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ALIENAÇÃO

 Ano 2021. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208

O presente artigo chama a atenção do leit@r a repensar sobre a possibilidade de se viver de maneira mais consciente, ou seja, estar a maior parte possível do tempo consciente, desperto e não alienado, adormecido. Chamo a atenção para o indivíduo observar se está em estado de alienação que é a diminuição da capacidade dos indivíduos em pensar ou agir por si próprios. Na psicologia, o termo alienação designa os conteúdos reprimidos da consciência e também os estados de despersonalização em que o sentimento e a consciência da realidade se encontram fortemente diminuídos. Noto que as vezes o sujeito se encontra dentro de determinadas situações como desemprego, conflitos familiares e não percebe que sua capacidade de agir, mover-se por si próprio está diminuída e por tanto não atinge resultados satisfatórios, por mais que sua faculdade mental não esteja diminuída no ato de pensar.

Por alienação entende-se o fenómeno ou a circunstância que priva o indivíduo da sua própria personalidade e que anula/invalida o seu livre-arbítrio. O sujeito alienado não pode atuar por sua conta, uma vez que se encontra dominado por aquilo que ordena uma pessoa, doutrina religiosa ou uma organização. Em última instância, a alienação mental pode resultar da pressão que um indivíduo sente relativamente aos mandatos da sociedade em geral, ou seja, período de tempo durante o qual uma pessoa não detém os poderes para agir por conta própria na ação de seus interesses. A alienação não é inata, pois surge como uma perturbação mental ou uma forma patológica de adaptação à realidade.

Neste ínterim  o estresse, o ritmo frenético da vida moderna, o tempo demasiado na condição ociosidade involuntária [desemprego], conflitos familiares que não se resolvem e ou excesso de trabalho são algumas das causas que podem causar alienação no sujeito que se reflete num estado de perplexidade, incoerência, confusão no raciocínio e excitação psicomotora. As circunstâncias mencionadas dão origem a uma espécie de autoalienação [é o próprio indivíduo quem reage dessa maneira ao tentar adaptar-se aos estímulos].

Noutros casos, a alienação pode ser causada por terceiros a partir do treino e do doutrinamento [por exemplo, no caso das seitas que tentam, a religião e outros] gerando angustia no sujeito. [...] “A angústia é, dentre todos os sentimentos e modos da existência humana, aquele que pode reconduzir o homem ao encontro de sua totalidade como ser e juntar os pedaços a que é reduzido pela imersão na monotonia e na indiferenciação da vida cotidiana. A angústia faria o homem elevar-se da traição cometida contra si mesmo, quando se deixa dominar pelas mesquinharias do dia-a-dia, até o autoconhecimento em sua dimensão mais profunda” (CHAUÍ, 1996 p.8-9).

Na sociedade a alienação surge com a divisão social do trabalho e com esta divisão surge a separação entre os que dirigem [empresários, organizações, instituições] e os que executam o processo de trabalho [empregado]. Há, pois, nesta relação, a instauração da alienação. O trabalhador é constrangido a atender suas necessidades mais imediatas, tais, exemplos, comer, beber, vestir, comprar produtos, estudar e por aí vai, e se não o fizer porá em risco sua própria existência. Ao fazer de sua capacidade de trabalho um meio para atingir determinados fins, a sua atividade deixa de ser uma atividade livre [autoatividade] e torna-se trabalho alienado.

Por conseguinte, o trabalhador confronta-se com o produto de seu trabalho como algo [estranho e hostil], e o sintoma é de que seu trabalho é trabalho alienado. Como mencionei acima, está alienação do trabalhador se dá no próprio processo de trabalho ou falta de trabalho. A consequência disto é que o produto do trabalho se confronta com quem o criou, ou seja, o trabalhador. Este processo se concretiza na medida em que o trabalhador ao se separar do produto do seu trabalho, outro que não o trabalhador se apropriará dele. Ao se apropriar do trabalho do trabalhador, o não-trabalhador criará as condições necessárias para a efetivação da propriedade privada.

Compreendo que a alienação é o homem estar separado [alheado] daquilo que criou. Sendo que o objeto criado pelo homem muitas vezes se volta contra ele próprio. Isto o impede de vivenciar o mundo como ser autônomo. Ao contrário, a sua relação com o mundo externo e com ele próprio é uma relação passiva, receptiva. Alienação, então, nada mais é do que a negação da produtividade, ou seja, da capacidade criadora do homem.

No caso a alienação e idolatria, Segundo Fromm, os ídolos são por vezes, um Deus, ora o Estado, a Igreja, posses, celebridades, atores da TV, redes sociais, tecnologia e ouros. É claro que a pessoa idólatra muda o objeto de sua adoração, mas isto dependerá de suas motivações, e tais motivações não possuem apenas um sentido religioso, há por detrás dela vários outros sentidos.

E neste caso o homem humaniza o mundo através de seu trabalho sobre ele e assim revela sua essência e manifesta suas capacidades produtivas. Entretanto, em determinadas condições sociais surge o trabalho alienado, que é a negação desta essência. Podemos viver alienados em situações da nossa vida, em relacionamentos, no que diz respeito à coletividade, a política, ao dinheiro ou mesmo a sua saúde. Nos relacionamentos, seja familiar, amizades, de trabalho estarmos alienados é quando não queremos enxergar realmente quem a pessoa é. E neste momento não queremos nos confrontar com seu jeito de ser ou de nos tratar.

Às vezes não queremos ver que o relacionamento já acabou e ficamos insistindo e nos apegando a pequenas situações que distorcemos para mantermos a ideia de um relacionamento, seja, familiar, casamento, amizade ou de trabalho. Não querer enxergar essa realidade muitas vezes nos torna vítimas de agressores, de pessoas que destroem o nosso ego, a nossa autoestima, os nossos valores, submetem-nos a situações que nos envergonham ou que nos limitam na vida, gerando desprazer. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que foram reprimidos.

E agora vendendo sua força de trabalho no mercado da compra e venda de trabalho, os trabalhadores são mercadorias e, como toda mercadoria, recebem um preço, isto é, o salário. Porém, os trabalhadores não percebem que foram reduzidos à condição de coisas que produzem coisas; não percebem que foram desumanizados e coisificados. Em segundo lugar, os trabalhos produzem alimentos [pelo cultivo da terra e dos animais], objetos de consumo [pela indústria], instrumentos para a produção de outros trabalhos [máquinas], condições para a realização de outros trabalhos [transporte de matérias-primas, de produtos e de trabalhadores]. [...] Para Marx, o processo de alienação manifesta-se no trabalho e na divisão do trabalho. O trabalho é, para ele, o relacionamento ativo do homem com a natureza, a criação do próprio homem (...). Com a expansão da propriedade privada e da divisão do trabalho, todavia, o trabalho perde sua característica de expressão do poder do homem; o trabalho e seus produtos assumem uma existência à parte do homem, de sua vontade e de seu planejamento (Fromm, 1983, p. 53).

A mercadoria trabalhador produz mercadorias. Estas, ao deixarem as fazendas, as usinas, as fábricas, os escritórios e entrarem nas lojas, nas feiras, nos supermercados, nos shoppings centers parecem ali estar porque lá foram colocadas [não pensamos no trabalho humano que nelas está cristalizado e não pensamos no trabalho humano realizado para que chegassem até nós] e, como o trabalhador, elas também recebem um preço (CHAUÍ, 2000).

O trabalhador olha os preços e sabe que não poderá adquirir quase nada do que está exposto no comércio, mas não lhe passa pela cabeça que foi ele, não enquanto sujeito e sim como classe social, quem produziu tudo aquilo com seu trabalho e que não pode ter os produtos porque o preço deles é muito mais alto do que o preço dele, trabalhador, isto é, o seu salário (CHAUÍ, 2000).

Apesar disso, o trabalhador pode, cheio de orgulho, mostrar aos outros as coisas que ele fabrica, ou, se comerciário, que ele vende, aceitando não as possuir, como se isso fosse muito justo e natural. As mercadorias deixam de ser percebidas como produtos do trabalho e passam a ser vistas como bens em si e por si mesmas (como a propaganda as mostra e oferece) (CHAUÍ, 2000).

Na primeira forma de alienação econômica, o trabalhador está separado de seu trabalho, este é alguma coisa que tem um preço; é um outro (alienus), que não o trabalhador. Na segunda forma da alienação econômica, as mercadorias não permitem que o trabalhador se reconheça nelas. Estão separadas dele, são exteriores a ele e podem mais do que ele. As mercadorias são igualmente um outro, que não o trabalhador (CHAUÍ, 2000).

Vivendo numa sociedade alienada, os intelectuais também se alienam. Sua alienação é tripla: - Primeiro, esquecem ou ignoram que suas ideias estão ligadas às opiniões e pontos de vista da classe a que pertencem, isto é, a classe dominante, e imaginam, ao contrário, que são ideias universais, válidas para todos, em todos os tempos e lugares. - Segundo, esquecem ou ignoram que as ideias são produzidas por eles para explicar a realidade e passam a crer que elas se encontram gravadas na própria realidade e que eles apenas as descobrem e descrevem sob a forma de teorias gerais. - Terceiro, esquecem ou ignoram a origem social das ideias e seu próprio trabalho para criá-las; acreditam que as ideias existem em si e por si mesmas, criam a realidade e a controlam, dirigem ou dominam.

Portanto, observa-se que a alienação se exprime numa teoria do conhecimento espontânea, formando o senso comum da sociedade. Por seu intermédio, são imaginadas explicações e justificativas para a realidade tal como é diretamente percebida e vivida. Um exemplo desse senso comum aparece no caso da explicação da pobreza, em que o pobre é pobre por sua própria culpa [preguiça, ignorância, não quer trabalhar] ou por vontade divina ou por inferioridade natural.

Esse senso comum social, na verdade, é o resultado de uma elaboração intelectual sobre a realidade, feita pelos pensadores ou intelectuais da sociedade, como sacerdotes, filósofos, cientistas, professores, escritores, teólogos, pastores,  jornalistas, artistas, que descrevem e explicam o mundo a partir do ponto de vista da classe a que pertencem e que é a classe dominante de uma sociedade. Essa elaboração intelectual incorporada pelo senso comum social é a ideologia. Por meio dela, o ponto de vista, as opiniões e as ideias de uma das classes sociais, a dominante e dirigente, tornam-se o ponto de vista e a opinião de todas as classes e de toda a sociedade.

Cito agora alguns exemplos de alienação; Alienação do objeto, onde através do trabalho o homem exterioriza parte de si [emoções, energia] e transfere ao objeto pela transformação da matéria. Com isso, o produto passa a ter parte de seu produtor, e quando outra pessoa toma posse do resultado de seu trabalho, ocorre a alienação do objeto. Nesse caso o melhor significado de alienação é separação.

Alienação do trabalho, na qual o homem se realiza e humaniza pelo trabalho, porém por causa da alienação da sociedade o homem trabalha apenas como meio de sobreviver, torna-se uma simples peça do sistema capitalista. Aqui vale à pena ressaltar a crítica de Marx na visão de Milton Bins: “Na sociedade alienada teme-se o trabalho como se fosse uma peste, mas isso acontece porque o trabalho é alienado, é fonte de sofrimento e não de realização humana.

Alienação do ser-genérico, de acordo com Marx percebia o homem como um ser coletivo, componente do gênero humano. O indivíduo é parte orgânica de um todo supra individual. O homem ser-genérico é a origem da projeção mística de Deus, pois a humanidade enquanto organismo tem atributos divinos, como onipresença, onisciência [intercâmbio de conhecimentos] e capacidade de obras extraordinárias. A alienação do ser-genérico ocorre devido à existência da propriedade privada, pois está separa os homens em classes, fragmenta o todo em grupos que lutam por monopólio de conhecimento e riqueza, ou seja, há uma competição interna no gênero humano.

Alienação religiosa do indivíduo, concebe a separação do homem do mundo real pelo foco em religiões e crenças. E a alienação em relação aos outros homens, enxerga o isolamento da pessoa no universo capitalista, sem reconhecer-se parte de uma comunidade. No entanto a alienação em relação às suas criações, compreende a separação do trabalhador com o fruto de seu esforço, alienando-o no que tange à sua importância na engrenagem do capital. Já alienação em relação à sua qualidade humana, percebe o indivíduo reduzido a um mero animal, sem levar em conta a sua capacidade pensante e realizadora.

Em geral, o senso comum utiliza o termo alienado para se referir a alguém que está alheio, distante dos acontecimentos que almeja, das pessoas e até mesmo da sociedade. Essa interpretação está próxima de como a alienação é enxergada pela academia, mas esconde outros conhecimentos que são importantes para entender o conceito. A alienação social se refere à forma como indivíduos de uma sociedade acabam sendo padronizados pelas formas de vida dentro de um contexto social que fazem com que percam, ainda que de maneira parcial, o seu senso crítico, o senso comum, que nada mais é do que um conjunto de suposições e crenças populares sem embasamento e que surgem devido à ausência de reflexões mais profundas. Nessa concepção, o senso comum deixa o debate raso e supérfluo.

 Menciono que no processo de alienação social, as pessoas não se reconhecem mais como pertencentes/ e ou partícipes e produtoras das organizações existentes na sociedade. Diante disso, é possível tomar dois caminhos. O primeiro é o da passividade, em que os sujeitos se entregam àquela realidade, julgando-a como natural, racional, religiosa. Isto é, seja por uma análise de que uma suposta vontade de Deus faz com que eu tenha que passar por algum percalço ou alguma miséria, ou ainda a condição de ter nascido pobre leva a acreditar ser algo comum e que leva um tempo de trabalho e dedicação para conseguir superar tal realidade.

No segundo aspecto, a insatisfação em relação a essa alienação pode levar que alguns se rebelem e lutem [manifestações públicas/ e ou manifestar-se internamente] para modificar a realidade que os condiciona a viver daquela maneira. Em ambas as situações, a sociedade é o elemento alienante e o que diferencia é a ação de cada um, seja com poder sobre a transformação daquilo ou sem nenhuma condição de modificar esse cenário.

 

 

Referência Bibliográfica

CHAUÍ, MARILENA. HEIDEGGER, vida e obra. In: Prefácio. Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1996.

FREUD, S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.

FREUD, S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914). "Recordar, repetir e elaborar ", v. XII

MARX, Karl. Manuscritos Econômico-Filosóficos. In: FROMM, Erich. O Conceito

Marxista do Homem. 8a edição, Rio de Janeiro, Zahar, 1983.

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