Ano 2024. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O
presente artigo chama a atenção do leitor para um excelente tópico. Na
perspectiva da psicanálise, as ações humanas são frequentemente motivadas por
impulsos inconscientes e desejos ocultos. No caso do psicólogo que opta por não
mais fazer trabalho voluntário devido à falta de recompensa monetária, pode
haver motivações inconscientes em jogo. Por exemplo, pode ser que o psicólogo
esteja buscando gratificação imediata e material, o que pode indicar um desejo
inconsciente por segurança financeira ou reconhecimento externo.
Além
disso, na psicanálise, há a ideia do "princípio do prazer" versus o
"princípio da realidade". O princípio do prazer refere-se ao desejo
de gratificação imediata e satisfação dos impulsos, enquanto o princípio da
realidade reconhece as limitações e exigências do mundo externo. No caso do
psicólogo, pode ser que sua decisão de não mais fazer trabalho voluntário
esteja sendo influenciada pelo princípio do prazer, buscando uma recompensa
mais tangível, em vez de reconhecer o valor da experiência e crescimento
pessoal oferecidos pelo voluntariado.
Portanto,
sob a perspectiva da psicanálise, o psicólogo pode estar agindo de forma
egoísta se estiver priorizando seus desejos inconscientes de gratificação
material em detrimento do benefício que poderia trazer aos outros e a si mesmo
através do trabalho voluntário.
Imagine
um psicólogo chamado Ana, que trabalha em uma clínica particular durante a
semana, onde recebe uma boa remuneração por suas sessões terapêuticas. No
entanto, ela também tem a oportunidade de fazer trabalho voluntário em um
centro comunitário nos finais de semana, oferecendo aconselhamento gratuito
para pessoas de baixa renda.
Inicialmente,
Ana estava entusiasmada com a ideia de ajudar os outros através do
voluntariado, reconhecendo o valor dessa experiência em termos de crescimento
pessoal e profissional. No entanto, após algumas semanas de voluntariado, ela
começa a se sentir desmotivada, pois percebe que está investindo tempo e
energia sem receber qualquer compensação financeira direta.
Nesse
ponto, Ana pode estar sendo influenciada por desejos inconscientes, como o
desejo por recompensas materiais ou reconhecimento externo. Ela pode sentir-se
frustrada por não estar sendo recompensada da mesma forma que é na clínica
particular. Esse sentimento pode levá-la a questionar a validade do
voluntariado e a considerar interromper suas atividades voluntárias.
Na
perspectiva da psicanálise, Ana pode estar agindo de forma egoísta se estiver
priorizando seu desejo inconsciente por gratificação material em detrimento do
benefício que ela pode trazer aos outros e a si mesma através do trabalho
voluntário. Embora o voluntariado não ofereça uma recompensa financeira direta,
ele pode proporcionar a Ana uma sensação de realização, propósito e crescimento
pessoal que não pode ser quantificado em termos monetários.
Além
disso, ao se engajar no trabalho voluntário, Ana também está contribuindo para
o bem-estar da comunidade e ajudando aqueles que podem não ter acesso aos
recursos financeiros para pagar por serviços terapêuticos. Essa contribuição
para o bem comum é um aspecto importante do desenvolvimento pessoal e da saúde
psicológica.
Ao
optar por abandonar o trabalho voluntário unicamente por falta de recompensa
monetária, Ana pode estar ignorando os benefícios intrínsecos do voluntariado,
como o senso de conexão com os outros, o desenvolvimento de habilidades
interpessoais e a ampliação de sua compreensão das necessidades da comunidade.
Portanto,
sob a perspectiva da psicanálise, Ana pode se beneficiar ao explorar e entender
os motivos inconscientes por trás de sua decisão de interromper o trabalho
voluntário. Isso pode ajudá-la a reconhecer e superar qualquer egoísmo ou busca
excessiva por gratificação material, permitindo-lhe redescobrir o valor e a
importância do serviço voluntário para seu próprio desenvolvimento pessoal e
profissional, além do benefício que ele traz para os outros.
Além
disso, ao se engajar no trabalho voluntário, Ana também está contribuindo para
o bem-estar da comunidade e ajudando aqueles que podem não ter acesso aos
recursos financeiros para pagar por serviços terapêuticos. Essa contribuição
para o bem comum é um aspecto importante do desenvolvimento pessoal e da saúde
psicológica.
Ao
optar por abandonar o trabalho voluntário unicamente por falta de recompensa
monetária, Ana pode estar ignorando os benefícios intrínsecos do voluntariado,
como o senso de conexão com os outros, o desenvolvimento de habilidades
interpessoais e a ampliação de sua compreensão das necessidades da comunidade.
Portanto,
sob a perspectiva da psicanálise, Ana pode se beneficiar ao explorar e entender
os motivos inconscientes por trás de sua decisão de interromper o trabalho
voluntário. Isso pode ajudá-la a reconhecer e superar qualquer egoísmo ou busca
excessiva por gratificação material, permitindo-lhe redescobrir o valor e a
importância do serviço voluntário para seu próprio desenvolvimento pessoal e
profissional, além do benefício que ele traz para os outros.
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