Ano 2021. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo
CRP 06/147208
O
presente artigo chama a atenção do leit@r a tomar consciência que a educação é
a mais fantástica troca de conhecimento que há entre os seres humanos. A
educação é encontrada em mundos diversos, pois em todos os lugares que o
indivíduo for certamente haverá alguma cultura para absorver e consequentemente
apresentar a sua cultura para outras pessoas. O ingresso na universidade é uma
fase complexa na vida do estudante, uma vez que demanda a integração do
indivíduo a um ambiente que lhe apresenta novas exigências como regras,
preceitos e éticas de acordo com os cursos escolhidos.
Nessa
transição, o estudante passa a conviver com novos colegas e novos professores
que exercem a profissão no cotidiano, os quais podem exercer um importante
papel na adaptação acadêmica do aluno. A influência do professor sobre o aluno
não se simplesmente restringe aos conhecimentos e habilidades ensinados pelo
mesmo. Os docentes também são vistos pelos alunos como modelos profissionais [engenheiros,
advogados, psicólogos e outros] e fontes de apoio, de orientação e
aconselhamento.
Esta
interação depende, sobretudo, do ambiente estabelecido pelo docente, da relação
empática com seus alunos, de sua capacidade de ouvir, refletir e discutir o
nível de compreensão dos estudantes e da criação das conexões entre o seu
conhecimento e o deles. Não obstante, muitos estudantes percebem a dificuldade
no seu relacionamento com os professores na universidade. Essas dificuldades e
ou angustias podem ser verificadas tanto nos anos iniciais quanto nos anos
finais da graduação. [...] “A angústia é, dentre todos os sentimentos e
modos da existência humana, aquele que pode reconduzir o homem ao encontro de
sua totalidade como ser e juntar os pedaços a que é reduzido pela imersão na
monotonia e na indiferenciação da vida cotidiana. A angústia faria o homem
elevar-se da traição cometida contra si mesmo, quando se deixa dominar pelas
mesquinharias do dia-a-dia, até o autoconhecimento em sua dimensão mais
profunda” (CHAUÍ, 1996 p.8-9).
A
decepção com o tipo de vínculo afetivo estabelecido com os docentes pode
ocorrer devido ao distanciamento, à formalidade, às poucas possibilidades de
interação social em sala de aula, e à percepção de menor interesse pelas
questões individuais do aluno ou outros motivos. A realidade as vezes da
universidade pode não corresponder à expectativa dos alunos sobre a manutenção
dos vínculos de proximidade e proteção vivenciadas na universidade. Isto
origina desprazer, desmotivação e até desistência do curso escolhido pelo aluno.[...]
Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a
compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem
possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram
satisfação, mesmo para impulsos instintuais que foram reprimidos.
Os
alunos podem identificar uma diminuição do monitoramento dos professores, por
exemplo, que pode ser expressa por uma menor cobrança de desempenho, o que
torna necessário um envolvimento mais ativo do estudante com sua formação,
aumentando assim, a sua responsabilidade. Compreende-se que o afastamento intencional
ou não dos professores pode impossibilitar uma relação mais próxima e pessoal
entre estudante e o docente. Parece que alguns professores universitários restringem
uma diferenciação entre professor e aluno, estabelecendo uma relação
estritamente acadêmica entre ambos.
Além disso, percebe-se que não há preocupação/
e ou medo de alguns professores em relação à adaptação acadêmica dos estudantes.
Alguns alunos percebem que os docentes são importantes para seu aprendizado e
formação, apesar dos diversos conflitos em relacionar-se com eles. [...]
Esse medo marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado
como desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida,
lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162)
Observando
a relação professor – aluno sob a óptica psicanalítica. Depreendo que enquanto
a análise do comportamento analisa a relação professor--aluno em termos de
interações comportamentais que favorecem [ou não] a aprendizagem e a ampliação
de repertório comportamental, sugerindo ser não só possível, mas desejável o
controle e a previsão, as contribuições da Psicanálise nos provocam reflexões
bastante diversas sobre essa relação e sobre o próprio processo educativo.
Embora
Freud não tenha tomado a educação propriamente dita como objeto, discorrendo
sobre ela mais diretamente apenas em momentos pontuais de sua obra, sua
teorização sobre a subjetividade e sua constituição traz incisivas implicações
para se pensar os processos educativos. Em sua perspectiva, a mola propulsora
do desenvolvimento intelectual é a energia libidinal, de modo que o desejo de
saber constitui uma expressão da sublimação da energia sexual, das suas
investigações sexuais, ao longo das pesquisas freudianas sobre o Complexo de Édipo
e a castração, o tema do interesse pelo saber aparece como uma consequência dos
desfechos entre satisfação pulsional, a travessia edípica e a castração.
Ou
seja, o mecanismo de defesa da sublimação se faz presente no ego do sujeito que
escolheu lecionar em escolas, seminários, universidades e outras profissões. A
atitude do professor em sala de aula é importante para criar possibilidade de
atenção e concentração, sem que perca o prazer de lecionar. As aulas tanto
podem deixar inseguro o aluno, quanto fazer que atuem de maneira
indisciplinada. Portanto, o papel do professor é o de mediador e facilitador,
que interaja com os alunos na construção do saber. Esse meio poderá ser
positivo, de apoio ao aluno quando o relacionamento é afetuoso e cordial. Neste
caso, o aluno sente segurança, não teme as críticas e a censura do professor;
seu nível de ansiedade, preocupação se mantém baixo e ele pode trabalhar
descontraído, criar, render mais intelectualmente.
Porém,
se aluno tem receio constante às críticas e a censura do professor, e se o
relacionamento entre eles é permeado de hostilidade e contraste, o ambiente na
sala de aula é negativo, desprazeroso. E o aluno inconsciente age na compulsão
a repetição, levando o atuar por meio do mecanismo de defesa da
contratransferência para se defender do medo da figura de autoridade, que
representa o professor em sala de aula e atua inconsciente no mecanismo de
defesa do deslocamento da raiva do início ao término da graduação. Portanto ser
professor não constitui uma tarefa simples, ao contrário, é uma tarefa que
requer o que chamo de [CHA] sigla usada na psicologia organizacional que
significa ter competência, habilidade e atitude aliado ao amor. [...]
Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que
começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto
transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos
recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar,
quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta
em nós.
A
conduta do professor inspira sobre a motivação, a afetividade e a dedicação do
aluno ao aprendizado. O aluno se percebe influenciado por sua percepção em
relação ao professor. O professor deve sempre reforçar a autoconfiança dos
alunos, a fim de manterem sempre uma atitude de cordialidade e de respeito. O
educador precisa estar atento se a sua postura de trabalho está claramente
entendida por todos os estudantes, e isso ajudará na organização e nas
realizações das atividades diárias.
É
importante esclarecer que os recursos utilizados pelo educador deverão ser
feitos com base no desenvolvimento do aluno e no seu contexto social. O
planejamento, por sua vez, contém as estratégias, pressões, situações e as
atividades que serão feitas no dia a dia levando o aluno a se conformar com as
atividades exigidas no curso. [...] Segundo Kiesler (1969), o que é o
conformismo? diz que o conformismo é uma mudança de comportamento ou crença em
relação a um grupo, como resultado de pressões desse grupo. Krech, Crutchfield
e Ballanchey (1962) dizem que para existir conformismo tem de haver conflito. Isto
quer dizer que persiste um conflito entre aquilo que um indivíduo deseja e o
modo como o grupo ou uma força superior ao indivíduo o pressiona para actuar.
Se o grupo não o pressionar, o indivíduo não procederá como por vezes procede.
Do mesmo modo como existem os conformistas, surgem também os anticonfor-mistas
que actuam em sentido contrário.
O
educador deve estar atento às manifestações do aluno, ele precisa envolver-se
com este estudante e procurar levá-lo a se perceber, estimular a se manifestar
em sala de aula, encorajá-lo, a tentar experimentar o desconforto e o prazer
originado pelas provas, elogiar suas primeiras tentativas de expressar-se no
meio entre os colegas, permitindo-lhe a personificação de papéis sociais
presentes em sua realidade, estimulando a criar situações e reproduzi-las em
sala de aula. O educador sendo o mediador fora de sua convivência familiar
torna-se um grande interventor para o desenvolvimento emocional e cognitivo dos
alunos.
Quando
é possível perceber o afeto nas ações dos alunos diante das propostas dos
educadores, constata-se que houve transferência positiva à aprendizagem, então há
possibilidades de superação dos conflitos internos, e será possível aprender e
crescer. O professor oferece sua relação com o conhecimento; o encantamento do
mestre com o seu peculiar aprender revela sua própria jornada em direção a
conhecer e a conhecer-se como sujeito da aprendizagem. Isso não significa
tornar-se uma referência de aprendizagem para o aluno, mas pode servir de
instigação para o aluno perceber seu próprio desejo de conhecer. Embora alguns professores
desejam tornar-se padrão para os estudantes quanto a ética moral, postura,
saber e por aí vai.
Ao
se posicionar atento à alteridade, o professor cria uma abertura para receber o
modo como o aluno aprende, encantando-se com a singularidade de seu aprender e
favorecendo, assim, o encantamento do aluno com seu próprio aprender. Noto que
o professor se propõe a espelhar-se se como fonte de todo conhecimento e
desvela uma inclinação para a onipotência e a onisciência, e com esta atitude fomenta
a formação de futuros profissionais supostos detentores do saber sobre o outro.
[...] O professor aprende ensinando e ensina aprendendo – sobretudo
aprende e ensina a partir da perspectiva de que é um permanente aprendiz de si
mesmo, do outro e do modo como este aprende a conhecer. Ao dizermos isso, não
insinuamos ingenuamente que o professor deva ser mais um aluno em sala de aula;
a diferença de papéis e funções precisa estar claramente definida, pois a troca
intersubjetiva só se dá em presença da alteridade. Naquele cenário passam
diferentes histórias, diferentes experiências, diferentes conhecimentos,
diferentes objetivos, diferentes projetos, diferentes aprendizados. A diferença
é o que possibilita o encontro (Soares, 2009).
Pondero
a importância do mecanismo de defesa de transferência na relação
professor-aluno, segundo Freud, o conceito de transferência à aprendizagem, o
trabalho é centrado no vínculo afetivo. Freud aponta-o como um fenômeno
psíquico que se encontra presente em todos os âmbitos das relações com nossos
semelhantes. Ele reconheceu a possibilidade de que a transferência acontecia na
relação professor - aluno.
Na
relação professor-aluno, está implicada uma relação de ambivalência amor/ ódio,
uma relação afetiva. Uma relação de confiança de valorização do conhecimento,
da revelação das habilidades e potencialidades do outro, onde só é possível
através da afetividade. Com o afeto o estudante se redescobre, se percebe, se
valoriza, aprende a se amar transferindo este afeto em suas vivências e
consequentemente na aprendizagem psicologia. A noção de transferência pode
contribuir para entender esta relação que envolve interesses e intenções, pois
a educação é uma das fontes mais importantes do desenvolvimento comportamental
e agregação de valores nos membros das espécies humanas.
Com
o trabalho centrado no vínculo afetivo pode-se trabalhar os medos, desejos e
ansiedades, preocupações auxiliadas pela transferência de papéis quando o aluno
pode desenvolver em sala de aula, ou seja, o vínculo com o professor. Seria
bom, se todos os professores independentes do curso lecionado na universidade conhecessem
o conceito de transferência, para melhor entender a sua relação com o aluno.
Pois ele pode ser um suporte dos investimentos de seu aluno, porque é objeto de
uma transferência. Privilegiar a singularidade do aluno é um aspecto que deve
merecer atenção central.
A
afetividade está totalmente inserida no ambiente universitário, e não é menos
importante que a educação do corpo e da mente. Pois se sabe que as interações
afetivas existentes entre professor e aluno são de suma importância para o
desenvolvimento e construção do conhecimento. [...] Para Piaget (1980),”
a vida afetiva e vida cognitiva são inseparáveis, embora distinta já que o ato
de inteligência pressupõe uma regulação energética interna (interesse, esforço,
felicidade, etc.)”, o interesse e a relação afetiva entre a necessidade e o
objeto susceptível de satisfazê-la. A relação da cognição e afetividade no
contexto escolar está intimamente interligada ao desempenho escolar do
educando.
A
interação professor - aluno ultrapassa os limites profissionais da
universidade, pois é uma relação que envolve sentimento e deixa estigma para
toda vida. Imagina-se que a relação professor-estudante, deva sempre buscar a
afetividade e a comunicação entre ambos, como base e forma de construção do
conhecimento e do aspecto emocional. O que se deve considerar é que o ato de
ensinar e aprender são uma constante troca, onde se torna imprescindível que o
professor seja acima de tudo um educador que enfrente desafios e possa encarar
os problemas presentes na sua formação e, assim compreender que o conhecimento
se processa através de valores que embasam e justificam a aprendizagem, nas
relações interpessoais dos sujeitos envolvidos, no processo que o vivenciam em
sala de aula no ambiente universitário. [...] Como enfaticamente afirma
Cury (2003, p.97), que “[...] por trás de cada aluno arredio, de cada jovem
agressivo, há uma criança que precisa de afeto”. A partir daí entende-se que,
atualmente muitos alunos vêm de famílias desestruturadas, com falta de afeto,
cabe ao professor procurar entender o que se passa no cotidiano deste aluno
fora da escola, investigar e conhecer mais particularmente seu aluno ao longo
de seu aprendizado, pois notas baixas poderão ser reflexos de uma vida afetiva
problemática.
Dessa
forma, é fator inevitável que o professor tenha consciência de que o quanto
depender dele, uma boa convivência com os alunos em sala de aula ou online deve
ser precedida de um bom diálogo. De acordo com Freire (1980, p.23), “o diálogo
é um encontro no qual a reflexão e a ação, inseparáveis daqueles que dialogam,
orienta-se para o mundo que é preciso transformar e humanizar.” A ação do
professor é imprescindível. É ele quem deve assumir o papel de mediador, e não
de condutor, como é comum no âmbito educacional, entre a cultura elaborada e em
processo de acumulação pela humanidade e pelo educando.
Sabe-se
que, de fato, o comportamento do professor como expressão de sentimentos
positivos ou de desagrado, a oferta de feedback positivo, agradecimentos e
pedidos de mudança de comportamento, podem promover melhorias nas habilidades
sociais dos alunos. A partir disso, constata-se que o comportamento do professor
também pode aumentar as interações em sala de aula e modelar o comportamento
dos alunos. Pois o aluno por meio do mecanismo de projeção, projeta sobre a
figura do professor sentimentos aos quais não consegue lidar. Também a figura
do professor é percebida como figura paterna/ e ou de autoridade. [...]"Porém,
a projeção não é unicamente um meio de defesa. Podemos observá-la também em
casos onde não existe conflito. A projeção para o exterior de percepções
interiores é um mecanismo primitivo, ao qual nossas percepções sensoriais se
acham também submetidas, e que desempenham um papel essencial em nossa
representação do mundo exterior”. (FREUD, 1913/1948, p.454).
Às
vezes os estudantes se recriminam ou se sentem mal por terem certos pensamentos
ou impulsos que pode levar a sentir culpa. Podem atribuí-los então ao
professor, projetando nele os seus próprios sentimentos. Isso fica muito claro
com relação a impulsos poderosos, como o sexo e a agressão. Exemplo, um
professor que não tem boa relação com o aluno em sala de aula, reclama a coordenação
ou comenta com outro colega de profissão que seu aluno não se relaciona bem com
ele.
Compreendo
que a carreira de um professor engloba uma sucessão de deveres a serem
cumpridos, é necessário então, que o mesmo perceba a importância de se
preocupar com a qualidade de sua docência. Para que isso aconteça, o professor
deve se autoavaliar em todos os dias de seu trabalho, tendo em vista o controle
e o conhecimento sobre sua missão, suas características e sua didática. Portanto
o professor só conseguirá ensinar se já tiver passado pela condição de aluno.
Sendo assim o professor entende o aluno. É o professor quem constela no adulto
instruído, de modo que o faça se aproveitar dessas informações, ampliando sua
consciência. Somente tendo desenvolvido essas habilidades nele próprio é que o
professor conseguirá fazer com o estudante as desenvolva.
É
importante que o professor entenda que o lugar que ele ocupa em relação aos
seus alunos não é apenas daquele que ensina, mas sim daquele que deixa impressões
boas ou ruins. A postura que se sugere ao professor com este artigo, é que ele
possa encontrar na sua prática docente um motivo para prosseguir, pois sem
metas e objetivos é impossível se obter sucesso não somente nesta profissão,
mas também em todas outras.
Para
isso, é de fundamental importância que o professor esteja consciente de sua
responsabilidade, tomando decisões de acordo com os valores morais e as relações
sociais de sua prática, considerando ainda, as condições de vida familiar e
social de seus alunos quando possível. Compreendo que se o relacionamento
pessoal entre aluno - professor for bom, pouca importância terá o método
didático correspondente ou não às exigências mais modernas do século.
Agora
proferindo por meio da psicologia, o que importa não é a intensidade de saberes
com que o aluno termina a graduação, mas se a psicologia conseguiu libertar ou
não o adulto de sua identidade alienada com a sociedade e torná-lo consciente
de si próprio. Sem essa consciência de si próprio, o indivíduo jamais saberá o seu
propósito e continuará sempre na dependência da sociedade e apenas procurará
imitar o outro, experimentando o sentimento de ser desconhecido e oprimido
pelos outros.
Referência
Bibliográfica
CHAUÍ, MARILENA.
HEIDEGGER, vida e obra. In: Prefácio. Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural,
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CURY, C.
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FREUD, S.
O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal
Popular,
1968
PIAGET,
J. O homem e as suas idéias. Rio de Janeiro: Forense, 1980.
SOARES,
MAGDA. Alfabetização e Letramento. São Paulo: Contexto, 2009.
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