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Memento Viver Da Internet

 Ano 2021. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208

O presente artigo objetiva chamar a atenção do leit@r a repensar, se é possível atuar no ambiente da internet e manter-se pelas ações executadas nas redes sociais, sim ou não? O Psicólogo depois de formado tem muito preparo teórico e técnico a desenvolver no trabalho, entretanto não teve preparo teórico para fazer de sua atuação um negócio que o ajude a, não somente pagar os boletos, residir numa residência confortável, realizar viagens, mas a prover-se com dignidade, como merece.

Quando menciono “empreendedorismo" me refiro a não pensar como um simples profissional autônomo e sim, pensar como empreendedor; com estratégias, planejamentos, ações coordenadas, anúncios de marketing, atuar na prospecção de clientes e por aí vai. Compreendo que a história de ser empreendedor não é tarefa fácil. Pois exige um perfil para administrar e executar tarefas complexas. Avalie suas características pessoais. Por tanto o profissional que gosta da atuação, de facilitar processos, de acolher sentirá desprazer ao realizar alteração no perfil, ou seja, agregará valores de um perfil empreendedor. Os empreendedores acreditam em si mesmos. Mas se o indivíduo não tem condição psicológica para sustentar o projeto, de que modo exercerá o trabalho com tranquilidade necessária?

Como a psicologia teve uma influência enorme do modelo da prática médica, muito ainda se insiste no acolhimento psicoterápico individual, o que leva o profissional a praticar inconscientemente o mecanismo atencional da atenção seletiva, ou seja, elege apenas a atuação psicoterapia, seja online ou presencial e desvia-se de outras atuações e possibilidades.

Além da concorrência instigada tanto no mercado de trabalho como no virtual, muito tem se criticado este modelo instituído de ser psicólogo de consultório. Com a aparição do Covid-19, gerando o isolamento social, muitos profissionais da noite para o dia migraram forçadamente para a internet, percebendo a internet como um mercado de trabalho virtual. Entendo que a prática de atendimento psicoterápico individual presencial, forma um mercado saturado de psicólogos clínicos. E o advento Corona vírus alterou a funcionalidade no mercado de trabalho com a migração para o mercado internet, o que também se encontra saturado de psicólogos clínicos e outros profissionais, e isto só aconteceu por causa do isolamento social que forçou as empresas e as pessoas a mudarem seus comportamentos, deslocando ações que antes eram apenas padrão presencial para ações no ambiente virtual.

Em geral o fenômeno migração costuma acontecer quando há algum tipo de insatisfação desencadeada no mercado de trabalho de origem, seja ela pessoal, como o desejo de empregar-se em alguma organização em outra cidade, seja algo ocasionado por fatores externos, como a falta de oportunidades empregatício. A migração significa o ato de locomover-se do mercado de trabalho para o mercado virtual de humanos, independentemente se haverá mudança definitiva ou não. Esta atitude de ir a um local virtual, já é um ato migratório.

O fenômeno migração de refúgio virtual, ocorre por fatores inertes aos diversos profissionais. Geralmente o profissional que realiza esse tipo de migração está fugindo de algo que ocorreu em seu mercado de trabalho original, sendo chamado de refugiado. Essa fuga pode estar associada a fenômenos crise econômica, desemprego ou intenção de buscar melhores oportunidades. Pode ser também Êxodo empregatício original, ou seja, quando o profissional deixa de empregar-se no mercado de trabalho original e vai se empregar no mercado virtual. [...] Esse medo marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162).

Os indivíduos migram pelos mais distintos motivos, desde guerras, perseguição religiosa, conflitos étnicos, perseguição política e ideológica ou simplesmente porque buscam condições melhores de vida em outra localidade. Essas condições podem estar relacionadas com trabalho, estudo, saúde, bem-estar, entre outros fatores, e são os maiores motivadores para as migrações na atualidade. O profissional não se apercebe que foi desterritorializado de seu mercado de trabalho original e precisa com urgência se reterritorializar na comunidade virtual para voltar a ter sentimento de pertença. [...] Assim, a desterritorialização e reterritorialização vivenciadas por famílias migrantes revestem-se de novos aspectos psicossociais, com seus significados estruturantes, relacionados tanto aos processos de subjetivação, como de intersubjetivação e de familiação. Nestes âmbitos, a afetividade tem sido apresentada como categoria mediadora de análise, aquela que promove em que se percebem as transformações no processo (González-Rey, 2000; Sawaia,1999; Oliveira, 2003).

Agora menciono sobre depreender, ou seja, chegar ao conhecimento de modo intelectual de alguma coisa; perceber; pensar; deduzir; concluir sobre o memento, é possível viver da internet. Para quem não conhece ou nunca ouviu falar nesta palavra Memento, representa o Objeto que evoca algo ou alguém; recordação; apontamento para lembrar algo que tem se ser feito. O memento atenção é a habilidade para escolher e se concentrar em um estímulo relevante. É o processo cognitivo que permite escolhermos um estímulo relevante e, em consequência, dar-lhe uma resposta. Esta habilidade cognitiva é muito importante e uma função essencial em nossas vidas cotidianas. Por sorte, a atenção pode ser exercitada e melhorada com o treinamento cognitivo adequado.

ü Excitação: faz alusão ao nosso nível de ativação e nível de atenção, estejamos cansados ou com energia.

ü Atenção focada: faz alusão à nossa habilidade para focar a atenção em um estímulo.

ü Atenção constante: a habilidade para se centrar em um estímulo ou atividade durante um período longo de tempo.

ü Atenção seletiva: a habilidade para se centrar em um estímulo ou atividade na presença de outros estímulos que desviam a atenção.

ü Atenção alternada: a habilidade para alterar a atenção focada entre dois estímulos.

ü Atenção dividida: a habilidade para se centrar ou prestar atenção a diferentes estímulos ao mesmo tempo.

Avaliar a atenção pode ser útil em várias áreas diferentes. Áreas acadêmicas para saber se um aluno tem dificuldade para estudar ou se precisa fazer pausas adicionais. Áreas clínicas ou médicas para saber se um paciente é capaz de realizar as suas atividades cotidianas de forma independente e segura. Áreas profissionais para saber se um trabalhador é capaz de desempenhar determinadas funções de forma correta ou se serão capazes de prestar atenção e trabalhar adequadamente durante todo o expediente.

Ou ainda se o profissional tem competência suficiente para se reinserir no mercado virtual atuando dentro do perfil empreendedor ofertando ao público serviços psicológicos e outros. A psicologia organizacional avalia o profissional através do [CHA], competência, habilidade e atitudes profissionais. E as vezes o profissional no afã do momento se deixa ser influenciado por outros profissionais da mesma classe que dizem ser possível viver trabalhando na internet, mas a questão é; se o mercado de trabalho está saturado com tantos profissionais, não estará saturado também no virtual? O mesmo indivíduo que o profissional deseja prospectar como cliente, se encontra na sociedade presencial, e na sociedade virtual. [...] Segundo Marques, Define-se competência como o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para exercer determinada atividade. Dentro do contexto organizacional, as competências devem agregar valor às pessoas e às organizações. “As competências técnicas são aquelas obtidas com a faculdade, cursos, treinamentos, palestras, congressos, livros, entre outras fontes de conhecimento. Já as competências comportamentais são conquistadas a partir do autoconhecimento, caminho que proporciona a compreensão e domínio sobre suas próprias habilidades, capacidades, oportunidades de melhoria e potencialidades.” (Marques, 2016)

Alguns profissionais não repensam a respeito do diálogo do outro profissional que já está estabelecido na internet a alguns anos e se apropriam deste momento de vulnerabilidade devido à crise econômica e desemprego que se encontra alguns profissionais recém formados e até formados, e agindo inconscientemente na síndrome da herança, onde sentem a necessidade de direcionar carreiras, obtendo colaboradores seguidores com a ideologia de que na internet tudo é possível, desejando mostrar o caminho. Uma falsa consciência que encobre e oculta os determinantes sociais segundo os interesses do próprio indivíduo dominante. Sim, é possível viver trabalhando na internet. Mas será possível a todos isto?

Observo vários profissionais de diversas áreas com desejo desenfreado em ser direcionador de carreiras, foram no passado faltantes de mentoria ou até mesmo de aplicar os mecanismos atencionais e desejam ser visto como a figura paterna/materna, podendo servir de professor, cuidador, modelo de padrão.  Essas diferentes atribuições podem representar um prazer ou um peso físico, emocional e financeiro. Os saberes adquiridos que, derivado da integridade do ego, é expresso na preocupação desprendida com os acontecimentos na vida de outros profissionais. Esse sujeito deseja transmitir direcionamento de carreira às próximas gerações de psicólogos numa integração de experiências que é mais bem descrita pela palavra “herança”. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que foram reprimidos.

Esses indivíduos que não repensam, agem como autômato, alienado e pensam que, se deu certo para o Outro, dará certo para Mim. Ponto final! Olha aí o comportamento de manada. Isto pode ser improvável, ou seja, que não se pode provar, até que o indivíduo se disponha a executar o negócio virtual. Parece até que foram pegos pelo vírus da alienação virtual. Nem sempre aquele caminho, será o caminho certo do profissional. Enxergamos hoje o profissional atuando em dois mercados, o virtual e o original.

Ora, a atenção está voltada ao virtual, ora, para o original ou ainda pode estar voltada para ambos. Noto a compulsão a repetição dos mecanismos atencionais que se mostra através do fenômeno agente direcionador, revelando-se em si mesmo através da atenção seletiva, como informador. Contudo aquele que está sendo agenciado não percebe que tipo de atenção está sendo dirigida sobre o projeto do outro, e não se atem aos processos psicológicos básicos neste momento. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.

Percebo que a atenção seletiva do sujeito está em selecionar e executar a todo custo a proposta do profissional direcionador que lhe apresenta a ideologia que na internet tudo é possível, desviando-se de avaliar o seu perfil primeiramente, ou seja, retira a atenção do foco perfil, inconscientemente nega a realidade do perfil pessoal. A realidade depende da nossa subjetividade e, como tal, registra um grau de incerteza e de indeterminação. No cenário atual, os indivíduos que esboçam as suas carreiras no sentido da qualificação contínua terão empregos mais assegurados do que aqueles que pautam no sentido só da estabilidade. Estes últimos estariam mais sujeitos ao desemprego, que gera angustia. [...] Negação, Provavelmente é o mecanismo de defesa mais simples e direto, pois alguém simplesmente recusa a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada. Ex: Um gerente é rebaixado de cargo e se vê obrigado a prestar os mesmos serviços que exercia outrora.

Olhando para esse profissional através da Psicologia Social Crítica, o sofrimento humano tem uma dimensão simbólica que não é resultante apenas da dificuldade material de sobrevivência, mas, essencialmente, do sentimento gerado pela exclusão, pelo não se sentir fazendo parte da comunidade original ou até mesmo de alguma instituição.

É lógico que na internet existe alguns benefícios que o indivíduo ganha como não precisar deslocar-se para ir ao consultório, evita gastos de estacionamento com veículo, escapa de contrariedade no trânsito, mas não escapa dos percalços referentes a queda de conexão internet, embora isso seja irrelevante diante das gratificações que lhe concedem o mundo virtual. Ao escrever este artigo estou usando a atenção seletiva e dividida, me desviando de preconceitos, estereótipos, discriminação e de outras abordagens, mas focando na psicologia social, processos psicológicos básicos e psicanálise ao mesmo tempo.

Pensei agora na música do cantor Cazuza que diz Ideologia, eu quero uma para viver. E observo que na internet pessoas do senso comum precisam de ideologia para se permanecer nas redes sociais, e o mesmo acontece com alguns profissionais da psicologia que querem uma ideologia para sobreviver, seja no mercado virtual ou fora da internet. Usamos a atenção em nossas vidas cotidianas para realizar inúmeras tarefas. Do momento que nos levantamos ao momento que nos deitamos, usamos constantemente diferentes tipos de atenção.

Ter pouca atenção pode causar que você se esqueça do que está fazendo, esquecendo-se do celular no banheiro, sair para correr na praça e esquecer de pegar a máscara. Evitando assim, a leitura, assistir a um filme e a escolha de uma profissão ou até compreender que, a atuação empreendedora no mercado virtual exige a aplicação dos processos psicológicos básicos atencionais.

O entendimento da atenção seletiva, segundo a psicologia, leva-nos a compreender que a negatividade pode ser derivada desse tipo de comportamento, bem como maneiras pelas quais os indivíduos e organizações podem evitar esse comportamento e as maneiras que ele leva à desmotivação e ao fracasso. Para entender o que a atenção seletiva é, devemos primeiro discutir [percepção seletiva], cuja ideia baseia-se no conceito de que se pode interpretar seletivamente o que se enxerga e se ouve com base no interesse, atitude, cultura e experiência da pessoa.

Assim, pode-se definir com segurança a atenção seletiva como a habilidade de um ser humano [exercida inconscientemente as vezes] em escolher entre diferentes fluxos de dados, para que se concentre em elementos que ele acredite serem valiosos e ignorar os outros, que acredite ser sem importância. A ideia básica é que a atenção seletiva é um processo no qual um indivíduo pode filtrar uma mensagem de uma mistura de mensagens que ocorrem simultaneamente. Este nível de atenção também se refere à capacidade do indivíduo em manter o foco, mesmo cercado por estímulos que criem distração ou contrastes.

A atenção seletiva é uma capacidade do cérebro que seleciona informações importantes, e faz com que se ignore informações que o sujeito julgue irrelevantes. As informações selecionadas vão parecer mais nítidas e intensas, e são escolhidas de acordo com o interesse e significado para o sujeito e grande parte das vezes de modo inconsciente. Um indivíduo com atenção seletiva não se distrai quando estipula, para onde sua atenção será direcionada [a negócio] e, por isso, não se incomoda com barulhos e outros fatores que possam distrair ou desviar sua atenção.

Muitas pessoas têm dificuldade em se concentrar e manter a atenção no empreendedorismo por conta de questões emocionais. A falta de atenção é uma das maneiras que os indivíduos encontram para se proteger das falhas e das inseguranças, dois sentimentos sabotadores e que geralmente levam à procrastinação.

Se você não se sente seguro para realizar determinada tarefa empreendedora, inconscientemente cria formas de não a realizar. Isso acontece muito com pessoas perfeccionistas, que têm muito medo de falhar e preferem se sabotar para não correr este risco. Saber lidar com suas emoções, portanto, é uma excelente maneira de aumentar o foco e a atenção, sendo mais eficiente em suas tarefas. [...] “A angústia é, dentre todos os sentimentos e modos da existência humana, aquele que pode reconduzir o homem ao encontro de sua totalidade como ser e juntar os pedaços a que é reduzido pela imersão na monotonia e na indiferenciação da vida cotidiana. A angústia faria o homem elevar-se da traição cometida contra si mesmo, quando se deixa dominar pelas mesquinharias do dia-a-dia, até o autoconhecimento em sua dimensão mais profunda” (CHAUÍ, 1996 p.8-9).

Aquilo que nós percebemos depende diretamente, de onde estamos dirigindo a nossa atenção, seja, para o mercado virtual ou mercado de trabalho original.

Ø Atenção concentrada ou concentração: A atenção concentrada é caracterizada pela concentração do cérebro em apenas uma atividade, excluindo todos os estímulos ao redor. Podendo ser uma carreira, excluído todas ao redor. Essa atenção é usada quando focamos a atenção em um único objeto de trabalho. Um exemplo prático de atenção concentrada pode ser observado, quando você acessa a rede social Facebook e se foca totalmente postando seus anúncios de marketing.

Ø Atenção seletiva: subtipo atencional no qual somos capazes de selecionar, a partir de diversos fatores e características de um estímulo e focar em apenas um fator de interesse. Este processo ocorre concomitante com a filtragem de partes não focadas do estímulo. Em outras palavras, a atenção seletiva permite a escolha no estímulo que queremos prestar atenção. Exemplo, você atua como psicoterapeuta e desvia-se da atuação de empreendedor na internet.

Ø Atenção alternada: habilidade de mudar o foco atencional entre diferentes tarefas ou partes do estímulo. A habilidade para alterar a atenção focada entre dois estímulos. Como tomada de decisão [trabalhar em subemprego em horário comercial e consultório particular em serviços psicológicos à noite], por exemplo. Ou ainda [trabalhar como psicólogo institucional em horário comercial e a noite consultório particular Online ou Presencial].

Depreendo que o profissional de psicologia procura atuar na atenção seletiva psicologia [cura], mas também na atenção alternada, onde pode abranger e beneficiar mais pessoas com seus serviços e tornar-se psicólogo empreendedor no mercado virtual. Estarão em jogo, aqui, algumas das características principais da atuação do psicólogo, como o contexto de atuação na esfera virtual, as atividades desempenhadas, o foco de interesse da atividade ser o indivíduo virtual ou a coletividade virtual, e o caráter remediativo ou preventivo dela. Isto solicita que se faça uma análise da função social das atividades do profissional, examinando sua abrangência social e o significado social representado por elas. Refletindo sobre a função social do trabalho do psicólogo. Por função social, entendem-se os efeitos que a atuação do psicólogo empreendedor produz na sociedade virtual.

Esse efeito é identificado em termos da abrangência e do significado social da atuação do profissional. Por abrangência da função social entende-se o número de pessoas beneficiadas pelo trabalho do psicólogo empreendedor e a natureza social delas [os valores socioculturais são o conjunto de regras, princípios e crenças que governam o comportamento humano dentro da sociedade virtual]. Por significado social da profissão entende-se a natureza do efeito produzido pelo psicólogo na comunidade virtual, por exemplo, se ele contribui para a transformação social ou se seu trabalho é instrumento de manutenção das condições adversas de vida da população virtual.

Direcionamentos de carreira é uma decisão que envolvem muitas qualidades que precisam ser enfocadas a nível de processos psicológicos atencionais. O psicólogo é uma possibilidade de apoio a outros profissionais em situações como essa. Às vezes, treinamentos ou cursos mal direcionados não levam a nenhuma mudança e podem acarretar insatisfação. O psicólogo, por outro lado, deve sair do seu restrito campo de atuação e formação, ou seja, do seu campo de atenção seletiva para buscar novidades e ferramentas para melhor construir seus objetos de estudo e ação no mercado virtual. Sair, de vez em quando, da sua poltrona no consultório para perceber como é a vida literalmente fora do seu microambiente interno presencial, local que permite deixa-lo na zona de conforto, entretanto deve ter à disposição para buscar os problemas originados no mercado de trabalho e no mercado virtual de humanos, e não esperar por eles.

Por fim, o psicólogo cada vez mais se insere na fronteira dos mercados original e virtual, como um agente mediador, capaz de perceber fenômenos sutis, demostrando implicações a longo prazo e relativas perspectivas múltiplas e ainda indeterminadas. Ou seja, o psicólogo pode auxiliar o outro profissional a se reencontrar com o memento, é possível viver da internet.

Os seres humanos são criaturas caracteristicamente avaliadoras. Consciente e inconscientemente, os seres humanos avaliam ou pensam ou dão grande importância a diferentes coisas, eventos e significados e, uma vez voltados para certos objetivos, propósitos ou ideais, fazem gravitar uma grande parte de suas vidas em torno desses objetivos, propósitos ou ideias. E assim, as crenças vão se constituindo de maneira individual.

Elas podem ser definidas como, limitantes, aquelas que atuam negativamente, e as positivas, que movimentam o indivíduo para crescer. A crença é a convicção de que algo é verdadeiro e certo. É uma avaliação pessoal que pode ser baseada em elementos racionais ou em uma sensação interna. A crença representa que você, acredita em algo ou na possibilidade de alguma coisa.

Reflita sobre este memento! Eu realmente não sei o quão bem, eu farei o trabalho de psicólogo empreendedor, até que eu faça.

 

 Referência Bibliográfica

BlEGER, J.(1984). Psico-higiene e Psicologia Institucional, Ed. Arte Médicas, Porto Alegre - RS.

CHAUÍ, MARILENA. HEIDEGGER, vida e obra. In: Prefácio. Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1996.

FREUD, S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.

FREUD, S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914). "Recordar, repetir e elaborar ", v. XII

FREUD, A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal Popular, 1968

GONZALES-REY, F. (2000). O emocional na constituição da subjetividade. Em S. T. M.Lane & Y. Araújo (Orgs.), Arqueologia das emoções. Petrópolis: Editora Vozes.

LEWIN, KURT (1997). Resolving social conflicts: Field theory in social science. Washington, DC: American Psychological Association.

MARQUES, J.R (2016) Competências comportamentais mais valorizadas.

RIBEIRO, J. P., (1985) Cestalt-Terapia: Refazendo um Caminho, pag. 95, São Paulo.

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