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O emprego e a psicologia



Agosto/2019. Escrito por Ayrton Junior - Psicólogo CRP 06/147208

O texto presente tem intenção de retratar o fenômeno da empregabilidade, a importância da saúde mental em todas as idades e a atuação da psicologia. Empregabilidade é capacidade de adaptação ao mercado. Um profissional com grande empregabilidade, é aquele que para sair da locomoção lenta no meio de Outros deve conhecer suas Competências, Habilidades e Atitudes [CHA], além disso, saber como utilizá-las de acordo com a demanda. É possível melhorar seu nível de empregabilidade diante o mercado desejado? Sim, orientando-se por algumas condutas. Procurar constantemente informações referentes às áreas que deseja atuar; cada área de atuação tem uma velocidade de mudança, algumas exigem mais e para isso é necessário buscar alguns dados. Atualizar-se com cursos, palestras, sites específicos, e obter constante aprendizado não é coisa de homem  curioso ingênuo apenas, é coisa de profissional que usa da curiosidade epistemológica e sabe que conhecimento é sempre bom. Atualmente não é preciso ir muito longe para obter novos conhecimentos, muitos disponibilizam gratuitamente o conteúdo de qualidade na web. [...] O emprego já representou segurança profissional para muitos trabalhadores em tempos anteriores, em que às pessoas ingressavam em uma determinada empresa e saía da mesma aposentada, como observa Minarelli (1995, p. 17).
Então basta predispor-se e se informar. Colocar o aprendizado em prática; não adianta acumular apostilas, capacitação, certificados e livros/e-books. É necessário executar o que se aprende e contextualizar o conhecimento no dia a dia. Aproveite o tempo livre e converse sobre os conteúdos consigo mesmo, faça mapa conceitual, planejamentos/ e ou estratégias para você, dê nomes às suas ações. Dê incitamento ao seu potencial. A empregabilidade gera segurança ao profissional, que vai a busca de seus objetivos profissionais conhecendo o caminho a percorrer, e com quais elementos usar. E você, como garante ou mantêm sua empregabilidade? [...] Para (Sarsur 1999, p 38), a empregabilidade é entendida como: Uma ação individual, que pode ser estimulada ou não pelas organizações, que faz com que os funcionários de todos os níveis busquem estar melhor preparados para enfrentar o mercado de trabalho e suas mutações, pressupondo uma postura pro ativa, no sentido de capacitar-se e qualificar-se permanentemente, em termos de habilidades e capacidades técnicas, humanas, conceituais e de relações sócias.
A atualização do conhecimento vem sendo exigida cada vez mais, uma vez que a tecnologia avança de maneira muito rápida exigindo das profissionais habilidades para dominar esses avanços. A globalização do mercado gerou uma necessidade constante nas empresas em projetar e moldar seu futuro, em função de sistemas de qualidade e produtividade competitivas, reestruturando-se em virtude desta tendência, valorizando assim, o capital humano intelectual e provocando uma revolução no cenário empregatício. A exigência por perfis que atendam a características como a dedicação às atividades, o desenvolvimento de competências profissionais e a capacidade de inovação, acarreta a junção de diferenciais que agregam valor à sua sustentabilidade no mercado. O profissional moderno deve ter o poder de percepção das oportunidades existentes à sua volta, posicionando-se um passo à frente dos possíveis concorrentes, enxergando nas entrelinhas do mercado uma maneira de manter-se reconhecido e com remuneração constante. [...] Segundo Minarelli (1995, p. 22), “uma carreira profissional é de responsabilidade de quem a desenvolve, isto é, do seu proprietário, e não do tomador de serviços ou do empregador”. Sendo assim, cada indivíduo deve procurar se qualificar independente da atividade que esteja realizando. Não pode esperar somente do seu empregador algum treinamento para o seu desenvolvimento profissional, mesmo porque, se o empregador lhe oferecer alguma qualificação, está só irá abranger a área de seu interesse, ou seja, algo que esteja relacionado às atividades desenvolvidas por este profissional dentro desta empresa. O profissional deve visar mercado, como um todo ele deve se qualificar com o intuito de ser absorvido em outras empresas.
Os profissionais de antigamente não enxergavam necessidade de qualificação diferente da função que eles atuavam, pois, o seu tempo de permanência na empresa era longo e não imaginavam que pudessem ser demitidos, pois atuavam de modo alienado. Os profissionais confiavam o seu futuro nas mãos do empregador e desta maneira se eximiam da responsabilidades em atualizar-se constantemente e cabia ao empregador a responsabilidade do treinamento e desenvolvimento da sua mão de obra. Isso tornava os profissionais acomodados, os mantinha na falsa zona de conforto da estabilidade, visto que não buscavam outros meios para se desenvolverem profissionalmente, pois, não se preocupavam com uma possível demissão. Com o advento da inovação tecnológica, em que as máquinas passaram a ocupar o espaço de inúmeros trabalhadores, nota-se que o emprego tomou nova dimensão, exigindo uma reestruturação organizacional para as empresas chamado de reengenharia.
As máquinas/ e ou a tecnologia por seu alto potencial de produção começaram a competir diretamente com os trabalhadores. E aqueles que não se posicionaram diante de todo esse desenvolvimento, se viram desaparecidos, pois, os mesmos até então não haviam reparado as novas tendências do mercado e foram pegos de surpresa. As suas funções antes mecânicas, braçais e até mesmo repetitivas, quase foram extintas, dando espaço a um novo conceito o de planejar, desenvolver, controlar e elaborar ações para tornar os processos industriais cada vez mais eficazes. Percebe-se que os profissionais não devem se qualificar visando trabalhar em apenas uma única organização, sua carreira profissional deve ser fundamentada em bagagens de conhecimentos e experiências que possam ser aplicados em outras empresas tornando-o competitivo no mercado. [...] Conjunto de conhecimentos, habilidades, comportamentos e relações que tornam o profissional necessário não apenas para uma, mas para toda e qualquer organização. [...] Agora, mais importante que apenas obter um emprego, é tornar-se empregável, manter se competitivo em um mercado em constante mutação. Preparar-se, inclusive, para várias carreiras e diferentes trabalhos – às vezes simultâneos (apud SARSUR MEHEDFF, 1997, p.40)
Minarelli (2005) reafirma que os profissionais devem encarar o mercado de trabalho não como oportunidades de empregos a serem ocupados, mas como favorecimento a quem detecta problemas e disponibiliza-se a resolução dos mesmos, agregando assim, valor verdadeiro às necessidades das organizações. Em consequência obterá trabalho, dinheiro e reconhecimento profissional. Diante do apresentado, um profissional deve apresentar um conjunto de habilidades e potencialidades para se manter em evidência no mercado de trabalho. Muitas destas habilidades podem ser aprendidas e outras desenvolvidas.
Ele deve apresentar, dentre outras, a disponibilidade para se adequar aos novos tempos. As portas para o mercado de trabalho somente se fecharão para os indivíduos que resistirem aos novos caminhos que se abrem. Portanto, a ocupação de um trabalhador no meio empregatício se dá na administração de sua própria carreira, empreendendo as suas habilidades e competências, transformando-as em um produto que gere pré-disposição nas organizações em obtê-las, associando esse conjunto de referências a um diferencial competitivo em relação ao mercado saturado pela concorrência. Ou seja, desnuda-se a oportunidade para reinventar-se, a partir daquilo que já existe.
Os conceitos de empregabilidade levam o indivíduo a entender que é de sua responsabilidade o autodesenvolvimento de sua carreira profissional e é fundamental a preocupação pelo desenvolvimento de uma nova estratégia de mudança em relação à postura pessoal e profissional. O profissional da época contemporânea deve ser um empreendedor de sua empregabilidade, deve gerir seus conhecimentos de tal forma que possa ser produtivo em qualquer modalidade de trabalho, ora como empregado, outra como empregador.
As organizações buscam selecionar de forma bastante criteriosa os profissionais que contribuíram para o seu desenvolvimento. Estes devem possuir qualidades extremas, ter diferenciais competitivos em relação aos seus concorrentes, podendo assim ser reconhecido por suas habilidades e consequentemente, desperte o interesse dos empregadores em obter os seus serviços. O desenvolvimento da empregabilidade é de extrema importância, pois visa manter o profissional apto para ser absorvido pelo mercado de trabalho. Entretanto, para se desenvolver o indivíduo precisa estar em constante busca pela curiosidade epistemológica, por conhecimento e experiencias que lhes servirão de bagagens para concorrer em meio as exigências do mercado. [...] Braga (2001) após vários estudos de outros autores que conceitua a empregabilidade formula o seu próprio conceito ao qual ela considera como sendo a definição de uma abordagem única. Assim, ela define: Empregabilidade é entendida como uma capacidade individual de manter-se trabalhando e obtendo remuneração, ou de conseguir novo trabalho remunerado, através de conhecimentos, habilidades e atitudes adequados às exigências feitas pelo contexto onde está inserido o profissional (Braga, 2001 p.39).
Hoje, o mercado de trabalho está muito competitivo. Pela facilidade de se conectar às pessoas, muitas empresas competem de igual pra igual quando falamos de alcance. Pense na multinacional Pirelli que fabrica pneus e na Goodyear, o que a Pirelli faz que a Goodyear não faz?  Pense na PUCC e na UNIP em termos do curso de psicologia existe em ambas. Devido a essa competitividade adoidada, você precisa ser Especializado e Diferenciado. E você enquanto leitor(a) se apercebe diferenciado e especializado dos demais a sua volta. Contudo isso não é o suficiente, você precisa agregar valor ao seu trabalho. Pra ser bem-sucedido, e referência na sua área de atuação, você pode seguir qualquer caminho que desejar. O que vai determinar seu sucesso são as pessoas que contratam o seu serviço ou compram seus conhecimentos, habilidades e atitudes. Por isso, é importante que elas percebam o valor que o seu serviço tem, além do que ele tem de diferente em relação aos seus concorrentes. [...] Portanto, as empresas estão sempre à procura de profissionais que se diferenciam por suas qualidades humanas e pela agilidade de ampliar seus recursos e capacidades potencias sempre. Os profissionais precisam olhar sua carreira com olhos mais críticos, tomando essa responsabilidade para si, pois, afinal ele é o “proprietário” deste conhecimento e não as organizações. Logo, segurança profissional, hoje, significa conseguir trabalho e remuneração, independente de vínculo empregatício. (MINARELI, 1995).
O Mercado de trabalho é a relação entre a oferta de trabalho e a procura de trabalhadores, e o conjunto de pessoas e/ou empresas que em época e lugar determinados, provocam o surgimento e as condições dessa relação. Vamos agora por alguns instantes esquecer sobre o salário, cargos, vantagens, status. Concentrar sua busca de emprego em encontrar um trabalho que você almeja. É mais fácil discursar isso do que realmente fazer e, sei bem disso. A maioria das pessoas quer encontrar um emprego que pague muito bem para relativamente pouco trabalho. O problema é que, se esse pouco trabalho for algo pelo qual você não tem prazer algum em fazer, todo dia de trabalho será um martírio. Minutos de trabalho serão sofríveis, e esse estresse vai se acumulando, gerando frustração, estafa, e até depressão, doença psicossomática em muitos casos.
Não há dinheiro que vá comprar o seu prazer. Todavia também, só trabalhar em um emprego que mal dá pra pagar as contas ou ganhar um salário mínimo, vai te frustrar em outros aspectos pessoais, profissionais e financeiros. Busque sempre o crescimento. O equilíbrio perfeito entre vida pessoal, vida profissional, e vida financeira, é o emprego ideal que pode não existir. Acontece que isso é quase impossível de se conquistar. Geralmente, o equilíbrio vai pesar para um ou outro lado desse tripé. Aqueles que conseguem encontrar um emprego que oferece a balança perfeita entre os três são os mais afortunados ou seus futuros já foram programados por outras pessoas, mas dificilmente chegaram nesse equilíbrio da noite para o dia. São anos estudando, trocando de empregos, mudando de cargos mesmo que sejam considerados inferiores em relação a formação acadêmica, buscando evoluir e balancear o tripé. São oportunidades de aprendizado, de crescimento, ou mesmo de mudanças para algo melhor, e que esses profissionais sempre estão buscando visualizar e encarar de braços abertos.
Tenha coragem para mudanças na sua vida: O comodismo é muito tentador, e tomar a decisão para começar ativamente procurar outra coisa é difícil. Quanto mais tempo você permanecer em um trabalho ruim, mais ele vai corroer sua energia e autoconfiança, e você terá menos motivação para sair de onde você está agora e ir para um novo emprego. Saber que você está em um emprego que lhe traz desprazer é o primeiro passo, ter a estimulo para começar a procurar um emprego que se encaixe no que o deixa satisfeito é o segundo. Não tenha medo de desistir. Um trabalho inferior não vai deixar de ser funesto por sua força de vontade. E insistir nesse espaço restringido que você mantém ao redor de você mesmo por vontade própria só vai resultar em uma coisa; em minar suas aspirações e qualquer motivação para conseguir um emprego que o deixe realizado.
Desistir de um emprego desagradável pode ser uma decisão muito sábia, apesar disso pode lhe dar alguns momentos de dificuldade, contudo pode te livrar de contrair uma doença psicossomática. A satisfação do cuidar da saúde emocional afinal, tem um preço, e você tem que estar disposto a pagá-lo para poder realmente ser realizado com um emprego. Não consigo me encontrar profissionalmente: talvez você não esteja se importando com o que é certo.
Algumas pessoas escolhem seu novo emprego: Por causa de um título: gerente, supervisor, coordenador, diretor, técnico mecânico, engenheiro mecânico, médico, psicólogo, professor e outros. Benefícios: carro exclusivo da empresa, ticket refeição, ticket alimentação. Status: 8 subordinados diretos, direito a vaga privativa na empresa par estacionar o carro, jantar com os executivos chefe da empresa. Pressão dos pares e familiares: meus pais, marido, esposa gostam do cargo, da empresa em que trabalho.
Pergunte a você mesmo o que você quer e procura em um emprego: Em um papel, escolha uma atuação anote tudo que lhe deixaria realizado com o emprego, desde as coisas mais simples como ambiente organizacional, uma cadeira confortável, poder fazer uso do celular até algo mais complexo como um plano de carreira. Numere cada um desses itens de 1 a 5, sendo 1 o menos importante para sua realização e 5 o mais importante. Fazendo menção da teoria de Maslow. Não precisa ser necessariamente o emprego dos sonhos, pois não há emprego ideal e sim aquele ao qual adaptamos nosso conhecimento, habilidade e atitude para reproduzir o perfil acadêmico ou técnico.  Assim, você mesmo vai começar a selecionar melhor as carreiras e vagas de empregos que melhor atendem às suas demandas e assim, lhe deixarão mais satisfeito.
Não consigo emprego: faça uma pausa não estou dizendo sobre abandonar sua busca de trabalho inteiramente, ou fazer uma interrupção que dure meses. O que quero dizer é que você está tentando encontrar um emprego há tanto tempo, que neste momento você provavelmente está esgotado ou o mercado ainda não lançou a vaga. Então, tome algum tempo para descansar. Pode ser alguns dias ou uma semana. Dê a si mesmo tempo para descansar e, mais importante, reflita sobre o que você está fazendo certo em sua busca de trabalho, e o que você pode estar fazendo desacertado.
Não consigo emprego em lugar nenhum: vá para onde os empregos estão. Algumas pessoas irão se mudar para uma cidade, estado ou país diferente afim de encontrar um emprego em seu campo. Mas se você está procurando uma vaga de emprego seja ela qual for, você não tem que fazer isso. Entretanto você tem que saber quais são as indústrias, organizações, universidades, hospitais, clinicas e outros que estão contratando trabalhadores da sua área ou qualquer outro tipo de emprego, o que pode significar que você pode acelerar sua busca de trabalho e encontrar uma vaga mais rápido.
A idade e o mercado de trabalho. A questão começou a surgir nos últimos anos, como um ponto negativo. Por exemplo, vemos casos na televisão e em jornais de pessoas que tem 40, 45 anos e são demitidas. Após ficar desempregado, o indivíduo simplesmente não consegue encontrar uma vaga idêntica à que ocupava. Com isto, muitas pessoas passaram a questionar esta relação. E passam a pensar que nunca mais conseguiram se reinserir no mercado de trabalho na sua ocupação. Isto pode sim acontecer é a realidade, porém pode surgir oportunidades para outras ocupações e seguimentos de outros setores.
Ter mais idade influência na carreira, no candidatar-se a vaga ofertada, embora depende da instituição, sim, influencia. Não obstante, ao contrário do que se pensa, ter mais idade pode ser uma influência positiva. Existem algumas profissões, como telemarketing que utiliza da mão-de-obra excluída pelo mercado de trabalho acima de 45 anos, possibilitando a oportunidade do indivíduo exercer a profissão mediante a venda de seus conhecimentos apenas em informática com o ganho no valor de um salário mínimo e com treinamento nas ferramentas específicas do produto a ser vendido das operadoras de telefonia e internet, é visto com bons olhos. Esse seguimento cresce muito na condição de oportunista perante a crise de desemprego, pois apropria-se indevidamente da desvalorização do profissional perante o mercado. Como ter mais idade é um ponto negativo para algumas áreas.
Um tempo muito prolongado na situação de desemprego pode reduzir o interesse pelos laços sociais e afetivos, bem como afetar a autoestima, aumentando o sentimento de solidão e fracasso, propiciando o desenvolvimento de distúrbios emocionais. Penso muito que os níveis mais baixos de bem-estar psicológico se encontram entre os indivíduos em situação de desemprego, quando comparados com trabalhadores fixos e temporários. Esta redução do índice de bem-estar psicológico pode ser entendida por meio da perda, pois, sem trabalho, os adultos perdem também a condição financeira, que influencia no estabelecimento da identidade e na vida cotidiana, provocando um sentimento de vazio que pode desmotivá-lo na busca de um novo emprego.
A saúde e a perda de saúde são definidas como dois fenômenos que se referem a um estado de bem-estar, mas que, em certo momento, pode se transformar em sofrimento. Nesse sentido, a saúde e o bem-estar são conceitos muito relacionados entre si, o bem-estar é o grau em que cada pessoa julga a qualidade de sua vida favoravelmente como um todo. Se o trabalho está associado a um lugar social, este também pode ajudar o indivíduo a construir uma identidade por meio do labor. O desemprego, por sua vez, é o não lugar, pois coloca o sujeito fora da sociedade, cortado do meio de trabalho. Desse modo, o desemprego é, geralmente, visto como um lugar marginalizado, podendo dificultar o falar sobre esta situação, principalmente quando o adulto está passando pelo período de ociosidade involuntária, é muitas vezes descrito como sendo, também, um não lugar, embora não deixa de ser o local de desemprego.
Por tanto, ficar desempregado pode significar não só uma suspensão da estabilidade econômica, mas ainda a exposição do indivíduo, seja ante si próprio, seja ante a sociedade, o que pode afetar sobremaneira sua saúde mental. A situação de desemprego pode afetar o psiquismo dos indivíduos, pois, quanto mais tempo se fica nessa situação, mais se aumenta o risco de permanecer nela, ou seja, a zona de conforto desemprego. Este fato ocorre, porque aqueles que já estão fora do mercado há muito tempo se desencorajam mais facilmente, demonstram uma percepção com ausência de expectação e devido à dificuldade para se recolocar no mercado de trabalho. A dificuldade de encontrar uma ocupação pode fazer com que a qualificação individual se deteriore, pois, à medida que o tempo de desemprego se estende, o indivíduo se vê obrigado a aceitar uma sub ocupação [inferior] como telemarketing para manter sua sobrevivência, o que pode diminuir sua autoestima e autoconceito e levar a LER [lesão por esforço repetitivo] ou doença psicossomática.

De fato, as pessoas que já tiveram experiência de desemprego demonstram significativa insatisfação com suas rendas, moradia, profissão e saúde. A insatisfação pode estar relacionada ao sentimento de não pertencimento a lugar algum, sentimento de insegurança em relação à perspectiva de, no futuro, sofrer novamente uma demissão, o que resulta em efeitos negativos na satisfação de vida, no relacionamento com amigos e na vida familiar. A evidência da perda do local de trabalho, onde se é valorizado o sentimento de pertença, causa uma diminuição na qualidade de vida, afetando sua saúde mental entrando na compulsão a repetição da insatisfação.
Desse modo, a situação de desemprego pode ser um fator de risco para a saúde, pois propicia sentimentos de baixa autoestima, ansiedade e depressão que influenciam no uso e abuso de álcool, principalmente entre indivíduos de classe economicamente baixa, e que homens desempregados demonstram ter prevalência significativa mais alta de depressão, tabagismo, alcoolismo e consumo de substâncias psicoativas do que a classe trabalhadora. A situação de desemprego involuntária e prolongada, além de influenciar na saúde das pessoas, pode também propiciar o ingresso do indivíduo em atividades criminais. A partir do exposto, destaca-se que o desemprego na população adulta é um fator social preocupante, pois ele pode afetar a integridade física e o bem-estar psicológico dos indivíduos. Além de aumentar o risco de uso e abuso de drogas, o desemprego pode ser uma porta de entrada para a criminalidade. Na hora da contratação do adulto pelo empregador, um aspecto bastante valorizado no perfil esperado tem sido o de ter habilidades sociais quanto a trabalhos voluntários.
Quanto ao mercado de trabalho, é preciso diferenciar mercado de campo de atuação. Mercado de trabalho se refere às possibilidades de venda do trabalho e sua remuneração; campo de atuação são as diferentes formas de intervir na sociedade a partir da formação básica, bem como as demandas sociais [as necessidades que a sociedade apresenta das atividades que uma profissão pode executar]. Dentro do mercado de trabalho encontramos as empresas, instituições, organizações não governamentais, hospitais, clinicas, postos de gasolina, lojas de departamentos, supermercados, shoppings, escolas, agências de empregos, agências de publicidade, academias, times de futebol, universidades, consultórios particulares e outros.
Dentro dos nomes citados acima estão os campos de atuação. Exemplo, empresa multinacional Pirelli que se utiliza da borracha natural e manufaturada para produzir o pneumático chamado de pneu. A formação técnica do profissional técnico em mecânica. Seu campo de atuação dentro da indústria poderá ser projetista mecânico, técnico de manutenção mecânico ou instrumentista pneumático.
Observando o mercado de trabalho, a empregabilidade e a saúde mental através da Psicologia Organizacional o indivíduo deverá ter o [CHA] Competências, habilidades e atitudes pessoais necessárias para inserção no mercado de trabalho, e é claro muita resiliência no tempo de espera pela oportunidade. Pois a organização nada mais é do que o resultado da equação: pessoas + equipamentos e máquinas + recursos financeiros. Todos somados com um objetivo em comum que é a produção de serviço ou produto. A atenção do psicólogo deve ser compreender e analisar o comportamento de cada colaborador como indivíduo. Só dessa forma será possível elevar o bem-estar no ambiente de trabalho. Assim, o psicólogo organizacional identifica como cada pessoa contribui para a companhia sob o ponto de vista comportamental.
Fazendo menção aqui da própria experiência nos processos seletivos e realizando busca de vagas em sites de emprego através de descritores de palavras-chaves como psicólogo, psicologia, hospitalar, organizacional, social, clinica, educacional, recrutamento & seleção e outras. O descortinar dessas vagas na cidade de Campinas é muito pouco, o que temos uma população de profissionais da psicologia que o mercado de trabalho não consegue absorver, e nem aos campo de atuação gerando por meio do mercado e campo de atuação que é o princípio de realidade o desprazer real. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que foram reprimidos.
Contudo ainda cito as seguintes competências para galgar a empregabilidade; estar sempre atualizado quanto ao mercado de trabalho, ter uma observação ampla não somente da profissão, mas do todo [empresa, campo de atuação, mercado de trabalho e o próprio profissional]; ter habilidades nas quais pretende exercer, ter realizado estágios, relação interpessoal, visão empreendedora e motivação/ e ou resiliência para encarar a frustração por não estar exercendo a profissão até o momento.
Este profissional acaba não se apercebendo conscientemente que vive a compulsão a repetição da esperança de que o desenlace uma hora será diferente devido a sua insistência. E agora quando o desfecho não acontece, inicia-se novamente a compulsão a repetição da insistência ou atua-se como desalentado. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.
Entretanto consigo enxergar o desemprego como um mal necessário, avaliando as vivências de caráter positivo do desemprego, e as vivências de caráter negativo do desemprego e as causas. As vivências de caráter positivo do desemprego são percepções de experiências apontadas como benéficas ao desenvolvimento do sujeito. São vistas como propiciadoras de agente de mudança na vida dos indivíduos conduzindo-o a reflexão e compreensão para não se atirar ao mar do suicídio, mudar de vida e ir em busca de outra profissão que lhe dê algum lugar de pertencimento e/ou como gerador de autonomia.
Já as vivências de caráter negativo do desemprego estão relacionadas às percepções como fonte de sofrimento e psicopatologias. O desemprego é visto como uma vivência de desamparo, de exclusão, de falta de perspectiva, de intenso medo e receio e de despotencialização de capacidades. Agora o desemprego causado por fatores exteriores ao trabalhador, como as condições do mercado de trabalho e a falta de oportunidade de formação e qualificação, não imputam culpa ao trabalhador por seu desemprego muitas vezes, de longa duração; no entanto, as causas apontadas referentes ao trabalhador remetem a ele a responsabilidade por sua condição de desempregado, limitando-se a explicar que eles passam a não acreditar mais em si e por isso desistem das vagas e da qualificação.  
A relação entre as causas e a vivência do desemprego se dá por aqueles que vencem as causas e mudam de vida e se estabelecem com autonomia, e aqueles que perdem e desistem da busca de emprego, vivenciando o medo, a exclusão e o desamparo sendo chamado de desalentado pela mídia, hoje em 2019 em torno de mais ou menos 6 milhões.
A atuação da Psicologia no tocante a ociosidade involuntária: As ações da Psicologia em relação ao desemprego podem ser compreendidas em três categorias: ações de prevenção, ações de tratamento e ações políticas. As ações de prevenção são as atividades que podem ser desenvolvidas pelos psicólogos enquanto agentes transformadores das organizações, como a orientação profissional/vocacional e a qualificação das seleções/avaliações psicológicas, desenvolvendo intervenções que transformariam o sentido do trabalho para os trabalhadores, como seminários e palestras. As ações de tratamento incluem as atividades de escuta, nos ambientes clínicos e organizacionais, com o fim de minimizá-los. A escuta, para indivíduos, caracteriza-se pelo acolhimento do sofrimento relacionado ao trabalho, acolhendo as angústias, medos e dificuldades que aparecem, mesmo em espaços dentro das empresas como fora das empresas.
As ações políticas compreendem o trabalho social em organizações não governamentais e a conscientização política dos trabalhadores. Elas podem ocorrer tanto individual quanto coletivamente, [a Psicologia pode] se motivar para fazer algum trabalho, para provocar mudanças sociais, ajudar a população a se posicionar frente a algumas coisas, a se opor a situações que não concorda em termos de governo, a ter uma visão crítica de mundo, que as coisas não são assim mesmo e pronto.




Referência Bibliográfica
BRAGA, Divane Florene Soares Leal. Reestruturação produtiva e empregabilidade: dois estudos de casos com gerências intermediárias no setor químico. (Dissertação de Mestrado) UFRGS, 2001.
FREUD, S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.
FREUD, S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914). "Recordar, repetir e elaborar ", v. XII
MINARELLI, J. A. Empregabilidade: o caminho das pedras. 15 ed. São Paulo: Editora Gente, 1995.
SARSUR, Amyra Moyzes. Empregabilidade e empregabilidade? um estudo conjunto a organizações e profissionais em Minas Gerais (Dissertação de Mestrado), UFMG, 1999.


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  Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. Um sujeito está praticando atividades físicas numa academia a cinco meses más o resultado do corpo não é visível para as outras pessoas. Então seu amigo lhe disse você não está com um corpo sarado ainda está jogando dinheiro fora indo para a academia. Na psicanálise, podemos interpretar essa situação considerando os três elementos da estrutura psíquica: id, ego e superego. Vamos analisar cada um deles: O id – Representa os desejos e impulsos básicos, como o desejo de ter um corpo musculoso e bem definido. O sujeito quer ver resultados e sentir prazer ao ser reconhecido pelos outros. O ego – Representa a parte racional da mente, que tenta equilibrar os desejos do id com a realidade. Ele sabe que mudanças no corpo levam tempo e que o esforço contínuo é necessário para alcançar os objetivos. O superego – Representa as normas sociais e a voz crít...

Sociedade E IA E O Medo Não Desvelado

Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. A relação entre a sociedade e a inteligência artificial (IA) tem se tornado cada vez mais importante e presente nos dias de hoje. A IA já é utilizada em diversos setores, desde a saúde e finanças até a indústria e o transporte. Porém, há uma preocupação crescente com as implicações éticas e sociais da utilização da IA. Por um lado, a IA pode trazer diversos benefícios para a sociedade, como maior eficiência em processos, melhoria na qualidade de vida e até mesmo a criação de novos empregos. Por outro lado, há preocupações com o impacto da IA na economia, com a possibilidade de substituição de trabalhadores por sistemas automatizados e a consequente redução de postos de trabalho. Além disso, a utilização da IA também pode trazer questões éticas, como a privacidade dos dados e a discriminação algorítmica. É importante que a sociedade esteja ciente dos riscos ...

Superego E Doença Psicossomática

  Ano 2024. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do para um excelente tópico. Um sujeito trabalhava numa empresa familiar e tinha medo de se aposentar nesta empresa como retificador plano. Queria sair da empresa, mas tinha medo de pedir ao empregador para demiti lo para que recebessem seus direitos. Até que adoeceu de uma doença psicossomático e tevê coragem para pedir ao empregador demiti ló e recebesse seus direitos. Parece que o Superego censurava a atitude do ego em pedir para ser demitido com o mecanismo de defesa repressão. Parece que o superego censurou o ego até que o ego adoecesse e tivesse coragem para pedir ao empregador para demiti lo. Me explica e interpreta como se eu fosse um iniciante pela abordagem da psicanálise. Na abordagem da psicanálise, vamos dividir essa situação em três partes principais: o ego, o superego e o id, para que fique mais fácil entender o que aconteceu. O ego: é a parte da mente que lida com a...

Descontruir-se Da Identidade Profissional De fiscal De Caixa

  Ano 2025. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208 O presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. Desconstruir se da identidade profissional de fiscal de caixa de supermercado para aceitar a identidade de psicólogo. Me explica e interpreta como se eu fosse um iniciante pela abordagem da psicologia social. Vamos entender isso de forma simples pela psicologia social, como se fosse uma conversa introdutória. 1. O que é identidade profissional? Na psicologia social, a identidade profissional é como você se vê dentro de um grupo de trabalho. É parte da sua identidade social — ou seja, é como você se percebe em relação aos papéis que ocupa na sociedade. Exemplo: “Sou fiscal de caixa” ou “Sou psicólogo”. 2. Por que é difícil desconstruir uma identidade profissional? Porque essa identidade está ligada a: Reconhecimento social (as pessoas sabem quem você é por esse papel); Estabilidade (há segurança financeira e rotina); Autoestima (você...