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QUAL A SUA POTÊNCIA?

 Ano 2022. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208

O presente artigo chama a atenção do leit@r a compreender a sua potencialidade, sinaliza a qualidade daquele tem energia libidinal/ e ou ânimo ou vontade para executar uma ação justa ou injusta, provável, mas ainda não concretizada perante uma tenção segundo a sua percepção. É lógico que um sujeito que faz várias investidas na busca de emprego e obtêm maus resultados, esse mesmo indivíduo emprega energia deslocando-se para emparelhar-se com a vaga disponibilizada. À medida que vai sofrendo uma série de insucessos tende a baixar o nível de energia empregada para cada ação na aproximação de vagas. Exemplo, na busca do primeiro emprego o investimento da potência será sempre maior, mas à medida que vai experienciando, ou seja, a partir do momento que começa a sentir emoções negativas e vivendo desapontamentos a tendência é decair a pré disposição potencial física e emocional. Mas, não representa que o sujeito não continue insistindo nas conquistas.

Segundo seu ponto de vista que é a sua realidade momentânea, ele pode escolher engendrar seu potencial ou não em cada caso. Ou seja, é capaz de classificar se tal vaga de emprego é merecedora de muita vontade de potência ou pouquidade de potência. Ou ainda, se a vaga é compatível com o seu desejo ou vontade. Esse indivíduo só não produzirá potência alguma na procura de vagas de trabalho ou outros escopos se estiver com depressão. [...] Esse medo marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162).

Por outras palavras, trata-se da potência transmitida através da ação de forças físicas e ou emocionais através da interação com as pessoas. É o indivíduo que afirma o quanto engendra a potência que tornar-se-á transferida para alcançar o desígnio de modo justo ou injusto. Na cultura Japonesa a potência é capaz de ser expressa de modo que o outro a perceba agressiva, no momento em que há competição por trabalho. O competidor passa por cima de alguns valores morais que não são levados em consideração, ou seja, ocorre o descaso de valores na busca por sentido daquele trabalho.

Mas, aquele que pertence a cultura brasileira pode ter o ponto de vista que é a sua realidade naquele momento, como sendo injusto as ações dos japoneses. Portanto a vontade de potência, ou de energia, não é no sentido negativo de prepotência, mas, um existencial humano, no sentido de um [precisar a mais que faça sentido] em relação a aquele trabalho buscado ou outro objeto. A vontade de dominar, fazer-se mais forte, constranger outras forças mais fracas e assimilá-las [pessoas].

Nietzsche toma inicialmente este conceito de Schopenhauer. A vontade é cega e insaciável, uma força que estaria para além dos nossos sentidos. Una, ela representa tudo que vemos, é o substrato que constitui a existência. Mas para Nietzsche, a Vontade não está fora do mundo, ela se dá na relação, ou seja, é múltipla e se mostra como efetivação real. É impossível uma só força, uma força única e indivisível, a vontade de potência se dizem sempre no plural. Sendo assim, o mundo seria esta luta constante, sem equilíbrio possível, apenas tensão que se prova pelo movimento, às vezes delicado, outras vezes violento.

A vida é vontade de potência, mas não se pode restringi-la apenas à vida orgânica; ela está presente em tudo, desde as reações químicas mais simples até à complexidade da psiquê humana [e é no ser vivo que a vontade de potência pode se expressar com mais força]. Ela é aquela que procura expandir-se, superar-se, juntar-se a outras e se tornar maior. Tudo no mundo é vontade de potência, porque todas as forças procuram a sua própria expansão. Neste campo de instabilidade e luta, jogo constante de forças instáveis, a permanência é banida junto com a identidade: neste mundo reina a diferença. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que foram reprimidos.

Força como superação, como constante ir para além dos próprios limites. A vontade se mostra como sede de dominar, fazer-se mais forte, constranger outras forças mais fracas e assimilá-las. Quanto pode uma força? A onda sonora que se expande, o ímã que atrai, a célula que se divide formando o tecido orgânico, o animal que subjuga o outro são exemplos desta Vontade que não encontra um ponto de repouso, mas procura sempre conquistar mais. Cada força, quando dominante, abre novos horizontes, encontra novas passagens, cria novos caminhos. Se, em física, potência é a capacidade de realizar trabalho; na filosofia, vontade de potência é a capacidade que a vontade tem de efetivar-se.

Contra uma interpretação de Darwin, Nietzsche argumenta que o homem não pode e não quer apenas conservar-se ou adaptar-se para sobreviver, só um homem doente desejaria isso; ele quer expandir-se, dominar, criar valores, dar sentidos próprios. Isto significa ser ativo no mundo, criar suas próprias condições de potência. É um efetivar-se no encontro com outras forças humanas.

Por isso não daremos a representação que os escravos dão de potência. Esta não está de acordo com a representação de um lugar a se chegar ou algo a se fazer, não é uma representação, um signo. A vontade de potência não é a vontade querendo potência, não significa que a vontade deseja uma potência que não tem. A potência não é algo que possa ser representado. Isso é julgar através dos valores já estabelecidos. Para Nietzsche é exatamente o contrário, a potência é aquilo que quer na vontade sobre algum objeto. E o que é a potência? É um eterno dizer sim.

A potência se afirmar na vontade quando diz sim ao devir. É a afirmação pura de sua própria efetivação, a alegria provém da afirmação. E o sentido é o resultado destas forças. E apenas através de Nietzsche, sendo completa e plena de si, a vontade de potência pode ser aquilo que dá sentido e cria valores aos objetos.

Ela cresce e se ultrapassa. Não há falta a ser preenchida, é excesso que transborda. Ela não busca, ela dá; não procura, cria; não aspira, compõe; não exige, inventa; não interpreta, fabrica. É com esta concepção de forças ativas e passivas que Nietzsche cria seu método genealógico e tenciona realizar a transvaloração de todos os valores. Sua filosofia assume que é necessário ao homem moderno apropriar-se de sua vontade de potência para poder voltar a criar valores.

Fazer experimentações, estabelecer novas hierarquias, ultrapassar os valores de seu tempo. Só assim poderá superar a si mesmo e livrar-se da camisa de força que a sociedade colocou em si há séculos. Só a vontade de potência permite uma análise imanente capaz de entender o mundo sem ceder a explicações metafísicas e é capaz de dar novos sentidos, superando os atuais. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.

Acreditar que as pessoas são vulneráveis e há pouquidade de sentido implica ainda a possibilidade de submetê-las a uma tutela, uma vez que se parte da premissa de que estas não sabem cuidar de si mesmas. Essa atitude atesta o saber do especialista em detrimento do saber dessas pessoas, bem como desqualifica as formas singulares com que organizam e vinculam potência a suas vidas e exercem o cuidado de si. Calcadas no saber científico e em sua formação, muitas vezes as pessoas desvalorizam as condições, as crenças e os conhecimentos das Outras, que são “[...] desqualificados como não competentes ou insuficientemente elaborados. Saberes ingênuos, hierarquicamente inferiores, saberes abaixo do nível requerido de conhecimento ou cientificidade" (Foucault, 2004, p. 170).

De acordo com Negri, essa postura insiste na incompetência, no desvalor do outro, na hierarquização de saberes e coloca os profissionais como únicos responsáveis pelo cuidado. Onde existe o poder há sempre a potência. Ao lado da dominação, há sempre a insubordinação. E trata-se de cavar, de continuar a cavar, a partir do ponto mais baixo: esse ponto é simplesmente lá onde as pessoas sofrem, ali onde elas são as mais pobres e as mais exploradas; ali onde as linguagens e os sentidos estão mais separados de qualquer poder de ação e onde, no entanto, ele existe; pois tudo isso é vida e não a morte.

Algo que costumo escutar na clínica, queixas por não se atingir enormes metas, ter destaque social, enfim sucesso em todas áreas, rapidamente e continuo. Há cada vez mais uma exigência pessoal/social por grandes conquistas, provavelmente em parte originada na hiper competitividade dos nossos dias, e na comparação com pouquíssimas pessoas que tiveram grande destaque na mídia. E alguns atrelam os maus resultados a pouquidade de potência, cobrando a si mesmos pelas derrotas. Ou seja, o sujeito não é capaz de ponderar qual valor de potência é dedicado, sobre algum objeto a partir do juízo de valor atribuído ou de sentido a esse objeto.

 

 

Referência Bibliográfica

FALKENBACH, L. A. A. P. (2009). Imagem corporal em indivíduos amputados. Revista Digital, 14(131). Recuperado de http://www.efdeportes.com/efd131/imagem-corporal-em-individuos-amputados.htm

FREUD, S. (2006). Luto e melancolia. In T. de O. Brito, P. H. Britto, C. M. Oiticica (Trad.), Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud (Vol. 14, pp. 243-265). Rio de Janeiro: Imago. (Obra original publicada em 1917).

FREUD, A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal Popular, 1968

FREUD, S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.

FREUD, S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914). "Recordar, repetir e elaborar ", v. XII

FOUCAULT, M. (2004). Microfísica do Poder. 20 ed. Rio de Janeiro: Graal, 2004.

NEGRI, A. (2001). Exílio: Seguido de Valor e Afeto. São Paulo: Iluminuras.

NIETZSCHE, F. W. (2002) Fragmentos Finais. Seleção, Tradução e prefácio de Flávio Kothe. Brasília, Editora da UnB.

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