Pular para o conteúdo principal

Professor - Aluno no Ambiente Universitário


Ano 2021. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O presente artigo chama a atenção do leit@r a tomar consciência que a educação é a mais fantástica troca de conhecimento que há entre os seres humanos. A educação é encontrada em mundos diversos, pois em todos os lugares que o indivíduo for certamente haverá alguma cultura para absorver e consequentemente apresentar a sua cultura para outras pessoas. O ingresso na universidade é uma fase complexa na vida do estudante, uma vez que demanda a integração do indivíduo a um ambiente que lhe apresenta novas exigências como regras, preceitos e éticas de acordo com os cursos escolhidos.
Nessa transição, o estudante passa a conviver com novos colegas e novos professores que exercem a profissão no cotidiano, os quais podem exercer um importante papel na adaptação acadêmica do aluno. A influência do professor sobre o aluno não se simplesmente restringe aos conhecimentos e habilidades ensinados pelo mesmo. Os docentes também são vistos pelos alunos como modelos profissionais [engenheiros, advogados, psicólogos e outros] e fontes de apoio, de orientação e aconselhamento.
Esta interação depende, sobretudo, do ambiente estabelecido pelo docente, da relação empática com seus alunos, de sua capacidade de ouvir, refletir e discutir o nível de compreensão dos estudantes e da criação das conexões entre o seu conhecimento e o deles. Não obstante, muitos estudantes percebem a dificuldade no seu relacionamento com os professores na universidade. Essas dificuldades e ou angustias podem ser verificadas tanto nos anos iniciais quanto nos anos finais da graduação. [...] “A angústia é, dentre todos os sentimentos e modos da existência humana, aquele que pode reconduzir o homem ao encontro de sua totalidade como ser e juntar os pedaços a que é reduzido pela imersão na monotonia e na indiferenciação da vida cotidiana. A angústia faria o homem elevar-se da traição cometida contra si mesmo, quando se deixa dominar pelas mesquinharias do dia-a-dia, até o autoconhecimento em sua dimensão mais profunda” (CHAUÍ, 1996 p.8-9).
A decepção com o tipo de vínculo afetivo estabelecido com os docentes pode ocorrer devido ao distanciamento, à formalidade, às poucas possibilidades de interação social em sala de aula, e à percepção de menor interesse pelas questões individuais do aluno ou outros motivos. A realidade as vezes da universidade pode não corresponder à expectativa dos alunos sobre a manutenção dos vínculos de proximidade e proteção vivenciadas na universidade. Isto origina desprazer, desmotivação e até desistência do curso escolhido pelo aluno.[...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que foram reprimidos.
Os alunos podem identificar uma diminuição do monitoramento dos professores, por exemplo, que pode ser expressa por uma menor cobrança de desempenho, o que torna necessário um envolvimento mais ativo do estudante com sua formação, aumentando assim, a sua responsabilidade. Compreende-se que o afastamento intencional ou não dos professores pode impossibilitar uma relação mais próxima e pessoal entre estudante e o docente. Parece que alguns professores universitários restringem uma diferenciação entre professor e aluno, estabelecendo uma relação estritamente acadêmica entre ambos.
 Além disso, percebe-se que não há preocupação/ e ou medo de alguns professores em relação à adaptação acadêmica dos estudantes. Alguns alunos percebem que os docentes são importantes para seu aprendizado e formação, apesar dos diversos conflitos em relacionar-se com eles. [...] Esse medo marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162)
Observando a relação professor – aluno sob a óptica psicanalítica. Depreendo que enquanto a análise do comportamento analisa a relação professor--aluno em termos de interações comportamentais que favorecem [ou não] a aprendizagem e a ampliação de repertório comportamental, sugerindo ser não só possível, mas desejável o controle e a previsão, as contribuições da Psicanálise nos provocam reflexões bastante diversas sobre essa relação e sobre o próprio processo educativo.
Embora Freud não tenha tomado a educação propriamente dita como objeto, discorrendo sobre ela mais diretamente apenas em momentos pontuais de sua obra, sua teorização sobre a subjetividade e sua constituição traz incisivas implicações para se pensar os processos educativos. Em sua perspectiva, a mola propulsora do desenvolvimento intelectual é a energia libidinal, de modo que o desejo de saber constitui uma expressão da sublimação da energia sexual, das suas investigações sexuais, ao longo das pesquisas freudianas sobre o Complexo de Édipo e a castração, o tema do interesse pelo saber aparece como uma consequência dos desfechos entre satisfação pulsional, a travessia edípica e a castração.
Ou seja, o mecanismo de defesa da sublimação se faz presente no ego do sujeito que escolheu lecionar em escolas, seminários, universidades e outras profissões. A atitude do professor em sala de aula é importante para criar possibilidade de atenção e concentração, sem que perca o prazer de lecionar. As aulas tanto podem deixar inseguro o aluno, quanto fazer que atuem de maneira indisciplinada. Portanto, o papel do professor é o de mediador e facilitador, que interaja com os alunos na construção do saber. Esse meio poderá ser positivo, de apoio ao aluno quando o relacionamento é afetuoso e cordial. Neste caso, o aluno sente segurança, não teme as críticas e a censura do professor; seu nível de ansiedade, preocupação se mantém baixo e ele pode trabalhar descontraído, criar, render mais intelectualmente.
Porém, se aluno tem receio constante às críticas e a censura do professor, e se o relacionamento entre eles é permeado de hostilidade e contraste, o ambiente na sala de aula é negativo, desprazeroso. E o aluno inconsciente age na compulsão a repetição, levando o atuar por meio do mecanismo de defesa da contratransferência para se defender do medo da figura de autoridade, que representa o professor em sala de aula e atua inconsciente no mecanismo de defesa do deslocamento da raiva do início ao término da graduação. Portanto ser professor não constitui uma tarefa simples, ao contrário, é uma tarefa que requer o que chamo de [CHA] sigla usada na psicologia organizacional que significa ter competência, habilidade e atitude aliado ao amor. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.
A conduta do professor inspira sobre a motivação, a afetividade e a dedicação do aluno ao aprendizado. O aluno se percebe influenciado por sua percepção em relação ao professor. O professor deve sempre reforçar a autoconfiança dos alunos, a fim de manterem sempre uma atitude de cordialidade e de respeito. O educador precisa estar atento se a sua postura de trabalho está claramente entendida por todos os estudantes, e isso ajudará na organização e nas realizações das atividades diárias.
É importante esclarecer que os recursos utilizados pelo educador deverão ser feitos com base no desenvolvimento do aluno e no seu contexto social. O planejamento, por sua vez, contém as estratégias, pressões, situações e as atividades que serão feitas no dia a dia levando o aluno a se conformar com as atividades exigidas no curso. [...] Segundo Kiesler (1969), o que é o conformismo? diz que o conformismo é uma mudança de comportamento ou crença em relação a um grupo, como resultado de pressões desse grupo. Krech, Crutchfield e Ballanchey (1962) dizem que para existir conformismo tem de haver conflito. Isto quer dizer que persiste um conflito entre aquilo que um indivíduo deseja e o modo como o grupo ou uma força superior ao indivíduo o pressiona para actuar. Se o grupo não o pressionar, o indivíduo não procederá como por vezes procede. Do mesmo modo como existem os conformistas, surgem também os anticonfor-mistas que actuam em sentido contrário.
O educador deve estar atento às manifestações do aluno, ele precisa envolver-se com este estudante e procurar levá-lo a se perceber, estimular a se manifestar em sala de aula, encorajá-lo, a tentar experimentar o desconforto e o prazer originado pelas provas, elogiar suas primeiras tentativas de expressar-se no meio entre os colegas, permitindo-lhe a personificação de papéis sociais presentes em sua realidade, estimulando a criar situações e reproduzi-las em sala de aula. O educador sendo o mediador fora de sua convivência familiar torna-se um grande interventor para o desenvolvimento emocional e cognitivo dos alunos.
Quando é possível perceber o afeto nas ações dos alunos diante das propostas dos educadores, constata-se que houve transferência positiva à aprendizagem, então há possibilidades de superação dos conflitos internos, e será possível aprender e crescer. O professor oferece sua relação com o conhecimento; o encantamento do mestre com o seu peculiar aprender revela sua própria jornada em direção a conhecer e a conhecer-se como sujeito da aprendizagem. Isso não significa tornar-se uma referência de aprendizagem para o aluno, mas pode servir de instigação para o aluno perceber seu próprio desejo de conhecer. Embora alguns professores desejam tornar-se padrão para os estudantes quanto a ética moral, postura, saber e por aí vai.
Ao se posicionar atento à alteridade, o professor cria uma abertura para receber o modo como o aluno aprende, encantando-se com a singularidade de seu aprender e favorecendo, assim, o encantamento do aluno com seu próprio aprender. Noto que o professor se propõe a espelhar-se se como fonte de todo conhecimento e desvela uma inclinação para a onipotência e a onisciência, e com esta atitude fomenta a formação de futuros profissionais supostos detentores do saber sobre o outro. [...] O professor aprende ensinando e ensina aprendendo – sobretudo aprende e ensina a partir da perspectiva de que é um permanente aprendiz de si mesmo, do outro e do modo como este aprende a conhecer. Ao dizermos isso, não insinuamos ingenuamente que o professor deva ser mais um aluno em sala de aula; a diferença de papéis e funções precisa estar claramente definida, pois a troca intersubjetiva só se dá em presença da alteridade. Naquele cenário passam diferentes histórias, diferentes experiências, diferentes conhecimentos, diferentes objetivos, diferentes projetos, diferentes aprendizados. A diferença é o que possibilita o encontro (Soares, 2009).
Pondero a importância do mecanismo de defesa de transferência na relação professor-aluno, segundo Freud, o conceito de transferência à aprendizagem, o trabalho é centrado no vínculo afetivo. Freud aponta-o como um fenômeno psíquico que se encontra presente em todos os âmbitos das relações com nossos semelhantes. Ele reconheceu a possibilidade de que a transferência acontecia na relação professor - aluno.
Na relação professor-aluno, está implicada uma relação de ambivalência amor/ ódio, uma relação afetiva. Uma relação de confiança de valorização do conhecimento, da revelação das habilidades e potencialidades do outro, onde só é possível através da afetividade. Com o afeto o estudante se redescobre, se percebe, se valoriza, aprende a se amar transferindo este afeto em suas vivências e consequentemente na aprendizagem psicologia. A noção de transferência pode contribuir para entender esta relação que envolve interesses e intenções, pois a educação é uma das fontes mais importantes do desenvolvimento comportamental e agregação de valores nos membros das espécies humanas.
Com o trabalho centrado no vínculo afetivo pode-se trabalhar os medos, desejos e ansiedades, preocupações auxiliadas pela transferência de papéis quando o aluno pode desenvolver em sala de aula, ou seja, o vínculo com o professor. Seria bom, se todos os professores independentes do curso lecionado na universidade conhecessem o conceito de transferência, para melhor entender a sua relação com o aluno. Pois ele pode ser um suporte dos investimentos de seu aluno, porque é objeto de uma transferência. Privilegiar a singularidade do aluno é um aspecto que deve merecer atenção central.
A afetividade está totalmente inserida no ambiente universitário, e não é menos importante que a educação do corpo e da mente. Pois se sabe que as interações afetivas existentes entre professor e aluno são de suma importância para o desenvolvimento e construção do conhecimento. [...] Para Piaget (1980),” a vida afetiva e vida cognitiva são inseparáveis, embora distinta já que o ato de inteligência pressupõe uma regulação energética interna (interesse, esforço, felicidade, etc.)”, o interesse e a relação afetiva entre a necessidade e o objeto susceptível de satisfazê-la. A relação da cognição e afetividade no contexto escolar está intimamente interligada ao desempenho escolar do educando.
A interação professor - aluno ultrapassa os limites profissionais da universidade, pois é uma relação que envolve sentimento e deixa estigma para toda vida. Imagina-se que a relação professor-estudante, deva sempre buscar a afetividade e a comunicação entre ambos, como base e forma de construção do conhecimento e do aspecto emocional. O que se deve considerar é que o ato de ensinar e aprender são uma constante troca, onde se torna imprescindível que o professor seja acima de tudo um educador que enfrente desafios e possa encarar os problemas presentes na sua formação e, assim compreender que o conhecimento se processa através de valores que embasam e justificam a aprendizagem, nas relações interpessoais dos sujeitos envolvidos, no processo que o vivenciam em sala de aula no ambiente universitário. [...] Como enfaticamente afirma Cury (2003, p.97), que “[...] por trás de cada aluno arredio, de cada jovem agressivo, há uma criança que precisa de afeto”. A partir daí entende-se que, atualmente muitos alunos vêm de famílias desestruturadas, com falta de afeto, cabe ao professor procurar entender o que se passa no cotidiano deste aluno fora da escola, investigar e conhecer mais particularmente seu aluno ao longo de seu aprendizado, pois notas baixas poderão ser reflexos de uma vida afetiva problemática.
Dessa forma, é fator inevitável que o professor tenha consciência de que o quanto depender dele, uma boa convivência com os alunos em sala de aula ou online deve ser precedida de um bom diálogo. De acordo com Freire (1980, p.23), “o diálogo é um encontro no qual a reflexão e a ação, inseparáveis daqueles que dialogam, orienta-se para o mundo que é preciso transformar e humanizar.” A ação do professor é imprescindível. É ele quem deve assumir o papel de mediador, e não de condutor, como é comum no âmbito educacional, entre a cultura elaborada e em processo de acumulação pela humanidade e pelo educando.
Sabe-se que, de fato, o comportamento do professor como expressão de sentimentos positivos ou de desagrado, a oferta de feedback positivo, agradecimentos e pedidos de mudança de comportamento, podem promover melhorias nas habilidades sociais dos alunos. A partir disso, constata-se que o comportamento do professor também pode aumentar as interações em sala de aula e modelar o comportamento dos alunos. Pois o aluno por meio do mecanismo de projeção, projeta sobre a figura do professor sentimentos aos quais não consegue lidar. Também a figura do professor é percebida como figura paterna/ e ou de autoridade. [...]"Porém, a projeção não é unicamente um meio de defesa. Podemos observá-la também em casos onde não existe conflito. A projeção para o exterior de percepções interiores é um mecanismo primitivo, ao qual nossas percepções sensoriais se acham também submetidas, e que desempenham um papel essencial em nossa representação do mundo exterior”. (FREUD, 1913/1948, p.454).
Às vezes os estudantes se recriminam ou se sentem mal por terem certos pensamentos ou impulsos que pode levar a sentir culpa. Podem atribuí-los então ao professor, projetando nele os seus próprios sentimentos. Isso fica muito claro com relação a impulsos poderosos, como o sexo e a agressão. Exemplo, um professor que não tem boa relação com o aluno em sala de aula, reclama a coordenação ou comenta com outro colega de profissão que seu aluno não se relaciona bem com ele.
Compreendo que a carreira de um professor engloba uma sucessão de deveres a serem cumpridos, é necessário então, que o mesmo perceba a importância de se preocupar com a qualidade de sua docência. Para que isso aconteça, o professor deve se autoavaliar em todos os dias de seu trabalho, tendo em vista o controle e o conhecimento sobre sua missão, suas características e sua didática. Portanto o professor só conseguirá ensinar se já tiver passado pela condição de aluno. Sendo assim o professor entende o aluno. É o professor quem constela no adulto instruído, de modo que o faça se aproveitar dessas informações, ampliando sua consciência. Somente tendo desenvolvido essas habilidades nele próprio é que o professor conseguirá fazer com o estudante as desenvolva.
É importante que o professor entenda que o lugar que ele ocupa em relação aos seus alunos não é apenas daquele que ensina, mas sim daquele que deixa impressões boas ou ruins. A postura que se sugere ao professor com este artigo, é que ele possa encontrar na sua prática docente um motivo para prosseguir, pois sem metas e objetivos é impossível se obter sucesso não somente nesta profissão, mas também em todas outras.
Para isso, é de fundamental importância que o professor esteja consciente de sua responsabilidade, tomando decisões de acordo com os valores morais e as relações sociais de sua prática, considerando ainda, as condições de vida familiar e social de seus alunos quando possível. Compreendo que se o relacionamento pessoal entre aluno - professor for bom, pouca importância terá o método didático correspondente ou não às exigências mais modernas do século.
Agora proferindo por meio da psicologia, o que importa não é a intensidade de saberes com que o aluno termina a graduação, mas se a psicologia conseguiu libertar ou não o adulto de sua identidade alienada com a sociedade e torná-lo consciente de si próprio. Sem essa consciência de si próprio, o indivíduo jamais saberá o seu propósito e continuará sempre na dependência da sociedade e apenas procurará imitar o outro, experimentando o sentimento de ser desconhecido e oprimido pelos outros.




Referência Bibliográfica
CHAUÍ, MARILENA. HEIDEGGER, vida e obra. In: Prefácio. Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1996.
CURY, C. R. J. Parecer CEB 11/2000. In: SOARES, Leôncio. Educação de jovens e adultos: diretrizes curriculares nacionais. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
FREUD, S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.
FREUD, S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914). "Recordar, repetir e elaborar ", v. XII
FREUD, S. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal
Popular, 1968
PIAGET, J. O homem e as suas idéias. Rio de Janeiro: Forense, 1980.
SOARES, MAGDA. Alfabetização e Letramento. São Paulo: Contexto, 2009.

Comentários

Postagens mais visitadas

O Uso Do Número Fracionário No Supermercado

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. O número 4,98 é chamado de número decimal ou número fracionário. Os números decimais representam uma parte fracionária de um todo ou uma quantidade menor que uma unidade inteira. No exemplo dado, o número 4,98 representa três unidades inteiras, mais 98 centésimos [ou 98 partes de uma centena]. Isso ocorre devido à nossa percepção cognitiva de valores e números. Como seres humanos, temos uma tendência a simplificar e arredondar números para torná-los mais fáceis de lembrar e de trabalhar. Além disso, o valor de $4,99 é frequentemente usado em estratégias de marketing para criar uma percepção de preço mais baixo do que $5,00, apesar de haver apenas uma diferença de um centavo. Essa técnica é conhecida como "preço quebrado" e é uma tática psicológica comum usada para atrair consumidores a comprarem mais produtos. No entanto, nossa mente consciente aind...

Psicólogo Fracassa Carreira Busca Academia Psicologia Social

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Um psicólogo fracassa na carreira de psicologia, então se decidi ir para academia para alterar a imagem corporal. É possivel estar fazendo academia para compensar a perda da imagem idealizada de psicólogo. Me explique como se eu fosse um iniciante pela abordagem da psicologia Social. A psicologia social estuda como as pessoas pensam, sentem e se comportam em contextos sociais. Ela examina como as interações sociais e as normas culturais influenciam nossas percepções, atitudes e comportamentos. No caso específico de alguém que decide ir para a academia para alterar a imagem corporal após um fracasso na carreira de psicologia, podemos analisar isso sob a perspectiva da teoria da autopercepção e da teoria da compensação. A teoria da autopercepção sugere que as pessoas podem inferir seus próprios estados internos e traços de personalidade observando seu pró...

Gênero E Relacionamento Amoroso

  Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Um indivíduo acredita que, após o surgimento de uma amizade, não é possível desenvolver um relacionamento amoroso, pois entende que, se não houver atração física desde o início, não há base para um namoro. Em contraste, uma mulher defende que, por meio da convivência e do fortalecimento da amizade, pode surgir o amor romântico. Essa diferença de perspectiva revela contrastes importantes: enquanto o homem valoriza inicialmente o desejo sexual como condição para o envolvimento amoroso, a mulher prioriza o vínculo afetivo e a conexão emocional como alicerces de um possível relacionamento. Essa divergência ilustra duas formas distintas de interpretar o início de um vínculo amoroso. De um lado, está a visão imediatista e sensorial, centrada no erotismo como porta de entrada. Do outro, uma perspectiva mais relacional e subjetiva, que vê na amizade a possibili...

Onde, Está Meu Trabalho? Orientação Para Realidade

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo informa o leitor a levar em conta a desorientação que se trata da capacidade da pessoa em situar-se com relação a si mesma e ao ambiente, no tempo e no espaço. Orientação alo psíquica, diz respeito à capacidade de orientar-se em relação ao mundo, isto é, quanto ao espaço [orientação espacial] e quanto ao tempo [orientação temporal]. E se está acionando inconscientemente alguma estratégia de enfrentamento adaptativa ou desadaptativa. Quando estamos trabalhando manuseamos as estratégias de enfrentamento alicerçadas no saber da profissão, isto é, baseada em todos os conhecimentos adquiridos no curso e experiência. Mas, ao depararmos com situações que causam conflitos emocionais originados no ambiente organizacional por supervisores, colegas de trabalho, colaboradores a tendência é fugir por entre o mecanismo defesa fuga, por falta de recursos de enfrentamento de competências socioemocionais. As vezes...

Supervisão Causa Conflitos Desnecessários

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. O que motiva uma coordenadora ao elaborar o cronograma de horário dos colaboradores a cometer o erro de trocar colaboradores em determinado horário e gerando descontentamento nos demais. Existem várias razões pelas quais uma coordenadora pode cometer o erro de trocar colaboradores em um horário específico, gerando descontentamento nos demais. Algumas dessas razões podem incluir: Falta de atenção: A coordenadora pode estar distraída ou sobrecarregada e não prestar atenção suficiente ao elaborar o cronograma. Isso pode resultar em erros ao atribuir tarefas ou horários aos colaboradores. Falta de comunicação: A coordenadora pode não ter comunicado adequadamente aos colaboradores sobre o cronograma de horários ou as mudanças que ocorreram nele. Isso pode resultar em confusão e descontentamento quando os colaboradores são atribuídos a tarefas ou horários dif...

Escalonamento Rotativo De Operadores De Caixa Supermercado

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Qual é o motivo para a supervisão elaborar cronograma de escala de operadores de caixa de supermercado em regime de rotatividade diária nos caixas evitando que permaneça fixos. Na abordagem da psicologia social, a supervisão elabora um cronograma de escala de operadores de caixa de supermercado em regime de rotatividade diária nos caixas com o objetivo de evitar que eles permaneçam fixos por diversos motivos: No contexto da supervisão elaborando um cronograma de escala de operadores de caixa em um supermercado, a psicologia social pode nos ajudar a entender o porquê disso e como isso pode ajudar a prevenir possíveis prejuízos financeiros decorrentes de roubo. Normas sociais: As normas sociais são regras e expectativas de comportamento que existem em uma sociedade. No ambiente de trabalho, as normas podem incluir a responsabilidade dos funcionários em ...

A dor da espera, [Quando Você Não Sabe O Que Fazer]

Outubro/2019. Escrito por Ayrton Junior - Psicólogo CRP 06/147208                           A intenção deste artigo é, chamar a atenção do leitor(a) para olhar o fenômeno a dor da espera que potencializa a impaciência no indivíduo anônimo ao fazer uso das redes sociais como, Facebook, Instagram, Blogger, Twitter, Pinterest, WhatsApp e outras eventualidades. Para a sociedade atual, esperar é algo muito irrefletido, incompreendido. O ser humano não foi ensinado no quesito de esperar, por tanto não gostamos e agimos como imediatistas. É mais fácil encontrar citações na Internet sobre aproveitar o dia e fazer algo acontecer, do que simplesmente algo sobre [a esperar quando não saber mais o que fazer]. A conexão de internet caiu, pronto não sei o que fazer.          No ato de esperar exige do sujeito paciência, longanimidade, lidar com...

A Falta De Resposta Pode Ser Uma Resposta

  Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 A falta de resposta pode ser uma resposta Olha que interessante: Na psicanálise, o silêncio também comunica. O fato de o sujeito não se lembrar de nada pode revelar que: O ego ainda não está preparado para lidar com a resposta, porque ela implicaria em agir — e agir traria dor, conflito ou culpa. Esse "vazio" do sonho pode ser a forma do inconsciente dizer: “Você ainda precisa elaborar internamente sua angústia antes de escutar sua verdadeira vontade.” Excelente pergunta. Vamos pensar com calma, como se estivéssemos numa sessão didática de introdução à psicanálise: A falta de resposta como uma resposta do inconsciente Na psicanálise, o inconsciente fala por imagens, lapsos, atos falhos, silêncios… e até pela ausência de conteúdo. Quando o sujeito incubou o sonho e acordou sem lembrar de nada, isso não significa que nada aconteceu. Na verdade, isso pode ser a mensagem mais importante do inconsciente ...

Fiscal De Caixa Controladora

  Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. O fiscal do sexo masculino estáva auxiliando a operadora de caixa no fechamento. De repente chegou a fiscal de caixa do sexo feminino e falou bruptamente com o fiscal dizendo que ele não deve ajudar a operadora de caixa mas sim apagar às luzes quando solicitado na frente do Caixa. O fiscal não falou nada e deixou a operadora de caixa. Na psicanálise, podemos entender o comportamento da fiscal de caixa do sexo feminino analisando os possíveis desejos, medos e mecanismos de defesa envolvidos na situação. Vamos interpretar passo a passo, como se você fosse um iniciante. 1. O que aconteceu? O fiscal do sexo masculino estava ajudando a operadora de caixa a fechar o caixa. De repente, a fiscal do sexo feminino interveio de forma abrupta, dizendo que ele não deveria ajudar, mas sim apagar as luzes quando solicitado. O fiscal não reagiu verbalmente e s...

Psicólogo Sem Psicoterapia

  Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor psicólogo observar seu comportamento perante a ausência de psicoterapia. Psicólogo que não procura outro profissional para fazer psicoterapia, quais podem ser as intenções inconsciente e conscientes para esse comportamento. Na abordagem da psicanálise, o psicólogo pode analisar a situação em que um profissional não procura outro psicólogo para fazer psicoterapia levando em consideração tanto as intenções conscientes quanto as inconscientes. Vamos explorar algumas possíveis razões: Resistência à vulnerabilidade: A busca por terapia envolve expor-se emocionalmente e admitir que precisa de ajuda. Alguns indivíduos podem ter dificuldades em reconhecer sua própria vulnerabilidade e podem resistir a se abrir com outro psicólogo. Medo da autorrevelação: A psicoterapia exige que uma pessoa compartilhe experiências, pensamentos, emoções e traumas pessoais. Alguns podem ter medo ...