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Estereótipo Da Meia-Idade

 Ano 2023. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208

O presente artigo chama a atenção do leit@r a se perceber estando mais velho e precisando mudar o olhar sobre o envelhecimento, pois os estereótipos limitam excessivamente as nossas expectativas quanto às atitudes e comportamentos dos outros, uma vez que escondem diferenças individuais, fazendo com que não haja uma avaliação precisa de determinada pessoa.

O homem mantém está predileção seja em que idade for, ou por outra, um homem de 40 anos iria considerar ter um relacionamento com uma mulher de 22 anos, e o mesmo iria acontecer quando ele atingisse os 50 e os 60 anos. A preferência masculina por parceiras mais novas deve ser considerada do ponto de vista evolutivo. A seleção natural determinou as preferências dos homens.

Do ponto de vista evolucionário faz sentido que o homem procure uma mulher numa idade mais fértil. Com a intenção oculta-se sentir de aparência mais jovem, dotado de vigor físico capaz de procriar, ânimo, motivação, maturidade para resolução de dificuldades, aprecia coisas novas, se adequa aos caprichos da pessoa de pouca idade, que aceita conviver com pessoa imatura, apresenta-se que está em fase de evolução dentre outros.

Mas ao se tratar dos aspectos negativos inconscientes a jovem representa para alguns medos de uma gravidez indesejável, unir-se a uma jovem é imoral, medo dos possíveis rivais jovens, ciúme projetado, crença disfuncional de incesto, medo de ser prejudicado pelo objeto proibido desejado, porta-se de modo imaturo que não atingiu o desenvolvimento por conta de um juízo de valor falso. Em outras palavras, o indivíduo deve simplesmente pensar naquilo que anseia para si e que lhe trará satisfação e não se irá deixar os demais satisfeitos agindo com moralidade.

Lidar com estereótipos relacionados à idade faz com que profissionais mais velhos reportem menos satisfação, engajamento e bem-estar no trabalho. Os jovens são vistos como menos confiáveis e muito inexperientes, enquanto os mais velhos são caracterizados como incompetentes com tecnologias e resistentes a mudanças. Com o aumento da longevidade da população mundial, será cada vez mais importante ter ambientes de trabalho que acomodem a força de trabalho mais velha.

O idadismo é ainda uma contrariedade, mas não igual aos dos dias de hoje. Há cerca de 50 anos, Butler (1969) definia o idadismo como uma perturbação psicossocial caracterizada por preconceitos, estereótipos, mitos, aversão e/ou evitamento, tanto de uma forma individual como institucional contra os idosos. O idadismo é esperarmos que uma pessoa idosa saudável se comporte de determinado modo, de acordo a sua idade. Para corresponder a essa expetativa, poderá ter de abandonar atividades que gosta, ficar mais isolada, ou deixar de vestir determinadas roupas que revelem a perda de massa muscular ou as rugas do próprio corpo.

Caso a pessoa mais velha não se comporte desse modo, a sociedade dirá [no mínimo] que não sabe envelhecer. Na verdade, isto corresponde a um estereótipo da sociedade, sendo um exemplo comum entre outros. O Estereótipo é um conceito, ideia ou modelo de imagem atribuída às pessoas ou grupos sociais, muitas vezes de maneira preconceituosa e sem fundamentação teórica. Em resumo, os estereótipos são impressões, pré-conceitos e rótulos criados de maneira generalizada e simplificada pelo senso comum. Foi com o desenvolvimento das sociedades que os estereótipos surgiram e padronizaram diversos aspectos relacionados ao ser humano e suas ações.

Os estereótipos são reproduzidos por meio da compulsão a repetição pelas culturas e veiculados em diversos meios, tal qual a televisão, internet, e muitas vezes são representados em programas humorísticos. Geralmente, utilizamos os estereótipos de maneira inconsciente, já que são conceitos relacionados com a história, geografia, culturas e crenças de diversas sociedades. Note que esses modelos de estereótipos estão relacionados, sobretudo, aos aspectos físicos, por exemplo, quando vemos uma menina vestida de maneira mais masculina, logo intuímos que ela é homossexual. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.

Ou ainda, quando enxergamos um homem na meia-idade namorando uma jovem de 24 anos, imediatamente inferimos o pensamento alienante do senso comum que é inadequado, porque ela tem idade para ser sua filha. É como se o homem estivesse praticando o incesto. Pois, na sociedade a figura de um homem mais velho representa [pai] e a figura de uma jovem representa [filha]. Inconscientemente surge o preconceito não desvelado através de uma leitura mental e interpretação equivocada de imoralidade, proibição, incesto.

No entanto, essas apreciações podem ser errôneas e muitas vezes de teor depreciativo e preconceituoso. Quando abordamos o tema de estereótipo, fica claro que um assunto muito recorrente é o famoso estereótipo da beleza. Melhor dizendo, aquele modelo padrão incutido na mente das pessoas sobre os aspectos físicos dos indivíduos.

Nesse sentido, podemos pensar nos modelos, que trabalham sob o estereótipo da beleza, onde o corpo e o peso são características cruciais. Note que o estereótipo da beleza, ou seja, o que é considerado [belo] pode apresentar variações dependendo da cultura em que está inserida. Assim dizendo, o modelo de estereótipo desenvolvido na Alemanha, por exemplo, pode ser diferente dos padrões brasileiros.

Confira abaixo os tipos de estereótipos mais reproduzidos pela sociedade. Estereótipo Social e Econômico: Relacionado sobretudo com a classe social a qual pertence, esse tipo de estereótipo é muito divulgado pelas mídias. O cinema pode ser um caso interessante para analisarmos a relação entre as diferentes posições socioeconômicas, por exemplo, entre o pobre e o rico. O primeiro é considerado inferior ao outro, uma vez que possui menos bens materiais. Note que muitas vezes isso é reproduzido de maneira positiva, por exemplo, quando o pobre da história tem um final feliz devido aos seus valores e princípios.

Estereótipo de Gênero: Muito praticado pela sociedade, desde quando nascemos são atribuídos muitos estereótipos, por exemplo, cor azul é de menino e cor rosa é de menina. Homem de meia-idade não namora moça jovem e o mesmo vale para a mulher. Ou mesmo quando pensamos em dar um presente para uma criança oferecemos um carrinho para o menino e uma boneca para a menina.

Todos esses padrões foram desenvolvidos pela sociedade, no entanto, devemos ter cuidado ao praticar esses modelos, uma vez que não são fixos e carregam aspectos negativos e depreciativos dos seres. Associado aos estereótipos de gênero podemos mencionar a homofobia, ou aversão aos relacionamentos homo afetivos. O machismo e a misoginia são também aplicados nos estereótipos quando o assunto são os gêneros femininos e masculinos. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram.

Estereótipos Étnicos e Culturais: Outro estereótipo muito desenvolvido é aquele associado às raças, etnias e culturas. Assim, quando pensamos num chinês, logo atribuímos diversos juízos de valor, como se todos os chineses fossem iguais e comessem cachorro e gato. Ou mesmo, que todos os árabes são terroristas, os portugueses são burros ou as brasileiras são oferecidas. Além disso, e não menos importante, está aquele estereótipo associado à cor da pele, onde os negros e asiáticos são taxados de diversas maneiras pejorativas.

Com o processo de globalização, muitos estereótipos culturais foram desenvolvidos pela sociedade. Quanto a isso, podemos pensar na xenofobia, um preconceito que define a aversão aos estrangeiros, ou tudo aquilo que é diferente da nossa cultura. Além disso, o etnocentrismo é um outro tipo de preconceito, reproduzidos pelos estereótipos culturais, donde o termo é aplicado para definir a superioridade de uma cultura sobre a outra.

Estereótipo e Preconceito: Se o estereótipo são impressões utilizadas para julgar as pessoas e seus comportamentos, podemos intuir que muitas vezes, essas avaliações estão intimamente relacionadas com o preconceito. O preconceito, tal qual o estereotipo, surge com as atribuições feitas sobre as pessoas. Assim, são lançados juízos de valor sobre determinado aspecto da sociedade, seja a classe social, a cultura, a religião, a etnia, a cor da pele, a preferência sexual.

O estereótipo é “uma representação social sobre os traços típicos de um grupo, categoria ou classe social (Ayesteran e Pãez, 1987) e caracteriza-se por ser um modelo lógico para resolver uma contradição da vida quotidiana, e serve sobretudo para dominar o real. No entanto, também contribui para o não reconhecimento da unicidade do indivíduo, a não reciprocidade, a não duplicidade, o despotismo em determinadas situações.

A rejeição e rotulagem de um grupo, em particular de indivíduos, desenvolve se porque as características individuais com traços negativos, são atribuídos a todos os indivíduos desse grupo. Assim a palavra velhote descreve os sentimentos ou preconceitos resultantes de micro concepções e dos “mitos” acerca dos idosos. Os preconceitos envolvem geralmente crenças, de que o envelhecimento torna as pessoas senis, inativas, fracas e inúteis (Nogueira, 1996). De facto, as atitudes negativas face aos idosos existem em todos os níveis sociais: intervenientes, beneficiários, governantes etc.

Assim, perante está diversidade de conceitos somos levados a questionar o que se entende por mitos, estereótipos, crenças e atitudes? Atitude, é um conjunto de juízos que se desenvolvem a partir das nossas experiências e da informação que possuímos das pessoas ou grupos. Pode ser favorável ou desfavorável, e embora não seja uma intenção pode influenciar comportamentos.

Crença, é um conjunto de informações sobre um assunto ou pessoas, determinante das nossas intenções e comportamentos, formando-se a partir das informações que recebemos. Por exemplo: a deia de que todos os idosos são sensatos e dóceis e nunca se zangam. Estereótipo, é uma imagem mental muito simplificada de alguma categoria de pessoas, instituições ou acontecimentos que é partilhada, nas suas características essenciais por um grande número de pessoas (Castro, 1999); dito de outra forma é um “chavão”, uma opinião feita, uma fórmula banal desprovida de qualquer originalidade, ou seja, é uma “generalização” e simplificação de crenças acerca de um grupo de pessoas ou de objetos, podendo ser de natureza positiva ou negativa.

O estereótipo positivo, é aquele em que se atribuem características positivas a todos os objetos ou pessoas de uma categoria particular, por exemplo, todos os idosos são prudentes. Contrariamente, um estereótipo negativo, atribui características negativas a todos os objetos ou pessoas de uma determinada categoria, de que é exemplo todos os idosos são senis.

Ainda com base neste estereótipo, os idosos ativos socialmente, são considerados, muitas vezes, como tendo um comportamento social atípico, pelo que se enquadram numa excepção. De facto, o mito é uma construção do espírito que não se baseia na realidade e por isso constitui uma representação simbólica. Pode ser também um conjunto de expressões feitas ou eufemismos, que mantemos relativamente aos idosos, por exemplo: ela aparenta um ar jovem para a idade, idade de ouro, etc.

O que importa realçar neste estudo acerca dos mitos e dos estereótipos é o facto de estes estarem muitas vezes ligados ao desconhecimento do processo de envelhecimento, e poderem influenciar a forma como os indivíduos interagem com a pessoa idosa. Por outro lado, são causa de enorme perturbação nos idosos, uma vez que negam o seu processo de crescimento e os impedem de reconhecer as suas potencialidades, de procurar soluções precisas para os seus problemas e de encontrar medidas adequadas. O automorfismo social define-se como “o não reconhecimento da unicidade do idoso.

* A gerontofobia, corresponde ao medo irracional de tudo quanto se relaciona com o envelhecimento e com a velhice. * O âgismé, reporta-se a todas as formas de discriminação, com base na idade. * A infantilização ou “bebeísme” é uma atitude que se manifesta geralmente pelo tratamento por tu, pela simplificação demasiada das atividades sociais e/ou recreativas e pela organização de programas de atividades, que não correspondem às necessidades dos indivíduos.

A cultura popular, o cinema, a publicidade, as comunicações da grande mídia e as organizações políticas e religiosas também são uma gama de lugares de aprendizagem (DA SILVEIRA, 2012). Essas esferas produzem imagens e saberes sobre a velhice que operam como dispositivos pedagógicos (DOLL, 2015), subjetivando os sujeitos e produzindo modos de identificação e compreensão de si e do mundo. As imagens orientam expectativas, valores, percepções e comportamentos, produzindo saberes e identidades por meio dos discursos que elas colocam em circulação.

Portanto, os estereótipos tratam-se de um conjunto de crenças que simplificam a realidade por meio de esquemas mentais que distorcem e generalizam características (sejam elas positivas, negativas ou neutras) de determinados grupos de pessoas ou objetos. Sendo assim, os estereótipos limitam excessivamente as nossas expectativas quanto às atitudes e comportamentos dos outros, uma vez que escondem diferenças individuais, fazendo com que não haja uma avaliação precisa de determinada pessoa. 

A formação de um estereótipo dependerá da percepção que temos de um determinado indivíduo, para que assim seja formada uma impressão do mesmo que será categorizada. A partir disso, através de associações entre as características do indivíduo e as de grupos sociais que achamos semelhantes, serão agrupadas numa só ideia simplificada que nos permitirá conhecê-lo e saber o que dele podemos esperar.

Estereotipação é ficar estancado, freado, em um só lugar, estancar se nos próprios ensinamentos gnósticos. Aceitar uma ideia, uma imagem, opinião ou concepção muito simplificada do ensinamento gnóstico, e petrificar-se nessa ideia, imagem, opinião e concepção. É uma ideia preconcebida que acaba colocando as pessoas ou grupos sociais em caixinhas, criando rótulos, ditando seus comportamentos e padronizando sua imagem de forma bem preconceituosa.

Exemplo, acreditar que não se pode namorar uma jovem, porque o outro tem a crença e preconceito que aquele que adopta essa atitude é imoral, ou ainda pensar que é imoral porque escolheu relacionar-se com uma pessoa mais jovem. Pensamento de medo disfuncional, leva a reproduzir ações disfuncionais. [...] Esse medo marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162).

Questionar certos estereótipos que assumimos como naturais, mas que, na realidade, são construções sociais. Quais são os principais estereótipos destinados às pessoas na meia-idade/idosas? As negativas tratam de aspectos como doença, impotência ou desinteresse sexual, feiura, declínio mental, doença mental, inutilidade, isolamento, pobreza, depressão, vulnerabilidade, resistência a mudanças no trabalho no manuseio das tecnologias, dentre outras.

Um estereótipo de gênero é uma opinião ou um preconceito generalizado sobre atributos ou características que homens e mulheres possuem ou deveriam possuir ou das funções sociais que ambos desempenham ou deveriam desempenhar. Portanto, um estereótipo de gênero é prejudicial ao limitar a capacidade de homens e mulheres para desenvolverem suas aptidões pessoais, terem uma carreira profissional e tomarem decisões sobre suas vidas e projetos vitais. Atualmente, estereótipo equivale a uma ideia ou imagem preconcebida que se tem de algo ou alguém, feita com base em características visuais ou noções generalistas. Um ótimo exemplo disso é o estereótipo de que todo homem na meia-idade não dá mais no coro. Embora isto não seja verdade, pois existem homem na meia-idade que adoram fazer sexo.

As representações sociais são muito importantes para a compreensão de uma população e dos seus comportamentos dentro de uma sociedade, pois a forma como vemos o outro pode influenciar frequentemente o modo como nos comportamos com o mesmo. Os profissionais que trabalham com idosos não estão alheios a estas situações, havendo vários fatores que poderão influenciar as atitudes sociais relativamente às pessoas idosas e ao envelhecimento, e que de alguma forma comprometem as relações que se estabelecem, Hook (2006).

Geralmente, estes estereótipos (maioritariamente negativos) causam junto dos idosos sentimentos nefastos, já que se referem à velhice como uma incapacidade, uma doença, um declínio ou um fracasso. Para além disso, excluem a possibilidade de crescimento do idoso e o reconhecimento das suas capacidades. Estes estão muitas vezes ligados ao desconhecimento do processo de envelhecimento, e influenciam a forma de interação com o idoso (Martins & Rodrigues, 2004).

O uso de estereótipos ou preconceitos implícitos, que existem e operam sem conhecimento ou o controlo consciente da pessoa, podem levar a atitudes, comportamentos e formas de tratamento discriminativas e preconceituosas. Torna-se, assim, pertinente o conhecimento destes estereótipos e preconceitos implícitos de forma a melhor compreender os comportamentos e atitudes face ao idoso e com isso elaborar modelos de intervenção, pois a ação profissional exige a problematização das dificuldades e carências das populações para construir os problemas profissionais e encontrar as respostas para delinear estratégias, tomar decisões, planear, agir como profissional nos contextos de ação (Cachioni, 2002).

 

 

 

Referência Bibliográfica

AYESTARAN, S.; PAEZ, D. (1987) – Representaciones sociales y estereotipos grupales. In Paez [et al.] cap. V, p. 221-262.

CACHIONI, M. (2002). Formação profissional, motivos e crenças relativas à velhice e ao desenvolvimento pessoal entre professores de Universidade da terceira idade. Tese de doutorado, Faculdade de Educação, Unicamp, Campinas.

CASTRO, Florêncio Vicente; DIAZ, A. V. D.; VEJA, J. L. V. (1999) – Construcción psicológica da la identidad regional: tópicos y estereótipos en el processo de socialización el referente a Extremadura. Badajoz: Gráfica Disputación Providencial de Badajoz, 1999. ISBN 84-7796-007-0. p. 63-66.

DA SILVEIRA, M.; PASQUALOTTI, A.; COLUSSI, E. Educação gerontológica, envelhecimento humano e tecnologias educacionais: reflexões sobre velhice ativa. Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento, v. 17, n. 2, 2012.

DOLL, J.; RAMOS, A.; STUMPF BUAES, C. Apresentação. Educação e Envelhecimento. Educação & Realidade, v. 40, n. 1, 2015.

FREUD, A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal Popular, 1968

FREUD, S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.

FREUD, S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914). "Recordar, repetir e elaborar ", v. XII

HOOK, M. (2006). Partnering with patients: a concept ready for action. In Journal of Advanced Nursing. ISSN 0309-2402, 56 (2).

MARTINS, R. & Rodrigues, M. (2004). Estereótipos sobre Idosos: uma representação social gerontofóbica. Millenium Revista do ISPV, N.º 29,249-254. [Consultado em 1/05/2012]. Disponível na internet em URL: http://www.ipv.pt/millenium/Millenium29/32.pdf.

NOGUEIRA, Paula C. A. (1996) – O idoso: o sentimento de solidão ou o mito do abandono. Lisboa: [s.n.], 1996. Monografia de fim de curso apresentada ao Instituto Superior de Psicologia Aplicada.

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