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O indivíduo e a falta de clareza!


Ano 2021. Escrito por Ayrton Junior Psicólogo CRP 06/147208
O presente artigo chama a atenção do leitor(a) a olhar para momentos na vida em que a pessoa se apercebe preocupada, confusa e inquieta diante das eventualidades. A clareza, qualidade de inteligível que pode ser compreendido ou conhecido pela inteligência, algo que facilmente se compreende. É comum em alguns momentos da vida o sujeito se sentir perturbado, não sabe se toma essa ou aquela decisão, as coisas parecem um pouco conturbadas e às vezes pensa que não vai conseguir sair daquele momento.
Estar desassossegado também pode estar relacionado a uma má organização, exemplo, na papelada do trabalho, nas coisas de casa, ao estar desempregado que ocupação procurar no mercado de trabalho e por aí vai. Assim, fica a dica, quando a pessoa sentir um pouco agitada, sem saber como agir em alguma situação, procure reservar um espaço no seu dia a dia para organizar as ideias e [anotar é bem importante] quais são as prioridades, o que é preciso fazer mais rápido, e o que pode esperar um pouco.
Seja qual for a história do indivíduo, ainda que tenha toda a legitimidade para se sentir duvidoso e com isso ficar angustiado, chega um momento que a pessoa pode olhar os acontecimentos ou a si mesmo por outra perspectiva. Repenso que quando o impacto emocional associado a alguns acontecimentos catastróficos na vida do sujeito é insuportável, ele fica tão imerso na vergonha, que aliviar o sofrimento torna-se uma tarefa de Hulk. No entanto, a grande maioria de tudo que nos oprime é superável na vida. Compreendo que as vezes é apenas o nosso medo e a nossa raiva que nos prende a um lugar de inércia e miséria. [...] “A angústia é, dentre todos os sentimentos e modos da existência humana, aquele que pode reconduzir o homem ao encontro de sua totalidade como ser e juntar os pedaços a que é reduzido pela imersão na monotonia e na indiferenciação da vida cotidiana. A angústia faria o homem elevar-se da traição cometida contra si mesmo, quando se deixa dominar pelas mesquinharias do dia-a-dia, até o autoconhecimento em sua dimensão mais profunda” (CHAUÍ, 1996 p.8-9).
A maioria das vezes, o sujeito fica tão focado em condenar aqueles ou aquilo que lhe provoca o problema [mercado de trabalho, autoridades do governo, o supervisor, o esposo(a) e etc.], numa tentativa de mostrar a indignação pelo que não deveria ter acontecido. Ainda que esta reação possa ser legítima, para a maioria das pessoas, provoca mais dano que benefício. A busca constante pela justiça pessoal num mundo supostamente injusto e cheio de hipocrisias e crueldades é desgastante e pode consumir o indivíduo que se encontra na compulsão a repetição da pseudo justiça. Por vezes, há eventos na vida que realmente não podem ser superados. Não há como corrigir o erro, o dano, desfazer uma tragédia ou restaurar o que foi tirado. [...] Freud no seu texto “Recordar repetir e elaborar” (1914), texto esse em que começa a pensar a questão da compulsão à repetição, fala do repetir enquanto transferência do passado esquecido dentro de nós. Agimos o que não pudemos recordar, e agimos tanto mais, quanto maior for a resistência a recordar, quanto maior for a angústia ou o desprazer que esse passado recalcado desperta em nós.
No entanto, o impacto emocional pode ser aliviado ou mesmo superado. Mas como? Como seguir em frente quando não há nenhum lugar para onde ir? Ou não se consegue enxergar a solução?  Quaisquer que sejam os pensamentos que estão reverberando na cabeça, recriando o passado que justifica a raiva, alimentando a indignação com histórias que conta a si mesmo para explicar o que aconteceu na sua vida e que recorrentemente lhe provoca sofrimento emocional, procure alterar isso agora. Certamente algo de bom irá surgir.
Percebo que o sujeito se senti impedido, ou seja, há a falta de clareza, pois o que está acontecendo não pode ser compreendido ou conhecido pela inteligência e não sabe  qual será o próximo passo, e o ideal é procurar não ter medo, pois ficar envergonhado é apenas outra tentativa da sua essência lhe possibilitar outras alternativas na vida. E essa alternativa ou escolha ajuda as pessoas a elaborar a vida em uma base forte e saudável. [...] Esse medo marcará nossa memória, de forma desprazerosa, e será experimentado como desamparo, “portanto uma situação de perigo é uma situação reconhecida, lembrada e esperada de desamparo” (Freud, 2006, p.162)
Alguns inconscientemente pensam que a melhor forma de superar a dúvida/ e ou falta de nitidez é deixando de lado a ansiedade e não enfrentando os conflitos emocionais. Dessa forma a pessoa se abandona, não olha para tudo aquilo que faz parte da sua história de vida. Passa a sentir que não é dona do seu próprio eu.  E ainda algumas vezes ela se enxerga de fora, como se assistisse sua vida passando, como se ela não tivesse controle sobre si mesma. Quando se sente assim, é importante refletir sobre:
·        Tive momentos difíceis na minha vida que eu não consegui superar? Quais são eles?
·        Eu acolhi a minha fragilidade nesses momentos difíceis? Ou será que me deixei de lado?
·        Será que me permiti sentir os conflitos emocionais da época? Ou ignorei meus sentimentos e necessidades depois de que tudo acontecer?
·        Existe acaso uma parte de mim que falta clareza?
Observo que a maioria das pessoas demonstra ter uma compreensão bastante clara e precisa do que é inteligência. De fato, basta perguntar a praticamente qualquer um algo sobre o assunto, que ele, ou ela, rapidamente, e sem a menor hesitação, começará a enumerar as várias características dessa importante qualidade humana. Agora o que é conceito de compreensão? Se refere à ação de compreender e à faculdade, capacidade ou perspicácia de entender e assimilar as coisas. A compreensão é, por sua vez, uma atitude tolerante e o conjunto de qualidades que integram uma ideia. A compreensão de uma situação [ou de um evento], por outro lado, é o processo de elaborar significados através da aprendizagem das ideias relevantes de um evento e da relação que se estabelece com outras ideias prévias. Neste processo, o indivíduo interage com o evento.
A compreensão de uma circunstância requer habilidades de percepção, sensação entre outras. Uma situação pode ser compreendida a nível perceptivo [ao centrar-se na informação explicitamente exposta a visão], a nível inferencial [quando se procuram relações que vão mais além daquilo que é visto/ e ou percebido], a nível crítico [emite-se, com fundamentos, um juízo de valor sobre o evento] ou a nível afetivo [inclui as dimensões cognitivas anteriores e inclui uma resposta emocional].
Me chama a atenção é que as vezes o sujeito demora a depreender sobre determinada situação, ou seja, não obtêm entendimento intelectual acerca da situação que se encontra no momento. Exemplo, não depreendeu os sinais que o mercado de trabalho está sinalizando ao não conseguir se inserir em nenhuma empresa, pois não depreendeu das circunstâncias que o mercado pode estar descartando-o por estar na meia-idade.
Vamos agora compreender o que significa ter um insight. É significar, descobrir ou perceber algo que antes o sujeito não percebia, sobre si mesmo, ou sobre o funcionamento da vida, de uma situação. Quando o indivíduo percebe a situação, é como um despertar interior. Antes havia uma cegueira, e agora as coisas ficaram claras, ou seja, se tornaram compreendidas/ e ou conhecidas pela inteligência. Posso dar vários outros exemplos: quando a pessoa percebe pelo entendimento que um determinado ciclo se encerrou [um trabalho, um negócio, um relacionamento] e ela precisar mudar para algo novo e sente isso com clareza no seu interior.
E de repente o indivíduo se dá conta que está sabotando seu progresso profissional [arranjando desculpas que o fazem perder oportunidades ou adiar ações, e até se permitir desistir de fazer buscas incessantes em determinadas áreas de emprego, por exemplo] e entende que por trás disso há um sentimento de não merecimento, enquanto que antes, pensava que a falta de progresso era devido ao azar, ao diabo ou até mesmo a Deus ou ainda ao acaso. Quando o sujeito entende que não adianta ficar perseverando e se esforçando para que uma determinada coisa aconteça ou que alguém mude, e aí a pessoa entra em um estado de compreensão e resolve abrir mão do falso controle que antes pensava ter.
Ou ainda em determinada ocasião a pessoa volta o olhar para si mesmo e vê que está agindo igualzinho a um padrão emocional da sua mãe, repetindo a mesma história de sofrimento; quando surge uma decisão sobre o que fazer a respeito de algum assunto que antes o fazia se sentir duvidoso; quando o sujeito compreende que está com raiva de alguém porque, na verdade, tem medo de ser abandonado por essa pessoa e o que você pensar enquanto lê o artigo.
Enfim, são muitas as formas que os insights podem aparecer, nas mais diversas áreas da vida. O que existe em comum em todos os insights, é que surge uma clareza ou compreensão maior do que antes. Às vezes o sujeito fica até surpresos por não ter percebido algo tão óbvio. Os insights podem vir à tona a qualquer momento, durante ou após um momento de falta de clareza/ e ou falta de alternativa intensa sobre determinada circunstância; numa caminhada; quando resolvemos relaxar; em uma conversa com alguém ou em psicoterapia; num momento de reflexão; durante a leitura de um livro ou texto; num estado de quietude e silêncio.
Analisando o papel das emoções negativas que a pessoa reprimi, sejam elas conscientes ou inconscientes, provocam uma distorção na forma de como a pessoa percebe as coisas e faz uma leitura mental e interpretação do mundo ao redor. É fácil constatar isso quando alguém, ao sentir uma raiva intensa, fala coisas que depois se arrepende de ter falado ao outro. É possível que, depois de mais calma, a pessoa perceba o quanto foi exagerada e injusta. Uma decepção ou sentimento de tristeza pode também trazer vários pensamentos negativos sobre a vida, que depois desaparecem quando a emoção é controlada. [...] Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920, p.34), Freud afirma: a compulsão a repetição também rememora do passado experiências que não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que foram reprimidos.
Mas não são apenas as emoções intensas que provocam distorção na percepção do indivíduo. Qualquer emoção negativa, mesmo as mais sutis, influenciam a forma de perceber e interpretar o mundo. As emoções negativas que estão reprimidas ou ocultas por trás de outras mais superficiais vem à tona durante o processo e o sujeito consegui perceber o que de fato estava o incomodando. De repente, o indivíduo percebe que aquelas lembranças [exemplo, perdas de emprego, perdas de moradia, perdas financeiras] ainda trazem emoções que estão lhe atrapalhando em determinada situação atual, onde há a falta de clareza. Tudo isso faz parte do processo de ter insights, ter compreensão e depreender intelectualmente.
Por exemplo: Uma decepção que o indivíduo sente do mercado de trabalho, pode manifestar o verdadeiro motivo da decepção. Como sendo vergonha em ser sustentado por entes queridos; vergonha de não ser auto suficiente; confusão, pois lhe falta clareza sobre aquilo [onde encontrar trabalho estando na meia-idade] que pode ser compreendido ou conhecido pela inteligência do sujeito.
Antes, toda a vergonha, a falta de clareza ficavam escondido por trás de uma máscara de decepção, que dá uma sensação de confusão, desorientação, quando, na verdade, escondia uma fragilidade e falta de clareza sobre onde encontrar um trabalho. E neste momento o sujeito se depara com os fatos, com a realidade em si, sem a interferência emocional.  E pode acabar, enxergando coisas que antes eram impossíveis de se ver. Mas ainda assim é possível que permaneça na falta de clareza, ou seja, destituído de informações para que ocorra a compreensão da situação ou se torne conhecida por meio da inteligência, mesmo que se distancie emocionalmente da circunstância.
Porque as vezes, há eventos na vida que realmente não podem ser alterados. O que o sujeito pode fazer é procurar outra alternativa para o que está causando o problema, exemplo, o indivíduo não se insere no mercado para trabalhar registrado em alguma organização por estar na meia-idade. Então a alternativa pode ser trabalhar como autônomo/ e ou trabalhos remotos na internet [A clareza, qualidade de inteligível que pode ser compreendido ou conhecido pela inteligência, algo que facilmente se compreende].
Ou depreendeu os sinais que o mercado de trabalho está sinalizando descartando-o em processos seletivos, pois depreendeu das circunstâncias que pode procurar trabalhar como autônomo/ e ou remotamente na internet. Ou ainda se preferir permanecer insistindo na compulsão a repetição da procura por emprego com carteira registrada na falsa-esperança de que o mercado de trabalho pode ser alterado ou qualquer outra situação que a pessoa esteja.

  

Referência Bibliográfica
CHAUÍ, MARILENA. HEIDEGGER, vida e obra. In: Prefácio. Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1996.
FREUD, S. (1920), "Além do princípio do prazer” In: FREUD. S. Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XVIII.
FREUD, S. (1996). Obras completas de S. Freud. Rio de Janeiro: Imago. (1914). "Recordar, repetir e elaborar ", v. XII
FREUD, A. O ego e os mecanismos de defesa. Rio de Janeiro: Biblioteca Universal
Popular, 1968

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