Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo tem a intenção de clarificar para o leitor a conduta moral e
delinquência e as ações de mentir e dizer a verdade. E as vezes só temos uma
única opção a ser feita entre escolhas limitadas comportar-se com moral ou
delinquência, mentir ou dizer a verdade. Moral é ter a consciência de
distinguir o bem e o mal com autodeterminação agindo de maneira correta,
ordenada ditados pela moral e valores adquiridos ao longo da vida. A teoria
Freudiana, defende que o comportamento humano pode ser decisivamente
influenciado por conflitos psíquicos sobre os quais a pessoa não tem controle.
Entre
os fatores causadores desses conflitos encontram-se a necessidade de
sobrevivência da espécie, de natureza sexual, e de sobrevivência pessoal, ou
instinto de conservação. Pode-se dizer que há uma dicotomia, que seria falar a
verdade. Ou melhor, descrever de forma coerente fatos acontecimentos
comportamentos ou contar mentira, que seria apresentar uma afirmação pouco
adequada ou incompatível com o que, de fato, ocorreu.
Tanto
falar a verdade quanto contar uma mentira, são comportamentos verbais
aprendidos e mantidos pelas consequências que produzem, em primeiro lugar, para
aquele que fala. Assim, se alguém é beneficiado por contar uma mentira, tal
comportamento pode ser aprendido.
Se
mentir mais vezes trouxer vantagens, ele será mantido em alta frequência. É
importante, ainda, considerar que o comportamento de mentir pode afastar ou
adiar consequências desagradáveis. Como no exemplo do marido infiel que insiste
em dizer à sua mulher que não cometeu traição. Assim sendo, mentir também seria
aprendido e mantido.
É
necessário diferenciar o procedimento de mentir enquanto relato em desacordo;
do relato impreciso sobre algo pela falta de habilidade em descrever. Na
mentira, uma pessoa tem consciência de que [sabe que] sua descrição não é
coerente com o que fez. Assim sendo, as pessoas têm maior probabilidade de
dizer a verdade diante de contextos em que o que elas dizem ser não julgada,
não é criticado, nem punido.
Minuciando o seguinte sonho, no qual Fulano estava num local,
onde era ponto de venda de drogas e encostava um rapaz para conversar com outra
pessoa, mas fulano o conhece e se cumprimentam, e o rapaz pergunta ao fulano,
onde está a baga, mas fulano não vende maconha, mas ele pensa que fulano vende,
então fulano responde que está em tal lugar e sai às pressas dali.
Construindo em análise e interpretando o sonho, supomos que o ego se acha num local de imoralidade, onde
existe um grupo de trabalho marginal de drogas e por estar inserido no meio da
imoralidade do grupo é confundido como se fosse indecente e marginal que
negocia substâncias ou produtos capazes de causar a dependência nas pessoas e
tem medo de dizer que não faz trabalho indecoroso marginal e por insegurança
mente ao supereu licencioso, com medo de ser punido por ter uma opção a ser
feita entre escolhas limitadas de mentir ou falar a verdade.
Ego tem consciência e prefere mentir a não confrontar o
problema diante de si, para evitar algum mal advindo do supereu antimoral e ser
visto com postura delinquente, digo, que cometeu violação voluntária de regras
jurídicas e transgressão das leis ou faltante de moral a ser visto com conduta moral.
Pois tem dificuldade e vergonha de falar a verdade sobre si
mesmo ou expor-se com ética moral, embora se sinta culpado não quer ser
julgado, censurado, criticado pelo supereu criminoso. Ou melhor, não quer que o
supereu obsceno desloque por meio do mecanismo defesa deslocamento a raiva
sobre o ego moral como forma de castigo.
Por tanto a imagem verdadeira do ego moral destoa da falsa
imagem de delinquente que expressa e se mante intimidado pelo supereu devasso
[velho homem]. Ego moral se oculta atras do supereu perverso [Despojar-se Do
Velho Homem, Diz a Bíblia].
Ego está aprisionado no mecanismo defesa regressão com
atitudes infantis delinquentes para escapar ao anonimato e ser percebido pelos
demais com ética e moral.
Ego não faz uso de substâncias psicoativas por tanto, não faz
nada ilegal para prejudicar a saúde emocional das pessoas, porém fingi ser um
delinquente para manter-se no anonimato de santo. Mostrar-se de forma
verdadeira pode não ser fácil, mas ajuda, e muito, a conhecer com quem se está
lidando.
Quando há receptividade, há sinais de que um aceita o outro
independentemente da sua limitação ou fraqueza. Em se tratando do sonho, a
sinal de que entre o ego moral não existe disposição da parte do supereu indecoroso
para receber ou aceitar impressões, opiniões e verdades derivada do ego.
De
pronto quando o outro aproveita o contexto para se exibir e mostrar uma falsa
superioridade, acaba deixando claro que não está disposto a contribuir.
Mostrar-se de forma verdadeiramente, além de ser mais leve, ainda é um sinal de
força, pois, mesmo correndo o risco de ser julgado, o indivíduo tem coragem de
ser sincero. Isso, sim, é uma característica muito positiva.
Os
psicoterapeutas procuram ter, na relação com seus clientes, uma audiência
não-punitiva. Isso significa ouvir e não julgar, ouvir e não criticar, ouvir e
não punir. Tal contexto é que torna possível o relato do cliente sobre coisas
que não seriam ditas nem para os bons amigos.
Rememorando
o sonho, se o supereu imoral pune ego que relata que não vende droga e que não
deveria estar neste local de imoralidade, é importante observar que o supereu dissoluto
puniria a conduta do ego moral por estar aonde não devia, mas, puniria
principalmente a postura do ego moral mencionar a verdade.
Pense,
após ter sido punido por dizer a verdade, você a diria novamente. É claro que
nem sempre se pode aceitar a verdade sem que algum tipo de sanção seja regido.
Mas, se todo relato de alguém sobre o que fez ou como agiu diante de uma
situação passa a ser criticado, julgado ou o relato passa a ser motivo para uma
discussão, ou é provável que esse relato não ocorra mais ou que passe a ser um
relato que apresente algo diferente do que ocorreu.
As
causas, em geral do porquê as pessoas mentem compulsivamente, tem ligação com
fatores psicoemocionais complexos como ansiedade, medo, insegurança e
frustração. Seja um transtorno ou traço marcante, a mentira é sempre
prejudicial, tanto para o mentiroso como para os outros. [...] Esse medo
marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como
desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida,
lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162).
Mostrar-se
de forma sincera e verdadeiramente não é algo simples. Frente a isso, algumas
pessoas escondem o que verdadeiramente são e acabam fingindo ser aquilo que não
são. Escondem as características que julgam como fraqueza considerando que, se
se mostrarem por inteiras, poderão ser rejeitadas, decepcionar ou passar uma
imagem que irá decepcionar o outro.
No
caso do sonho o ego preferiu se passar por um ego imoral, escondendo de si
mesmo uma característica de ética e moral julgando-a de maneira equivocada, como
deficiência por medo de mostrar-se dessemelhante do supereu desfaçado.
Fingir
ser o que não é, no primeiro momento pode até parecer uma boa ideia, mas está
longe de resolver a questão. Sustentar uma condição que não possui acaba
trazendo dois problemas, primeiro, ter que esconder a verdade e, segundo ter
que manter a mentira. Com o tempo o indivíduo está vivendo numa prisão da farsa
que criou para si mesmo.
A
mentira funciona, neste caso, como autopreservação e autodefesa. A ideia de manter o controle das situações
faz com que a mentira pareça ser necessária para manter o poder. Por vários
motivos, mentir equivale a não confrontar o problema diante de si. Na Bíblia
encontramos versículos que advertem sobre a mentira e no livro de Colossenses
3:9 - Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com
os seus feitos,
É
mais fácil mentir do que decepcionar outra pessoa, por exemplo. Citando o
sonho, para o ego foi mais fácil mentir do que confrontar o supereu desrespeitoso,
dizendo que não faz trabalho marginal por ser dotado de ética e moral.
A
fim de não perder a aceitação social e individual, sua imagem e reputação, a
mentira acaba sendo subterfúgio. Sentir-se incluído em um grupo social ou fazer
parte de algo para pessoas com estes déficits emocionais, faz da mentira um
verdadeiro remédio. Uma simples mentira pode virar uma fantástica história e
aventura pessoal para ouvintes sedentos de experiências fantásticas.
Outro
exemplo comum acontece com as pessoas tímidas. Ao invés de se mostrarem
envergonhadas, preferem disfarçar o desconforto fingindo ser desenvoltas e
falantes. Agem assim para ninguém perceber e por medo de serem julgadas, mas
acabam criando uma vulnerabilidade ainda maior.
De
imediato aquele que se assume tímido, diminui seu grau de nervosismo e pode
conseguir um acolhimento diferenciado e, com isso, sentir-se menos
desconfortável. Conversar abertamente sobre os medos e inseguranças seria uma
boa forma de se colocar numa situação nova. O problema está exatamente em como
a outra pessoa vai reagir a isso. [...] Em sua obra “Além do Princípio
do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora
do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que
nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram.
Alguns,
conseguem acolher a fragilidade do outro de forma tranquila e serena, criando
um clima de compreensão, cumplicidade e ajuda mútua. Todavia, outros podem se
mostrar extremamente críticos, debochados e desqualificar ainda mais o ponto
fraco do outro.
Referindo ao sonho, as vezes o ego prefere mostrar um
comportamento delinquente em detrimento a situação a qual se acha inserido,
isto é, que cometeu violação voluntária de regras jurídicas e transgressão das
leis ou faltante de moral a ser visto com postura guarnecida de ética e moral.
Por tanto a imagem verdadeira do ego ética e moral destoa da falsa imagem de
delinquente que expressa e se mante intimidado pelo supereu imoral.
O
rótulo de delinquente, marca de tal modo o indivíduo, a ponto de anular
qualquer outro possível adjetivo ou identidade. Quer isto dizer que, o ego
quando rotulado delinquente perde a sua condição de pessoa e torna-se o
arquétipo do delito, assim dizendo, o transgressor da lei. E me parece que no
sonho, por causa da insegurança o ego prefere a ser percebido como um
transgressor da lei ao estar num ambiente onde ocorre o trabalho marginal, do
que ser visto carregado de conduta ética e moral.
A
conduta delinquente refere-se ao conjunto de ações, que muitas vezes, acabam
por se concretizar em atos violentos, protagonizados por adultos sob uma dupla
representação vítimas e participes da violência. Entende-se que a conduta
delinquente tem a ver com a concretização de comportamentos perpetuados por
menores, condutas que são condenáveis legal e socialmente devido ao prejuízo
que trazem aos praticantes e suas vítimas. [...] Deslocamento, este
mecanismo está relacionado à sublimação e consiste em desviar o impulso de sua
expressão direta. Nesse caso, o impulso não muda de forma, mas é deslocado de
seu alvo original para outro. Exemplo, ao ser despedido de uma empresa, um
funcionário leal sente raiva e hostilidade pela forma como foi tratado, mas
usualmente tem dificuldade de expressar seus sentimentos de forma direta.
O
proceder delinquente pode ser a manifestação de um propósito de chamar a
atenção dos demais para fugir da vala comum do anonimato, ou melhor dizendo, escapar
da ausência de notoriedade e desconhecimento. Assim dizendo, o anônimo é pessoa
que não se quer dar a conhecer, por isso permanece no anonimato. Mas, o
delinquente que ser notado, visto. Neste enquadramento o ego delinquente deseja
demover-se do anonimato.
O
indivíduo com hábitos delinquente, por diversas razões, não aceita os códigos
de conduta e de ética que a sociedade exige e trata de fazer cumprir. Isto
significa, ele sabe intelectualmente o que está certo e o que está errado, mas
não aceita esses conceitos emocionalmente. [...] Freud no seu texto
“Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a
questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do
passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e
agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for
a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.
Portanto,
um adolescente ou adulto pode demonstrar conduta delinquente por motivo de
lutar pela sua sobrevivência bem como por razões de querer repetir os padrões
de abuso da infância por meio do mecanismo defesa regressão. Dito isto, a
atitude delinquente é nada mais que, a manifestação de ações protagonizados por
adolescentes/ e ou adultos em que se verifica a violação das normas jurídicas e
de convivência social durante um certo período de tempo.
Quanto
as causas ou fatores que levam adolescentes ou adultos à delinquência podemos
destacar, as de ordem biológica, psicológica e socioeconómica. Segundo Lombroso
(2007) os fatores congénitos ou inatos tais como: herança, estrutura somática,
raça; os fatores endocrinológicos, doenças neurológicas; neurose, psicose,
tensões emocionais e interpessoais inclinam o indivíduo para a vida delituosa.
Nesta
linha de raciocínio Adrados (1967, p.42) descreve como causas da delinquência,
os fatores socioeconômicos tais como: a pobreza, o grau de cultura e
civilização, a densidade de população, o alcoolismo, a situação económica e a
religião.
Significa
que, estão propensos à prática da delinquência, adolescentes/ e ou adultos que enfrentam ou convivem com a frustração, a instabilidade
no lar [a fuga à paternidade, a instabilidade familiar e residencial], falha
dos pais, ausência de relações próximas e intensas na família, pais super
protetores, pais agressivos, necessidades não suprimidas, negligência
espiritual, o afastamento ou baixo nível escolar ou de educação, a exclusão,
seja escolar ou do mercado de trabalho e a errónea privação de bens e serviços,
ou melhor, adolescentes ou adultos que enfrentam um sistema social ou familiar
desestruturado.
Portanto,
é importante referir que, a entrada para à delinquência não pode ser olhada
apenas a partir de um dos fatores acima referido. O fenómeno da delinquência
sofre influência de vários fatores tais como; os biológicos, os psicológicos e
os sociais, e não devemos nos esquecer que as influências de tais fatores
variam de região para região ou de cultura para cultura, bem como de indivíduo
para indivíduo.
Podemos
afirmar que para os adolescentes/ adultos bem como para a sociedade, a
delinquência causa prejuízos irreparáveis em vários aspectos de desenvolvimento
do indivíduo seja ele na condição de praticante ou de vítima. Implica dizer que
ao entrar para à delinquência o indivíduo espera como consequências a morte, a
prisão, as cicatrizes, vícios, danos psicológicos, descriminação ou
estigmatização, desistência às aulas.
Relembrando
o sonho, no qual ego fingi ser um delinquente diante do supereu corrupto,
talvez o indivíduo inconscientemente aspire como consequência a morte como
solução de alguma situação a qual não enxerga solução dissemelhante da morte. A
Bíblia retrata o velho homem no livro de Efésios e podemos associar o supereu
na representação do velho homem libertino. Efésios 4:22 - Que, quanto ao trato
passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do
engano;
O
adulto metido a esta prática pode ser morto por agentes da polícia ou então por
adolescentes de gangues rivais, deixando para as famílias e a sociedade uma
desolação e ao mesmo tempo um alívio. Entende-se que as ações dos jovens
delinquentes ou adultos tendem a ser motivadas por princípios ilusórios ou
pulsões primitivas.
Estes
jovens aproveitam-se do estatuto de delinquente para conseguir satisfazer suas
necessidades com drogas, roupas, diversão bem como para superar seus medos, sua
baixa autoestima, descriminação ou estigmatização vivenciadas quando criança. [...]Mecanismo
defeso regressão é um retorno a um nível de desenvolvimento anterior ou a um
modo de expressão mais simples ou mais infantil. É um modo de aliviar a
ansiedade escapando do pensamento realístico para comportamentos que, em anos
anteriores, reduziram a ansiedade.
Para
dar solução ao fenómeno da delinquência, é importante haver um intercâmbio
multidisciplinar devido a complexidade deste problema. Pensando no sonho, no
qual o ego se faz passar por imoral foi na intenção de superar o medo, mas se
auto descrimina com sentimento de desvalia, apontando para baixa autoestima.
Por
exemplo, no campo psicológico, o problema da delinquência é percebido a partir
de problemas subjetivos dos indivíduos, pois, acredita-se que o delinquente
padece de um problema psíquico. Enquanto que, para o campo jurídico, o fenómeno
é percebido a partir de problemas objetivos, considera-se que o delinquente age
por vontade própria ao infringir uma norma, por essa razão, não importando o
motivo ele deve ser punido.
Constatou-se
que os indivíduos envolvidos à prática da delinquência como consequências estão
propensos a mortes, prisões, desistência das aulas, desprezo por parte dos
familiares e outros agentes sociais, rompimento com o pacto social e as leis da
cultura do seu meio, falta de perspectiva de futuro, diminuição da auto estima
assim somo dificuldade de se relacionar.
Tendo
em conta as consequências da prática da delinquência, é importante lembrar que
a supervisão familiar e das comunidades bem como a existência de laços
familiares e sociais saudáveis inibem ou controlam a delinquência, pois, o
adolescente/adulto não deseja pôr em causa as boas relações que mantém com os
familiares e a comunidade.
No
entanto, o comportamento desviante não pode ser associado apenas aos que
comentem crimes, ou os delinquentes, uma vez que todos nós em algum momento
acabamos adotando algum comportamento que não condiz com as condutas
normativas. Sendo assim, é preciso que tomemos cuidado para não generalizarmos
toda postura desviante como criminosa.
Nem
toda conduta desviante se constitui crime, embora os dois estejam relacionados,
não devemos atribuir toda delinquência ao ato criminoso. Essa consideração é
importante quando observamos as complicações e as vulnerabilidades inerentes ao
mundo dos jovens ou adultos.
As
teorias funcionalistas que associam o crime ou o comportamento desviante às
faltas de oportunidade para suprir os desejos, tratam do problema da
desigualdade social que é, em parte, responsável por alguns dos problemas
sociais associados ao crime e à violência, mas não são suficientes para
explicar todo o fenômeno.
Outro
aspecto a ser considerado está relacionado à educação oferecida ao sujeito.
Essa educação, que é construída tanto no meio familiar quanto no âmbito
escolar, define grande parte da atitude do indivíduo. Há teóricos que
argumentam que os diferentes modos considerados desviantes, o são por convenção
ou por rotulação daqueles que possuem a legitimidade da moral normativa de uma
sociedade.
Giddens
(2008) nos explica que a “teoria da rotulação” se pauta no princípio de que não
existem ações intrinsecamente criminosas, elas são determinadas como tais por
aqueles que possuem o poder de rotular, aqueles que possuem poder de criar
leis, os tribunais e as instituições correcionais. O principal contra argumento
à teoria das rotulações é de que existem de fato atos que são naturalmente
criminosos, como o assassinato ou o assalto.
Porém
devemos lembrar que essas mesmas práticas que seriam consideradas naturalmente
criminosas, em contextos diferentes são consideradas legítimas; como na guerra,
em que matar o soldado inimigo é um ato aceito, ou mesmo o roubo em busca de
alimento em situação de desespero em função da fome ou da miséria extrema, pode
ser justificável aos olhos de muitos.
Eu
mesmo já me apercebi mentindo algumas vezes, para não magoar cicrana, para me
livrar de um chato momentaneamente, e até deslocar-me de uma enrascada e muito mais
que vocês imaginarem. E as vezes somos capazes de comportarmo-nos de modo
antimoral infringindo algumas normas e leis.
Referência
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São Paulo: Ícone. - (Colecção fundamentos de direito)
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