesmo para impulsos instintuais que foram reprimidos.
Como
técnico em mecânica há possibilidade de ter sido influenciado por uma educadora
escolar, por lecionar em colégio técnico facilitando a entrada do adolescente a
ingressar na carreira técnica por meio do argumento de que por escolher a
profissão de técnico em mecânica, jamais ficaria desempregado no mundo. Contudo
o que o estudante contava e muito menos a educadora é que com a globalização no
mundo aumentaria o índice de desemprego, causando decepção, frustração por ter
a crença na educadora escolar, ao entrar na crise de desemprego. Mas o
estudante rememora que na família, seu avô era professor em colégio técnico e
lhe construiu um carrinho de roleman todo equipado. Isto inconscientemente pode
ter influenciado na opção de carreira técnico mecânica, juntamente com o
reforço positivo da educadora escolar que também lecionava num colégio técnico.
Parece coincidência, mas será?
A
família exerce uma influência muito grande na vida do estudante na hora de
escolher uma profissão, ainda mais se os pais já estiverem firmados em suas
carreiras ou ainda aqueles que não se estabeleceram em tal carreira e agora
projetam a carreira na vida do filho(a). Contudo ainda existem pais que não
opinam e nem procuraram exercer influência sobre o adolescente na questão de
escolha de carreira. Procuram se manter neutros, por não terem informações e
não desejarem que os filhos escolham as mesmas profissões que eles exercem para
serem provedores dos seus respectivos lares. Os pais devem compreender a
escolha do filho e não o influenciar com os sonhos que eles têm. Parece que
esses pais se posicionam como neutros e neste caso outras pessoas acabam
exercendo influência na vida dos filhos na questão da escolha da carreira, como
a escola, amigos, parentes, educadores escolares, por exemplo.
Escolher
uma profissão para seguir durante toda a vida realmente não é uma tarefa fácil
e, algumas vezes, as pessoas fazem escolhas que, no futuro, não correspondem
com as expectativas. Hoje em pleno século XXI os adolescentes ainda continuam
reproduzindo o comportamento escolhendo suas profissões sem buscar ajuda de um
orientador profissional. Esses adolescentes agem de modo alienado como no
passado de seus pais e tem o senso de não urgência quando se trata da escolha
de carreira, sendo orientado por profissional psicólogo. O preconceito e
motivos financeiros são contrariedades na vida desses adolescentes também. [...]
Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que
começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto
transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos
recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar,
quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta
em nós.
Um
dos fatores principais para tamanha dificuldade na hora de decidir qual
carreira seguir é o momento em que essa decisão chega em nossas vidas. Na
maioria das vezes, durante a adolescência, quando o processo de formação de identidade
ainda está sendo construído. Além disso, muitos sofrem pressão interna e
externa para tomar essa decisão.
Muitas
pessoas demonstram a habilidade de cuidar do próximo desde pequenas. Às vezes,
costumamos até mesmo considerar que cuidar de outras pessoas seja um dom, por
ser um ato que requer além de habilidade, carinho, atenção, paciência e muito
cuidados. Outras escolhem baseadas nas habilidades de escrever, falar em
público, reparar objetos, dançar dentre outros. Escolher qual profissão seguir
está entre os momentos mais importantes da vida da maioria das pessoas. Uma
escolha errada pode resultar em uma carreira profissional desmotivadora e
repleta de problemas que podem afetar também outras partes da vida, como saúde
e família.
É
comum pensar em arquitetura, mas o que muitos estudantes não sabem é que a matemática
é um requisito para o trabalho do arquiteto urbanista. O arquiteto lida
diariamente com cálculos e projeções em seu trabalho, atividade que conta com o
planejamento e o desenho de obras, pensando sempre na segurança, funcionalidade
e estética dos espaços. No caso na época em que o adolescente sofreu influência
de um profissional da arquitetura o mesmo não tinha conhecimento que a matemática
era um requisito. Com o passar do tempo a escolha pela arquitetura foi
frustrada e substituída por meio do mecanismo defesa substitutivo a função de
técnico em mecânica. Quanto a profissão de técnico em mecânica no seguimento de
pneumáticos que trabalha com alta tecnologia, como criação e operação de robôs.
E pode atuar no ramo automobilístico, petroquímico, alimentício e empresas de
tecnologia, por exemplo.
A
teologia, as pessoas que têm aptidão pelo conhecimento do mundo religioso e sua
relação com a sociedade podem ter o curso de teologia como uma boa opção.
Dentre deste curso, além de analisar religiões e sociedade, o estudante deve
aprender um pouco mais sobre filosofia, sociologia e antropologia para entender
melhor essa relação da sociedade com suas crenças. Os teólogos podem trabalhar
em escolas, como professores de ensino religioso, universidades, ONGs, centros
de pesquisas e instituições religiosas. A escolha desta carreira pode se dar
enquanto a criança está matriculada em escola religiosa ou ainda congrega em
alguma igreja, e o comportamento para reproduzir a profissão na sociedade se dá
na vida adulta, pois sofreu influência dos pais, possíveis padres e pastores,
dos professores de escola dominical, da pregação no púlpito e por ai vai.
Quanto
á questão psicologia, atuar como psicólogo é uma profissão que requer grande
responsabilidade. As pessoas costumam procurar esses profissionais quando
possuem problemas que afetam suas emoções, modo de enxergar a vida, traumas,
angústia pela perda de pessoas queridas ou outros tipos de problemas. O
psicólogo não é um médico, não pode receitar remédios aos seus pacientes, mas é
considerado profissional que, por meio da observação e diálogo, proporciona uma
vida melhor às pessoas. Saber escutar é uma habilidade importante para essa
profissão.
Os
psicólogos podem atuar em clínicas, empresas, escolas e demais locais que
buscam oferecer opções de bem-estar emocional para as pessoas que o frequentam.
O comportamento pode ser reproduzido na vida adulta, depois do jovem adulto
passar por sessões de psicanálise para tratar de queixas sobre conflitos de
relacionamento. O jovem tem insight de pertencer a elite da psicologia
contribuindo para a qualidade de vida da sociedade. Somente depois de anos,
esse adulto consegue tornar-se um psicólogo e compreender o caminho para chegar
a psicologia, pois na época não contava com a orientação profissional.
Observamos
que as vezes o adulto não fracassou na escolha das carreiras, sob a influência
de terceiros, apenas atuou em profissões que não funcionam para ele e lhe
trouxeram insatisfação e não realização profissional e pessoal, por não possuir
na época o suporte de orientação profissional e que lhe custou muito desprazer.
Simplesmente por que o adolescente pertence a geração X entre os anos 60 a 80, não
teve oportunidade de passar por processo de orientação de carreira pela falta
de recursos financeiros e ter nascido em classe social pobre, onde os recursos
financeiros e a desinformação é muito grande e por ainda não existir a
interação social com classes abastadas.
Por
tanto o adolescente se for analisado pelo contexto das influências, através da
abordagem socio histórica, pressupõe-se que o adolescente no meio em que
cresceu e se desenvolveu de criança a adolescente sofreu influências positivas
e negativas quando se trata de carreira. Influências diretas e indiretas
impactaram a sua escolha, como família, amigos, parentes, educadores escolares,
retorno financeiro da profissão, na época não exista a nota do Enem, pesquisa
no mercado de trabalho o adolescente na época também não conhecia, status da
profissão e outros. O adolescente era percebido destituído de informações para
identificar por meio do mecanismo defesa identificação as possíveis escolhas em
relação a profissão para serem feitas de modo consciente.
O
estudante mal sabia quem era como sujeito na família, e não possuía o
autoconhecimento que é importante considerar na história de vida. Como, o que
mais marcou na sua trajetória escolar. Quais as profissões que existiam nos
integrantes de sua família e parentes. Quais suas competências, habilidades e atitudes
o chamado em psicologia organizacional de [CHA]. Seus gostos. Seus interesses
por certas profissões. Quais o seus não gostos e não interesses por certas
carreiras. O estudante era desinformado quanto a realizar imersão para dentro
de si mesmo com um olhar amadurecido sobre o que tem a ver e não a ver com ele,
quando se trata de pensar sobre o mercado de trabalho.
Na
questão sobre o trabalho, o que é para o estudante informação profissional,
projeto de vida. Qual o sentido o trabalho tem para o estudante, ou seja, não
existia possibilidades de explorar os sentidos de trabalhar para o sujeito
estudante. Quais palavras vem a sua mente quando pensa em trabalho, ou seja,
palavras que estão associadas a trabalho no inconsciente. Qual o impacto das
profissões para ele, e para quem será impactado ao exercer a função na
sociedade.
Qual
a função social e abrangência social desta profissão. Nunca se inicia o
processo de escolhas de profissões baseado nas que já estão na consciência do
estudante ou sendo seus modelos de desejos. Mas para o estudante da geração X que
não tinha disponível informações de pesquisa do mercado de trabalho, não havia
um leque de opções, por isso suas escolhas eram restritas, porque dependia de
terceiros e não de um profissional qualificado, por exemplo psicólogo.
Não
havia possibilidade de comparar as informações obtidas das profissões com
outras e fazer um afunilamento para tomar a melhor escolha. Quando se tratava
de um projeto de vida que exige reflexões e pensar sobre os caminhos, as
possibilidades que fazem sentido para o estudante dentro do seu contexto e também
levar em consideração o momento em que está vivendo, isto permanecia ausente,
ou seja, o estudante aqui não é o autor da escolha ou das escolhas e não traz
empoderamento para ele.
Você
é uma pessoa que gosta de se movimentar, adora uma correria e entrar em contato
com as pessoas? Pensar em passar o resto da vida em um escritório é um
pesadelo? Então, nada melhor que levar essa agitação para a vida profissional.
Cada profissão tem uma característica específica algumas exigem concentração,
enquanto outras pedem agilidade e movimento. Se você é o tipo de pessoa que não
consegue ficar parada, saiba quais cursos superiores contam com profissionais
com esse perfil. Certamente o técnico em mecânica que exige um perfil ágil e de
movimentação, não se adaptará ao ambiente home office a não ser se for
trabalhado o comportamento para se ajustar ao ambiente escritório.
O
próprio adolescente pode se ajudar a traçar seu caminho. O primeiro passo pode
ser pegar uma folha de papel e tentar responder algumas questões pessoais como:
“Quem sou eu? Quem fui? O que eu gosto de fazer? O que eu sei fazer? Quem
pretendo ser? Qual meu projeto de vida? Como eu me vejo no futuro?” Pode
parecer uma grande bobagem, todavia trata se de um processo de autodescoberta,
quando você se abre e, a melhor pessoa para decidir qual seu futuro é você
mesmo.
Quando
conseguir delimitar melhor as profissões pelas quais se interessa, pode começar
o segundo passo que é conhecer melhor essas profissões. Por exemplo, se você
por acaso se interessa pelo meio técnico em mecânica, o ideal é fazer uma
visita agendada a um colégio técnico, conversar com os profissionais e procurar
maiores detalhes do mercado de trabalho [oferta de empregos, salário, condições
e outros.]. Conhecer o dia a dia do profissional lhe ajudará a ter certeza de
sua escolha.
Se
você está em dúvida sobre qual profissão seguir, saiba que esta é a realidade
da maioria das pessoas. É bastante comum enfrentarmos angústias e incertezas
quando o assunto é escolher uma carreira. Isso não é exclusividade de quem está
concluindo o ensino médio. Mesmo quem já está no mercado pode ter vontade de
mudar de carreira. Antes de mais nada, é fundamental saber que não existem
escolhas para a vida toda. Por isso, vamos desmistificar aquela ideia de
escolhas certas ou erradas. Não tente acertar na escolha. Em vez disso,
considere tomar decisões maduras, embasadas em autoconhecimento e pesquisa. [...]
Esse medo marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será
experimentado como desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação
reconhecida, lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162).
Não
existe uma fórmula mágica para saber qual carreira se encaixa melhor em cada
perfil, mas seguir este passo a passo certamente o ajudará neste processo de
escolha. As pessoas começaram a perceber o fato de que nem todos podem se
tornar engenheiros, médicos, psicólogos, oftalmologistas, dermatologistas, técnicos
de manutenção, administradores e começaram a explorar outros campos. Além
disso, muitas vezes escolhem a carreira quando são muito jovens e conforme vão
adquirindo mais maturidade, podem se sentir insatisfeitos e com vontade de
mudar.
A
orientação profissional é gratificante, considerando que um indivíduo pode
escolher a carreira certa, de acordo com os pontos fortes e talentos que
possui. Orientação certa não só ajuda a pessoa a crescer no trabalho
rapidamente, mas dá amplo espaço para aprender em seu campo desejado.
A
avaliação correta de pontos fracos e fortes, por meio da orientação profissional
é conduzida por psicólogos. Eles avaliam um candidato com base comportamental
em três etapas: 1) Autoconhecimento; 2) Conhecimento da Realidade Profissional;
e 3) Apoio à Tomada de Decisão. Esta informação desempenha um papel fundamental
na determinação da escolha de carreira certa. Isso também garante a pessoa se
abster de escolher uma carreira errada que a leve à frustração e à baixa satisfação
no trabalho. No caso de adolescentes que escolheram carreiras sendo
influenciados por terceiros sem levar em consideração suas habilidades, postos
fortes/fracos por serem desinformados na época, o risco de se frustrar no
futuro é alto diante da escolha da profissão.
Finalmente
chegou a hora de escolher qual curso fazer e, consequentemente, a carreira.
Falando assim parece tão simples, não é mesmo? O que muita gente não sabe é o
martírio que muitos estudantes enfrentam ao se deparar com essa questão. Definir
tão jovem a profissão que deseja seguir o resto da vida não é tão simples
quanto parece. Há aqueles estudantes que já possuem isto definido desde muito
cedo, por se espelharem na carreira dos pais ou mesmo por já se identificarem
como a atuação do curso. Contudo, é bem comum que outros tantos fiquem em
dúvida e, até mesmo, angustiados com a decisão que precisa ser tomada.
Apesar
de muitos adolescentes acreditarem que a família só poderá atrapalhar se
metendo na escolha do curso que deseja fazer, é importante levar em
consideração o que os pais têm a dizer. Tirar dúvidas, conversar com quem tem
mais experiência e compartilhar as angústias podem tornar esta fase menos
tensa. No entanto, a família deve ser neutra e não influenciar na escolha. É preciso
que o estudante se encontre, se identifique com o curso pretendido, até para
não se tornar futuramente um profissional frustrado e infeliz com ramo que
atua. [...] Negação Provavelmente é o mecanismo de defesa mais simples e
direto, pois alguém simplesmente recusa a aceitar a existência de uma situação
penosa demais para ser tolerada. Exemplo, um gerente é rebaixado de cargo e se
vê obrigado a prestar os mesmos serviços que exercia outrora.
Não
há uma fórmula fácil para descobrir qual profissão escolher. Seguir estas dicas
pode parecer um pouco trabalhoso, mas é um investimento pequeno perto dos
benefícios que pode trazer. Lembre-se que o que está em jogo é sua felicidade,
satisfação e sucesso profissional mais adiante. Por tanto o que vou ser quando
crescer? Seja qual for a profissão, para isso se faz necessário seguir algumas
orientações, por exemplo.
Autoconhecimento:
Antes de decidir qual a profissão deseja seguir, o estudante deve se conhecer.
Esse é um processo que permite saber quais são as suas preferências, gostos e
melhores habilidades. Ter consciência disso contribuiu para que a escolha seja
mais fácil. Quando alguém é capaz de compreender o lugar onde se sente melhor,
as chances de escolher um caminho errado diminuem.
Informe-se
sobre a graduação: Às vezes o estudante já tem em mente a área que deseja
seguir, mas ainda têm dúvidas sobre o curso. Por isso, buscar conhecer como é a
graduação é uma parte fundamental no processo de escolha. Por exemplo: Se uma
pessoa gosta muito da área de Comunicação, ela pode ter dúvidas em cursos como
Jornalismo, Publicidade e Propaganda ou Relações Públicas. Por isso, é
interessante informar-se sobre o que cada profissão propõe. O estudante pode buscar quais são as disciplinas
oferecidas no curso, as possíveis áreas de atuação, como são feitos os estágios
e a forma em que a formação é oferecida.
Pesquise
o mercado de trabalho: Apesar de você ser apaixonado por uma área profissional,
deve conhecer bem quais são as possíveis formas de ingressar no mercado de trabalho
após a formação, e se a remuneração vai suprir as necessidades e expectativas
que você tem. Depois de já ter ingressado na universidade, é interessante a
construção de um planejamento de carreira desde a graduação, vivenciando o
curso e compreendendo as matérias mais interessantes para a sua possível área
de atuação da futura profissão O curso profissionaliza o estudante para a
prática profissional, portanto, é importante olhar para além dele, com um
planejamento da carreira que vai seguir.
Por
exemplo: 1º ano: conhecer a profissão na sua teoria; 2º ano: conhecer todas as
áreas de atuação da profissão; 3º ano: escolher uma ou duas áreas de atuação e
montar a grade curricular em cima delas; 4º ano: estagiar em uma boa empresa e
montar uma rede de contatos profissional (networking).
Saiba
suas prioridades: Muitas vezes, a ansiedade por conta da incerteza do que virá
pela frente acaba atrapalhando s jovens a fazer a escolha. Nessa fase da vida,
é comum que os estudantes queiram tudo e ao mesmo tempo. Ir bem no colégio,
fazer academia, namorar, manter as séries em dia, viajar, festejar com amigos.
Nem sempre dá para ter tudo, ainda mais nesta fase. Estabeleça prioridades e
metas de curto, médio e longo prazo para ter consciência do seu processo e
chegar a melhor decisão sobre qual caminho escolher.
Influência
Familiar: A pressão dos pais para seguir a profissão deles, infelizmente, é
algo comum. Quando o desejo do estudante é recíproco, a influência dos pais
pode ajudar como um incentivo para a preparação. Mas, e quando não é. Quando a
pressão dos pais está influenciando esta escolha de uma forma negativa, talvez
seja a hora de chamá-los para uma conversa. Exponha o que está sentindo, suas
dúvidas e certezas, e ouça o que eles têm a dizer. Por trás dessa pressão podem
ter preocupações pertinentes quanto ao seu futuro. Se você tem alguém que
admira na profissão e te desperta a vontade de trabalhar de forma semelhante,
seja seus pais, tios ou outra pessoa do seu convívio, converse com ela. Veja se
você pode conhecer o local de trabalho por um período para ver de perto como é
a rotina e use isso para fazer a escolha. Mas lembre-se: a decisão é sua.
Entenda
o seu propósito: Depois de se conhecer bem e saber também sobre como é a
profissão que você está decidindo seguir, avalie se esse trabalho vai te
oferecer o retorno que você espera, no sentido de realização pessoal. Nessa
situação se encaixam as questões de responsabilidade social, reconhecimento,
autossatisfação, retorno financeiro e se as possibilidades oferecidas fazem
parte do seu objetivo.
Descanse
a mente: Quando o período da decisão vai se aproximando, muitas vezes a tensão
toma conta do estudante, que pode até se sentir mal para fazer a escolha. Por
isso, é preciso manter a calma e ter momentos de lazer para descansar.
Agora
imagine o quanto é frustrante para o adolescente que está em dúvidas na escolha
da carreira, não tem suporte emocional, não dispõe de recurso financeiros, está
desinformado porque vive em época que não existia a internet, a tecnologia e
nem orientação profissional. Nota-se que a escolha se dá mediante a influência inconsciente
de terceiros, ou seja, terceiros foram os responsáveis na sua escolha o que lhe
trouxe sucesso ou fracasso profissional. Ou seja, as escolhas de determinadas profissões
e subempregos como telemarketing, retificador plano, por exemplo se deram
mediantes escolhas de terceiros, crise de desemprego e escassez de recursos
financeiros.
Noto
que o mesmo procedimento ainda se repete na vida de certos estudantes, que hoje
são percebidos como os millennials e geração Y e Z, onde estão prestes a
vivenciar a compulsão a repetição da não realização profissional e pessoal,
mesmo com todas as informações que a internet disponibiliza em pleno século XXI
e com profissionais da psicologia. Se perguntarmos a alguns estudantes do
terceiro ano do ensino médio sobre a carreira que gostariam de seguir, sempre
haverá aqueles que responderão com firmeza que já escolheram a carreira e há
aqueles que ainda não sabem o que vão ser no futuro quanto à questão
profissional. Ou seja, a psicologia, a orientação de carreira ainda não são para
todas as classes, mas apenas de exclusividade das classes que podem pagar pelos
serviços.
Neste
caso o estudante da geração X não é o protagonista de sua história por ter sido
lançado a exercer carreira por motivos desconhecidos a ele naquele exato
momento ou até mesmo para escapar da linha de pobreza buscando através desta profissão
sobreviver na sociedade. O autor na geração X não teve um modelo de orientação
profissional a seguir com a finalidade de lhe proporcionar ser o protagonista
da sua história profissional. O autor deste artigo, hoje tem a identidade de
orientador profissional construída, pois foi capaz de mergulhar na sua história
de vida, fazendo uso da psicóloga socio histórica para compreender dentro de si
as escolhas que o levara a vivenciar certas profissões, porque indivíduos e
crise econômica o coagira a atuar em subempregos e na escolha da profissão de
psicólogo.
Com
isto o autor entende que seu autoconhecimento é capaz de impactar a vida de
outros estudantes ao atuar com orientação profissional. Pois como psicólogo se
apercebe como protagonista de sua história de vida, sabe quais são seus
projetos de vida, quais as crenças limitantes, qual o significado de dinheiro, sabe
identificar as crenças distorcidas sobre dinheiro associada a infância, qual a
diferença entre preço e valor e se utiliza da escrita para sair da zona de
conforto e comunicar-se com seu público por meio de artigos. O autor nasceu na
geração X entre anos 60 e 80 e os mesmos comportamentos são reproduzidos nos
millennials geração Y e Z na questão de escolha de carreira.
Ouço
estudantes dizerem que Orientação Profissional é besteira é jogar dinheiro
fora. Mas vamos analisar, se eles mesmos não jogam seu dinheiro fora por
negarem a Orientação Profissional. Imagine um valor médio mensal de $1.100, 00
para estudar engenharia de produção. O estudante vai pagar em 06 meses o valor
de $6.600,00 e se ele desistir do curso, por algum motivo este dinheiro foi
jogado fora. Ao contrário se tivesse escolhido passar por processo de
Orientação Profissional por 06 meses teria gasto o valor de $2.400,00, o que sobraria
ainda $4.200,00. E ainda não foi computado o valor de gastos com transporte
coletivo ou combustível, mais alimentação, xérox de disciplinas e outros. Por
tanto, como pode ser besteira realizar Orientação Profissional. Ao desistir do
curso o estudante desperdiçou tempo, dinheiro, ou seja, investiu energia
libidinal numa carreira errada que lhe trouxe, insatisfação, ansiedade,
desprazer enquanto cursava o curso.
Presenciei
muito disto enquanto cursava o curso de Psicologia, pois a evasão de estudantes
era enorme entre o primeiro e terceiro semestre.
Referência
Bibliográfica
FREUD,
A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal
Popular, 1968
FREUD,
S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de
S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.
FREUD,
S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914).
"Recordar, repetir e elaborar ", v. XII
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