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Medo De AutoGovernar-Se

 Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208

O presente artigo tem o propósito de traduzir para o leitor sobre o medo de governar a si mesmo, isto é, exercer o autogoverno de ser responsável pelo controlo das emoções, subtraindo os pensamentos automáticos disfuncionais e crenças que causam incômodos em assumir a responsabilidade de conduzir-se até alçar os projetos. Ou ainda direito de se autogovernar por leis próprias, sendo autônomo.

Para Kant, o ser autônomo obedece a regra pela compreensão e concordância da mesma com sua validade universal e não pelo receio a punição. Este filósofo ressalta que ao obedecemos às prescrições ou regras ditas morais apenas por conformidade, interesse ou prudência, os imperativos que nos orientam são hipotéticos e a moral é heterônoma.

Heteronomia é a submissão a valores e tradições, dentro de uma obediência passiva aos costumes por conformismo, por medo da punição ou ainda por acomodação, a partir de mandamentos procedentes de uma autoridade alheia ao indivíduo ou de uma voz externa a ele. Assim, adultos que permanecem na anomia, revelam um nível muito baixo de moralidade, ou seja, falta de responsabilidade e de ideal moral.

Exemplificando, seria o caso do motorista que voa com seu automóvel apenas pelo prazer de correr, sem considerar as consequências de seu ato com ausência de punição e medo. Na heteronomia, é o caso do motorista que observa as leis de trânsito só para não ser multado por causa do medo. Na socionomia, é o caso do motorista que dirige preocupado consigo mesmo e, sobretudo, com o que os outros pensam dele.

Na autonomia, é o caso do motorista que, na direção do automóvel, orienta-se pelas leis de trânsito e por seus próprios princípios internos de conduta. Ou em outros termos, é o condutor que na direção de si mesmo, orienta-se pelas leis da teologia e psicologia e por seus próprios princípios internos de conduta.

Como é da natureza da história, cada contexto histórico concreto coloca suas condições de sobrevivência. A vinte anos atrás, quando a hierarquia estava em alta exigia-se obediência cega, humildade e concordância. Hoje, porém, na sociedade pós-tradicional, exige-se o oposto, e a autonomia é condição básica para conviver com os riscos, as incertezas e os conflitos dessa sociedade. Inicialmente foi no mundo da produção, quando a racionalidade tecnológica colocou como pré-requisitos o domínio do conhecimento, a capacidade de decidir, de processar e selecionar informações, a criatividade e a iniciativa.

Somente um indivíduo autônomo consegue manejar com estes elementos, que diferenciam radicalmente a fábrica pós-fordista da fordista. Porém ao mesmo tempo que estes pré-requisitos pressupõem indivíduos autônomos, acabam influenciando no desenvolvimento da autonomia dos mesmos. Dessa forma, a autonomia tornou-se uma necessidade material; mas não está mais restrita apenas à esfera da produção, e envolve agora todos os domínios da vida contemporânea.

 Assim, é também uma necessidade emocional, uma vez que os indivíduos precisam desenvolver uma efetiva comunicação entre si, numa sociedade em que o diálogo molda a política e as atividades. A falta de autonomia no âmbito psicológico, obstaculiza as discussões abertas, gera violência e impede a manifestação plural.  

Portanto a autonomia psicológica é necessária para se entrar em efetiva comunicação com o Outro, num diálogo que ocupa um espaço público no qual todas as facções discutem entre si numa relação simetricamente recíproca, livres do uso da coerção e da retórica. É uma necessidade sociocultural, uma vez que a nova sociedade traz, em suas contradições produtivas um amplo movimento cultural de superação de velhas concepções de mundo, exigindo uma nova direção das relações sociais e a elaboração de um novo comportamento chamado reflexivo.

Sob este aspecto, a autonomia torna-se necessidade política pois somente um indivíduo autônomo possui condições de entender as contradições do mundo globalizado, questionando-as e agindo no sentido de canalizar as oportunidades para mudanças qualitativas. Por tudo isso a autonomia tornou-se condição de sobrevivência para os indivíduos na sociedade pós tradicional.

Somente um indivíduo autônomo terá sucesso nas esferas econômica, psicológica, sócio cultural e/ou política, pois é um indivíduo que interroga, reflete e delibera com liberdade e responsabilidade, ou como diz Castoriadis, é capaz de uma atividade refletida própria, e não de uma atividade que foi pensada por outro sem a sua participação.

É claro que nem sempre a preocupação de ser autônoma é considerado uma angustia. Às vezes, é um medo racional derivado da insegurança e da consciência de quanta responsabilidade há em governar-se, tanto quanto a própria segurança.

O que quero lhe mostrar, portanto, é que chefes e/ou pessoas assim vão passar por nossas vidas invariavelmente e não teremos exatamente como controlar esse fluxo. No entanto, o que nós podemos fazer é decidir, com nossa consciência e com a nossa autoestima, como é que vamos lidar emocionalmente com esses indivíduos.

Bem, acho que agora está muito claro, autonomia emocional é responsabilidade, é escolha. Eu decido como é que vou lidar com o seu comportamento. Mas, em um mundo em que em muitos lugares dirigir a própria vida é considerado uma atividade importante do dia a dia, este medo e inseguranças podem se tornar um grande incômodo.

Dirigir está ligado ao fracasso ou sucesso em nossas vidas. Exemplo, sujeitos bem sucedidos que pilotam carro Mercedes representa que conduzem bem a sua consciência, enquanto que aquele de dirige um fusca ou depende do transporte coletivo, simboliza fracasso e por tanto conduz mal a sua consciência. Pensar assim é um erro, pois existem motivos desconhecidos que levam ao fracasso e ao sucesso que depende de cada indivíduo.

Acreditamos que, para atingir a qualidade de vida esperada, precisamos ser motoristas da nossa própria consciência. Conduzir um carro tornou-se basicamente uma necessidade na vida das pessoas, pois o carro está associado a consciência. O medo é muito mais do que um simples sentimento, ele é um reflexo de nossos pensamentos, uma emoção. [...] Esse medo marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162).

 

A apreensão é uma emoção completamente natural, é um mecanismo de proteção que nos mantém vivos e surge em diversas situações. No entanto, quando esse receio evolui e passa a comprometer o seu dia a dia e as suas relações, há o risco de ele ter se tornado uma angustia.

Numa vida cada vez mais influenciada pela mobilidade, não conseguir dar direção a própria vida sem precisar buscar orientação com terceiros, mentores da internet, gurus da internet, pastores, padres, conselheiros pode ser problemático. O pavor pode significar perder uma oportunidade de emprego ou até mesmo algo como não conseguir levar os filhos ao colégio, por sofrer de síndrome de pânico ou insegurança para conduzir um automóvel. Porém, quando o problema começa a afetar diretamente as nossas vidas, ele precisa urgentemente ser tratado.

Existe psicólogo para quem tem medo de autonomia? Sim, e a psicanálise para perder a aflição de ser dono de si irá trabalhar para exatamente encontrar os gatilhos mentais que causam o desconforto e fortalecer o ego. O profissional trabalhará na identificação deles e promoverá o autoconhecimento e o fortalecimento das capacidades mentais.

Nós entendemos o que deve ou não ser temido à medida que temos experiências positivas ou negativas em nossas vidas. Esse processo se chama aprendizado. Logo, sentir aversão é um processo natural que você treinou para que acontecesse, assim como andar de bicicleta, escovar os dentes ou cozinhar. Essa sensação desagradável surge em função da associação que você faz com a direção/ e ou volante do carro.

Imagine um homem de vinte e três anos. Essa pessoa dirige desde seus dezoito anos e nunca teve grande problemas com a direção e se sente autônoma. Entretanto, certa vez ele dormiu no volante e seu carro capotou. O homem não se machucou e rapidamente recebeu alta do hospital. Pouco tempo depois ele já estava pronto para voltar a dirigir.

Mas, ocorreu outros acidentes com esse motorista devido ao exagero de bebida alcoólica, levando a perda total dos carros e a autonomia que representava os veículos. Então, em algum momento que entrou no carro após os acidentes, ele não percebeu, embora paralisou. Sentiu seu coração disparar, suou frio e sua visão perdeu o foco, mas não deu importância.

Ao entrar no carro o homem começou a ter um ataque fóbico. Por quê? Os vários acidentes foi uma situação marcante em que essa pessoa não teve controle sobre a direção. Mesmo com toda a experiência que ele tinha, o ocorrido foi inevitável.

Neste exemplo, fiz questão de criar uma relação de causa e efeito muito fácil de ser entendida [a pessoa sofre um acidente e começa a ter medo de dirigir inconsciente]. Só que a realidade não é tão simples assim. Casos como este realmente existem, mas é possível, também, desenvolver o medo de dirigir por vários outros motivos.

Este medo pode surgir pelo excesso de cobrança de outras pessoas, pelo seu excesso de cobrança, inseguranças dentre outros. Cada pessoa tem um estilo diferente de orientação. Por isso o medo pode se manifestar de formas diferentes. Algumas pessoas ficam ansiosas e a angustia gera a desorientação, outras acabam buscando orientação em outras pessoas, abrindo mão de se comportar com autonomia por entre suas próprias escolhas.

Um sujeito que se torna cristão, e entregou a sua vida para ser conduzido agora por Cristo Jesus, inconsciente, ele abre mão de dirigir a própria vida, isto é, fica dependente de orientação para as coisas que deseja e deste modo não é mais senhor da sua mente.

Pois, de acordo com o livro de I Corintios 2:16 - Porque, quem conheceu a mente do SENHOR, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.  Ou seja, perdeu a autonomia, passando a agir na heteronomia, citado logo nos parágrafos inicias do texto. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram.

A covardia, pode ser curado, mas para isso é necessário analisar uma série de fatores, tais como a origem dessa frouxidão. É importante saber que nossos medos, pelos mais bobos que sejam, eles têm uma causa e saber, onde começou é essencial para eliminar a angustia de sua vida. A fraqueza pode ser definida como um medo descontrolado, meio irracional e que surge mediante situações, objetos, acidentes automobilísticos, pessoas ou lugares que nem sempre representam perigo iminente.

Alguns fatores genéticos podem contribuir também para o surgimento de angustias, pois são capazes de desregular as substâncias hormonais, o que influência nas respostas cerebrais. Um dos motivos relacionados as causas das preocupações são traumas no passado ou experiências negativas como um objeto ou evento.

Muitos pensamentos, emoções e os principais sentimentos são transferidos de pais para filhos também. Tais informações, positivas ou não, ficam no inconsciente até que sejam despertadas por um gatilho emocional. Muitos dos medos adquiridos durante a infância são manifestados apenas na idade adulta.

Assim, a insegurança surge pela combinação de gatilhos específicos, os quais são influenciados pela instabilidade emocional típica da ansiedade. Uma grande maioria dos casos estão relacionados à medos cujas influências podem ter relação com o histórico familiar. No caso da angustia de gerir por si mesmo a consciência, pode ser uma lembrança de um acidente ou uma experiência desagradável relacionada a automóveis que encaminha as vezes a pessoa não conduzir bem a consciência por causa do medo. Mas, é capaz de dirigir muito bem um automóvel.

O desconsolo também pode ser causa da por ansiedade, da direção a própria consciência requer responsabilidade sobre a própria vida e de diversas pessoas. Imagine um empreendedor, ele é o seu próprio mentor e ainda assume a responsabilidade da vida de seus colaboradores pelas decisões tomadas ao longo dos dias, meses e anos. Quem é ansioso pode se sentir pressionado a respeito disso.

Defrontar-se com a insegurança de exercer a autonomia pode ser realizada por meio de técnicas de dessensibilização, exposição gradual ao medo e psico educação. Para combater o medo de portar-se como autônomo é necessário compreendê-lo. Há pessoas que tem aversão ao desemprego, e a falta de clareza a fim de se encaminharem a um emprego causa desorientação na consciência.

Um dos principais motivos do indivíduo não agir com autonomia é o medo de ser   julgado e criticado por terceiros, caso a decisão tomada não leve ao sucesso, pois os demais irão censurar a atitude que encaminhou ao fracasso. É extremamente importante selecionar bem quem estará ao lado deste sujeito durante o processo de superação. Escolha bem com quem você vai se abrir sobre seu medo de dirigir a consciência, pois é importante selecionar bem as pessoas em que você depositará confiança. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.

Planeje e treine, e para superar o medo tem que se lançar na situação que está causando a insegurança. Estabeleça uma rotina e planeje estratégias de enfretamento, criar frases de enfrentamento pessoais é extremamente importante. Escolha um dia para leitura das frases, vá para a praça exercitar-se.

Acredite em si, a autoconfiança deve ser trabalhada para auxiliar a superar esse desafio. No processo de autonomia, mesmo se não conseguir de primeira, poderá tentar outra vez e tentar quantas vezes for necessário, até sentir-se seguro.

A angustia tem uma particularidade, o controle emocional. A dificuldade em lidar com as emoções envolvidas na situação faz com que as pessoas com preocupações canalizem toda ansiedade para uma condição angustiante e que a torna frágil e insegura. Isso ocorre quando alguma circunstância do passado desperta os sentimentos negativos e alude às lembranças que causam as angustias.

Dirigir um automóvel pode ser sinônimo de liberdade e independência, por isso se você tem o sonho de dirigir, dirija. E conduzir a consciência é sinônimo de individuação, então mova-se na sua individualidade se tiver o desejo.

Uma situação de desemprego no passado em que o indivíduo ficou por longo período e foi despejado da moradia e agora no presente se acha na mesma situação, é capaz de desencadear o medo das lembranças passadas acontecerem novamente encaminhando para o indivíduo portar-se como vulnerável e conduzindo a consciência por entre as inseguranças, baixa autoestima e baixa autoconfiança, perca de autonomia.

Assim, o medo pode ser compreendido como uma reação inerente ao ser humano que funciona como um sinal de alerta. Diante de uma incerteza ou risco real, como, por exemplo, conduzir a consciência na tomada de uma decisão com poucas informações, o medo é algo esperado e útil. Esse medo é considerado normal ou positivo quando facilmente se desfaz após obter mais informações que levam a incerteza passar, sendo uma emoção indispensável que nos prepara para suportar e reagir a situações de ameaça.  

Este receio está relacionado com as questões individuais. É importante destacar que a covardia tem um significado próprio para cada indivíduo e é capaz de manifestar em diversos graus, de forma mais leve ou mais intensa e suas origens variam e são particulares para cada pessoa, dependendo de questões como as influências sociais, o contexto histórico cultural e o ambiente.

Principais características das pessoas com medo de exercer a autonomia, onde algumas das características observadas são o medo de errar e o medo da exposição e da avaliação dos outros. São indivíduos que se ressentem com as críticas e exigem demais de si e dos outros, observam as falhas do outro e sofrem antecipadamente pelo erro que podem cometer.

O que se observa é que o perfil das pessoas que são preocupadas é de pessoas sérias, comprometidas, exigentes consigo mesmas e perfeccionistas. Assim dizendo, são pessoas detalhistas e meticulosas, muitas vezes não suportam errar e têm dificuldades para lidar com sua exigência.

Podemos classificar as pessoas com medo de autonomia em dois grupos, sendo o primeiro constituído por aquelas que já tiveram algum contato, de qualquer tipo, com um acidente envolvendo um veículo e associaram inconsciente e de modo equivocado o medo de comandar a mente ao medo de guiar um carro e o segundo por pessoas que distorcem a imagem do carro e correlacionam com o entendimento ficando ansiosas somente em pensar em tomarem decisões sozinhas.

Outra característica desse medo é o fato de que há pessoas que apresentam o medo de gerir a si mesmo em situações especificas, uma vez que cada pessoa possui suas causas e estímulos particulares e orientar-se é uma atividade múltipla que envolve uma enorme gama de comportamentos.

Pois, quanto mais essa pessoa se sentir com habilidade prática para encaminhar-se, mais ela se sentirá confiante e autônoma. Fica evidente que o sujeito necessita praticar dentro do ambiente que lhe causa ansiedade e medo, desemprego, situações de despejo de moradia, por exemplo. Com isso, as habilidades necessárias para conseguir aconselhar-se serão reforçadas.

O medo é um estado psíquico que surge quando pensamos em situações catastróficas que podem vir a acontecer no futuro. Quanto mais ficamos apenas pensando, maior o medo se torna e mais difícil é começar a fazer o que queríamos. Por isso você não pode ficar pensando muito. Enfrente seu medo e comece a governar-se. Pense aonde deseja chegar nos projetos. Pode começar aos poucos, mas o importante é começar.

Para tratar os medos, de maneira geral, é por meio de uma terapia. O medo de indicar a direção a si mesmo sobre um desejo pode ser tratado, com a terapia cognitivo comportamental é uma maneira eficiente de tratamento. Ela é realizada por meio de técnicas de dessensibilização, exposição gradual ao medo e psicoeducação. Ou ainda por meio da psicanálise.

Exemplo, aceite os seus medos; escreva sobre os seus medos; cultive pensamentos realistas; ressalte as suas vitórias; converse sobre os seus medos com amigos e familiares de confiança; faça terapia. O pavor ao se guiar por um dado ponto de referência é algo muito amplo, mas tem algumas características em comum. Normalmente as pessoas têm receio de errar e das consequências do erro. Elas ainda podem ficar envergonhadas ou acharem que estão atrapalhando outros indivíduos.

A autonomia é aqui entendida como a capacidade do sujeito decidir e agir por si mesmo, com o pressuposto de que o desenvolvimento e a aquisição desta habilidade sofrem a influência do contexto em que o jovem se desenvolve. E para conseguir a autonomia temos de desenvolver ao máximo as habilidades pessoais.

A principal habilidade pessoal a ser desenvolvida é o autoconhecimento, conhecer e aceitar os nossos pontos fortes e fracos e para isso é necessário construir a nossa identidade. Mantenha uma atitude positiva perante a vida e faça dela uma viagem muito especial. Uma viagem para dentro de nós mesmos para nos conscientizarmos de todos os nossos aspectos, sejam qualidades ou imperfeições.

Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro, desperta. Autonomia é a capacidade de se autogovernar, tendo livre arbítrio para agir e defender seus valores. Assim, um ser autônomo não executa ações porque elas foram imputadas a ele, mas por compreender e se sentir parte delas.

Sabendo disso, as situações que requerem a autonomia são aquelas em que o indivíduo está em uma posição de autoridade/responsável, podendo ser uma situação profissional ou não, mesmo que há alguém acima de você, mas que está ausente no momento ou deixou o poder sob sua tutela.

Se recorrermos à psicologia, autonomia é a capacidade de se autogovernar, tendo livre arbítrio para agir e defender seus valores. Assim, um ser autônomo não executa ações porque elas foram imputadas a ele, mas por compreender e se sentir parte delas. Autonomia emocional é algo bem parecido com esse caminho que você já fez, mas, claro, relacionado aos seus sentimentos. É você dar conta das suas emoções por conta própria, independentemente do que o outro faça, diga ou pense.

 

 

Referência Bibliográfica

BÍBLIA, N. T. I Coríntios. In BÍBLIA. Português. Bíblia Evangélica: Antigo e Novo Testamentos. Tradução Versão de João Ferreira de Almeida Corrigida 1948 (JFAC). São Paulo.

FREUD, A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal Popular, 1968

FREUD, S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.

FREUD, S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914). "Recordar, repetir e elaborar ", v. XII

 

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