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A DOR SOCIAL

 Ano 2022. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208

O presente artigo chama a atenção do leit@r a compreender supostamente a dor social que é aceita como verdadeira, ainda que não seja comprovada pelo indivíduo. Temos a dor física e a emocional. Por fim, há a dor social, que se destaca por ser a mais negligenciada de todas [não obstante, muito provavelmente, seja a de mais fácil solução curativa] e corresponde aos diversos fatores extrínsecos [ao homem] que determinam a sua forma de interagir com o mundo e, em particular, com a coletividade, desde os mais complexos e sutis [como status social, grau de empoderamento, prestígio, respeitabilidade, identidade profissional, liberdade financeira e por aí vai],  até os mais elementares [como fome, falta de moradia, inexistência de acesso a esgoto, água tratada, segurança e outros].

Não há propriamente uma ordem hierárquica entre as modalidades de dor, sendo certo, ao reverso, que a intensidade do sofrimento, causada por cada tipo, remete necessariamente não apenas a idiossincrasias próprias, como bem assim à subjetividade [perceptiva] intrínseca de cada ser individualmente considerado. Como já pontuado, é preciso ainda observar a existência individualizada da dor, eis que percebida de diferentes maneiras por pessoas diversas, com igualmente distintas formas de resolução. Exemplificando, a dor física, de um modo geral, poderá ser aplacada com medicações, cirurgias, procedimentos não invasivos; enfim, todo o arcabouço médico que já foi descoberto, e o que ainda com certeza está por vir.

Por seu turno, a dor emocional, por mais abstrata que se caracterize, pode ser mitigada [e mesmo curada] através da interação social com a família, amigos, conhecidos; mediante ajuda profissional de psicólogos, psicoterapeutas, psiquiatras; ou ainda, para uma parcela considerável da população, através de práticas religiosas e crenças diversas. No que diz respeito à dor social, a sua superação passa necessariamente pelo campo da atividade política e consequentes desdobramentos, como investimentos na qualidade de vida da população como um todo [saúde, educação, saneamento básico, segurança, lazer, desporto, dentre outros], o que indubitavelmente levará a um crescimento da nação, através de um necessário [e correspondente] amadurecimento humanístico.

Vale assinalar que a dor e o sofrimento, lamentavelmente, são situações inerentes à própria vida, e que se exteriorizam [quase que permanentemente] ao longo de toda a curta existência do homem sobre a terra. A grande inquietação humana reside justamente em como lidar e melhorar a dor. Nesse particular, cumpre destacar a diferença semântica entre sofrimento e dor. Conquanto sejam usados muitas vezes como sinônimos, podemos entender que a dor é o acontecimento e o sofrimento é a nossa reação frente ao problema.

Portanto, a dor [mesmo quando não apresentada em seu viés sensitivo], na maioria das vezes, faz parte do crescimento humano, ensinando-nos a mudar, amadurecer e a sermos melhores. Por óbvio, isto se tivermos consciência desta situação e não ficarmos presos ao sofrimento, mas sim o usarmos como um meio e uma oportunidade de aprimorar nossa existência. Entre o estímulo que provoca a dor e a forma como respondemos à esta percepção, reside a nossa oportunidade de reação. Isto quer dizer que perante o sentimento de dor [que pode ser pontual e transitório], não temos necessariamente que transformá-lo em sofrimento. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que foram reprimidos.

A forma como respondemos à dor, o enquadramento e atitude que decidimos ter, pode conduzir-nos à vitimização e consequente sofrimento; ou à capacitação e consequente conforto e bem-estar. Nem sempre sendo possível a superação da dor solitariamente, a solidariedade humana destaca-se como o fator primordial para a solução do problema [ou, no mínimo, para a mitigação de seus efeitos negativos] e corresponde, em praticamente todos os casos [inda que mais acentuadamente na dor social e na dor emocional), ao elemento-chave para a elucidação derradeira quanto aos necessários caminhos de superação, até porque, conforme preconizado pelo grande movimento Médicos sem Fronteiras: “somente um ser humano pode salvar a vida de outro ser humano.

Destarte, se por um lado, é certo que a dor e o sofrimento são [em certa medida] impossíveis de se obstar, parece, da mesma forma, que apenas a integração e a cooperação humanas juntas é que farão a diferença para diminuir as aflições e angústias que não podemos resolver sozinhos.

Imagine um indivíduo que tem um câncer que está prejudicando sua perna, e ele vai precisar amputá-la. Aqui ilustro a dor da amputação de um membro. Então, o processo de perda [luto do membro amputado] começa antes da retirada efetiva da perna. O indivíduo vai se preparando, digamos assim, por entre acompanhamento psicológico. Não seria uma perda, mas uma solução. Sabendo disso, antes de uma cirurgia o psicólogo pode preparar o paciente para essa perda e uma possível dor fantasma? A dor fantasma é uma dor muito real [não tem nada de imaginação] que acomete cerca de 90% dos indivíduos que passam pela amputação de alguma parte do corpo. Queimação, formigamento, pontadas e até cócegas são alguns dos desconfortos que os pacientes relatam sentir.

Agora imagine um sujeito que está num trabalho que está lhe prejudicando a consciência e a saúde mental, ele será obrigado a amputar-se deste tipo de identidade profissional. E neste caso será uma solução, mas aos olhos de quem está fora do imprevisto descortina como um quadro difícil acontecendo na vida do indivíduo. É lógico que para o sujeito a fachada é custosa com a perdas de salário e perca da aplicação dos saberes na organização. O processo da dor social que está associado ao luto [perda da identidade profissional] é provável ser anteriormente a remoção da identidade, se este indivíduo estiver em acompanhamento psicológico. Citei acima o exemplo de amputação de um membro do corpo. Mas, quanto as amputações de papeis sociais que sentenciam como os indivíduos exercem interação e martirizam-se ao longo de sua história na sociedade. Isso traz uma dor, não dor fantasma, mas, sim a dor emocional que tem o potencial para converter-se na dor física constituindo uma doença psicossomática. [...] Esse medo marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162).

 

Todos os dias os cidadãos passam pelo luto da perda ou amputação de algo que lhes é importante naquele momento, como a residência, o emprego, desastre no trânsito, a morte de um ente querido da família que é arrancado drasticamente sem autorização. Essas pessoas não planejam a amputação em suas vidas, é algo que simplesmente acontece e tem que desafiar-se com essa perda que representa literalmente a amputação de um membro do corpo/ e ou amputação de algo subjetivo. Para Falkenbach (2009), o corpo é sinônimo de identidade. Segundo este autor, o conceito de identidade encontra-se relacionado com as vivências sensoriais dos indivíduos, de modo que o sujeito cria uma imagem de si próprio de acordo com suas visões de mundo. Sendo o corpo um meio de contato físico e social do indivíduo com o meio externo, a imagem corporal do sujeito está relacionada com suas potencialidades e limitações.

Presumimos que um indivíduo que exerça a ocupação de psicólogo, a sua identidade está associada as vivências sensoriais, de modo que o psicólogo cria a imagem de si mesmo mediante as suas percepções de mundo. E já que o corpo está no ambiente que exige contato físico e social, a imagem corporal do psicólogo apresenta-se correlacionada com suas potencialidades e limitações. Caso perca a imagem de psicólogo transmitida para o Outro, isto acarretará em tamanha dor social, pois lhe será amputado sem a devida autorização as suas potencialidades, competências, habilidades e atitudes [CHA], exigidas naquele ambiente. O conceito [CHA] é utilizado na psicologia organizacional e isto não pode ser negligenciado, mas deve ser tratado como uma amputação de um membro do corpo. Pois lhe trará a dor fantasma, a dor emocional e a física.

A dor social que simboliza a perca de inúmeros coeficientes extrínseco ao homem relacionado com a interação, causa impactos significativos na vida da pessoa, pois envolve mudanças afetivas que incluem o luto e seus processos. As manifestações mais comuns, aparecem logo no enquadramento, revolta, medo e incertezas, passam a ser constantes já no processo da perda. Fenômenos como o isolamento social, baixa autoestima e até mesmo episódios de extrema irritabilidade, são observados e esperados no comportamento de quem enfrenta uma dor social. Após a remoção daquilo que é importante, o sujeito depara-se com uma nova realidade, dependendo do seu nível de ansiedade, modifica-se o grau de comportamento relacionado a superar os desafios psicológicos pós remoção. Por exemplo, costuma-se pensar que quem foi eliminado, de um emprego, irá sofrer mesmo do modo que quem demitiu-se do próprio emprego, o que não é verdade.

Do ponto de vista psicológico, o desgosto pela perda é baseado nos mesmos princípios, pois algo visível em seu corpo se foi, uma parte que complementava a sua forma corporal não está mais lá [profissão, casa, automóvel, a moeda], exigindo a aceitação do próprio amputado acima de tudo. A perda física encontra-se permeada por aspectos sociais e psicológicos, e representa algo irrevogável, de forma que pessoa em luto social necessita atribuir um sentido para este evento. Após o desprazer social ocorre o processo de adaptação à perda e adaptações físicas, que incluem nível de habilidade funcional, ao dissabor emocional do objeto perdido; e as adaptações psicológicas, relativas às reações emocionais como ansiedade, depressão, irritação, tristeza, desapontamento, sentimento de culpa, autoimagem ansiosa e desconforto social.  [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.

No processo de adaptação do luto, os indivíduos precisam se ajustar às mudanças físicas, psicológicas e sociais advindas da perda do objeto incorporando estas no seu novo senso de e na autoidentidade. Refere-se que o self sentimento de deficiência entre as pessoas que se julgam aptas é frequente, principalmente no início, porém que elas aprendem a descobrir suas restrições e suas possibilidades, construindo um novo conceito de self, interferindo em sua visão pessoal de si.

A angustia social também pode ser um dificultador na adaptação psicológica e no processo de reabilitação motora. A apreensão refere-se à sensação de carência na parte perdida do objeto, pode se apresentar de diferentes formas como um ardor, um aperto, uma dor que pode variar de intensidade e frequência.  Os aspectos psicológicos referem-se a imagem corporal construída pelo indivíduo através das suas experiências, da sua profissão, status, poder e com a destituição do cargo surge a dificuldade de adaptar-se e aceitar a nova imagem corporal, que pode ser substituído pelo mecanismo defesa substituição, relutando em manter a imagem corporal anterior e integra.

Os aspectos psicológicos, como ansiedade e estresse, diante da probabilidade de perda de uma imagem profissional na sociedade podem ser preditivos da dor social posteriores, bem como os casos de sujeitos que não recebem suporte emocional antes da intervenção, que por sua vez, referem a mais dores sociais.

A dor social pode ser prevenida se os indivíduos forem encorajados a expressar os sentimentos de perda e ansiedade, visto que esta angustia pode ser entendida pelo valor patológico e, também, como uma tentativa de reintegração corporal.  A dor social pode tornar-se dores crônicas, encadeadas por um ciclo vicioso de estresse e tristeza psicológica, falta de condição física, restrição de atividades, comportamentos disfuncionais, dependência de medicações e serviços de saúde.

Inicialmente, a erradicação da profissão é percebida inicialmente como perda da própria identidade, em que exigirá do sujeito máximo de sua capacidade mental, que passará por diversas etapas. Assim como para alguns a perda de papeis sociais é motivo de vergonha, isolamento, receios e até mesmo auto discriminação, entretanto para outros, é motivo de oportunidade e superação diante da própria vida. Dentro do possível, o importante é não tomar para si o estigma de incapaz, seja qual for a função desempenhada. Lembrando sempre que é capaz de proporcionar novas descobertas, mesmo com todas as dificuldades impostas em nossos país para os deficitários, seja na apresentação física ou emocional.

Ainda neste contexto, é importante salientar o quanto o trabalho dignifica o homem. O medo de perder uma parte visível do corpo [identidade profissional] torna real a sensação de desintegração corporal. A dor social é classificada como uma deficiência social, já que deficiência social se refere a uma alteração que impossibilita o desempenho esperado e adequado da função social na sociedade de uma deliberada parte do corpo afetada como a imagem profissional, por exemplo.

Perder a imagem corporal, por causa do vestuário usado em horários de trabalho e emocional profissional é ter alterada toda uma existência, é viver uma incompletude que traz consigo uma série de alterações no existir. É ter que se adaptar/readaptar, aprender a viver novamente, agora assumindo outra perspectiva no mundo para si. A ambiguidade de sentimentos que vem à tona na pessoa que será extinta abarca uma instabilidade emocional que necessita ser assistida por um profissional de psicologia que pode oferecer suporte emocional e apresentar-lhe não somente as situações negativas do cotidiano desse novo ser no mundo, mas também a compreensão de que a readaptação poderá trazer sentimentos de autonomia em seu dia-a-dia, consequentemente um estado emocional mais favorável a mudanças.

 

 

Referência Bibliográfica

FALKENBACH, L. A. A. P. (2009). Imagem corporal em indivíduos amputados. Revista Digital, 14(131). Recuperado de http://www.efdeportes.com/efd131/imagem-corporal-em-individuos-amputados.htm

FREUD, S. (2006). Luto e melancolia. In T. de O. Brito, P. H. Britto, C. M. Oiticica (Trad.), Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud (Vol. 14, pp. 243-265). Rio de Janeiro: Imago. (Obra original publicada em 1917).

FREUD, A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal Popular, 1968

FREUD, S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.

FREUD, S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914). "Recordar, repetir e elaborar ", v. XII

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