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Soft Skills Ambiente Organizacional

   Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208

O presente artigo aproxima a atenção do leitor a compreender que durante a vida, podemos nos deparar com momentos em que nos percebemos dotados de alta capacidade técnica, como é chamado na psicologia organizacional de [CHA] competências, habilidade e atitudes, onde o profissional desempenha com autoconfiança suas atividades na empresa.

Embora as soft skills são importantes para um sujeito expressar em qualquer ambiente, seja organizacional, familiar, escolar, esportivo, cinematográfico, mídia, redes sociais, amigos e outros. As lideranças em algumas empresas ainda não dão a devida importância para o tema, pois pretendem controlar os colaboradores desprovidos de recursos socioemocionais.

Por não serem repleto de competências socioemocionais ou soft skills para defrontar-se com as contrariedades oriundas de pessoas no ambiente organizacional. Um colaborador, gestor, supervisor ou até mesmo o empregador falto de soft skills na sua vida é um indivíduo sujeito a sofrer desequilíbrios emocionais oriundos do meio ambiente e ser controlado pelas reações dos membros naquele ambiente. Significa que este indivíduo não está no controle da situação e sim a situação é quem o controla ou redireciona para onde quer.

Uma vez que um indivíduo dotado de habilidade técnicas, mas faltoso de soft skills aponta que a sua capacidade técnica é insuficiente para lidar com as dificuldades que o ambiente proporciona e com isso tem sérios conflitos com as pessoas do meio.

Já as soft skills se referem a aspectos mais subjetivos, ligados ao nosso comportamento e ao relacionamento interpessoal. É o jeito como lidamos com as questões no trabalho e com as pessoas. Muita gente não dá importância para isso, porém, cada vez mais, as soft skills passam a ser valorizadas pelas empresas. As soft skills são vistas como qualidades profissionais porque dependemos delas para entregar um trabalho diferenciado. Exemplo, um engenheiro que tem diversas qualificações técnicas, mas não sabe como liderar e se comunicar bem com a equipe está propenso a ter muitos conflitos.

Bem, como ele não trabalha sozinho, a falta das soft skills vai prejudicar sua carreira. Outro exemplo, um psicólogo falto de competências socioemocionais tanto no ambiente organizacional, como na clínica também é capaz de ser afetado gravemente pelas emoções e comportamentos disfuncionais seja do colaborador ou paciente.

Imagine agora um psicólogo atuando na ocupação de operador de caixa em supermercado o quanto este trabalho embora pareça horrível ou que destoa dos saberes do profissional. Se o profissional analisar o ambiente conseguirá agregar valor nas suas atitudes ao aprimorar suas soft skills naquele ambiente que lhe proporciona a sua evolução apropriando a sua própria expertise.

Ou em outros termos, podemos dizer que é um conjunto de habilidades e conhecimentos que um indivíduo possui no seu segmento de atuação. Ou seja, expertise é o conhecimento que foi adquirido através de um estudo sobre determinado assunto e a extrema habilidade de executar o que foi aprendido.

O ambiente organizacional supermercado é repleto de insegurança, incertezas, instabilidades emocionais e com isto facilita ao profissional [psicólogo] aprimorar-se na autoconfiança no quesito do manuseio do papel moeda. O medo de errar, percepção de não valorização ou falta de reconhecimento, dificuldade de abordar aspectos problemas como monitoria das falhas, quebra de caixa e situações difíceis com colegas e liderança esses comportamentos são comprovados por profissionais que não se sentem psicologicamente seguros em suas empresas ou no ambiente. [...] Esse medo marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162).

Algumas soft skills ou competências socioemocionais que o indivíduo precisa aprimorar desenvolver como, espirito colaborativo, empatia, autocontrole, resiliência, tolerância a frustração ou correr risco, comunicação assertiva, capacidade de adaptabilidade ou ajuste de comportamentos e reações emocionais, resolução de problemas,  proatividade, criatividade, inteligência emocional, senso crítico, inovação, visão estratégica, capacidade de tomada de decisão, paciência, calma, controlo das emoções, capacidade de observação, comprometimento, cooperação, credibilidade, dinamismo, disciplina, organização, atenção seletiva, administração tempo, adequação de linguagem verbal e corporal, ética, flexibilidade, comunicação não violenta, habilidade interpessoal, iniciativa, motivação intrínseca e extrínseca, autoconhecimento dentre outros ou o que você pensar agora enquanto lê o artigo.

Um recém formado ao graduar-se num curso técnico ou universitário é desprovido de competências socioemocionais, porém ao longo do curso adquiriu saberes técnicos ou acadêmicos que serão postos em práticas ao estagiar em alguma instituição ou empresa. O trabalho voluntário é outro agente que possibilita ao recém formado aplicar e praticar as competências, habilidades e atitudes.

E também as pessoas envolvidas ao redor deste trabalho facilita ao voluntário desenvolver suas soft skills desde que compreenda a importância delas para a sua carreira. O mesmo acontece no campo de estágio, se o estagiário tiver interesse e pré-disposição a fim de aprimora-las no decorrer do tempo. Agora imagine, um recém formado no curso em técnico em mecânica na década de 80.

Esse profissional recém formado adquiriu ao longo do curso conhecimentos técnicos e procurou empresas multinacionais na época para aplicar e praticar esses conhecimentos, porém era falto ou desprovido de competências socioemocionais que não se ouviam nem falar na época. O indivíduo trilhou um caminho repleto de dificuldades emocionais que certamente encaminharam a tomar decisões erradas quando a demissão silenciosa e demissão dos empregos por não saber lidar com a supervisão/liderança também carecida de recursos de soft skills.

O mesmo acontece hoje em pleno século XXI na geração X,Y e Z que embora tenham acesso fácil a informações nas internet, muitos ainda são carecidos de recursos emocionais por pensar que não precisam desses recursos para desempenharem suas profissões. Há profissionais adultos que auto se firmam apenas no seu conhecimento técnico ou acadêmico e tem o preconceito contra pessoas que são evoluídas em competências socioemocionais dentro das organizações.

Mostram inconscientemente medo de perderem seus cargos, mas resistem a alteraram e ajustarem suas crenças, seu modo de pensar, sentir e comportar-se frente a um problema ou situação pontual.

A soft skills a favor de colaboradores, as habilidades técnicas, sem a capacidade para lidar com os fatores emocionais, são insuficientes. No competitivo mercado de trabalho, a corrida é contra o tempo para aprender, se capacitar, reaprender e agir conforme a sua dinâmica, que requer com frequência novas expertises. O professor Bauman refletiu sobre a veloz transformação da sociedade que liquefaz as práticas sociais e problematizou o quanto precisamos nos esforçar para acompanhar as novas tendências que, em instantes, já não são mais tão novas. São inúmeros os desafios, tantos que a capacitação técnica [hard skills] já não é mais o suficiente, sendo necessários os conhecimentos para a gestão das nossas emoções, as ditas habilidades sócio emocionais ou soft skills.

Nunca se falou tanto em saúde mental, autoconsciência, bem-estar e qualidade de vida. Temas como esses não estão distintos da vida profissional, uma vez que já se compreende que somos seres integrais, não segmentados por ambientes. A psicologia, dentre outros diversos campos e saberes, são imprescindíveis para a formação sistêmica da vida, tanto familiar quanto social e de trabalho.

Uma das principais características de uma pessoa que está tentando lidar com diversas tarefas é a irritabilidade constante. Nem sempre a sobrecarga de trabalho está relacionada ao excesso de tarefas, e sim à necessidade de dar conta de várias delas ao mesmo tempo ou ao acúmulo de preocupações. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.

Acontece, por exemplo, quando o trabalho sempre apresenta uma urgência; então é preciso, o tempo todo, checar, verificar, lembrar, e neste caso as competências socioemocionais são importantes para se defrontar com possíveis sinais comuns de sobrecarga, uma das principais características de uma pessoa que está tentando lidar com diversas tarefas ao mesmo tempo é a irritabilidade. A pessoa fica extremamente sensível e pode exacerbar isso na forma de agressão, com atitudes reativas.

Com tantas tarefas e a cabeça cheia de pensamentos, normalmente quem está sobrecarregado começa a ter piora na qualidade do sono. Com o sono desequilibrado, o cansaço se torna ainda mais frequente e começa a gerar impactos na rotina e também na saúde física. O excesso de preocupações e tarefas também prejudica o foco e a atenção no trabalho.

Normalmente, quem está sobrecarregado se sente desmotivado e com dificuldades de concentração, o que pode impactar diretamente na rotina profissional. Além disso, a irritabilidade e os sentimentos à flor da pele podem provocar conflitos entre os colegas gerando diminuição no rendimento do trabalho.

A sobrecarga emocional também atinge a forma como cuidamos da alimentação. Algumas pessoas esquecem de comer, outras descontam os sentimentos na alimentação, apontando alterações no apetite. Esse desequilíbrio na alimentação pode ser um sinal de que o corpo e a mente precisam de ajuda.

Com tantas atividades sob sua responsabilidade, o sobrecarregado muitas vezes não consegue dar conta de tudo e se sente frustrado e com o sentimento de desamparo ou fracasso, afirma Luiz. A pessoa começa a abraçar o mundo, e isso a sufoca. Muitas vezes, há o sentimento de desvalorização, e, para mostrar seu valor, o profissional busca assumir muitas tarefas, para os outros verem que ele é qualificado.

Ansiedade, quando vivemos além dos nossos limites, possivelmente estamos em estado de ansiedade. O cansaço mental pode vir acompanhado de dores no peito, falta de motivação e crises de ansiedade. Com tantas preocupações, é comum que os indivíduos comecem a criar cenários em sua mente, o que pode aumentar ainda mais os gatilhos para a ansiedade.

Depressão, quando experimentada durante longos períodos, a sobrecarga pode aumentar o risco do desenvolvimento de depressão. O indivíduo se sente paralisado, porque não sobra espaço para se desenvolver em outras áreas além do trabalho, e a rotina fica muito pesada.

Isolamento, em um nível mais avançado, a sobrecarga leva a pessoa a se distanciar dos amigos e familiares. Tudo nessas relações parece virar uma exigência dos outros em relação a si, então qualquer outra demanda passa a ser mais uma tarefa — assim começam os problemas nas relações entre colaboradores e até na família.

Falta de autocuidado, com tanto a fazer, a pessoa não consegue ter um tempo para olhar para si mesma. Normalmente, perde o prazer em se cuidar e às vezes deixa de lado até a higiene. Não se olha mais com carinho e atenção, porque a exaustão tomou conta e o autocuidado se torna mais uma tarefa em meio a tantas. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que foram reprimidos.

Dificuldade para buscar ajuda, é comum que esses indícios apareçam aos poucos e que sejam normalizados. Mas é preciso ter atenção aos sinais e procurar apoio, inclusive recorrendo ao serviço de médicos ou psicólogo para ter um diagnóstico e tratar o problema.

São muitas as doenças psicossomáticas da contemporaneidade relacionadas ao estresse e ao nosso estilo de vida, algumas das quais vem nos impactando física e emocionalmente, sendo preciso mais atenção com estas duas dimensões integradas. O autocuidado é uma questão de saúde individual, mas também coletiva.

As práticas que aprimoram a saúde das pessoas e dos colaboradores, como a yoga e a meditação, a atenção à alimentação ou busca por melhores momentos para o lazer e o descanso são medidas que auxiliam não somente nos processos de cura como também na prevenção dos problemas. É preciso uma profunda reflexão sobre o que somos, o que estamos fazendo e o que queremos, comenta o professor.

Algumas empresas já têm despertado para a importância da inteligência emocional, buscando realizar algum tipo de atividade nos âmbitos organizacionais. Livros, cursos, workshops, vídeos e rodas de diálogos já estão acontecendo, mas elas precisam estar articuladas às políticas de treinamento e desenvolvimento das empresas. Elas precisam fazer parte da cultura da empresa e devem ser apoiadas pelas lideranças e gestores mais estratégicos.

Quando estamos falando de processos de treinamento e desenvolvimento além de cursos de capacitação profissional, é preciso ter objetivos claros, mudança na cultura organizacional e sobretudo critérios para sua escolha e implementação. É notório o quanto ainda a sociedade precisa valorizar estes assuntos e o quanto o mercado de trabalho está precisando de pessoas com qualificação para ministra-los. Capacitação de baixo custo com conteúdo rico. Hoje em dia, algumas empresas estão focando na educação corporativa, inclusive propondo cursos direcionados.

No ambiente organizacional supermercado observo que não existe o interesse em treinar capacitar os colaboradores no quesito soft skills para que passem a ter um autocuidado consigo mesmo sobre a saúde emocional enquanto desempenham sua função. A atuação da psicologia organizacional é precária neste ambiente. Observa-se um turnover de colaboradores e como a mão-de-obra é fácil de ser encontrada, não há investimento em treinamento para reter aqueles que já estão no ambiente permanecendo saudáveis quanto ao estado emocional.

Há lojas de supermercado que foram fundadas na visão de hierarquia paternalista, onde conduzem os colaboradores como filhos e por tanto não enxergam a necessidade do autocuidado dos filhos quanto á saúde mental, por serem tradicional reproduzem um descuidado e mantém a psicologia apenas no quesito de recrutamento e seleção de pessoal para contratação, negligenciando a psicologia organizacional e motivação dos colaboradores.

 

 

Referência Bibliográfica

FREUD, A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal Popular, 1968

FREUD, S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.

FREUD, S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914). "Recordar, repetir e elaborar ", v. XII

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