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Momentos de Ansiedade, Imediatismo e Baixa Tolerância Às Frustrações Frente a Pandemia


Ano 2020. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06Q147208
O presente artigo chama a atenção do leitor(a) a olhar para si mesmo e perceber se tolera a frustração neste momento de pandemia e isolamento social. Nós não podemos conseguir tudo o que queremos. Esta frase simples expressa um fato que pode ser extremamente difícil, dependendo do quanto desejamos. Às vezes as circunstâncias não ajudam, às vezes criamos metas excessivamente exigentes ou até às vezes nos é exigido um nível que pelo menos por enquanto não conseguimos alcançar, exemplos, desejar que a quarentena termine o mais rápido possível, voltar a trabalhar, reinserir-se no mercado de trabalho, conseguir clientes, vender produtos rapidamente, ganhar dinheiro na internet para pagar as contas, sair de uma crise humanitária e o que você conseguir pensar enquanto lê o artigo.
Mas o que é Frustração? Este sentimento costuma surgir quando algo desejado ou esperado não ocorre. A frustração pode estar relacionada com a sensação de incapacidade quando este acontecimento dependia da própria pessoa ou de outra. Exemplo, estudar muito e não ser aprovado no vestibular, participar de processo seletivo e esperar ser aprovado pelo entrevistador, porém isto não acontece.
Vamos agora entender o significado de Frustrado: Sujeito que acabou por se frustrar; diante da ação que não se concretizou. Cujas expectativas não se realizaram; que não obteve bom êxito; que não realizou aquilo que queria. Agora percebamos como agem as pessoas frustradas? Os motivos para uma pessoa se sentir frustrada podem ser inúmeros, mas as consequências são bem conhecidas, exemplo, um sujeito permanentemente frustrado pode desenvolver depressão, agressividade, sentimentos de baixa autoestima e até mesmo ideias suicidas pois, teve suas expectativas constantemente não realizadas. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que foram reprimidos.
Podemos compreender que a baixa tolerância à frustração, é a pouca capacidade que um indivíduo possui ao lidar com uma situação frustrante ou desfavorável. É uma das emoções mais comuns do ser humano. A frustração é um sentimento negativo que experimentamos quando nossas expectativas em relação a algo [desejo, projeto, sonho] ou alguém [pessoa, empresa, organização] não são correspondidas. Em outras palavras, é aquilo que sentimos quando algo que queremos ou esperamos não acontece.
Isso acontece durante todo o ciclo de vida, desde o nascimento até a morte, e é uma razão para diferentes níveis de frustração que temos que enfrentar. E a frustração pode ser difícil de enfrentar. Não temos como conseguir tudo o que desejamos. Esta frase  expressa um fato, que pode ser difícil de aceitação dependendo do quanto desejamos algo. Às vezes as circunstâncias [ex.: a quarentena] não ajudam, às vezes criamos metas excessivamente exigentes ou até às vezes nos é exigido um nível que pelo menos por enquanto não conseguimos alcançar. Exemplo, conseguir trabalhar, ganhar dinheiro para suprir as necessidades, fazer psicoterapia e outros.
Frustração é um sentimento de caráter aversivo em que existe uma mistura de tristeza, raiva e desapontamento que ocorre na ausência de um objetivo ou a incapacidade de atingir um objetivo ou desejo. Não é realmente necessário que seja um desejo próprio, mas também pode aparecer antes da ruptura com as expectativas e demandas colocadas sobre nós. No início e durante toda a infância, tendemos a ter uma tolerância muito baixa à frustração, mas ao longo do desenvolvimento estamos aprendendo pouco a pouco a controlá-la, a gerenciá-la e a gerar respostas alternativas. Mas o que implica uma baixa tolerância à frustração?
Entende-se como baixa tolerância à frustração ou intolerância à frustração, a ausência ou baixo nível de capacidade de suportar esse conjunto de eventos ou circunstâncias que poderiam nos frustrar. A baixa tolerância à frustração significa que, antes do surgimento disso, não somos capazes de reagir, abandonamos nossas ações e somos incapazes de perseverar e lutar contra as dificuldades. Em outras palavras, aqueles que têm baixa tolerância à frustração têm uma grande dificuldade em administrar sentimentos negativos, como estresse, desprazer, desconforto ou não realização de seus próprios desejos.
Geralmente, essa incapacidade de autogerenciamento provoca manifestações comportamentais na forma de comportamento soturno, ou seja, com ausência de alegria, tristonho, irritável e hostil. Frequentemente, o sujeito percebe os fracassos como provocados por outros ou pelas eventualidades, geralmente uma tendência para se sentir vitimado e para projetar a culpa, raiva no Outro. Uma baixa tolerância à frustração também afeta a capacidade de esperar o adiamento de uma recompensa ou, algo que pode ser essencial para obter recompensas maiores que as imediatas. A baixa frustração está, portanto, associada à necessidade de alcançar a satisfação de suas necessidades ao mesmo tempo em que aparecem rapidamente. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.
Isso torna difícil, por exemplo, começar a fazer uma tarefa que julga necessária em busca da gratificação gerada pelo prazer, descanso ou pelo divertimento. Por sua vez, tanto a dificuldade para completar tarefas quanto a percepção dessa falta de capacidade podem ser percebidas como frustrantes, agravando a situação e aumentando a situação de desconforto da pessoa.
A baixa tolerância à frustração também tem grandes consequências para o assunto em muitas áreas vitais, a família e as relações pessoais sofrem. No nível do trabalho, está ligada à falta de flexibilidade e à resposta a imprevistos, algo que dificulta a contratação e a produtividade. No que diz respeito à auto realização, a baixa tolerância à frustração tende a criar sérias dificuldades para conseguir atingir metas a longo prazo e isso também pode levar a uma diminuição da autoestima.
Alguns sujeitos se enxergam frustrados e se entregam à menor dificuldade, e muitos Outros até geram comportamentos disruptivos, passando a usar o mecanismo de defesa da regressão expressando atitudes infantis, como resultado de sua incapacidade de controlar seu descontentamento. Para que o indivíduo desenvolva uma alta tolerância, precisará compreender que há objetivos e desejos que são realizáveis, entretanto isso requer um esforço, avaliando a associação entre esforço e realização de metas a curto e longo prazo. Porém existem desejos e objetivos que nunca serão alcançados.
Também é importante ter a consciência de que, esperar e não buscar prazer imediato pode levar a maiores recompensas ao longo do tempo. Outra razão para a baixa tolerância à frustração é a existência por parte do sujeito de expectativas muito altas para ter e a real possibilidade de cumpri-las, de modo que seus esforços nunca atinjam o nível requerido ou desejado e se retira deste aprendizado frustrante que não é possível as vezes alcançar os próprios objetivos. Constata-se um medo contínuo de fracasso e, com o tempo, a capacidade de tolerá-lo é extinta. Isso pode ser derivado do aprendizado, tanto por modelos parentais quanto por demandas sociais excessivas. [...] Esse medo marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162)
No entanto, existem alguns indivíduos que nunca chegaram a compreender que seus desejos e suas preferências as vezes não irão interferir no seu entorno, e por tanto percebe que existem outras pessoas, que serão satisfeitas com seus desejos e aspirações próprias. Ainda que existem  muitas eventualidades, situações e inconvenientes, o certo é que a tolerância à frustração geralmente se expressa como reação a ira, a raiva ou à quando a pessoa afetada enfrenta uma situação de estresse, ansiedade, angustia, melancolia excessiva em relação a situações que a maioria das pessoas são capazes de resolver no seu interior. Nos casos mais sérios, uma baixa tolerância à frustração pode terminar em problemas relacionados com o uso de drogas, a marginalização social ou o suicídio.
Algumas indicações que são úteis para entender a baixa tolerância à frustração:
·               O sujeito com baixa tolerância a frustração não sabe diferenciar o seu desejo de suas necessidades. Exemplo, Desejo: sair do isolamento social para voltar a normalidade de sua rotina diária devido a muitos motivos pessoais e arriscar a contrair o Corona vírus. Necessidade: autogerenciar a frustração advinda do isolamento social e seguir as orientações da Organização da Saúde Mundial e não contrair o Corona vírus. O Desejo do sujeito pode trazer a Morte e a Necessidade do sujeito preserva a Vida, esta é a diferença entre desejo e necessidade.
·               Suas reações diante de um desejo não satisfeito se manifestam com uma explosão de sentimentos que oscilam entre a insistência excessiva e a cólera, chegando inclusive a agredir verbalmente a pessoa encarregada de realizar suas necessidades não satisfeitas.
·               Têm problemas para aceitar que a vida não tem motivos para ser fácil e cômoda, pois eles se esforçam para acreditar que deve ser assim como desejam. Na verdade, eles se agarram ao deve ser e não aceitam o que é real.
·               Têm um medo enorme do fracasso e baixos níveis de paciência.
Ainda que a baixa tolerância à frustração tenha sido definida como um importante transtorno emocional capaz de destruir famílias, amizades e relações de trabalho.  Todavia, nos últimos tempos, as pessoas não se permitem trabalhar mais as próprias angústias, medos, frustrações, raiva, passando por cima de questões internas importantes que necessitam de foco para serem compreendidas e elaboradas. Contudo, como podemos superar o que não desejamos aceitar e nem mesmo confrontar?
O indivíduo não quer relatar suas tristezas e pesares, com a premissa de que encarar a própria ansiedade para compreende-la e trabalhá-la, estaria atraindo mais angustia para si. Estamos em tempos de ansiedade e imediatismo, pois desaprendemos a lidar com nossas angústias e sofrimentos, a colocar em segundo plano a gratificação pessoal em prol do coletivo, a esperar a maturação das coisas. E ansiosos, saltamos etapas essenciais, pois não estamos dispostos a aprender com os revés que a vida apresenta, a esperar ou a persistir por um benefício maior ou mesmo em desistir quando for necessário sem que nos sintamos necessariamente frustrados / e ou culpados. [...] “A angústia é, dentre todos os sentimentos e modos da existência humana, aquele que pode reconduzir o homem ao encontro de sua totalidade como ser e juntar os pedaços a que é reduzido pela imersão na monotonia e na indiferenciação da vida cotidiana. A angústia faria o homem elevar-se da traição cometida contra si mesmo, quando se deixa dominar pelas mesquinharias do dia-a-dia, até o autoconhecimento em sua dimensão mais profunda” (CHAUÍ, 1996 p.8-9).
Estamos vivendo anestesiados num ritmo frenético e sem sentido existencial. Vivemos em um tempo em que os nossos investimentos são convertidos em (in)certezas exponenciais, pois a única certeza que temos é a própria incerteza em si. A cada dia as pessoas estão mais congeladas no seu próprio ego, um falso ego aniquilador e devorador, onde o referencial não são mais elas próprias enquanto proposta de autoconhecimento, mas sim a realidade e a vida dos outros através de uma competitividade. Em outra, época havia vínculo com os outros; hoje vivemos para ser apreciados pelos outros.
O sujeito busca incessantemente estar nos padrões e modelos sociais para não se sentir desprestigiados ou excluído, mesmo que isto custe a tranquilidade, a saúde mental e a qualidade de vida. O indivíduo não olha mais para a sua autoestima. Estão muito conectados, na rede social, porém pouco vinculados. Vivemos na era da informação, da tecnologia, mas continuamos alienados. Presenciamos o tempo da falta de cuidado consigo mesmo, ou seja, a falta de cuidado as vezes com a saúde mental e desprezo pelo que somos, pelo que temos e o que vivemos, pois nunca estamos satisfeitos com nada.
A vida nunca está completa, plena, pois parece que o ideal são os moldes da perfeição, sempre inatingíveis que a sociedade impõe. E assim continuamos perseguindo algo que sequer sabemos o que é, como é, porque é, para que e para quem. Estamos isolados e perdidos. Temos tecnologia a nosso favor, mas será que a qualidade de vida acompanhou este passo?
Provavelmente, o primeiro aspecto a ser trabalhado é analisar a frustração de maneira isolada, reconhecendo sua origem e por que é tão insuportável. Feito isso, poderemos usar métodos diferentes para resolver a situação.


 Referência Bibliográfica
CHAUÍ, MARILENA. HEIDEGGER, vida e obra. In: Prefácio. Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1996.
FREUD, S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.
FREUD, S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914). "Recordar, repetir e elaborar ", v. XII
FREUD, A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal
Popular, 1968

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