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Demover-se Da Psicoterapia

 Ano 2022. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208

O presente artigo chama a atenção do leit@r a destacar o momento dramático geralmente provocado por acontecimentos com respostas inesperadas em que o sujeito se encontra mergulhado e sitiado por incômodos na busca de emprego. O sujeito encontra a ocasião oportuna para a realização de algo, porém as respostas surgem como impensáveis e discordantes oriundas do ambiente externo a realidade [mercado trabalho]. Se faz necessário provocar o emergir, em outras palavras, deslocar-se de onde está mergulhado no desemprego [dificuldades] em direção a resolução das contrariedades, isto significa, ato ou efeito de resolver a possibilidade de arranjar emprego. O que pode encaminhar o prospecto a afastar-se da psicoterapia.

O profissional também não irá julgar o que fazemos e pensamos, mas sim, tentará compreender os motivos que nos levam a isso. Contudo, o terapeuta, irá nos mostrar novas possibilidades, pois, muitas vezes, estamos tão submersos na contrariedade que não enxergamos as várias soluções e oportunidades que estão em nossa frente, se é que existem. A idade para se reinserir em um emprego se torna algo dificultoso e as vezes nos mostra que não existe solução e nem oportunidade.

O psicólogo está aberto para ajudar, mostrar novos caminhos, fazendo com que nos questionemos para sairmos da caixa [da alienação, do estado autômato]. Embora o profissional possa abrir nossos caminhos, ele não irá dar conselhos do que fazer ou o que falar. E inconscientemente o cliente espera que o psicólogo lhe aponte um caminho descoincidente de todos que já percorreu para se reinserir no mercado de trabalho, uma informação desconforme que o ampare na contratação de alguma corporação.

Às vezes, não paramos para nos questionar o porquê estamos agindo de tal maneira, ou porque estamos magoados com determinadas pessoas. Exemplo, porque estamos buscando cargos que nos trazem desprazer e insistimos neste comportamento. Às vezes, só precisamos organizar nossa mente e nossos pensamentos para desfazer as reivindicações que nós mesmos criamos.

O psicólogo ajudará com isso. A terapia é um trabalho que se estabelece entre um intermediador e o cliente. O profissional intervém na realidade psíquica do prospecto. A partir de tais intervenções, reorganiza sua maneira de pensar, agir e ver o mundo, o mercado de trabalho, a sua profissão, seu relacionamento e outros.

Não é habitual a terapia começar de forma quinzenal ou com uma ida ao psicólogo por mês, pois no início do processo o profissional está te conhecendo, avaliando e entendendo o que se passa contigo e os dois estarão construindo o vínculo terapêutico. Por tanto é provável que o cliente sinta que não está evoluindo nas questões tratadas na psicoterapia devido ao período quinzenal. Embora existam pessoas que se adaptam bem ao período quinzenal logo de início.

O espaçamento maior normalmente é indicado quando o cliente já se encaminha para um processo de alta, ou ao chegar num momento da terapia em que já trabalhou a maior parte das suas demandas e alcançou progressos significativos, o que permite que o acompanhamento seja mais espaçado. Por tanto um cidadão que atravessa um período longo no desemprego não é recomendado iniciar psicoterapia quinzenal. Embora noto que alguns profissionais insistem nesta prática, perante a atuação voluntária disponibilizando vagas gratuitas. Mas, há outros que aplicam o acolhimento quinzenal pago na intenção de não perder o cliente ou até por conta do poder baixo aquisitivo do prospecto.

A desmotivação no tratamento é capaz de ser o motivo da desistência, pois na psicoterapia, diferentes abordagens podem ser aplicadas, mas alguns terapeutas cometem o erro de sempre aplicar a mesma perspectiva, independentemente das características da pessoa à sua frente. No entanto, em alguns casos, as técnicas utilizadas não são motivadoras para o paciente e ele decide abandonar o tratamento.

Exemplo, um prospecto tem o objetivo de tratar sobre recolocação profissional, mas o terapeuta tem o objetivo de tratar as angustias, isto significa que o cliente está em conflito com o terapeuta. E ainda encontra impedimentos com a sessão se terapia realizada no modo online, onde a chance de queda de conexão é grande, pois a psicóloga reside num estado em que está chovendo muito e precisa com frequência alterar os horários e dia da semana ficando mais espaçado o tempo de quinze dias. Ou melhor dizendo, a abordagem que a terapeuta aplica está dessemelhante com a orientação profissional que seria mais efetiva para o cliente segundo a queixa apresentada como a recolocação profissional e as mudanças de agenda relacionadas a queda de conexão internet.

O prospecto tem expectativas e as percebe que não estão sendo cumpridas, em outras palavras, muitos casos, o abandono é causado por expectativas muito altas que não foram atendidas durante as sessões de psicoterapia. Quando as pessoas decidem ir a um psicoterapeuta, geralmente têm uma ideia do que querem obter e a que tempo. É por isso que uma das tarefas mais importantes do psicoterapeuta durante as primeiras sessões é o nivelamento das expectativas. No entanto, quando a psicoterapia falha em atender a essas expectativas, a pessoa fica sem esperança e abandona. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que foram reprimidos.

O cliente se recusa em tocar em alguns problemas, isto é, quando uma pessoa vai ao psicoterapeuta, geralmente o faz com um motivo de consulta, com um problema que ele pretende resolver. No entanto, é comum que essa dificuldade não seja mais que um sintoma de um conflito mais profundo; portanto, pode ser necessário resolver outros incômodos. Quando o paciente se recusa a se aprofundar em determinadas áreas, a psicoterapia não avança e gera frustração, tanto no psicoterapeuta quanto no cliente.

O cliente trouxe em pauta a recolocação no mercado de trabalho e sente que não está percebendo progresso ou está melhorando; cliente está emocionalmente exausto. Mas, é possível também que o cliente se recusa a dialogar sobre outros incômodos a fim de não se desviar da atenção seletiva no tema que colocou em pauta, naquele momento, por exemplo, a recolocação de emprego, e por tanto não quer discorrer sobre suas angustias oriundas da tentativa de reinserção no mercado de trabalho com maus êxitos, pois seu juízo de valor mante-se sobre a recolocação profissional.

Exemplo, um cidadão de meia-idade que trabalhava no cargo de técnico em mecânica foi demitido no ano de 1998 e desde então não atuou mais na profissão. Esse profissional, encontra-se desatualizado no mercado de trabalho e por conta de ter a idade de 59 anos, o que implica estar com a idade acima do aceitável pelas corporações.

Esse profissional transitou pelo mercado de trabalho em outras ocupações, operador de retifica plana e por último operador de telemarketing e agora se encontra desempregado e busca uma recolocação profissional. Enviou currículos para diversos seguimentos no mercado de trabalho, supermercados, varejo e atacadista, lojas, home office, por exemplo. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.

O prospecto se questiona, qual será o motivo da terapeuta que alega ter trabalhado com psicologia organizacional no RH e atualmente atua com psicoterapia e não conduz as sessões de modo na orientação de carreira e recolocação no mercado de trabalho. Uma vez que a orientação profissional tem por objetivo auxiliar os jovens e adultos na escolha da ou nova profissão, ou mesmo aqueles que buscam uma recolocação no mercado de trabalho. Parece que há ausência da teoria de orientação de carreira nesta terapeuta, que talvez escolheu especializar-se em psicoterapia.

É notório que psicologia no RH e psicoterapia são totalmente distintas essas abordagens, pois a psicologia Rh atua principalmente para promover a qualidade de vida das pessoas no trabalho. Essa área de conhecimento é responsável por desenvolver ações estratégicas para organizações de todos os portes.  A psicoterapia consiste em um conjunto de práticas terapêuticas entre um prospecto e psicólogo com a intenção de diminuir sofrimentos, interpretar os eventos e acontecimentos da vida de uma pessoa.

É um tratamento que busca curar as doenças da mente, os transtornos psicológicos e reestabelecer a saúde mental das pessoas. A orientação de carreira é mais ampla do que os testes vocacionais, complementando o conhecimento sobre aptidões e inclinações com o conhecimento prático da profissão. Ou seja, o dia a dia de trabalho na área, as principais possibilidades de atuação, a realidade de salário e a empregabilidade.

O prospecto espera ser acompanhado na direção a orientação de recolocação profissional para resolver seus incômodos e não guiado no autoconhecimento de suas angustias. Nota-se que o cliente usou o critério baseado no seu juízo de valor, considerando o que é mais importante para ele neste momento, fazendo a escolha de desistir da psicoterapia por critérios mencionados abaixo em que a psicóloga não trouxe como meio de questionamento.

O critério é, portanto, uma espécie de condição subjetiva que permite optar, isto é, fazer uma escolha. Trata-se daquilo que sustenta um juízo de valor. Em meio às contingências, em meio às dificuldades e a uma série de fatores que influenciam na escolha por uma profissão podemos afirmar que a liberdade implica não em escolher aquilo que se quer, mas em decidir sobre quais critérios nortearão sua escolha profissional. Liberdade implica decisão consciente e não escolha irrestrita e alienada dos fatores que a influenciam.

Escolher uma recolocação de profissão considerando apenas o aspecto financeiro seria como casar-se com alguém só por dinheiro. Nos dias de hoje, seria ilusório pensarmos que podemos desprezar o critério do retorno financeiro, porém, deve-se refletir quanto ao fato deste ser o único ou principal critério. Isto poderá acarretar num desgaste psíquico com sérios prejuízos pessoais.

A escolha pode ser dita correta na medida em que esta é percebida pelo que escolhe como adequada ao seu próprio projeto de vida. É importante que aquele que escolhe uma recolocação consiga se projetar no futuro percebendo se o estilo de vida que ela propõe, rotina de horários, ambiente de trabalho, valores pessoais, por exemplo, estão próximos daquilo que ela deseja para si.

Exemplo, um psicólogo que não consegue exercer a profissão ao se projetar por entre o mecanismo de projeção, através de outra profissão que não seja a psicologia, o futuro divergente de desprazer será percebido no estilo de vida, na rotina de horários, no ambiente de trabalho e nos valores pessoais. [...] Porém, a projeção não é unicamente um meio de defesa. Podemos observá-la também em casos onde não existe conflito. A projeção para o exterior de percepções interiores é um mecanismo primitivo, ao qual nossas percepções sensoriais se acham também submetidas, e que desempenham um papel essencial em nossa representação do mundo exterior. (FREUD, 1913/1948, p.454).

A dificuldade de se perceber exercendo determinada profissão no futuro, tendo em vista esse conjunto de fatores que a envolvem, pode ser um sinal de que algo não vai bem nessa escolha. Por esse motivo, o processo de orientação profissional tem como um de seus objetivos a aproximação do orientando às realidades ocupacionais de sua preferência, afim de que este possa apurar seus critérios de escolha. Outro aspecto importante a ser considerado é a própria relação com o curso/profissão escolhido.

A desafeição pelo exercício das ocupações apresentadas pelo mercado de trabalho é inevitável o repensar. O desinteresse pelo conteúdo ministrado nas disciplinas e principalmente pelas atividades propostas nos estágios é um sinal expressivo de que a escolha feita precisa ser repensada.

Como as pessoas devem se comportar diante do momento da escolha da recolocação profissional do desempregado? Ainda é comum a família exercer certa pressão? Existem pelo menos três tipos de famílias: As que têm uma grande expectativa com o futuro profissional do desempregado e desejam que ele escolha uma profissão de futuro rentável, e as famílias que desejam apenas que o desempregado arrume um trabalho, independente de qual cargo seja; e as que não se importam se o desempregado irá trabalhar ou não.

Desta forma, as pressões da família vão variar de um apoio irrestrito, que respeita o ofício que o ocioso desejará fazer ao extremo da não aceitação de determinadas escolhas e até mesmo da negação de ajuda financeira. Compreendo que existem familiares e os próprios desempregados em período de escolha da recolocação profissional indecisos e percebo a importância de se incluir os familiares no processo de orientação profissional, a fim de promover esclarecimentos acerca desta decisão e do quanto o apoio da família é necessário para atenuar a ansiedade derivada deste momento tão importante na vida daquele que quer se reinserir no mercado de trabalho.

O Primeiro passo para saber mais a respeito das profissões, é você ter clareza sobre os tipos de informações mais importantes e que farão a maior diferença na sua escolha da recolocação profissional. Autodenominamos de critérios.

Por exemplo: Vamos supor que você precise adquirir 150Mg de velocidade conexão internet para trabalhar em home office. Para que você fique satisfeito com sua aquisição, será necessário que você pense em algumas coisas antes: 1) Qual orçamento disponho no momento? 2) quais são as minhas necessidades para ter 150Mg? 3) Eu prefiro qual operadora de telecomunicação? 4) Se for 150Mg ou acima, é fibra ótica ou não? 5) Quanto tempo para a instalação? 6) Qual o preço? 7) 150Mg é o mínimo para trabalhar com home office?

E como estes critérios nem sempre são tão explícitos como aqueles que você usa para escolher uma conexão de internet, eu vou relatar algumas perguntas que podem te ajudar a conhecer melhor as profissões que te interessam para se reinserir no mercado de trabalho em diversos seguimentos.

Você está buscando essa profissão alicerçado em que? Como meio de escapar rapidamente do desemprego; busca de autonomia financeira; aceita qualquer vaga para ser contratado; se candidata a vaga mesmo não gostando; quer livrar-se da angustia por sofrer pressão de si mesmo e dos outros; envia vários e-mails com a pseudo esperança de ser chamado a participar de processo seletivo e ser contratado mesmo não tendo conhecimento e experiencia no cargo. Em outros termos, é para fugir do desprazer. Ou tem a intenção de obter prazer com esta ocupação. Medo de não conseguir emprego. [...] Esse medo marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162).

Com o que este profissional trabalha? Esta pergunta diz respeito aos objetos de trabalho da profissão que te interessa. São as coisas que fazem parte do dia a dia do profissional desta área. Por exemplo, um operador de telemarketing passa 6horas e 20minutos, sentando em uma PA [pronto atendimento], pois o seu trabalho acontece quando ele está ofertando ao prospecto produtos relacionados a telecomunicação, seja, móvel, conexão internet ou TV canal fechado ao manusear um computador e um Mailing discador automático.

Quais são os locais de trabalho deste profissional? Além de saber com o que o profissional trabalha, é muito importante você saber, onde ocorre o trabalho dele. Por exemplo, o operador de telemarketing trabalha em empresas prestadoras de serviços, planos de saúde, hotelaria, telecomunicação, cobrança de cartões de crédito bancários e outros.

Quais são suas possibilidades de atuação? Conhecendo os objetos de trabalho de uma profissão e os possíveis locais para a atuação do profissional, é hora de avaliar as áreas de atuação que uma profissão oferece. Isso se faz necessário, pois cada profissão tem inúmeras áreas diferentes de atuação que acontecerão nos mesmos locais e usando os mesmos objetos de trabalho.

Por exemplo, os operadores de telemarketing usam o computador e software relacionado ao produto ofertado podendo ser da forma ativa ou receptiva e trabalham em empresas de Contact Center. Mas o que eles fazem neste local. Isto será definido pela operação do produto, hotelaria, internet, telefonia móvel, cobrança de cartão de crédito, por exemplo.  

Como se desenvolve a carreira deste profissional? Observo que muitas pessoas ficam frustradas, pois não conseguem a promoção esperada para supervisão de operação por não terem o perfil exigido pela empresa e outras descobrem que estão trabalhando na profissão errada. Também há pessoas que após fazer um curso de requalificação, não conseguem se reinserir no mercado de trabalho ou por uma escassez de vagas para este profissional, ou porque estas pessoas queriam atuar em uma área muito específica e pouco desenvolvida da profissão.

Para evitar esta situação, você pode pesquisar quais áreas oferecem mais vagas para a profissão que te interessa e avaliar se você gostaria de trabalhar em uma destas áreas de acordo com o seu critério nomeado acima de elegibilidade na profissão. Outro aspecto importante para ser avaliado é a remuneração média da profissão. Pesquise qual a média do salário inicial da profissão a qual está escolhendo para reinserção.

O ideal é que você faça esta pesquisa para cada uma das profissões que você tem interesse para depois comparar cada uma delas é conseguir decidir qual delas se encaixa melhor em suas expectativas. Eu realmente o encorajaria a se perguntar, e talvez discutir com seu psicólogo, se seu desejo de parar é porque deseja evitar alguma contrariedade. Evitar é um bom motivo para parar. Porém, é melhor ser honesto consigo mesmo e com seu psicólogo, se esse for o motivo. Porque se esquivar é o principal motivo pelo qual você não quer mais dialogar, pode ser uma boa ideia tentar superar o desconforto em vez de fugir dele. Em outras palavras, um bom psicólogo não leva sua decisão de parar de fazer terapia para o lado pessoal.

Ao ter a grande oportunidade de conciliar teoria e prática me senti completamente realizado na profissão que escolhi. Minha decisão pelo curso de Psicologia foi norteada pelo meu projeto pessoal de ajudar pessoas e pela escolha do curso de teologia. E percebi na profissão de psicólogo/teólogo como um excelente meio para amparar/orientar pessoas tanto nos aspectos espirituais como emocionais.

 

 

 

Referência Bibliográfica

FREUD, A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal Popular, 1968

FREUD, S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.

FREUD, S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914). "Recordar, repetir e elaborar ", v. XII

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